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domingo, 27 de agosto de 2023

Mesmo visto de cima, o perigo que é o Cabedelo depois da "requalificação" é bem visível...

Esta imagem do Município da Figueira da Foz obtida a partir do ar, mostra a nova paisagem do espaço público cimentado que é o Cabedelo. 
"Requalificação" disseram eles! 
Arquitectura de implantação de cimento num sítio em que tal nunca deveria ter sido permitido (estamos a falar de uma duna primária), concretizada através do princípio de quem olha de cima para os espaços a requalificar. 
Sabendo que até as criancinhas agradecem que nos baixemos para falar com elas cara a cara, podemos afirmar o que já sabíamos: esta arquitectura dos implantes de cimento não serve nem respeita a natureza. Escondeu linhas de água, arrasou as sinuosidades do terreno e a vegetação natural, para distribuir cimento, tornando o espaço uma superfície agressiva para quem quer aceder à praia para lá trabalhar: revestiram a maior parte do chão com materiais que nem ao maior pobre diabo lembrariam!..
Duvidam? Perguntem aos maiores utilizadores do Cabedelo: os surfistas. 
Depois, logo a seguir ao molhe, para sul, temos bem definida aquela "barra" que o vídeo (com mais de 75 mil vizualizações) que podem ver abaixo nesta postagem, bem demonstra e alerta pra o perigo que o Cabedelo passou constituir após a tal de "requalificação".
Outubro está quase à porta...

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cabedelo Art Experience 2023: pelo Mar e pela memória

De 22 a 26 de agosto, das 10h às 18h, a Praia do Cabedelo na Figueira da Foz é o cenário que acolhe mais uma edição deste evento para os amantes da arte e da cultura. 
O "Cabedelo Art Experience 2023" já está no terreno e reúne artistas plásticos num encontro inspirador à beira-mar. O objectivo desta iniciativa é congregar uma seleção diversificada de artistas plásticos da região, num ambiente de irmandade e criatividade potenciado pela serena envolvência marítima e memória de Mestre Mário Silva, que permanece imortalizado neste lugar. 
O evento acontece diariamente até sábado. 
Cada dia tem a participação de um grupo convidado diferente. 
O encerramento será no próximo sábado, 26 de agosto, com "Reunião Geral de Artistas" (RGA), um momento de convergência artística, onde diversas mãos criativas se unem para celebrar a arte, acompanhado por uma sardinhada oferecida gentilmente pela Associação de Desenvolvimento +Surf / Centro Litoral.
A programação do apresenta um line-up diversificado de convidados especiais: Terça-feira, 22/08/2023: Magenta Convida 
Quarta-feira, 23/08/2023: Vitor Costa Galeria Convida 
Quinta-feira, 24/08/2023: AAGP Convida 
Sexta-feira, 25/08/2023: Amigos do Mário Convida 
Sábado, 26/08/2023: RGA (Reunião Geral de Artistas) 
Este acontecimento pretende ir além da comunidade artística, abrindo portas aos visitantes da praia, oferecendo-lhes a oportunidade de se envolverem com a arte de forma única e descomprometida. 
A iniciativa é organizada por um grupo de cidadãos livres comprometidos com a cultura e memória (Quimadeira, Victor Costa, António Carraco dos Reis e Eurico Gonçalves.) e pretende destacar a rica simbiose entre arte, cultura, memória e lazer, enquanto presta uma homenagem a Mário Silva, cuja influência ultrapassou fronteiras, tornando-se quase embaixador do Cabedelo, promovendo-o na cena artística ibérica e europeia. 
Com uma adesão positiva já no primeiro dia, o evento promete encontros emocionantes e momentos de celebração, com condições climatéricas favoráveis que proporcionam um cenário perfeito para a criação artística. Venha ao "Cabedelo Art Experience 2023" e seja parte deste encontro mágico entre arte e mar. 
Junte-se e celebre a criatividade, a cultura e a homenagem ao legado de Mestre Mário Silva.
Ficam algumas fotos desta manhã.

 

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Ao contrário do que estava previsto, afinal, por enquanto, apenas seis praias ostentam este símbolo de qualidade....

