«O presidente da
delegação da Figueira
da Foz da Cruz Vermelha
Portuguesa, Francisco
Leitão, em declarações ao
DIÁRIO AS BEIRAS, exortou os figueirenses a que
ajudem a instituição a suportar financeiramente
o número crescente de
pessoas que recorrem às
suas instalações em situação de emergência social.
“A maior parte das pessoas conhece-nos como
transportadores de doentes e ao nível do socorro.
Temos muito mais valências e precisamos de muito apoio, essencialmente
financeiro, para as ações
de assistência social”, frisou Francisco Leitão.
A instituição tem realizado evento para gerar
receitas, mas o número
de pessoas que lhe pedem apoio social não
pára de aumentar. “Ajudem-nos a ajudar a quem
precisa de ajuda”, apelou
o presidente.
Por outro lado, as despesas da manutenção do
parque de viaturas têm
um peso significativo nas
finanças desta delegação
da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP). Para agravar
as contas, um acidente
ocorrido em outubro do
ano passado inutilizou
uma das suas ambulâncias.
Os acordos com a Segurança Social não asseguram as verbas necessárias
para a instituição poder
responder à procura de
apoio social.
Em 2022, os atendimentos relacionados com assistência social assegurados pela delegação foram
cerca de 300; em 2023, o
número disparou para
511.
Neste momento, a delegação da Figueira da Foz
da CVP tem 38 funcionários, número considerado insuficiente para o aumento exponencial dos
pedidos de apoio social,
que têm disparado, também, devido ao número
de imigrantes que pedem ajuda. “A estrutura
que temos precisa de ser
aumentada”, sustentou
Francisco Leitão.
Os voluntários, tanto
na estrutura operacional como na assistência
social, num total de 15,
também não são suficientes, afiançou a direção da
instituição.
Assistência diversificada
O atendimento social
daquela delegação da
CVP passa pela avaliação
técnica e pelo diagnóstico. Após esta fase, as
pessoas que recorrem à
instituição são encaminhadas para as respetivas
respostas sociais.
Os serviços sociais da
instituição incluem refeitório social, oferta de
roupa, balneário social
com lavandaria e apoio
alimentar de emergência. O apoio alimentar de
longa duração é prestado através do Cartão Dá,
para compra de bens de
primeira necessidade,
incluindo alimentos perecíveis, cujo valor está
associado ao número de
beneficiários que constituem o agregado familiar.
Neste momento, o Cartão Dá garante apoio a
130 famílias por mês, enquanto o apoio alimentar
direto chega a 24 famílias
por mês. Por sua vez, o
programa de apoio alimentar para carenciados,
gerido pela Câmara da Figueira da Foz, permite à
delegação da CVP apoiar
167 famílias por mês.
A delegação da Figueira da Foz presta ainda assistência de habitação a
refugiados e a vítimas de
violência doméstica. Para
este efeito, dispõe de duas
habitações. Entre outros
serviços que presta a pessoas em situação económica vulnerável.»
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