António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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domingo, 22 de novembro de 2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Um dia tipicamente figueirense
ALERTA COSTEIRO 14/15 - vídeo IV
("um registo dos efeitos do vento nas novas dunas de São Pedro" - um trabalho de Pedro Agostinho Cruz)
Hoje, está um dia tipicamente figueirense: um dia com sol e vento.
("um registo dos efeitos do vento nas novas dunas de São Pedro" - um trabalho de Pedro Agostinho Cruz)
Hoje, está um dia tipicamente figueirense: um dia com sol e vento.
Convidativo, portanto, para pegar na bicicleta, sair e ir olhar a Aldeia, que já está a sonhar com o verão.
Tem dias em que, apesar de tudo, prefiro ser optimista e ter o progresso no
pensamento.quinta-feira, 1 de novembro de 2018
"A Câmara Municipal da Figueira da Foz, na qualidade de membro da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas, organiza o 2.º Seminário Nacional de Adaptação Local às Alterações Climáticas no próximo dia 16, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE). Os trabalhos contam com a participação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.
Nas sessões, abertas ao público e com entrada livre, participam ainda diversos autarcas portugueses e oradores especialistas. O seminário destina-se a debater temas como a elaboração de estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, comunicação, educação ambiental e sensibilização para os riscos climáticos. Os riscos costeiros, os recursos hídricos, a floresta, os incêndios florestais e a cidadania são outros dos tópicos em debate.
Entretanto, no âmbito do seminário, o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz mostra a exposição “Alerta Costeiro”, evidenciando os efeitos da erosão costeira na margem sul da Figueira da Foz e os efeitos da tempestade “Leslie” no concelho. Por sua vez, de 12 a 16, alunos das escolas secundárias Cristina Torres e Joaquim de Carvalho, parceiros do Conselho Local de Acompanhamento, expõem um conjunto de trabalhos alusivos ao tema do seminário."
Via DIÁRIO AS BEIRAS
Nas sessões, abertas ao público e com entrada livre, participam ainda diversos autarcas portugueses e oradores especialistas. O seminário destina-se a debater temas como a elaboração de estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, comunicação, educação ambiental e sensibilização para os riscos climáticos. Os riscos costeiros, os recursos hídricos, a floresta, os incêndios florestais e a cidadania são outros dos tópicos em debate.
Entretanto, no âmbito do seminário, o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz mostra a exposição “Alerta Costeiro”, evidenciando os efeitos da erosão costeira na margem sul da Figueira da Foz e os efeitos da tempestade “Leslie” no concelho. Por sua vez, de 12 a 16, alunos das escolas secundárias Cristina Torres e Joaquim de Carvalho, parceiros do Conselho Local de Acompanhamento, expõem um conjunto de trabalhos alusivos ao tema do seminário."
Via DIÁRIO AS BEIRAS
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Que se passa com a bem oleada e competente "máquina de agitação e propaganda" municipal?..
Daqui |
Disseram-me, veio nos jornais e tudo, que a mostra surge a partir de um convite da Câmara da Figueira da Foz e está inserida no seminário nacional sobre a adaptação local às alterações climáticas, no dia 16, com a participação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Gostava era de saber a partir de que horas e em que sala do CAE se pode visitar a exposição.
Até ao momento, nos locais institucionais do Município na internet não consigo obter essa informação...
segunda-feira, 8 de junho de 2015
ALERTA COSTEIRO 14/15, ESTÁ NA RUA...
foto António Agostinho |
Disse: "A AREIA QUE ME TENTARAM MANDAR PARA OS OLHOS, FAZ MUITA FALTA NAS DUNAS DE S. PEDRO".
sexta-feira, 31 de julho de 2015
As perguntas são sempre mais importantes do que as respostas
foto PAC . Ponto de Acesso à Cultura |
As pessoas que têm muitas certezas estão sempre a tentar
mudar os outros, enquanto que as que não têm tantas certezas, procuram
transformar-se a si mesmas.
Mera coincidência ou talvez não. Ontem à noite PAC (Ponto de
acesso à cultura) e PAC (Pedro Agostinho Cruz) falaram sobre arte.
O fotojornalista Pedro Agostinho Cruz foi o convidado de
mais uma edição do «PAC», espaço tertuliano que pretende, até 15 de agosto,
“agitar o pulsar cultural figueirense”.