Via Diário as Beiras
"O concelho da Figueira da Foz, este ano, viu 11 praias contempladas com a Bandeira Azul.
No entanto, afinal, apenas seis ostentam este símbolo de qualidade. Isto ao contrário do que estava previsto, já que a autarquia previa que todas as zonas de banhos com este estandarte teriam o número mínimo legal de nadadores-salvadores, mas há escassez no mercado de trabalho." 
Nota de rodapé.
Realizou-se na manhã de 6 de julho, na Praia do Cabedelo, a cerimónia do Hastear da Bandeira Azul e Bandeira de Praia Acessível.
Esta praia juntou-se ao grupo que, a partir deste ano, conta com 11 praias galardoadas com o símbolo da excelência das zonas balneares.
A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente, pela Associação Bandeira Azul da Europa, secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental, a praias fluviais e costeiras, portos de recreio e marinas e a embarcações, que se candidatem ao galardão e que cumpram os 4 critérios avaliados: Informação e Educação Ambiental; Qualidade da Água; Gestão Ambiental e Equipamentos; Segurança e Serviços.
Na Praia do Cabedelo, como o vídeo mostra, onde o processo de renaturalização edificou a mais bela praça construída em cima de dunas, ao longo de toda a costa do nosso concelho, ao mesmo tempo que deixou expressa a excelência da arquitectura portuguesa, a diversidade das suas correntes e conceitos estéticos, a rica sensibilidade pato-bravística e o rigor e competência dos autarcas figueirenses, contribuindo para a interminável betonização do património paisagístico, natural e cultural e o ordenamento urbano, em nada inferior aos subúrbios dos concelhos algarvios.
No Cabedelo, porém, para além do cimentado e da falta de casas de banhos decentes, existe o sol, o calor e a praia limpa.
E o mar!

Uma foto que poderia ser quase intemporal...

Esta foto da cerimónia do hastear da Bandeira Azul e Bandeira de Praia Acessível da Praia do Cabedelo, ontem realizada no Cabedelo, retrata uma imagem do que aconteceu no dia 6 de Julho de 2023. Contudo, retirando a vereadora Olga Brás da equação, poderia ser de 2019, 2020 ou 2021. Como poderá ser de 2026 e por aí adiante. 
A memória dos figueirense é muitíssimo curta.
Está por fazer  o rescaldo de 12 anos de poder socialista na Figueira da Foz, 9 dos quais de poder absoluto, evidentemente com apreciações diferenciadas.
Pelo OUTRA MARGEM podem ser encontradas algumas memórias de 12 anos de pensamento único no concelho da Figueira da Foz, que contribuiram para o período de estagnação económica, pobreza democrática, revanchismo, autoritarismo, soberba e petulância obscurantista que mergulhou o concelho da Figueira da Foz numa penúria de ideias e soluções para o concelho, durante 12 anos.
Percorram essas memórias e terão elementos para os ajudar a perceber  o panorama e pensamento político na Figueira, não nos últimos 12 anos, mas nestes últimos 48 anos de poder autárquico democrático. 
Os protagonistas políticos da foto falam por si. Retirando a vereadora Olga Brás, poderia ser de 2019, 2020 ou 2021. Como poderá ser de 2026 e por aí adiante. 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Tema do areal urbano chegou à Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira

Via Diário as Beiras

"Dois dias após o debate promovido pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, sobre o areal urbano, o tema foi abordado na Assembleia Municipal (AM). A iniciativa partiu das deputadas Célia Morais (PS) e Silvina Queiroz (CDU), com ambas a defenderem a biodiversidade que a vegetação da maior praia urbana da Europa proporciona. 
A deputada municipal socialista justificou que levou o tema à AM porque não quis falar na sessão promovida por Santana Lopes para evitar a politização do debate
Por seu lado, a comunista admitiu que só teve conhecimento da iniciativa do presidente depois da sua realização".

