terça-feira, 8 de abril de 2025

Em defesa da honra do primeiro-ministro José Sócrates

 José Miguel Tavares: "eu que tão dedicadamente tenho escrito sobre José Sócrates ao longo da minha vida profissional sinto-me hoje no dever de defender a sua reputação e repor a verdade histórica. O que Montenegro disse é falso. Sócrates não só nunca prometeu tudo a toda a gente, como ganhou fama a enfrentar corporações de que toda a gente tinha medo. O seu a seu dono."

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Mitos dos liberais até dizer chega

João Rodrigues

«Os liberais até dizer chega parecem-se com alguns dos bilionários que apoiaram Trump sobretudo por causa da sua agenda interna de intensificação da neoliberalização, de resto em curso. Nunca levaram a sério a questão do protecionismo trumpista. Perante a política comercial protecionista, que pode colocar em causa um elemento importante do neoliberalismo externo, descobrem-se subitamente críticos de Trump. Aproveitam para retomar todo um conjunto de mitos sobre a relação entre “comércio livre”, prosperidade e paz, convocando os seus santos padroeiros. 

Citam Milton Friedman, que apoiou a ditadura de Pinochet, Margaret Thatcher, que também o fez, para lá de se ter lançado numa guerra por causa das Falkland, Ronald Reagan, imperialista consumado e que aumentou brutalmente as despesas militares e Fréderic Bastiat, que escreveu umas vulgaridades liberais num tempo de imperialismo colonial, essencial para a expansão do “comércio livre” no longo século XIX.  

Os liberais até dizer chega, em coerência, estão agora na linha da frente da defesa da corrida armamentista na UE, não o esqueçamos. Vale tudo para destruir uma das melhores garantias de paz e de prosperidade partilhada: os Estados sociais robustos. 

De resto, ofuscam outros quatro padrões muito relevantes da história da economia política internacional. 

Em primeiro lugar, os países, do Reino Unido aos EUA, só se tornam defensores do comércio dito livre quando se sentem com capacidades produtivas suficientes, desenvolvidas graças ao protecionismo. O protecionismo foi aí um dos instrumentos para o desenvolvimento de longo prazo. 

Em segundo lugar, a concorrência de todos contra todos, associada ao “comércio livre”, aumenta os desequilíbrios comerciais, a inimizade e o ressentimento, estando associado a conflitos e guerras desde a sua origem até ao seu fim. 

Em terceiro lugar, o protecionismo dos anos 1930 foi uma reação defensiva à Grande Depressão. Esta última foi causada, isso sim, pelo liberalismo económico, dos mercados financeiros sem trela ao padrão-ouro, passando pela austeridade. A superação da Depressão exigiu superar as instituições internacionais do liberalismo económico, que de resto se tinham em larga medida autodestruído. 

Em quarto lugar, o mercado livre é uma pura invenção ideológica. Sendo a economia inevitavelmente um sistema regulatório, que exige sempre a mobilização dos poderes públicos, a questão principal é que grupos vêem as suas liberdades aumentadas e que grupos vêem as suas liberdades diminuídas pelas mudanças nas regras do jogo, ou seja, estamos sempre a redistribuir liberdades, sendo que não há uma métrica única, nem as liberdades são do mesmo tipo.

Não sei, ninguém pode saber, qual a configuração e efeito finais das tarifas de Trump. Sabe-se que parecem contraditórias com a sua agenda interna. Talvez sejam sobretudo um instrumento grosseiro para obter concessões comerciais, como sublinhou Vicente Ferreira ontem. A UE aposta tudo nisso. A China não, até porque sabe que é o alvo principal dos EUA e que isto não começou agora, nem vai acabar aqui.

Realmente, se fosse para reindustrializar, Trump teria de reforçar as capacidades de planeamento do Estado norte-americano, em modo de New Deal, o contrário do que está a fazer, como também assinalou James Galbraith há umas semanas.»

Montenegro já mostrou que gosta de jogar


«Era a peça que faltava. 
Luís Montenegro declarou ontem que não tenciona fazer nenhuma aliança com o Chega, que rejeita qualquer ideia de Bloco Central e mais: que só governará se a AD for a mais votada. 
Por que é que isto é importante? Ajuda a clarificar as condições em que a AD poderá governar e isso é muito útil. Por um lado, o “não é não” a André Ventura, empunhado durante a campanha das legislativas em 2024, volta a estar em cima da mesa. Montenegro não quer que subsista qualquer dúvida a esse respeito e está convencido de que esse separar de águas joga a favor da AD. Na estratégia de dramatização ensaiada pelo PSD, não podia ser, aliás, de outro modo e a providência cautelar que Montenegro apresentou contra os recentes cartazes do Chega faz também parte desse abismo.»

José Iglésias

«José Iglésias (Figueira da Foz) acaba de renunciar à função de membro do Secretariado da Federação do PS/Coimbra, soube NDC de fontes partidárias.

À saída de cena não deverá ser alheio o afastamento de Raquel Ferreira, líder concelhia do PS figueirense, do elenco de candidatos socialistas a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Coimbra.»