Sete meses, sete imagens. Foi este o convite prontamente
respondido por muitos que quiseram partilhar a conversa que surgiu de forma
natural e informal. Momentos captados em Lisboa, Nazaré e Figueira da Foz
figuram entre as sete imagens ali apresentadas.
Aconteceu no Hotel Wellington, ontem à noite, a revelação do
segredo do fotógrafo Pedro Agostinho Cruz: “Pensar, ver e sentir”.
176,98 € foi a verba apurada com os donativos do «Alerta Costeiro», o que permitirá levar por diante as intenções do fotojornalista
figueirense.
Em estreita ligação com o Núcleo Regional de Coimbra da
QUERCUS, a plantação dos pinheiros deverá realizar-se a 23 de novembro próximo
(Dia da Floresta).Em tempo.
No decorrer da Tertúlia de ontem à noite, houve apenas uma
pergunta que ficou por responder por parte do Pedro Agostinho Cruz.
Foi a seguinte e foi colocada por mim: com tanta coisa
interessante para fazer na vida porque que é que um jovem decidiu cerca dos 20 anos
que a sua vida seria a fotografia?
O Pedro pensou e respondeu simplesmente: “não sei”…
Penso que acabei de encontrar a resposta.
Sendo um grande e já reconhecido profissional na arte, o Pedro continua o que
sempre foi: um fotógrafo amador.
Isto é: continua a fotografar por prazer e amor à arte.
Tenho o privilégio de conhecer esta sua faceta há bastante tempo…segunda-feira, 6 de julho de 2015
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
terça-feira, 13 de março de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
quinta-feira, 4 de junho de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Alerta costeiro e cívico
“O vento, só por si, tem- se revelado um inimigo e uma forte ameaça para as novas dunas de S. Pedro. Hoje, ao final da tarde andava um jipe a passear no novo cordão dunar da praia do 5º molhe...”
Esta foto e esta legenda falam por si.
O amor pelo ambiente e pelo colectivo, é um sentimento pessoal e alimenta-se de atitudes correctas e do respeito.
Isso, tem um nome: civismo.
Andamos há mais de dois mil anos a dizer que é importante respeitar-mo-nos uns aos outros.
A Aldeia está melhor? Serviu de alguma coisa? A fotografia e a legenda falam por si…
domingo, 6 de junho de 2021
A política de ordenamento da orla costeira: da Fonte da Telha ao Cabedelo
"Ambientalistas contra asfalto em estrada de duna primária na Fonte da Telha.
A associação ambientalista Zero está contra a asfaltagem de uma estrada em duna primária na Fonte da Telha, em Almada, obra que o Governo, através da Agência Portuguesa do Ambiente, aprovou e que terá feito avançar na semana passada. O projeto, que visa tornar mais fácil o acesso à praia, inclui o alcatroamento de um acesso em terra batida, localizado em duna primária, na envolvente da Área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica."
A associação ambientalista Zero está contra a asfaltagem de uma estrada em duna primária na Fonte da Telha, em Almada, obra que o Governo, através da Agência Portuguesa do Ambiente, aprovou e que terá feito avançar na semana passada. O projeto, que visa tornar mais fácil o acesso à praia, inclui o alcatroamento de um acesso em terra batida, localizado em duna primária, na envolvente da Área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica."
“Atropelo do ordenamento do território”
Recorde-se: «o geógrafo e especialista em ordenamento do território Sérgio Barroso foi o coordenador da elaboração do Plano de Ordenamento Costeiro Alcobaça - Cabo Espichel, onde se insere a Fonte da Telha, e decidiu enviar, em meados de Junhor de 2020, um parecer à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e uma carta ao ministro do Ambiente, perante “tamanha aberração e atropelo do ordenamento do território”.
Segundo o Expresso, o perito considera a obra da Câmara de Almada um “crime ambiental”, alerta que o executivo municipal, presidido por Inês Medeiros, pretende prosseguir o asfaltamento na estrada de acesso às praias da Caparica e salienta o risco de se “acelerar a erosão costeira e a vulnerabilidade às alterações climáticas”.