Nota.
Aquilo que o Diário as Beiras informa sobre o que disse a deputada Célia Morais (PS), sublinho que é um argumento como outro qualquer. Vale o que vale: para mim, nada. Quem esteve presente e participou no debate sobre o areal, bastou ver a intervenção do eng. João Vaz para ficar esclarecido
Já a informação veiculda pelo Diário as Beiras sobre a posição da deputada Silvina Queiroz, cidadã por quem tenho o maior respeito e consideração a todos os níveis (político e pessoal), preocupou-me.
Primeiro, estranhei tamanha falta de informação. Numa máquina como é o PCP Figueira, não haver ninguém que desse conta que ia haver um debate sobre o areal da Figueira, o maior desafio que o concelho tem pela frente, e informasse atempadamente a camarada Silvina, único membro que representa os comunistas num órgão autárquico concelhio, não me deixa tranquilo.
Depois, porque a Esquerda defende, desde sempre, os valores do igualitarismo e da solidariedade, com a protecção dos mais fracos e principalmente a ideia básica de que o colectivismo e acção colectiva se torna indispensável para prosseguir e defender esses valores. 
Por isso, sou de esquerda, embora não seja militante do Partido Comunista.
Reconheço, sem nenhuma dificuldade ou hesitação, que em Portugal ao longo de mais de cem anos, quem, de entre todas as forças políticas, lutou por estes objectivos com maior afinco e determinação, foi precisamente o Partido Comunista Portugês e os comunistas portugueses.
Como escrevi no passado dia 21 de Junho passado numa postagem a que dei o título de "NORTE/SUL e a luta contra o egoísmo", a luta dos comunistas não tem cento e poucos anos. Tem milhares de anos. Desde que o mundo é mundo. A meu ver, entronca nos princípios que nos foram legados  pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. 
No convívio com os comunistas aprendi o que é a partilha da esperança.
Álvaro Cunhal escreveu num texto de 1974 «A superioridade moral dos comunistas»: «da própria consciência dos objectivos e da missão histórica do proletariado decorre uma nova concepção da vida e do homem, que se exprime numa nova ética. A intransigência para com a exploração e os exploradores, para com a opressão e os opressores, para com qualquer forma de parasitismo, a indignação perante as injustiças, (…) convertem-se em conceitos morais, necessariamente associados aos objectivos políticos»
Combater o egoísmo e as desigualdades sociais, a exclusão social e a pobreza é para os comunistas, parte da intransigência e indignação com que olham a imoralidade.
Enquanto houver um explorado, haverá sempre alguém que se levanta.
O areal da Praia da Figueira, coloca diante dos nossos olhos a realidade que é o aumento das desigualdades sociais e da pobreza no nosso concelho, entre o norte e o sul. 
A norte, aquele areal é um deserto em constante crescimento.
Nós, a sul, nesta outra margem, somos a matéria prima que alimenta aquele deserto a norte, que não serve a ninguém. Nem ao norte nem ao sul.
É neste quadro e neste contexto que todos temos a obrigação moral de intervir. Os do norte e os do sul do concelho. O SOS Cabedelo. O MOVIMENTO PARQUE VERDE. Os Fóruns intelectuais. Os autarcas da Figueira. E os governantes deste País. Todos. Por isso é que por aqui ando.
Basta olhar para foto que fui sacar ao mural da página do facebook do município, para ver a realidade.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Ainda há muita gente que não consegue compreender o porquê das coisas...

Via Diário as Beiras, edição de 30 de Junho de 2023:
"A Agência Portuguesa do Ambiente vai proceder à transposição de três milhões de metros cúbicos de areia, entre 2024 e 2025, o chamado “big shot”. Mas o sistema mecânico permanente só deverá ser instalado dentro de 10 anos, o que gerou muitas críticas."
O Governo antecipou a divulgação do estudo sobre a transposição de areias na barra da Figueira da Foz, prevista para setembro. O documento foi apresentado no dia 12 de Agosto de 2021.
Recorde-se que o estudo do by pass foi adiado durante anos.
Um estudo no valor de cem mil euros contra os milhões constantes que se despendem em dragagens.
Em Setembro de 2018,  a Vereadora Ana Carvalho não só não se mostrou muito preocupada com a situação como até afirmou: "não sou grande defensora dessa solução"

Contudo, cerca de 3 anos depois,  a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada, e será realizada. “Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de 12 de Agosto de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros. “Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, frisou o ministro, em declarações à margem da sessão.

