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segunda-feira, 13 de março de 2017

PDM e agitação e propaganda..(III)

"Para além disso houve várias reuniões, que eu tenha conhecimento, em todas as Freguesias com a participação dos elementos do executivo e técnicos para que a população desse a conhecer os seus problemas. Por exemplo os casos colocados na Freguesia de Paião, 80% foram ultrapassados."
 paulo pinto


Quer dizer que foi «AVULSOS»?..  Por estatística 80% resolvido...
Para dizer que resolveram, PEGARAM NOS PROBLEMAS DOS 25 ANOS e RESOLVERAM 80%!..

Sabemos o que aconteceu no País e na Figueira.
No decorrer de anos e anos, mercê da especulação imobiliária e de um desordenamento do território que remunerou interesses bem colocados junto do poder político, foram sendo construídas selvas de betão ao redor e em zonas especificas da  cidade, nomeadamente nas frentes de mar.
O processo enriqueceu muita gente. 

Na Figueira, ainda faltou concretizar muita coisa, nomeadamente o célebre processo Alberto Gaspar (pelos vistos, chegou a oportunidade de valorizar os terrenos ... Só após os trabalhadores terem o processo fechado? Quem lucra com a mais valia?)
Temos os terrenos que incluem o campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala.
Inclui, ou não a Aldeia do Mar, a zona  assinalada na imagem acima?..

Sabemos o que se passou no País, em geral, e na Figueira...
O especulador conseguia a alteração ou a ultrapassagem do PDM... 
Ao conseguir transformar um terreno agrícola, ou industrial, ou com limites de construção, em altura, no local ideal para a construção "pato-bravista", fazia o preço multiplicar-se muitos por cento.
Depois era só repartir o bolo: beneficiava o autarca com dotes para conseguir operar a transformação, o construtor, o fornecedor de materiais de construção, a imobiliária, o banco que financiou as obras e as aquisições das belas habitações e etc. (e mais alguns...)
Quem perdeu?
Quase todos, os que hoje pagamos o restante da factura, nomeadamente a crise da banca.

Dir-me-ão: isso é passado.
Sinceramente, espero que sim.
Então que alguém responsável polticamente na Figueira responda com transparência cristalina a estas duas  simples questões: 
1. qual é a estratégia de desenvolvimento do Concelho?
2. com que instrumentos contam para executar essa estratégia?
Pergunto: a proposta de revisão de PDM DO PRESIDENTE ATAÍDE, actualmente em fase de discussão pública, responde a essas medidas?

Esta revisão do PDM tem objectivos económicos e políticos. 
Já em 2008, João Cardoso, então presidente da ACCIF, dava conta que “nos últimos 10 a 12 anos a freguesia de S. Julião, que abrange o centro da cidade, perdeu cerca de 20 por cento da população, com o aumento da habitação na periferia, situação que não pode continuar a manter-se”. E, sublinhou:  “é hora de mudar”...
E, curiosamente, ou talvez não, é isso que transparece, claramente, pelo pouco que se conhece desta proposta de revisão do presidente Ataíde do PDM. 


Vejamos um pormenor. 
A zona em redor do Parque de Campismo Municipal.
A prioridade racional, ao que julgo saber, deveria passar por "selar" em zona verde, pelo limite das estradas existentes, para num futuro próximo continuar a existir a hipótese de alargar o parque... 
Com esta proposta, não é isso, claramente o que vai acontecer:  o parque vai ficar asfixiado com prédios...
Portanto, caros leitores, a sociedade civil tem de exigir explicações aos políticos em tempo útil: isto é, no período em que o processo está em discussaõ pública. 
O Movimento Parque Verde ainda existe?

Ou seja: agora.
Os políticos, em especial o presidente da câmara, neste caso João Ataíde,  têm responsabilidades e têm a obrigação política e ética, de dar a cara e esclarecer as opções que tomam nesta matéria.
Mas, pelo caminho que as coisas estão a tomar, é claro que os políticos deste executivo de maioria absoluta socialista estão a seguir o caminho contrário: vão refugiar-se nos técnicos e nos pareceres de organismos externos!
Fazem lembrar aqueles imbecis que todos conhecemos, que não sabem usar mais do que um ou dois por cento das funcionalidades que têm no telemóvel, mas correm a comprar outro,  assim que é anunciado um mais moderno e com mais funcionalidades que, claro, nunca usarão...

PROPOSTA DO PDM ( PASMEM-SE DISTO MESMO ) PRESIDENTE ATAIDE: PARA VER MELHOR AS IMAGENS, BASTA CLICAR EM CIMA.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O dever acima de tudo. Então para quê as elites pagarem as dívidas?.. Ainda por cima a trabalhadores...