A Câmara de Almada pavimentou os acessos, criou rotundas na Fonte da Telha e quer fazer o mesmo no conjunto de praias da Caparica, entre a Praia do Rei e a da Bela Vista.
“A intervenção realizada na Fonte da Telha constitui um retrocesso inequívoco face à política de ordenamento da orla costeira seguida em Portugal nos últimos 30 anos”, afirma Sérgio Barroso.
O geógrafo denuncia que a obra não teve parecer da APA, nem da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), lembra que a área é contígua à Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica e está classificada como Reserva Ecológica Nacional (REN), pelo que o asfaltamento com material betuminoso viola o POC e o Plano Diretor Municipal (PDM).
Inês de Medeiros diz que “não há violação da lei, nem do PDM” e defende o asfaltamento para “ordenar os acessos e o estacionamento na praia da Fonte da Telha e acabar com o estacionamento desordenado em cima das dunas”.»
"Ambiente chumba obra de pavimentação com betume da estrada na duna da Fonte da Telha".
Betonar a praia
No passado dia 1 de Junho de 2021, a propósito do que se está a passar a sul do Mondego o SOS Cabedelo postou o seguinte:
"Oportunamente denunciámos a legalização, por via da alteração ao Plano de Praia do Cabedelo, de mais edificação na frente sobre o mar. Pareceu-nos na altura, e continua a parecer agora, que não faz sentido a substituição de edificações existentes localizadas em espaço urbano, por novas em espaço natural, onde a capacidade resiliente deveria ser salvaguardada.
Na "Praça do Cabedelo" o que está em causa não é se o lugar deve ou não ser requalificado, mas como deve ser requalificado - designadamente com que materiais. Neste lugar, junto ao mar, o betão que estão a usar no piso da praça e o betuminoso no estacionamento contíguo, não são compatíveis com a natureza do lugar. A impermeabilização que está a ser feita atenta de forma grave, contra os mais básicos princípios de intervenção naquela zona terrestre de proteção costeira. Quando o mar voltar a galgar o molhe, de pouco servirão os milhares de euros gastos nas caleiras que não o vão conseguir escoar. Quando a força das águas atravessar a praça levando tudo à sua frente, não culpem o mar."
Foto António Agostinho. Simplesmente aberrante: na chamada "Praça do Cabedelo", as pessoas levam com o reflexo do solo impermeabilizado directamente nos olhos... |
quarta-feira, 6 de março de 2024
Escassez de lampreia é uma realidade que tem de ser estudada pois está em causa a preservação da espécie
No rio Mondego, onde a pesca de lampreia é uma tradição ancestral, este poderá ser o pior ano de sempre. Penacova cancelou o seu famoso e importante festival para a região por falta de lampreia.
Especialista defende proibição da pesca da lampreia devido à escassez. “Deveríamos fechar a pesca. A qualquer animal deve ser dada a oportunidade para se reproduzir.” "A situação piorou. Tem sido uma sucessão de anos maus. 2017, 2019, 2022 e 2023 foram anos maus, motivados pela seca e por outras situações que ainda não se conseguem explicar, visto que há um desconhecimento do que acontece com a espécie no mar, em que pode haver mais mortalidade", disse Pedro Raposo, director do Mare e especialista em peixes anádromos (espécies que, como a lampreia, se reproduzem em água doce, mas que se desenvolvem até à forma adulta no mar).
Por todo o País os festivais de lampreia têm vindo a ser cancelados por falta de matéria prima. Entretanto, segundo uma notícia hoje publicada pelo jornal Diário as Beiras, «a associação Figpesca convocou para esta
manhã, com início às
10H00, uma concentração de embarcações no
canal principal da zona
portuária, junto ao topo
Sul da Marina da Figueira
da Foz, e de familiares dos
pescadores na praça da
Europa Aguiar de Carvalho (em frente aos paços
do concelho).
Esta iniciativa tem por
finalidade protestar contra o “regulamento com
34 anos que define regras
totalmente desatualizadas”, vinca a associação
em nota de imprensa.
O alegado anacronismo
do regulamento, frisa a
Figpesca, tem originado
“uma fiscalização abusiva por parte da Unidade
de Controlo Costeiro da
GNR”, que “leva ao desagrado e à revolta dos
pescadores”.