O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana. É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados directamente nas praias afectadas pela erosão.
A opção de avançar para a construção de um bypass era  para o presidente da Câmara de então, Carlos Monteiro, uma solução que permitia  “tranquilidade e esperança a quem usa o porto comercial, a quem usa o porto de pesca e à população da margem sul da Figueira da Foz”. Carlos Monteiro argumentou que uma proposta a longo prazo “não é frequente” em Portugal e agradeceu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, por aquilo que considera ser um gesto com “visão”.
Carlos Monteiro pediu ainda que o estudo apresentado fosse “avaliado o mais depressa possível” e que o projecto “fosse desenvolvido”. Mas disse esperar, “fundamentalmente, que tenha a maturidade necessária para ser inscrito no Quadro Comunitário [Portugal] 2030. Atendendo aos valores, acredito que possa e deva ser”. Até lá, lembrou, o problema da erosão da costa a sul do porto da Figueira iria a ser mitigado, até 2023, com o abastecimento de três milhões de metros cúbicos de areia, retirados do mar a norte do molhe norte.
Já o arquitecto Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, manifestou-se agradado com a decisão de se optar pelo bypass. “Agora temos uma responsabilidade de contribuir para que seja bem feito. Há uma série de dúvidas, estamos a trabalhar em coisas que já deram provas de funcionamento, o sistema australiano funciona há mais de duas décadas, mas há sempre dúvidas sobre os impactes”, notou.
O ministro do Ambiente recordou a primeira vez que ouviu falar “ao vivo” da hipótese do bypass na Figueira da Foz e lembrou o “ar zangado” do arquiteto “cheio de certezas absolutas”, quando o movimento protestava, em 2019, pela construção do sistema fixo. “Agradeço ao SOS Cabedelo, a forma, muito para além de reivindicativa, mas técnica, com que nos entusiasmou a chegar aqui”, frisou Matos Fernandes.

Como escrevi na altura, esperava, sinceramente, que tudo não fosse mais do que uma mera jogada de charme e de propaganda eleitoral.
Para mim, nascido e criado e a viver na margem sul do Mondego, a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem desde há décadas...
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova, apesar dos milhões que já lá foram gastos para tentar resolver situações de aflição.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
No OUTRA MARGEM já escrevemos muito sobre este tema. Infelizmente, tudo o que foi alertado, em devido tempo, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
Todavia, pelo que assisti no dia 28 de Junho de 2023, no quase lotado auditório do CAE, no decorrer do debate promovido pela câmara municipal da Figueira da Foz, há muita gente na Figueira que, mesmo perante a realidade, não consegue compreender o porquê das coisas...