"A proposta do administrador judicial da unidade de transformação de madeira e fábrica de móveis Alberto Gaspar prevê que os antigos 86 operários recebem uma bagatela, em relação aos salários e indemnizações a que têm direito. O jornal AS BEIRAS teve acesso ao documento e as notícias não são boas. As verbas disponíveis na proposta de distribuição e rateio final da massa insolvente da empresa rondam os 22 mil euros. Por sua vez, o montante reclamado pelos ex-trabalhadores ascende a várias centenas de milhares de euros. A título de exemplo, um antigo operário tem a receber cerca de 45 mil euros, mas só deverá ter direito a 999 euros. Outro poderá receber apenas 988 euros dos 44,3 mil a que tem direito. Há ainda quem possa ficar com apenas 321 euros dos 14.434 que a empresa lhe devia. Os restantes 83 também podem contar com valores proporcionalmente semelhantes. É certo que, entretanto, tiveram acesso ao fundo de garantia salarial, cerca de cinco mil euros, mas, na maioria dos casos, ficou muito abaixo daquilo a que têm direito."

sábado, 23 de julho de 2016

Pessoal, vai ser um dia de alegria em que a saudade vai assaltar...

1911, Figueira da Foz. Nesse já longínquo ano, é fundada na Figueira da Foz pelos irmãos António e João Neto Braz, José Ribeiro Gomes e outros, nomeadamente Manuel Gaspar de Lemos, a Sociedade de Pesca Oceano, Lda.
O primeiro navio da empresa foi o lugre Oceano, comprado em Hamburgo em 1912.
Anos mais tarde, os irmãos Alberto e José Sotto Maior adquiriram a SPOL.
Foram eles que trouxeram para a Figueira um dos mais belos navios de que tenho memória: o José Alberto.
Os irmãos António e José Cação, passados alguns anos, assumiram a gerência da empresa, tendo depois ficado seus proprietários.  
E é assim que chegamos a 1973 e a minha vida se cruza, durante 10 anos, com o mundo SPOL, comandado pelo eng. Carlos António Andrade Cação.
O eng. Andrade Cação, nasceu na Figueira a 24 de julho de 1938. Licenciou-se em engenharia mecânica na Faculdade de Engenharia do Porto. Depois de ter passado pela Administração Geral do Porto de Lisboa, em 1967 tornou-se sócio da Sociedade de Pesca Oceano. Anos mais tarde, quando já era seu único dono, alargou a actividade da empresa ao arrasto costeiro, com os barcos Irene Doraty (a junção dos primeiros nomes da sua mãe e da sua tia) e o Natália Eugénia. A frota de arrasto costeiro da SPOL alargou, e na década de 80, chegou a ser composta por 6 unidades.
Porém, do meu ponto de vista, aquilo onde o eng. Andrade Cação deixou  a sua marca pessoal, aconteceu no final da década de 60 ao transformar o navio de pesca à linha Soto Maior (na altura o nome foi mudado para José Cação, o nome do seu tio) para o sistema de redes de emalhar, o que constituiu na altura uma atitude pioneira em Portugal.
Em 1971, comprou o Vaz, irmão gémeo do José Cação, que depois de também transformado para poder pescar com redes de emalhar, foi baptizado com o nome do seu pai - António Cação
Navio "JOSÉ CAÇÃO"o último bacalhoeiro da  Figueira da Foz,
 
numa foto tirada a 14 de Maio de 2002
Estes barcos pescaram até 1990 e foram os últimos navios da "Faina Maior" a operar no porto da Figueira da Foz.
Lamentavelmente, na Figueira, dessa memória nada resta.  
O “José Cação”, apesar dos esforços de homens como Álvaro Abreu da Silva, Manuel Luís Pata e Marques Guerra,  foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.
E é esta realidade, que todos estes anos decorridos, logo mais, alguns dos sobreviventes, das largas centenas que passaram pela Morraceira e pelos barcos da SPOL, vão recordar num convívio que vai reunir algumas dezenas. 

domingo, 19 de junho de 2016

A luz coada do mar da Cova...

Depois de passar pelo Largo Aguiar de Carvalho,
estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem...
Todas as manhãs, logo pela fresquinha, gosto de caminhar, para perder peso e ganhar energias para o dia. 
Em relação ao primeiro objectivo, está a ser difícil averbar vitória.
Quanto ao segundo, a vitória foi automática...

Normalmente, vou pela Rua das Indústrias, olho para as antigas instalações do Alberto Gaspar, passo o Mercado e subo até ao Largo Aguiar de Carvalho, onde estendo o olhar até à encosta sul da Serra da Boa Viagem e sigo pelo passadiço que liga a Praia da Cova à Praia do Hospital. 
Depois, tenho de descer ao lado do relvado sintético - os passadiço entre o Hospital e o Cabedelo estão impraticáveis...  -  e sigo até ao Cabedelo pela estrada que ficou entalada entre a duna, cada vez a minguar mais, e  as instalações do porto de pesca, passo ao lado da antiga Foznave e inicio o regresso. Antes, porém, percorro o paredão até à ponta do molhe sul
Quando inverto a marcha, reparo que
 a Gala está a receber os primeiros raios de sol..


Quando inverto a marcha, reparo que a Gala está a receber os primeiros raios de sol.
Dá para imaginar alguém que se terá esquecido de fechar as persianas a acordar irritada com a primeira luz a bater-lhe na cara. 
Resmunga com o marido e diz-lhe para ir fechar as persianas
E ele vai, porque gosta dela.
Pudera: ela é bonita e irresistível.

E assim começa o dia: com o mar e a luz coada do mar da minha Aldeia.
Os primeiros raios da luz do sol aquecem-me a face e fazem despontar mais um dia perante os meus olhos, agradados por mais esta dádiva. 
No ar, a presentear-me fica o odor da areia e da maresia, o vento suave na cara e o rumor da onda.
A natureza na minha Aldeia é uma coisa bela.
E nós tão pequeninos em relação a ela!..