“A direcção da associação
Figpesca e os seus associados que desenvolvem a
faina no Rio Mondego há
muito que vêm alertando
a administração e os vários intervenientes que
tutelam a pesca no Rio
Mondego para as dificuldades socioeconómicas,
que aumentam de ano
para ano”, sublinha ainda a
nota. Este alerta, afiança, repete-se nos últimos
15 meses, em sucessivas
reuniões com entidades
públicas.
Esta estrutura associativa representa armadores
e pescadores de pesca artesanal. O tipo de redes
utilizado ao abrigo do regulamento para a captura de sável e de lampreia,
segundo a Figpesca, está
desatualizado, tendo em
conta as alterações que
entretanto aconteceram
no caudal do estuário do
Rio Mondego. Em declarações recentes ao Diário as Beiras, o presidente da direcção da Figpesca, Igor Branco, sustenta que a cada vez menor quantidade de lampreias capturadas no estuário do Rio Mondego também se deve ao tamanho das redes que os pescadores são obrigados a utilizar ao abrigo do respectivo regulamento. Por isso, a associação reclama a actualização das normas em vigor há 34 anos, porque, entretanto, o caudal alterou-se.»
domingo, 15 de março de 2020
Suspeita de engenho explosivo no Parque de Campismo do Cabedelo
Via Diário as Beiras
Foto OUTRA MARGEM |
"Parte do parque de campismo localizado na praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, foi evacuada neste domingo devido à suspeita de ali existir um engenho explosivo, disse à agência Lusa fonte da autoridade marítima.
O suposto engenho explosivo, aparentemente uma granada de morteiro, foi hoje encontrado – junto à praia e levado para o interior do parque de campismo, que é ocupado maioritariamente por caravanas – por um utente do espaço.
“Está num vaso ao lado de uma caravana. É um engenho que aparenta ser explosivo, aparenta ser uma granada de morteiro, mas ainda não há confirmação”, afirmou o comandante do Porto da Figueira da Foz, João Lourenço.
Na sequência do alerta dado às autoridades cerca das 12H30, foram destacados meios da Polícia Marítima para o local, tendo sido activada uma equipa de sapadores da Marinha Portuguesa para confirmarem as características e avaliarem a perigosidade do achado, e eventualmente removerem o objeto em causa, adiantou o comandante do Porto.
Foi também criado um perímetro de segurança de 100 metros em redor da caravana em causa, com evacuação dessa zona do parque de campismo, disse João Lourenço.
Além da Polícia Marítima, estão no local meios da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, em apoio às medidas de restrição de acesso e afastamento dos campistas.
O comandante do Porto da Figueira da Foz avisou ainda que, perante eventuais artefactos explosivos, a regra é as pessoas “não tocarem, não mexerem e avisarem as autoridades”.
“Esta pessoa [que encontrou e levou o objeto para o interior do parque de campismo] pôs-se em risco a ela própria e todas as outras em redor. Um objeto desta natureza, mesmo velho, nunca se sabe se pode rebentar ou não”, alertou João Lourenço."
Em tempo.
Resumindo, não passou disto: houve um campista que ao passear pela praia, viu um objecto, pegou nele para enfeitar o seu espaço no interior do parque. Com tantos problemas, graves, no País, mobilizou uma força que, segundo o que sabemos, virá de Lisboa, para ver o que se passou.
Ainda por cima, isto acontece quando a catástrofe existente no País, impossibilita o turismo de catástrofe, já habitual no Cabedelo...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Afinal, quem é que tinha uma agenda política escondida mas bem definida?...
Quando, em Janeiro deste 2015, uma exposição de fotografia do Pedro Agostinho Cruz (um alerta sobre a tragédia ambiental que é a desagregação do litoral costeiro a sul da foz do Mondego) foi objecto de um básico e alvar acto de censura do presidente da junta de freguesia de S. Pedro, posteriormente reiterado em assembleia municipal pelo garboso voto de qualidade do seu presidente, o argumento foi que o jovem fotógrafo teria inconfessáveis propósitos políticos.
Hoje, o jornal As Beiras, como se pode ver na imagem acima em parte, tinha um interessante trabalho sobre S. Pedro, freguesia.