segunda-feira, 26 de junho de 2023

24 de Junho, dia de reflexão

Em finais de Junho de 2023, mais ou menos a meio do mandato desta segunda passagem de Santana Lopes como presidente de câmara, o concelho precisa que lhe mostrem a realidade tal qual ela é, sem máscaras e sem disfarce. 
Os figueirenses têm de perceber, uma vez por todas, as causas do definhamento da sua cidade e do seu concelho. E têm de entender que na construção do futuro, não existem milagres: há planeamento, trabalho, competência, capacidade de concretização e visão na definição do desenvolvimento do nosso concelho.
O passado não pode, nem deve, ser esquecido, mas o importante é o futuro.
Venha a "valorização do porto", a "duplicação da via férrea entre Coimbra e a Figueira da Foz". Mas, não se esqueçam da Linha do Oeste, antes que lhe aconteça o que sabemos que se passou com a Linha da Beira Alta.
24 de Junho, como sempre acontece na Figueira, foi dia de reflexão e discursos bem intencionados. Todavia, é preciso mais. Como diz o Povo,  "de boas intenções e de boas palavras está o inferno cheio."
Ainda bem que, pelo menos uma vez no ano, nos interrogamos como foi possível a Figueira chegar ao que chegou. 
A explicação não é difícil e muito menos complexa: chegou aqui com políticas de uma inimaginável estupidez, conduzidas por políticos que ignoravam militantemente a história e a realidade do concelho e se limitaram a imitar o que se fazia noutros lados. 
Olhem para Buarcos e para o Cabedelo.
Os responsáveis são conhecidos. 
Nestes últimos anos, a Figueira viu uma geração desbaratar milhões a implementar e a pôr em prática políticas urbanísticas, que nem para modernizar uma cidade que ainda vive à sombra dos mitos passados, serviram.
Neste momento, a pouco mais de 2 anos de novas eleições - autárquicas e presidenciais - vislumbra-se já que a Figueira e Santana vão ter um enorme desafio em 2025.
Sem querer adiantar muito, a "pitonisa" prevê que em 2025, "o que pode ser o melhor para Santana, pode ser um problema para a Figueira".
Para memória futura, via Diário as Beiras, fica algo do que ficou dito em 24 de Junho de 2023 na Figueira.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, na sessão solene do Dia da Cidade, que se celebra a 24 de junho, fez um discurso apontando com o dedo para o desenvolvimento do concelho, defendendo a definição do caminho a seguir, envolvendo diversas vontades, mas sem ilusões. “Temos falado sobre o quão decisivo é para a Figueira da Foz [e para a região] as opções que venham ser tomadas nestas matérias. O desenvolvimento da Linha do Norte ou da Linha da Beira Alta… Há um pedido que temos de fazer todos, aos outros e nós próprios, é que façamos bem o esclarecimento, não criemos ilusões, para não sermos enganados no meio de confusões”
Santana Lopes defendeu que “não há nada pior para decisões estratégicas do que a nebulosa nos seus pressupostos, e também nos seus objetivos”. De seguida, acrescentou: “A Figueira da Foz prefere saber com o que conta, o que partilha, aquilo que poderá encontrar no futuro, mas ter a certeza de qual é a estrada do seu desenvolvimento, que foi trilhada antes por quem me antecedeu e será trilhada por outros, no futuro”
Por isso, defendeu: “[É preciso] saber-se, por parte do poder central, do regional e do local, qual é a estrada que temos de seguir, independentemente das mudanças nas escolhas do eleitorado”.
O autarca figueirense falou a seguir ao presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC), Emílio Torrão. O convidado afiançou que a estrutura que lidera está empenhada em “valorizar o Porto da Figueira da Foz”, que “é tão importante para o concelho como para todo o território, sendo o único acesso a exportações e importações via marítima da Região de Coimbra, e fundamental para o país”.
Emílio Torrão afirmou, ainda, que a CIM-RC também está empenha na “duplicação da ferrovia entre Coimbra e a Figueira da Foz, e posterior ligação a Espanha”. O mesmo empenhamento manifestou em relação à “mitigação dos efeitos da erosão costeira” e para afirmar a Figueira da Foz como o “centro da economia azul que em breve florescerá e que tornará toda esta costa num ainda maior ativo”.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

NORTE/SUL e a luta contra o egoísmo

A luta contra a pobreza e contra qualquer exclusão acompanhou-me ao longo da vida.
Muito jovem ainda, aproximei-me da Igreja Católica e fiz parte de um grupo na minha Aldeia  - o GAU (Grupo Acção Unida), que tinha na luta pelo direito ao acesso à cultura dos mais pobres dos pobres (no início dos anos 70 na minha Aldeia éramos praticamente todos pobres) contra a exclusão social, a exploração e a pobreza a sua razão de ser.
Depressa, porém, verifiquei que não era por aí: a luta teria de ser travada a nível político.
Aproximei-me dos comunistas. E, embora não concorde com tudo, continuo a pensar que a sua existência e participação na política em Portugal é fundamental para a democarcia.
 
A luta dos comunistas não tem cento e poucos anos. Tem milhares de anos. Desde que o mundo é mundo. A meu ver, entronca nos princípios que nos foram legados  pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. 
No convívio com os comunistas aprendi o que é a partilha da esperança.
Álvaro Cunhal escreveu num texto de 1974 «A superioridade moral dos comunistas»: «da própria consciência dos objectivos e da missão histórica do proletariado decorre uma nova concepção da vida e do homem, que se exprime numa nova ética. A intransigência para com a exploração e os exploradores, para com a opressão e os opressores, para com qualquer forma de parasitismo, a indignação perante as injustiças, (…) convertem-se em conceitos morais, necessariamente associados aos objectivos políticos»
Combater o egoísmo e as desigualdades sociais, a exclusão social e a pobreza é para os comunistas, parte da intransigência e indignação com que olham a imoralidade.
Enquanto houver um explorado, haverá sempre alguém que se levanta.