Uma explicação necessária.
Todos somos vulneráveis e precisamos de nos resguardar. 
Entendam esta crónica, como um momento de felicidade de alguém que, após mais de ano sem poder fazer aquilo de que gosta de poder fazer muito - caminhadas matinais -, constatou que a arreliadora lesão no "calcante" esquerdo foi debelada.
...aí está o voo de uma gaivota culta,  que é aquela
que faz o que alguns figueirenses  gostariam de fazer,
mas não fazem:  por falta de coragem e  outras coisas...
Duas semanas depois de retomar o ritmo normal, sinto o  conforto de caminhar sem dor.

Eu sei que não há vida sem dor, como ensinam os livros!.. 
Para o saber, bastou  olhar para a minha vida, que não é muito diferente da dos demais mortais...
Terão, pois, razão os livros, mais uma vez... 
Mas que era chato caminhar com dor no "calcante" esquerdo, lá isso era!..
Sabe-me tão bem caminhar agora com todo este conforto, que resolvi partilhar convosco este momento de felicidade!..

Desculpem lá a franqueza, mas, neste momento, depois da caminhada que antecedeu a feitura do texto acima, sinto-me tão feliz como uma gaivota culta depois de cagar na cabeça de muita boa gente que, por vezes, se lembra de vir ao Cabedelo...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo...

Há 9 anos e muitos meses, que andamos por aqui a dar notícias da Aldeia.
Tanto tempo depois, para desgosto de alguns, ainda por cá andamos...
Olhando para trás, modestamente, penso que este espaço, contribuiu para trazer à colação muitos problemas desta Aldeia, esquecida de gentes e poderes, da qual, não se costumava  dizer muito...

Para preocupação de alguns, Outra Margem adquiriu estatuto intervencionista, ao denunciar questões importantes para a Aldeia, para a cidade e até para o concelho, como, por exemplo, o "caso da erosão costeira a sul do Mondego", o "caso da falta de segurança da nossa barra", o "caso Alberto Gaspar", o "caso do Hospital que foi colocado dentro de um parque de estacionamento", o "caso de uma câmara de maioria absoluta socialista, que decidiu fazer reuniões de câmaras à porta fechada", etc.

Este espaço, protestou e lutou em nome do autor e, certamente, veiculando e dando voz ao protesto de muitos que não sabem como o fazer, contra o descalabro e a má governação a que estamos sujeitos.
Sem falsa modéstia, este espaço acabou a contribuir por integrar a Aldeia  na propalada globalização, sendo, desde há anos, um elo de ligação e uma fonte diária de notícias para muitos daqueles que, para conseguir sobreviver, tiveram de emigrar e estão espalhados por vários cantos do mundo...

Enquanto português, pagador de impostos e eleitor, há muito que desacreditei dos  políticos que tenho conhecido. 
A esses, a meu ver, resta apelar a algum bom senso que ainda possam ter...
Nos últimos anos, reduziram o emprego, a instrução, a saúde, a competência, a capacidade de criar, a riqueza, a iniciativa privada, a vontade de viver e  investir num país falido, enquanto fomos vendo  aumentar impostos, reduzir apoios sociais, salários e pensões.

Dos políticos locais, apenas espero que na próxima campanha política, os candidatos nos falem de forma clara dos projectos que têm para o Concelho e  para cada uma das freguesias que o compõem. É, apenas, isto que espero. 
Por mim, estão dispensados de passar cá pela Aldeia, com discursos políticos e promessas que se vão repetindo, campanha eleitoral após campanha eleitoral.
É o que menos me interessa. Quero compromissos claros e exequíveis. Quero gente que esteja ao nosso lado e na primeira linha a dar a cara pelos interesses da Aldeia e que lute connosco pela defesa da nossa terra sem calculismos políticos. 
Uma sugestão aos presidentes da junta: podem começar por lutar para mudar a realidade que são os orçamentos ridículos atribuídos anualmente para as freguesias.

A minha visão da sociedade e a minha maneira de estar na vida, não concebe ou admite, que para enganar terceiros e colher benefícios eleitorais, se gastem milhares de euros em equipamentos culturais e, passados anos, por falta de planeamento sustentado, funcionem como "tascas".
É por isso, sem querer impor a ninguém esta minha visão e esta minha maneira de estar na vida,  que não me calarei e não deixarei de protestar contra hipocrisias e oportunismos políticos.
É a democracia que me permite ter opinião. Exactamente, a mesma democracia que, por ironia do destino,  permite ao Cavaco ser presidente da República, ao dr. Costa ser primeiro-ministro, ao dr. Ataíde ser presidente da CM, ao António Salgueiro ser presidente da junta, curiosamente num país, num concelho e numa Aldeia, onde essa mesma democracia possibilita aos cidadãos eleger quem melhor lhes poderia responder aos seus anseios e aspirações...

Quanto ao que faço da minha vida, se escrevo em blogues, como em tempos escrevi em jornais, como em tempos fiz parte dos corpos directivos das Colectividades, fui membro de um executivo da junta de S. Pedro, andei a dar banho à minhoca, isso, os críticos deveriam saber que são assuntos da esfera da minha vida privada. 
Ninguém obriga ninguém a candidatar-se ao exercício de cargos políticos.