Questionado, numa das peças que constitui o caderno, pelo jornalista sobre o que “o que é já fez num ano de mandato” o presidente da junta, António Salgueiro, disse: “fizemos a reposições dos esporões da praia e do cordão dunar, duas situações que nos preocupavam bastante, porque o mar estava a entrar no pinhal. Entrámos em contacto com a Câmara da Figueira da Foz e com a Agência Portuguesa do Ambiente e conseguimos que fosse reposto o cordão dunar. Também foi feito o alcatroamento da avenida 12 de Julho, que estava bastante degradada. A dragagem do portinho também foi importante para criar melhores condições aos nossos pescadores. Neste momento, estamos a regulamentar a área do Portinho da Gala, em conjunto com a câmara, no sentido de melhorar e preservar os armazéns e criar melhores condições.”
O jornalista, argumentou: ”todas estas obras não são da junta...”
Ao que o presidente da junta esclareceu: “não, mas fizemos diligências para que fossem feitas.”
E um pouco mais adiante, o jornalista questionou: "Vai recandidatar-se?"
Reparem bem na resposta, digna de político à séria: "Vou cumprir o meu mandato e, se sentir que os eleitores querem que me recandidate e a minha família e a minha equipa me apoiarem e se os restantes dois elementos do executivo me acompanharem, poderei ponderar avançar para o segundo mandato."
Na tal foto, que constituiu, na altura, sem que ninguém o percebesse, o pomo da discórdia e que levou à censura da exposição, podem ver-se, o ministro do ambiente, da altura, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, da altura e o presidente da Câmara da Figueira, da altura e ainda actual.
Estão agora a entender a verdadeira razão da exigência da retirada da exposição da foto ao lado direito?
Com a entrevista de hoje, ficou tudo esclarecido: havia um guião político e o Pedro Cruz na sua santa e infantil ingenuidade estava, sem o querer, a estragar o plano.
Aprende Pedro: quem se mete com políticos, leva forte e feio...
Eu sei que não precisas de conselhos, mas eu faço sempre assim há muitos anos: passo sempre pelos cegos por uma carreira política em passo acelerado, para não ter de os ajudar a fazer aquelas coisas que qualquer de nós faz aos verdadeiros cegos.
Hoje, o jornal As Beiras, como se pode ver na imagem acima em parte, tinha um interessante trabalho sobre S. Pedro, freguesia.
Questionado, numa das peças que constitui o caderno, pelo jornalista sobre o que “o que é já fez num ano de mandato” o presidente da junta, António Salgueiro, disse: “fizemos a reposições dos esporões da praia e do cordão dunar, duas situações que nos preocupavam bastante, porque o mar estava a entrar no pinhal. Entrámos em contacto com a Câmara da Figueira da Foz e com a Agência Portuguesa do Ambiente e conseguimos que fosse reposto o cordão dunar. Também foi feito o alcatroamento da avenida 12 de Julho, que estava bastante degradada. A dragagem do portinho também foi importante para criar melhores condições aos nossos pescadores. Neste momento, estamos a regulamentar a área do Portinho da Gala, em conjunto com a câmara, no sentido de melhorar e preservar os armazéns e criar melhores condições.”
O jornalista, argumentou: ”todas estas obras não são da junta...”
Ao que o presidente da junta esclareceu: “não, mas fizemos diligências para que fossem feitas.”
E um pouco mais adiante, o jornalista questionou: "Vai recandidatar-se?"
Reparem bem na resposta, digna de político à séria: "Vou cumprir o meu mandato e, se sentir que os eleitores querem que me recandidate e a minha família e a minha equipa me apoiarem e se os restantes dois elementos do executivo me acompanharem, poderei ponderar avançar para o segundo mandato."
Ah político enxuto?...
Na tal foto, que constituiu, na altura, sem que ninguém o percebesse, o pomo da discórdia e que levou à censura da exposição, podem ver-se, o ministro do ambiente, da altura, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, da altura e o presidente da Câmara da Figueira, da altura e ainda actual.
Estão agora a entender a verdadeira razão da exigência da retirada da exposição da foto ao lado direito?
Com a entrevista de hoje, ficou tudo esclarecido: havia um guião político e o Pedro Cruz na sua santa e infantil ingenuidade estava, sem o querer, a estragar o plano.
Aprende Pedro: quem se mete com políticos, leva forte e feio...