O areal que a foto mostra (que fui sacar ao mural da página do facebook do município), coloca diante dos nossos olhos a realidade que é o aumento das desigualdades sociais e da pobreza no nosso concelho, entre o norte e o sul. 
A norte, aquele areal é um deserto em constante crescimento.
Nós, a sul, nesta outra margem, somos a matéria prima que alimenta aquele deserto a norte, que não serve a ninguém. Nem ao norte nem ao sul.

É neste quadro e neste contexto que todos temos a obrigação moral de intervir. Os do norte e os do sul do concelho. O SOS Cabedelo. O MOVIMENTO PARQUE VERDE. Os Fóruns intelectuais. Os autarcas da Figueira. E os governantes deste País. Todos. Por isso é que por aqui ando.

domingo, 18 de junho de 2023

Serviço público: por ser verdade e para que conste, "ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante, uma esplanada e um café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis"

Não sei porquê, mas quase sempre que vou ao Cabedelo, sou abordado sobre o estado de degradação do mamarracho com mau aspecto, que é agora o  edifício que serviu de sede administrativa ao antigo parque de campismo que existiu no Cabedelo.
Lá tenho que recorrrer ao que foi publicado pelo Diário as Beiras, na edição de 19 de Maio de 2023.
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada. 
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf. 
Àqueles quatro, em breve poderão juntar-se outros três. 
«Possivelmente, vamos avançar com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que também deverão ser utilizados para apoios de praia [restauração], negócios relacionados com a actividade do surf ou outros» - disse na altura o vereador Manuel Domingues. 
Ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis. 
Para ver melhor, clicar na imagem
Este imóvel instalado na nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.  
O edifício-sede do antigo parque de campismo integra o estudo de viabilidade económica para a concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter sido excluído do pacote de transferência de património da administração portuária para o município."

Recorde-se, que o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista então à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, naquilo que já todos sabem, que se encontra em estado de degradação em marcha acelerada, tem tudo para tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação  do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Naqule edifício, em tempos não muito recuados, existiu, na minha opinião, a mais bela e aprazível esplanada debruçada sobre o mar do concelho da Figueira da Foz.
Isso, porém, são águas passadas. Neste momento, face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?

quinta-feira, 15 de junho de 2023

A Escala do Clima - SOS Cabedelo

Via INFORMAR

"Em diálogo, o Arquitecto Miguel Figueira (coordenador dos movimentos Cívicos "O Mar à Cidade-Bring Back The Bay" e "SOS Cabedelo", e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR-Centro de Estudos do Mar) e o Professor Filipe Duarte Santos (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, coordenador do Grupo de Trabalho para a Estratégia Nacional Portuguesa para as Zonas Costeiras, e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável-CNADS), falam sobre a erosão do litoral, o aquecimento global, as alterações climáticas, e a defesa da orla costeira, particularmente no caso, infelizmente exemplar, da região da Figueira da Foz do Mondego, no programa radiofónico A Escala do Clima, na rádio pública portuguesa RTP - Antena 1."