O que faço do meu tempo é comigo. 
Assim como é comigo viver onde quero viver, pelo que dispenso imposições, sugestões ou conselhos para me mudar, se me não sentir bem na Aldeia.
Fruto do trabalho, dos meus progenitores e meu, consegui garantir, há muito, os meios para que tal fosse possível nos quase 62 anos da minha vida. Quando a Aldeia que é a minha terra natal, não reunir condições para que aqui habite, com a qualidade de vida mínima que qualquer cidadão deve exigir, saberei mudar-me, sem que seja empurrado. 

O problema de fundo, para alguns, é que cada vez mais cidadãos da Aldeia, aspiram igualmente a uma Aldeia mais digna, mais desenvolvida, mais capaz de garantir habitabilidade, qualidade de vida e emprego aos seus filhos, coisa que até ao presente, não foi conseguida. 
As reminiscências de um caciquismo serôdio, velho de quase 30 anos, não afugentam ninguém.
Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo.
Amanhã, a luta continua...

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

António dos Santos - o Tróia

Um dia destes, ao fazer uma caminhada pelas ruas da minha Aldeia, passei pela Rua António dos Santos - o Tróia - e deparei com a placa no topo norte da rua (para quem não sabe, é a que vai dar mesmo até à entrada do porto de pesca) no estado que a foto mostra.
Confesso que não gostei e, espero, que depois deste reparo a placa que recorda na toponímia cova-galense um lobo do mar, talvez um dos maiores de toda a orla marítima portuguesa, de seu nome António Santos - o Tróia, volte a ter a dignidade e o respeito que o homenageado, em devido tempo, pela Comissão de Toponímia da junta de freguesia de S. Pedro, merece.


Conheci muito bem António dos Santos - o Tróia, a sua esposa - a dª. Elvira - e as suas filhas.
A sua casa ficava a cerca de 200 metros para sul da casa dos meus Pais. A casa em madeira, embora já não pertença à família, ainda lá está: fica na esquina, lado norte, da rua que dá acesso às antigas instalações do Alberto Gaspar.
Por uma questão de precisão histórica, porém, recorro ao livro A Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, vulme II, de Manuel Luís Pata, que retrata essa figura lendária que se chamou António dos Santos, mais conhecido pelo o Tróia.
Nasceu na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, a 15 de Fevereiro de 1912.
Fez 6 campanhas ao bacalhau. Entre as razões que o levaram a ter abandonado a pesca ao bacalhau, não esteve de certeza o medo. Escreve quem o conheceu: "por medo? Não! O Tróia não sabia o que era o medo. Ele tratava o mar por tu, o mar era o seu grande companheiro do dia a dia...
O Tróia deve ter deixado a pesca do bacalhau, não por medo, mas sim por revolta pela desumanidade que imperava naquela vida, que não se enquadrava na sua maneira de ser. Enquanto para alguns capitães o bacalhau representava mais do que a vida dos pescadores, ele, Tróia, vária vezes tinha posto a sua vida em perigo para salvar vidas em naufrágios ocorridos na barra da Figueira da Foz. O Tróia, antes de embarcar para a pesca do bacalhau, já tinha dado provas da sua bravura, quer na sua bateira a remos, quer a nado, cometendo actos de invulgar heroísmo. Ele parecia possuir algo sobrenatural: de noite, acordava e levantava-se da sua cama, quando pressentia que algo de grave se passava nas proximidades da barra da Figueira. E, muitas vezes, o seu pressentimento estava certo. Nessas ocasiões, saltava para dentro da sua bateira, quer em noites de verão, quer em noites invernosas e fazia-se à barra, muitas das vezes antes das sereias dos Bombeiros começarem a roncar a dar o alarme. Quando chegava o socorro já lá andava o Tróia a furar o mar..."

Quem recorda o Tróia, lembra-o como um lobo do mar, possivelmente um dos maiores que existiram na orla marítima portuguesa.
Manuel Luís Pata, ao vivo, assistiu o dois naufrágios em que o Tróia arriscou a sua própria vida para salvar outras vidas.
"O primeiro foi o encalhe da traineira Sagres, nos rochedos do Forte de Santa Catarina. O outro, foi o encalhe do iate de cabotagem Bem Aventurado ao sul dos blocos da barra no Cabedelo." 
Nesta ocorrência, todo o esforço do Tróia foi feito a nado, batendo-se com o mar, a passar cabos do navio para terra. Graças à sua coragem, toda a tripulação se salvou e  alcançou terra. Neste naufrágio, a que assistiu Manuel Luís Pata, o único meio possível de ajudar as vitimas era a nado pois não havia outro meio de chegar ao navio - "só um Tróia teria a força e a coragem para o fazer".