Eu sei que não precisas de conselhos, mas eu faço sempre assim há muitos anos: passo sempre pelos cegos por uma carreira política em passo acelerado, para não ter de os ajudar a fazer aquelas coisas que qualquer de nós faz aos verdadeiros cegos.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Para fazer um blogue interessante não basta um teclado, um processador de texto e um computador: é preciso ter talento - o talento deste “artista atento ao rumor do mundo” *…
Pedro Cruz e a exposição-panfleto
Quando, há uns anos, me debrucei sobre o já então notório
talento do jovem foto-jornalista Pedro Cruz, o que nele me chamou a atenção foi
que, entre outras coisas, ele não era bem-bem um jovem como os outros. O tempo
tem vindo a dar-me razão.
Neste tempo em que, por ignorância, egoísmo, medo do
compromisso ou estupidez natural, os jovens manifestam grande desprezo pela vida cívica e um quase
total desinteresse por tudo o resto, o jovem foto-jornalista é uma excepção
nessa espécie de abulia colectiva que contamina toda uma geração.
Em Janeiro deste ano, uma sua exposição de fotografia (um
alerta sobre a tragédia ambiental que é a desagregação do litoral costeiro a
sul da foz do Mondego) foi objecto de um alvar acto de censura na junta de
freguesia de S. Pedro, posteriormente reiterado em assembleia municipal pelo
garboso voto de qualidade do seu presidente. O argumento era que o jovem Pedro
teria inconfessáveis propósitos políticos.
Pois bem, Pedro acaba de dar de novo provas - não de talento
que isso ele já não tem que provar - mas de génio (engenho e orgulho). E um
exemplo, raro, de activismo cívico consciente, de cidadania generosa. Eu explico:
- em vez de simplesmente não “mexer” mais no assunto, ou de
as expôr noutro local mais permissivo ou tolerante, Pedro pegou nas fotos da
exposição censurada e, com a ajuda de alguns amigos - que fizeram a composição gráfica - concebeu e
pagou do seu bolso uma edição de quinhentos exemplares em papel e formato de
jornal da sua exposição maldita - o lançamento foi na Casa do Pescador, Costa
de Lavos, na passada Segunda-Feira, dia dos Oceanos.
Uma exposição-volante. Uma espécie de panfleto ilustrado que
distribui gratuitamente, com o objectivo de divulgar e sensibilizar o maior
número possível de cidadãos para um problema que ele acha que é de todos. Junto
a isto providenciou uma pequena caixa de pau-feita para recolher donativos, que
se compromete a desbaratar na aquisição de árvores, de cujo plantio metódico
depende a consolidação do areal da sua praia. No fim da “apresentação”, Pedro
Cruz proferiu: “a areia que quiseram atirar-me para os olhos faz muita falta na
praia de S. Pedro”. Segundo os jornais, foi a sua única declaração “política”.
Eu acho que este jovem é admirável. Na razão directa, e inversa,
da demissão massiva de todos os da sua geração.
A verdade porém é que se houvesse mais alguns como Pedro
talvez a arte neste país não fosse a pessegada da Joana Vasconcelos em grande
no Portugal dos pequenitos; talvez a literatura não fosse o desfile merdiático
de hugos-mãe e demais peixotos em sentimentais e monetários concursos Leya;
talvez a educação não fosse a ignóbil doutrinação nessa praxe obrigatória que é
o novo catecismo do empreendorismo; talvez a cultura não fosse esse
entretenimento triste; talvez a comunicação social não fosse o meio onde
triunfa este analfabetismo cínico e acanalhado; talvez a religião não fosse
esta idolatria e o futebol esta religião; talvez a economia não fosse esta
alarve transfega de escravos; talvez que um imbecil jamais pudesse ser eleito
deputado ou presidente de Câmara, de assembleia municipal, da República - ou
sequer de junta, em S. Pedro.
Que diabo, nem era preciso que todos tivessem o talento do
Pedro. Apenas um cagagésimo da sua consciência moral e da sua atitude cívica.
* Fernando Campos - "um artista que não come gelados com testa".
Só os gajos estúpidos é que comem gelados com testa.
* Fernando Campos - "um artista que não come gelados com testa".
Só os gajos estúpidos é que comem gelados com testa.
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