Para ouvir, clicar aqui.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

O MAR É A NOSSA TERRA vai ser apresentada na cidade a que sobretudo diz respeito

Como já demos nota em anterior publicação, hoje, pelas 18:00 horas, na Figueira da Foz, no espaço expositivo do Meeting Point (Esplanada, com entrada pela Praça Ladesma Criado), mediante um protocolo entre o Município da Figueira da Foz e o Centro Cultural de Belém, vai ser inaugurada a exposição «O Mar é a nossa Terra», com curadoria dos arquitetos Miguel Figueira e André Tavares.
Publicamos um texto do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), "uma das entidades que participou e contribuiu para a preparação e a apresentação desta exposição", que nos vai certamente ajudar a entender melhor o que vamos ver.
«Vai ser feita a abertura, na cidade da Foz do Mondego, da grande exposição O MAR É A NOSSA TERRA, coordenada pelo Arquitecto Miguel Figueira (dos movimentos Cívicos "O Mar à Cidade-Bring Back The Bay" e "SOS Cabedelo", e do Conselho Consultivo do CEMAR-Centro de Estudos do Mar) e pelo Arquitecto André Tavares (do Centro Cultural de Belém).
Trata-se da grande exposição, sobre o Mar e a Foz do Mondego (como caso de estudo exemplar), nos seus aspectos de Hidráulica Marítima (erosão e assoreamento do Litoral), Urbanismo, Ambiente, Turismo de Praia, Ecologia e Sustentabilidade Local, que primeiro havia sido inaugurada e havia estado patente no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de Março a Agosto de 2020, e depois disso havia sido apresentada em 2021 em França, em Nice. Agora, em 14 de Junho de 2023, essa exposição é por fim apresentada na própria cidade a que sobretudo diz respeito, na Figueira da Foz do Mondego, com o apoio da Câmara Municipal local, e aqui irá ficar patente ao longo deste ano de 2023.
O Centro de Estudos do Mar (CEMAR), a entidade que, desde 1996 (logo no ano a seguir à sua criação em 1995), havia sido quem na Figueira da Foz havia chamado a atenção, pioneiramente, para a situação catastrófica da erosão e do assoreamento do litoral figueirense (jornal Público de 06.09.1996, etc.), e em 2008 havia denunciado o já então previsível avolumar dessa catástrofe ambiental, que então estava iminente, com o prolongamento, quase para o dobro (400 metros), do molhe norte do porto fluvial da Figueira da Foz, veio depois disso a ser a entidade que veio a apoiar, desde o primeiro momento, os movimentos cívicos "SOS Cabedelo" e "O Mar à Cidade-Bring Back The Bay", quando esses movimentos cívicos começaram as suas meritórias acções, em 2009-2010, em resposta ao prolongamento do molhe que efectivamente foi iniciado nesses anos.
Agora, em 2020-2023, uma vez mais, o CEMAR teve o prazer e a honra de ser uma das entidades que participou e contribuiu para a preparação e a apresentação desta exposição. O CEMAR orgulha-se, sobretudo, por ter sido quem, ao longo dos anos, contribuiu para a aproximação das dinâmicas, das acções e das reivindicações — articuladas entre si, indissociáveis, e mutuamente emblemáticas e úteis —, por um lado dos praticantes e amantes do "Surf", e por outro lado dos pescadores da "Arte" (a pesca de cerco e alar para terra, actualmente chamada oficialmente "Arte-Xávega"), duas actividades marítimas com grande expressão nos litorais da Beira Litoral portuguesa.
"Os mais pobres dos pobres, com o mais belo barco do mundo"…
"Esses pescadores são, tecnicamente, surfistas…"»

sexta-feira, 9 de junho de 2023

A Festa da Sardinha na minha Aldeia já é um êxito

A foto fala por si.

"O Município da Figueira da Foz informa que, no âmbito da Festa da Sardinha, que teve hoje início procedeu ao reforço do serviço de travessia do Mondego pela embarcação «Carlos Simão» que, contudo, continuará a assegurar as travessias nos horários em vigor.
No mesmo âmbito foi disponibilizado transfer, em minibus, entre o Cais Sul - Cabedelo e o Portinho da Gala e vice-versa."