Relatar uma vida cheia como a de António dos Santos - o Tróia não é tarefa fácil. Muito mais haveria a escrever. Porém, esta postagem para além de apenas recordar uma figura com a dimensão humana de poucos, pretende chamar a atenção de quem de direito para a dignidade que merece a preservação da sua memória numa rua da freguesia de S. Pedro.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Isto já está a arder há muito...

foto Pedro Agostinho Cruz
Começo pelo princípio: a queima dos ecopontos é um acto repugnante e condenável, que deve ser investigado, julgado e punido exemplarmente.
Todavia, aqui pela Cova-Gala, Aldeia onde tem sido norma, de há uns anos  a esta parte, colocar a arder os ecopontos,  não há ainda razões para decretar estado de calamidade pública.
É uma mera Aldeia, uma pequena parcela do território nacional, e só está a ser fustigada por esta anormalidade de há uns anos a esta parte.
Se pensarmos que Portugal continental e mais as ilhas adjacentes,  têm vindo a ser massacrados,  vai para cerca de quarenta anos, por solícitos,  pujantes e vorazes democratas do chamado “arco do poder”, o caso não é assim tão grave...
Além do mais, os ecopontos nem fazem parte  da paisagem.
Sem desculpar o acto gratuito da queima dos ecopontos,  aí pela cidade e aqui pela Aldeia,  nem de perto nem de longe isso constitui a pior catástrofe que já nos aconteceu...
Ao pé dos empreiteiros e autarcas associados, que por aqui e pela Figueira têm passado,  que  construíram a esmo (e queriam continuar a construir em todo lado, desde o Alberto Gaspar até ao campo de futebol do Cova-Gala...) ninguém tenha dúvidas: a queima dos ecopontos, embora tenha a sua gravidade,  são trocos... 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O que nos vale é que este presidente da república e este governo nos defendem dos males da democracia…

"Os portugueses cuspiram em Gaspar, sem dúvida um dos melhores ministros das finanças que Portugal alguma vez teve. Se não querem Gaspar, ficam apenas com um(a) Gaspar II ou III, sem o prestígio e a solidez do I" –  comentário lido na página online do Correio da Manhã.

Pois é.
Isto da democracia tem muito que se lhe diga. Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal. Um destes é a possibilidade da escolha. A possibilidade de escolha leva a que as pessoas se tornem cada vez mais esquisitas, picuinhas, exigentes, chatas, complicadas, obsoletas e “fora de moda”.
Para evitar chatices e mal entendidos, a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças foi uma imposição da troika (BCE, CE e FMI) e do Governo alemão, particularmente do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, apurou o Correio da Manhã. Esta terá sido uma das razões para o primeiro-ministro ter decidido manter a ministra nas Finanças, apesar do pedido de demissão de Paulo Portas do Governo.
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, empenhou-se, pelo menos nos últimos meses antes da sua saída do Governo, em apresentar Maria Luís Albuquerque aos seus homólogos europeus, nomeadamente nas reuniões do Eurogrupo e do Ecofin.
Vítor Gaspar, que já estava a preparar a sua saída do Governo, tratou de convencer a troika e a Alemanha de que a escolha de Maria Luís Albuquerque era a melhor solução para Portugal continuar a aplicar o programa de assistência económica e financeira.
E parece ter dado resultado.
É mais do que tempo, portanto,  para que o nosso ensino universitário acompanhe os novos ventos dos tempos  que correm em Portugal.
Proponho, por conseguinte, a quem de direito, a criação da pós graduação “Desenrascanço e Sucesso na Política", avançando desde já, com os nomes dos professores responsáveis para as cadeiras obrigatórias.
- "Relações Familiares e Offshores", regida por Isatino Morais;
- "Democracia e Pluralismo", regida por Alberto João Jardim;

- "Direito Penal e Processo Penal", regida por Fátima Felgueiras;
- "Ética e Liberdade de Imprensa", regida por Avelino Ferreira Torres;
- “Irrevogabilidade”, regida por Paulo Portas;
- “Pragmatismo político”, regida por Passos Coelho;
- “Grande economia”, regida por Cavaco Silva.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Isto, podia também estar a acontecer neste momento na Cova-Gala!..

 Vejamos o que está acontecer no sul do País.
“O Algarve assiste ao desmontar das gruas e Espanha está em saldo”…
Isto, neste momento, podia também estar a acontecer na Aldeia da Cova-Gala. 
Este blogue, desde Outubro de 2006, foi dando notícias deste folhetim...
 “O filme compilado do caso Alberto Gaspar & Cª., Ldª.”  dá  noção do que, realmente, esteve em causa nesta questão.
Mas, vamos ao Algarve.  O que se passa no Algarve é uma forma de tragédia…
Havia uma paisagem notável.
Então,  cada um no seu quinhão, procurou  tirar  partido individual duma  paisagem comum,  para obter o lucro fácil com a construção ao desbarato.
As autoridades, em função de negociatas várias, a procura de taxas e impostos e o objectivo de gerar emprego,  pactuaram de forma desavergonhada...
Entretanto, a paisagem ficou destruída e, agora,  as gruas estão a ser desmomtadas…

sábado, 29 de outubro de 2011

Recordando o caso dos terrenos do Alberto Gaspar...

Lembram-se?.. A bolha imobiliária espanhola atingiu em cheio a Martinsa-Fadesa, a promotora imobiliária que já estava a vender apartamentos nos terrenos do Alberto Gaspar, situados na zona industrial da Gala!..
Quem tem lido este blogue conhece a “estória” … Pode ser recordada clicando, por exemplo,  aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui ...
Este caso, é um exemplo, triste por sinal, daquilo que também contribuiu para o actual estado de Portugal.

