segunda-feira, 29 de abril de 2024

Delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha Portuguesa precisa que os figueirenses apoiem a sua ação social

Via Diário as Beiras
«O presidente da delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco Leitão, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, exortou os figueirenses a que ajudem a instituição a suportar financeiramente o número crescente de pessoas que recorrem às suas instalações em situação de emergência social. “A maior parte das pessoas conhece-nos como transportadores de doentes e ao nível do socorro. Temos muito mais valências e precisamos de muito apoio, essencialmente financeiro, para as ações de assistência social”, frisou Francisco Leitão. 
A instituição tem realizado evento para gerar receitas, mas o número de pessoas que lhe pedem apoio social não pára de aumentar. “Ajudem-nos a ajudar a quem precisa de ajuda”, apelou o presidente.
Por outro lado, as despesas da manutenção do parque de viaturas têm um peso significativo nas finanças desta delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP). Para agravar as contas, um acidente ocorrido em outubro do ano passado inutilizou uma das suas ambulâncias. 
Os acordos com a Segurança Social não asseguram as verbas necessárias para a instituição poder responder à procura de apoio social. Em 2022, os atendimentos relacionados com assistência social assegurados pela delegação foram cerca de 300; em 2023, o número disparou para 511. Neste momento, a delegação da Figueira da Foz da CVP tem 38 funcionários, número considerado insuficiente para o aumento exponencial dos pedidos de apoio social, que têm disparado, também, devido ao número de imigrantes que pedem ajuda. “A estrutura que temos precisa de ser aumentada”, sustentou Francisco Leitão. 
Os voluntários, tanto na estrutura operacional como na assistência social, num total de 15, também não são suficientes, afiançou a direção da instituição. 

Assistência diversificada 

O atendimento social daquela delegação da CVP passa pela avaliação técnica e pelo diagnóstico. Após esta fase, as pessoas que recorrem à instituição são encaminhadas para as respetivas respostas sociais. Os serviços sociais da instituição incluem refeitório social, oferta de roupa, balneário social com lavandaria e apoio alimentar de emergência. O apoio alimentar de longa duração é prestado através do Cartão Dá, para compra de bens de primeira necessidade, incluindo alimentos perecíveis, cujo valor está associado ao número de beneficiários que constituem o agregado familiar. Neste momento, o Cartão Dá garante apoio a 130 famílias por mês, enquanto o apoio alimentar direto chega a 24 famílias por mês. Por sua vez, o programa de apoio alimentar para carenciados, gerido pela Câmara da Figueira da Foz, permite à delegação da CVP apoiar 167 famílias por mês. A delegação da Figueira da Foz presta ainda assistência de habitação a refugiados e a vítimas de violência doméstica. Para este efeito, dispõe de duas habitações. Entre outros serviços que presta a pessoas em situação económica vulnerável.»

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