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Galardão “Qualidade de Ouro” foi atribuído a nove praias do nosso concelho

A Figueira da Foz, outrora a Praia da Claridade, continua a ser um dos principais destinos turísticos balneares do país e a principal referência da Região Centro. 
Ao longo da sua extensa costa, que se estende de Quiaios até à Leirosa (Marinha das Ondas), passando por Buarcos, Figueira da Foz, São Pedro e Lavos, encontra-se hasteada a Bandeira Azul em 11 praias e o estandarte de Qualidade de Ouro noutras nove. 
A segunda distinção, atribuída pela associação Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, é mais recente. O galardão Qualidade de Ouro é atribuído anualmente às praias que se distinguem das demais pela qualidade da água balnear, tendo como referência “informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes administrações regionais hidrográficas”, sublinha o Município da Figueira da Foz
A Bandeira Azul foi atribuída às praias do Relógio, Buarcos, Tamargueira, Cabedelo, CovaGala, Cova-Gala – Hospital, Quiaios, Murtinheira, Leirosa, Costa de Lavos e Cabo Mondego. Por seu lado, Buarcos, Cabo Mondego, Costa de Lavos, Gala, Relógio, Leirosa, Murtinheira, Quiaios e Tamargueira foram distinguidas, também, com a Qualidade de Ouro. 
A Figueira da Foz lidera, em ambas as distinções, na região Centro.

Baptismo do barco eléctrico

A cerimónia oficial do barco eléctrico adquirido pelo Município da Figueira da Foz para transporte de passageiros entre as duas margens do Rio Mondego, vai realizar-se no próximo dia 24, pelas 12 horas na Estação Fluvial da Margem Sul, no Cabedelo.
Recorde-se, que o nome atribuído foi "Carlos Simão", antigo presidente da Junta de São Pedro.
A embarcação, cuja utilização é gratuita, foi construída na cidade espanhola de Barcelona, chegou à Figueira da Foz no início do corrente ano e custou cerca de meio milhão de euros. 
Este meio de transporte fluvial está a revelar-se muito útil e está a registar uma elevada procura, incluindo para fins turísticos.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Porque é que (para já) ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis?

Via Diário as Beiras
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada. 
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf. 
Àqueles quatro, em breve poderão juntar-se outros três. 
“Possivelmente, vamos avançar com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que também deverão ser utilizados para apoios de praia [restauração], negócios relacionados com a atividade do surf ou outros” - vereador Manuel Domingues, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
Ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis
Este imóvel instalado na nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.  
O edifício-sede do antigo parque de campismo integra o estudo de viabilidade económica para a concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter sido excluído do pacote de transferência de património da administração portuária para o município. 
Todavia, se o estudo concluir que o imóvel não constitui uma mais valia para a concessão do futuro equipamento, poderá também vir a ser concessionado em hasta pública."
Nota de rodapé.
O edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz,  naquilo que já todos sabemencontra-se num estado de degradação em marcha acelerada para vir a tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação  do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Porquê o interesse da administração portuária - recorde-se que um dos membros é o anterior presidente de câmara Carlos Monteiro - em ficar, para já, na posse administrativa de um edifício em tais condições?
Face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?
Por outro lado, os três antigos balneários tinham ligações de água, luz e esgotos. Com as obras, ficaram sem essas mais valias. 
Como é? 
Quem ficar com os equipamentos vai ter de refazer essas infraestruturas básicas para uma actividade comercial, ou será o erário público que vai ter de repor o que já existia e foi destruído pelas obras feitas a todo o vapor no Cabedelo, só porque havia fundos europeus disponíveis para gastar ao desbarato, à grande e em força?

terça-feira, 2 de maio de 2023

SEGURANÇA POSTA EM CAUSA PELOS PEREGRINOS DE FÁTIMA NA PONTE EDGAR CARDOSO

O problema é preocupante e pode, um dia destes, dar azo a um acidente grave: "os peregrinos que se dirigem a Fátima estão a ignorar a proibição de circulação de peões na Ponte Edgar Cardoso, que se encontra em obras, pondo em risco a sua segurança e a dos automobilistas". Como sabemos, "os acessos pedonais estão vedados". Ignorando todos os avisos e recomendações, "acabam por circular pela via rodoviária"
E não é por falta de alternativas. Existem duas. A saber: "barco, com partida na marina e chegada no Cabedelo, transporte fluvial assegurado, gratuitamente, pelo Município da Figueira da Foz, ou a pé, através de Lares e Alqueidão." Sem esquecer que existe "ainda a possibilidade de circular na ponte nos carros de apoio aos peregrinos".
Sobre este assunto o Diário as Beiras insere na sua edição de hoje o seguinte trabalho.