Depois de anos e anos de construção desenfreada, Portugal é um país coberto de caixotes de betão, fruto, por um lado, da ganância dos "pato-bravo" que fizeram fortunas colossais a vender casas a preços astronómicos para o poder de compra do português, onde se torra no verão e se gela no inverno, e, por outro da ganância das câmaras para ganhar dinheiro, no imediato, com os alvarás de construção e, no futuro, com o IMI.
Entretanto – e a Figueira é um exemplo disso - os centros das cidades são uma tristeza e um deserto: as casas estão ao abandono e em ruínas, porque nada se restaura. Deixa-se cair para o "pato-bravo" fazer um prédio de 6 andares, onde dantes havia uma simpática e harmoniosa casinha.
As aldeias, vilas e cidades deste País, estão descaracterizadas, feias e sem graça. As periferias, como é o caso da Aldeia da Cova-Gala, são um aglomerado de caixotes de betão.
Mas, um dia, isto tinha de estoirar. As casas não valem metade do que pedem por elas e há casas a mais por todo o País, em geral, e no concelho da Figueira, em particular.
O território da nossa Aldeia sofreu, nas últimas duas décadas, uma autêntica revolução de betão. Com a facilidade concedida pelo crédito à habitação, empreendedores imobiliários e empreiteiros, com o beneplácito do poder local, ávido de receitas, fizeram fortunas colossais.
Alguém ganhou, mas a Terra perdeu, nomeadamente, na beleza natural e no impacte ambiental.
Todos nós, os que aqui nascemos, ou habitamos nos tornámos vítimas de uma conspiração do betão, que envolve muitos interesses, desde os empreiteiros aos autarcas.
Felizmente, que a bolha imobiliária espanhola evitou danos ainda maiores…

domingo, 17 de julho de 2011

Cruz Vermelha angaria fundos com prova de Kart na Gala

Hoje, a partir das 14h00, nas antigas instalações da firma Alberto Gaspar (Gala, freguesia de São Pedro) terá lugar uma prova de Kart Cross Super Especial, dinamizada pela Cruz Vermelha Portuguesa – delegação da Figueira da Foz. A animação será permanente e contará com a presença de um DJ.
De sublinhar que a prova é da responsabilidade da CVP figueirense, com a execução da Unidade de Emergência. O evento, que se destina a angariar fundos para o pagamento da nova ambulância recentemente adquirida pela CVP local, conta com a participação especial de enduro e o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Via O Figueirense

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Terrenos do Alberto Gaspar…

Estão prontos para entrega os apartamentos vendidos em 2009  (conforme notícia de Janeiro desse ano do jornal SOL) em terrenos de uso industrial !..
para ler  melhor a notícia clicar em cima da imagem abaixo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Centro Escolar de S. Pedro

Lido no Figueirense de hoje:
"A autarquia figueirense prepara-se para lançar a candidatura da construção do futuro Centro Escolar de S. Pedro, uma obra orçada em cerca de um milhão de euros e que poderá contar com um financiamento até 85% do seu valor. 
Financiamento e permuta de terrenos
O centro, orçado em cerca de um milhão de euros, será completado com a construção de um novo campo de futebol que, para além de receber as equipas do Cova-Gala, estará ao serviço da comunidade escolar. O projecto (somente na vertente escolar) poderá ser financiado pelas verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional até 85% do valor da obra.
Depois de se apontar para uma primeira localização, a autarquia figueirense decidiu avançar com o projecto nos antigos terrenos da fábrica Terpex. Para o efeito, decorrem negociações com um empresário do ramo imobiliário que, através de uma permuta de terrenos, poderá ver viabilizado um projecto de construção habitacional nos actuais terrenos do campo de futebol de S. Pedro, junto à orla marítima.”

Ora, esta é uma proposta já velha e conhecida     (ver jornal As Beiras de 10 de Dezembro de 2007).
“Em causa está “a permuta de um terreno de 25 mil metros quadrados na Cova/Gala, propriedade da Zume, Construções, Lda, do empresário José Pucarinho. Localiza-se perto da antiga fábrica Alberto Gaspar. A troca inclui duas áreas vizinhas, uma urbanizável de 15 mil metros quadrados (aquela a que a Bissaya Barreto se refere) e outra não urbanizável de 17 mil metros quadrados.
Saliente-se que a segunda parcela é o actual campo de futebol de S. Pedro, equipamento que vai ser desactivado, quando for construído um novo.”

Por agora, relembro apenas mais um pormenor.
 “Na área ocupada pelo actual campo de jogos,  só podem ser construídos equipamentos desportivos.”
Como é que se vai ultrapassar esta actual  limitação do PDM?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Questões verdadeiramente fracturantes em São Pedro e no concelho da Figueira

