segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A Constituição foi alterada?...
"o país não pode aceitar ter dois orçamentos: um feito pela Assembleia da República e outro pelo Governo. Com dois orçamentos o país não é governável".
Fiquei sem perceber nada do que queria dizer o Eng. Sócrates. É que, de harmonia com a Constituição Portuguesa, compete à Assembleia da República: Artigo 161.º (Competência política e legislativa) alínea g) Aprovar as leis das grandes opções dos planos nacionais e o Orçamento do Estado, sob proposta do Governo; por sua vez, ao Governo compete: Artigo 199.º (Competência administrativa), alínea b): «Fazer executar o Orçamento de Estado».
Deus permita!
Um dia destes, "o Governo apoia a candidatura e tudo fará para que um dos mais prestigiados governadores seja eleito para a vice-presidência do BCE", disse o primeiro-ministro português no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Vítor Constâncio, que já tem assento no conselho de Governadores do BCE como governador do Banco de Portugal, mostrou-se honrado com a candidatura mas lembrou que se trata de "um assunto de resultado incerto e difícil para um país como Portugal em relação a esse cargo".
"As decisões vão depender essencialmente do normal jogo das negociações políticas entre os vários países membros da União Europeia, portanto é incerto", acrescentou o Governador do Banco de Portugal.
Que desilusão estas suas palavras me trouxeram senhor doutor!.. É que, eu, na minha santa, mas feliz ingenuidade e ignorância, ainda pensava que estes cargos, principescamente remunerados, eram ocupados por profissionais de “mão cheia”!...
Oxalá, é que, depois, cá para o nosso banquito, “o PS arranje um novo faz fretes com estômago que comporte tantos sapos”, para ocupar o seu actual lugar, “o terceiro mais bem pago do mundo”.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Voando nas asas do tempo...
O Custódio não passou a bola a ninguém, mas eu descobri. Está aqui.
“Socialismo democrático”, só com um partido de classe!..
“Ao contrário de outros partidos inscritos na Internacional Socialista, o PS português não abdicou de reivindicar para a sua orientação política o socialismo, na sua vertente muito repetida recentemente, de socialismo democrático. Contudo, embora a sua acção prática seja visível, sabe-se pouco de onde vem e para onde vai este socialismo.”
Contudo, o “socialismo democrático” não será possível “sem a transformação do PS num partido de classe.”
“O “socialismo democrático” alicerça-se num partido de classe, mas não da classe operária, como de uma forma sub-reptícia Vara pretende fazer crer quando diz que subiu na vida à custa do seu trabalho. O “socialismo democrático” nos termos e moldes em que tem vindo a ser praticado é, portanto, uma faceta sub-reptícia da exploração e do capitalismo, na qual se pretende transmitir a ideia errada que, à custa do seu trabalho, o indivíduo explorado (e não o colectivo dos explorados) se pode emancipar e, como a nossa realidade política bem o demonstra, esses indivíduos, são escolhidos a dedo.”
Via cinco dias
Afinal, parece que ainda existem políticos diferentes!...
Jerórimo de Sousa, “o secretário-geral dos “comunas” foi convidado para um almoço. Ele veio, acedendo ao convite. Óspois, teve de ir para a fila para ter direito ao chop-chop. Mas pelos vistos a caldeirada estava boa, pois ele não se queixou. Aliás, nunca ninguém se queixou de uma caldeirada confeccionada pelo Baptista. E no fim até botou discurso.”
sábado, 12 de dezembro de 2009
Zumba na caneca
Ao longo destes anos do blogue Outra Margem, pelos comentários a certas e determinadas postagens, tenho de admitir, embora com certa tristeza e melancolia, por não poder corresponder na mesma moeda, que um leitor, pelo menos, se deve ter apaixonado por mim ao longo destes anos.
Sem desdenhar do nobre sentimento, gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer um apelo às frequentadoras deste blogue: não se deixem ficar atrás. Sigam este corajoso exemplo e enviem-me agora as provas do vosso ardente entusiasmo para o mail agostinh5@gmail.com. Prometo discrição, como tenho feito, aliás, com os comentários do tal leitor, que, pelos vistos, continua apaixonado por mim.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Este post, é só mesmo para felicitar um senhor fotógrafo chamado Pedro Cruz
O alerta está aí...
... mas, a deputada Marisa Matias bem que podia ter-se esforçado um pouco mais...
Podia, ao menos, ter-se vestido de mãe natal!..
Ainda bem que não fui ouvir Medina Carreira
Sinceramente, dado que estou de férias, poderia perfeitamente ter ido ouvir “este especialista em partir loiça”, mas não fui, pois “angústia e depressão, já tenho quanto baste. Se tivesse ido ao Casino, ainda era capaz de vir de lá pior… Portanto, não arrisquei.