Duarte Silva, de harmonia com o que li no diário as Beiras do dia 1 de Maio de 2009, “não descartava a possibilidade de vir a exigir a reversão dos terrenos da antiga transformadora de madeira Alberto Gaspar.”
Face a isso, a possibilidade dessa reversão - e como o que está em causa é a defesa dos interesses do concelho da Figueira da Foz – coloquei neste blogue a pergunta ao então presidente da câmara a poucos meses do final de mandato: o que tem inibido o eng. Duarte Silva?
Como a pergunta continua pertinente e como o que continua a estar em causa são os interesses do concelho da Figueira da Foz, coloco a mesma questão ao actual executivo: o que vos inibe?..
Citando António Tavares, então Vereador da oposição: “este processo nasceu torto e está a ser enviesado. A maioria (camarária) não tem uma visão integral mas sim parcial e casuística. Não há uma distribuição coerente e racional. A Figueira está ao sabor dos patos bravos, da pressão imobiliária e da construção civil. Há muito para justificar”.
Citando outro da área do PS, o defunto político António Paredes, referindo o passado urbanístico figueirense, afirmou que “o PS já pagou politicamente esses erros.”
Vamos lá ver, então, se o PS local, novamente no poder na Figueira, aprendeu realmente com os erros do passado...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Faíscas, Arazede, é concelho de Montemor-o-Velho!..


Ontem, o Rogério Neves “foi destacado pelo Jornal onde trabalha para fazer a cobertura do jogo a contar para o Campeonato Nacional de Juniores entre a Naval e o Atlético.”
Quem lhe comunicou o trabalho recomendou algumas vezes: "não te esqueças que o jogo é nas Faíscas junto a Arazede".
O Rogério, que “há anos que eu não ia ao campo das Faíscas onde sempre jogaram os Águias de Arazede, quando chegou...entrou e ficou de boca aberta!
Um excelente sintético com 100x64 com sistema de rega próprio de canhões (trabalhou ontem pela primeira vez) e a Naval aquela equipa de futebol que está á procura de ir à Final da Taça de Portugal onde já se discute se vai à Europa ou não, anda a pedir aos clubes da aldeia o favor de lá os deixar jogar.
Mas qual Europa qual quê? Que legitimidade existe de se querer disputar uma competição europeia se não se tem um relvado ou um sintético para a sua própria formação.
Espero que não confundam o que aqui está escrito. Isto é uma critica sim senhor, não sei a quem a dirigir, provavelmente à Naval ou ao seu presidente, mas porque não à Autarquia, à Associação Futebol de Coimbra ou a outras entidades.
Para terminar dir-vos-ei que por curiosidade perguntei a um dirigente do Águias de Arazede o custo do sintético. 400 mil Euros isto é 80 mil contos, tanto quanto custou há alguns meses atrás a organização de uma brincadeira de fim de semana de automóveis - que foi um autentico fiasco - feito nas antigas instalações do Alberto Gaspar.”


Pois é, meu caro e velho Amigo Rogério: o Campo das Faíscas fica em Arazede, concelho de Montemor-o-Velho. E o Bento Pessoa, o Campo do Cabedelo e o Parque Desportivo da Leirosa, ficam no concelho da Figueira da Foz.
Não será esse pormenor que faz toda a diferença?..

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O debate. Ou a falta dele….

Ontem à noite estive ocupado.
Apesar disso, ao que me contaram, parece que me quiseram meter num debate para onde não houvera sido convocado, nem teria de estar presente.
Por atenção, aos que em 2005 me elegeram para a Assembleia de Freguesia, esclareço o seguinte:


1. Se São Pedro, há 16 anos, não fosse governada por um caudilho, como estamos em democracia, situação e oposição, teriam os mesmos deveres, direitos e obrigações.
2. Trabalho por turnos, aliás como a maioria dos membros que fizeram parte da anterior Assembleia de Freguesia de São Pedro.
3. Só que, durante 4 anos, sempre houve tratamento diferenciado para os 8 componentes da situação e o único representante da oposição, membros do mesmo órgão autárquico onde todos deveriam ter, por direito próprio, os mesmos direitos, deveres e obrigações.
4. Passo a explicar: na marcação das Assembleias, nunca fui abordado, formal ou informalmente, acerca das minhas disponibilidades profissionais, o que aliás acontecia, e bem, com os membros da maioria que dominava absolutamente a Assembleia de Freguesia de São Pedro. Por esse facto, tive muitas dificuldades em acompanhar as reuniões da Assembleia de Freguesia de São Pedro.
5. Em devido tempo, e por mais de uma vez, alertei, por escrito, para o tratamento desigual que me era dado por parte da força maioritária em São Pedro, quando, por direito próprio, meu e dos eleitores que me colocaram naquele órgão, merecia tratamento igual a todos os componentes da Assembleia de Freguesia de São Pedro.
6. Nunca recebi qualquer resposta.
7. Aqui está a razão da minha não comparência em algumas reuniões da Assembleia de Freguesia de São Pedro no anterior mandato.
8. Aqui está a principal razão, porque declinei encabeçar a lista da CDU para o próximo mandato.
9. Aliás, isto pode ser facilmente comprovado através das cartas a justificar as minhas faltas, que enviei, de harmonia com a lei, à Assembleia de Freguesia de São Pedro, em tempo oportuno.


ADENDA:

Os políticos que, nos últimos anos, estiveram à frente dos destinos da minha Freguesia, do meu ponto de vista, há muito que não representam o Povo. Representam interesses vários, proeminentemente, políticos (PSD/Figueira de Duarte Silva e companhia) económicos e próprios. Talvez, por isso, a ainda actual junta se confunda com uma direcção comercial, gerindo a Terra, não no interesse das populações mas, em função de superiores interesses, por vezes contraditórios, quando não, inconfessáveis, firmemente sustentada na força politica do capital. Repare-se, no dinheiro que uma lista, dita de independentes, está a gastar nesta campanha e gastou há 4 anos atrás, em 2005.
Este executivo, que administra a empresa Junta de Freguesia de Pedro, entre a propaganda à sua brilhante gestão, inventou um mito: só eles é que são competentes, só eles é que sabem, se não forem eles é o caos. O vendedor autárquico local, não tem deixado os seus créditos por mãos alheias – reparem só, no decorrer do passado ano, quantas reportagens, muitas delas encomendadas e pagas, não saíram na imprensa local, a vender o genial produto, que é a obra de Carlos Simão..
Mas que obra era essa? A exemplo do que acontece por esse País fora, onde não há autarquia que não sonhe com o jackpot do euromilhões, configurado em mais um resort de luxo, 18 torres de escritórios e habitações, uma ou duas marinas e meia dúzia de greens, aqui era a Fadesa a fada milagreira que iria resolver o problema da piscina, prometida e não construída, do pavilhão gimno-desportivo, prometido e não construído, do sintético, prometido e não construído e por aí adiante. Depois, tal como acontece no portinho da gala, uma obra do poder central, reivindicava-se o mérito da coisa, claro, esquecendo as partes gagas, como a ultrapassagem da lei – os terrenos do Alberto Gaspar ainda são zona industrial; desrespeito por área protegida – o caso do campo de futebol do GDCG – etc. etc. etc.
Claro, que na óptica comercial do poder local proeminente em São Pedro , isto são apenas uns hectares de frente de mar, terreno para lotear e encher a betão, lindas moradias com vista para o pinhal e outras para o mar.

Meus Amigos: ganhe quem ganhar as próximas eleições em São Pedro, enquanto tiver vida e saúde, nunca me irei conformar com a ideia de que a minha Terra é apenas um mercado imobiliário.
A minha Terra é o sol que me deu o ser, vida , sonhos, tempo, espaço.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Verão da Figueira, por onde andas tu?...


Figueira. Agosto.
Mês de férias, calor, praia, sol...
Isso era dantes.
O frio, principalmente à noite, não desarma.
Já me constipei e ando com um arreliador pingo no nariz!
E ainda nem estamos em meados de Agosto.
Verão da Figueira, por onde andas tu?
A Figueira, tirando os fins de semana, está deserta…
É a crise. Dizem.
Também do tempo, digo eu.
A continuar assim, para quê, então, “os novos projectos de hotelaria no Concelho”?
Sublinhe-se, em especial, os “processos em que o Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz se empenhou directamente para dinamizar o turismo do Concelho: adaptação do Paço de Maiorca num hotel de charme e a conclusão dos licenciamentos da Hotel Ponte Galante e do hotel do Grupo Visabeira, junto às Abadias.”
Mas, se tudo isto não chegar para a enorme procura turística de que a Figueira está a ser alvo este ano, em carteira, certamente não esquecido, deve estar ainda o projecto Alberto Gaspar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Energia eólica na Serra da Boa Viagem, o PDM, os PU´s e a prática do eng. Duarte Silva…

Da NEWSLETTER JULHO 2009 II dos Vereadores do PS, que tive o prazer de receber por email, cito: “sem estudos que suportassem uma decisão séria sobre o assunto, a Câmara apresentou uma proposta da EFACEC para instalação, na Serra da Boa Viagem, de três geradores de energia eólica.
Obviamente que os instrumentos de ordenamento do território (PDM) nada prevêem sobre este tipo de estruturas e, portanto, existe um vazio regulamentar.
Diga-se que a Câmara nem sequer apresentou uma simulação em 3D da situação por forma a se poder aquilatar do impacto visual destes equipamentos, sabendo-se de antemão que serão visíveis a partir da cidade. Da mesma forma, não se sabe o nível de ruído que será emitido e se este será prejudicial às populações.
A proposta da Câmara tem esta redacção singular: “Não havendo ainda uma estratégia definida para a localização de parques eólicos proponho que seja tomada uma decisão sobre a emissão de parecer favorável”.
Os vereadores socialistas votaram a decisão com duas condições: primeira, que os pareceres das diferentes entidades que venham a pronunciar-se sejam positivos; segunda, que a decisão camarária, agora tomada, constitui apenas uma decisão prévia, devendo a autarquia ser chamada de novo a pronunciar-se sobre o assunto.”

Recordo, uma outra situação, esta porventura muito mais grave, onde também "obviamente os instrumentos de ordenamento do território (neste caso o PU) nada previam sobre o tipo de estruturas que lá se pretendiam edificar".
Ou já se esqueceram que neste mandato uma “construtora vendeu apartamentos na Figueira da Foz em terrenos de uso industrial”, os tais terrenos que, em tempos, foram vendidos à Alberto Gaspar para a instalação de uma fábrica, e que após a falência e encerramento da mesma, deviam ter sido reclamados pela autarquia junto dos tribunais, “pois os terrenos são industriais e foram vendidos para esse fim”.
Senhor Presidente e candidato Eng. Duarte Silva: é este um dos “projectos que traçou e que neste mandato não foi possível concluir”?..
E o que é que pensam todos os outros candidatos disto?...