Pese embora algum exagero que o seu discurso porventura possa conter (mas, se não fosse assim, se calhar ninguém lhe prestava atenção), comungo com Medina Carreira muitas das suas preocupações.
No fundo, o seu discurso denuncia a construção de um país em que o mérito e a competência raramente contam para coisa alguma.
Tal qual como o Carlos Narciso, não esqueço que “Medina, também fez carreira à conta da política (militou no PS, foi ministro, apoiou Cavaco Silva na candidatura presidencial de 2006)”.
Tal qual como o Carlos Narciso “por vezes, acho-o excessivo, injusto e parcial. Como, por exemplo, agora quando veio dizer que tudo está mal no sistema de ensino português, que os miúdos saem das escolas sem saber ler nem escrever e, portanto, não têm futuro: “o que é que se vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga”.
Ora, se como escrevi atrás, comungo com Medina Carreira muitas das suas preocupações, aqui, tal qual o Carlos Narciso, também penso que “está enganado… até porque muitos dos patrões que ele agora defende preferem mesmo a tal “tropa-fandanga” que sai da escola sem saber ler nem escrever… apenas porque são baratos e submissos, qualidades que o patronato valoriza em detrimento das qualificações profissionais e da experiência com provas dadas.”
Como podem imaginar, tal qual como o Carlos Narciso “sei do que estou a falar”.
Ontem, perdi o vice Vara na televisão
Não vi, ontem na televisão, o vice Vara.
Mas, hoje, já tive hipótese de ver a conversa pública com Judite de Sousa. Bastou clicar aqui.
Mas, antes li este post, que aconselho, pois “quando os jornais, no século XIX, substituíram o púlpito, dizia-se que conquistar o poder era conquistar a palavra. Desde Kennedy que entrámos em mediacracia mais videopoderosa. Política já não é apenas o que parece, mas a percepção do homem comum sobre o que aparece e que pode não ser o que é previamente ensaiado pelas agências de comunicação.
Aqui e agora, o situacionismo dos vários estados a que chegámos, sobretudo o dos micro-autoritarismos sub-estatais, já não teme os opositores rotativistas, os tais que podem tornar-se convivas da alternância na gamela. Apenas odeia os dissidentes que não se transformam na oposição que lhes convém e que não se confundem com os tradicionais inimigos da democracia.
Depois de ver a entrevista dada à Judite e de ler "um belo retrato sociológico deste modelo de redes banco-burocráticas e uma notável defesa da reedição do antigo guia das ruas de Lisboa, para quem não tem GPS", não me peçam para concluir nada. É que estamos num País em que existem pessoas que nem sequer acreditam em Deus!..
Fausto Bordalo Dias
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Felizmente que Portugal é um país de gestores, directores, assessores…
“Felizmente que o grosso da massa salarial está na remuneração dos gestores, directores, assessores e respectivas regalias acessórias… se não fosse isso, ainda perdíamos competitividade!”
Via 2711
Que post tremendo, Fernando...
"Portugal é um país pobre. Antigamente, no Natal, as famílias juntavam-se ao borralho e “como não havia prendas, o pai dava peidos e a gente ria-se.”
Mas hoje já não é assim. O país continua pobre mas as pessoas conhecem mundo. Diz-se que vivem acima das possibilidades.
Na Figueira, por exemplo, de manhã fazem jogging na Avenida. Passeiam-se, á tarde, no Centro-Comercial. Depois, despem o fato informal e vão, á noite, às tertúlias no Casino. Ouvir, entre suspiros, Medina Carreira arrotar.
A notícia é que já ninguém se ri. Aplaudem, de pé."
Ponto de ordem...
Para o Pedro, tanto quanto me tenho apercebido, para dar azo à sua excepcional veia artística, no que tem a ver com a sua autêntica paixão pela fotografia.
No que ao Fernando diz respeito, para puro divertimento, presumo eu.
Este blogue não serve para mais nada…
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
O mundo continua egoista
Realmente...
O "Eurobarómetro" sobre "as atitudes dos europeus face à corrupção", publicado no Dia Internacional Contra a Corrupção, mostra que 93 por cento dos portugueses concordam que aquele crime é um "grande problema" do país, o sétimo valor mais elevado da União Europeia, a par da Roménia, e 15 pontos percentuais acima da média comunitária (78 por cento)".
Realmente, os portugueses são mesmo distraídos!..
O que ainda nos vai valendo, são estes estudos a nível europeu...
Um livro apócrifo
Nestas circunstâncias, o mínimo que se exigia, dado que, ao que disseram, foi coordenado por “um Professor de História aposentado e autor de vários livros temáticos”, era que fosse historicamente rigoroso e isento.
Nem isso conseguiu ser. Na página 82, pode ler-se: “em 15 de Abril de 2009, foi aprovado por unanimidade em sessão da Junta, e no dia seguinte, igualmente na Assembleia de Freguesia, mas com uma abstenção, do membro da CDU”.
Até aqui tudo bem: rigorosa e historicamente, estava correcto. Mas, não, o tal “Professor de História aposentado e autor de vários livros temáticos”, não resistiu e, aos factos históricos e verdadeiros, acrescentou: “este voto dissonante foi causador de uma certa estranheza. Mas, a história, como ciência, diferente da política, não tem nada que se admirar, apenas registar”.
Ora, aqui é que está o busílis: se “a história, como ciência, diferente da política, não tem nada que se admirar, apenas registar”, a um “Professor de História aposentado e autor de vários livros temáticos”, o mínimo que se exige é que tivesse sido isento, verdadeiro e rigoroso, isto é, que tivesse dado voz a ambas as partes, na coordenação de uma obra histórica.
Para isso, bastava ter lido a acta da reunião do dia 16 de Abril de 2009 da Assembleia de Freguesia de São Pedro, onde deve constar, presumo eu, que o eleito que se absteve, alertou antes da votação que a matéria em causa tinha sido retirada da reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada na segunda-feira anterior, por “problemas processuais”.
Recordo, que da agenda da reunião Ordinária de 06-04-2009 da CÂMARA MUNICIPAL da Figueira da Foz, cuja acta pode ser lida na íntegra, clicando aqui, constava inicialmente o seguinte ponto:1 -GABINETE DA PRESIDÊNCIA1.1 -PROJECTO DE LEI N.º 535/X –ELEVAÇÃO DE SÃO PEDRO À CATEGORIA DE VILA DA INICIATIVA DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA. Este ponto, contudo, que era para ter sido discutido e votado nesse dia 6 de Abril de 2009, não chegou a ser, como confirma a edição do dia 7 de Abril de 2009 do Diário de Coimbra, que passo a citar:
Mas, dado que o “Professor de História aposentado e autor de vários livros temáticos”, não fez o que deveria ter sido feito, para respeitar o rigor e a verdade histórica, venho avivar a memória de todos, recorrendo aos jornais da altura.
Lembro, que As Beiras, do dia 13 de Junho de 2009, tem uma local intitulada “Que alguém descalce a bota”, que reza o seguinte:
“OS PROCESSOS de S. Pedro e de Lavos levantam dúvidas legais: são as localidades que são elevadas, e não as freguesias ou concelhos. E em nenhuma das duas freguesias existem lugares com o nome das mesmas e com condições para serem promovidos na classificação. O caso de S. Pedro é menos gritante, uma vez que a freguesia se concentra praticamente no mesmo lugar. Para Carlos Simão, “a freguesia é que foi elevada a vila”. Já Isabel Oliveira reconhece que “nenhuma das localidades que constituem a freguesia de Lavos reúne os requisitos legais para ser vila”. E agora? “Agora, quem fez a proposta que descalce a bota, pois não serei eu a resolver um problema que não criei”, responde a autarca. “As pessoas adoram complicar o que é simples: aquilo que a Assembleia da República aprovou ontem foi uma lei!”, reagiu o deputado Miguel Almeida. Admitiu, a seguir, porém: “o que está em causa é uma questão técnica que eu neste momento não sei responder”. E João Portugal “chutou” para canto: “não comento propostas que não são minhas”. Apesar das tentativas, efectuadas até ao fecho desta edição, não foi possível obter declarações do presidente da Câmara da Figueira, Duarte Silva.”
Estas dúvidas, que ainda hoje continuam por esclarecer, já existiam quando a proposta foi votada na Assembleia de Freguesia de São Pedro, em sessão realizada no dia 16 de Abril de 2009, pelas 21:30 horas, no edifício sede da junta de freguesia de São Pedro.
Como costumo praticar o “crime” de pensar pela minha cabeça e votar obedecendo à minha consciência e não por interesses políticos, populistas, demagógicos e/ou eleitoralistas de ocasião, tomei a posição que a minha consciência me impunha: abster-me.
Deste voto consciente, de que me orgulho, espero ser julgado pela história no futuro, com rigor e com verdade, coisa que um “Professor de História aposentado e autor de vários livros temáticos”, ainda que também coordenador de um livro apócrifo, não soube, não quis, não conseguiu, ou não lhe deixaram fazer.