A questão da "materialização" da Polícia Municipal: corpo de Polícia Municipal foi aprovado em 28 de Janeiro de 2002, em mandato autárquico do PSD

Em Maio de 2024, o Presidente da autarquia figueirense anunciou que ponderava a criação da Polícia Municipal, não só, mas também por se encontrar muito insatisfeito com a actuação da força policial da zona urbana.
“Os Municípios têm uma responsabilidade acrescida, se a polícia só aparece para os gratificados, nós temos que olhar por nós, pois o que faz a atratividade de um concelho também é a segurança”, disse Pedro Santana Lopes na altura.
Como nasceu, parecia que o assunto tinha morrido. 
Ontem, porém, na sua página do facebook, o vereador Manuel António Domingues, trouxe a questão à colação.
Sobre este assunto, que não é novo, partilho da opinião do antigo vereador socialista João Vaz, que em 14 de Dezembro de 2020 escrevia sobre o assunto. 
Passo a citar.
"Será precipitado, errado e inconsequente criar uma força de Polícia Municipal na Figueira da Foz. Esta é uma decisão que carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício. Estamos praticamente em ano de eleições, logo as decisões tomadas não devem comprometer o próximo executivo com uma decisão de elevado impacto na despesa corrente a médio e longo prazo. O trabalho prévio não parece estar elaborado, desde a análise à ligação com as forças de segurança (PSP, GNR) até ao perfil de atuação. Questiona-se ainda a sustentabilidade económica. Uma polícia municipal minimalista de 20 agentes custará mais de um milhão de euros por ano. Há algum estudo económico e técnico? Há muitos exemplos de ineficácia da Polícia Municipal, tanto em grandes concelhos (Lisboa) como nos pequenos. Predomina a ideia que esta Polícia serve apenas para “passar recibos” e não consegue atuar no fundamental, a segurança. Por esta razão, a ineficácia, o PSD Madeira chumbou recentemente a criação da Polícia Municipal no Funchal, uma cidade de 110 mil habitantes residentes e muitos milhares de turistas. Já na Figueira parte do PSD (2 vereadores) acha, e sublinho o “achismo”, que é essencial uma Polícia Municipal, e o presidente da Câmara acolhe bem esta ideia."

Recorde-se. Na reunião de Câmara realizada em 4 de Março de 2019, foi "chumbada" a criação de um corpo de polícia municipal, uma proposta dos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, com os votos contra do PS e do vereador do PSD, Ricardo Silva.
Mas como na Figueira parece que é sempre Carnaval, em Março de 2019, o blogue OUTRA MARGEM (e não só), já tinha alertado.
Confirmar aqui.
Portanto, foi em mandatos autárquicos do PSD que nasceu a ideia: primeiro com Santana Lopes, depois com o Presidente Duarte Silva

Portanto, esta é uma decisão que não pode ser assim lançada para o ar: "carece de amplo debate onde se demonstre a sua necessidade e nos seja apresentado em detalhe o custo benefício."
Recordando o que escreveu Silvina Queiroz em 16 de Dezembro de 2020: «problemas que constitucionalmente são atribuídos ao Estado, ao Governo central, não devem jamais passar para a tutela exclusiva dos municípios. Municipalizar a segurança?! As competências das polícias municipais são mais reduzidas do que as da PSP, como não poderiam deixar de sê-lo. Esbarram e ainda bem, nas competências daquela força de segurança, essa sim responsável pela segurança dos cidadãos nos diferentes contextos, muitas vezes também com a GNR, fora da área urbana. Por que se pretende então a polícia municipal? Para aplicar multas de estacionamento, na nossa cidade em grande parte “a cargo” dos funcionários da empresa de estacionamento, “passada” ao preço da chuva a uma entidade privada. Como é sobejamente conhecido, imagino. Quando as coisas se complicam, lá são chamadas as forças de segurança com autoridade e formação capacitante para a assumpção da tarefa. Como é óbvio que tem de ser. 

Nas grandes cidades, admito que o corpo de polícia municipal possa dar uma mãozinha à PSP, dada a extensão territorial. Aqui precisamos do reforço do destacamento da PSP e não arranjar forma e pretexto para a tutela poder acabar com a força que é o garante da tranquilidade e da ordem pública. A antiga proposta de PM previa a afectação de 30 efectivos. E mais 30 sapadores? Sim, esses fazem falta

"... por falta de candidatos aos corpos sociais"

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

" A sessão está marcada para as 15H00, no Hotel Wellington. A dissolução e liquidação desta associação patronal do setor da restauração é o único ponto da ordem de trabalhos."

A inquietação do momento....


segunda-feira, 7 de abril de 2025

«Vamos ter uma surpresa na noite das eleições?»

 Jornal Público

(para ler melhor clicar na imagem)

"O verão vai aquecer"?..

O tabu político do momento, na Figueira, para as autárquicas 2025, segundo o arguto e perspicaz analista Rui Duque, assenta em Vitor Caridade, pois "um cidadão, tão só, que faz um ataque desta natureza portentosa a um gestor público deve ser consequente. Creio que por detrás desta publicação está mesmo um Candidato Autárquico não assumido!"
Imagem via Rui Duque
A Figueira é terra de tabus
É preciso, porém, entender a situação em toda a sua abrangência e verdadeira dimensão pessoal, colectiva e política. 
Em ano de autárquicas, é absolutamente normal esta dança das palavras e a falta de clarificação relativamente a um assunto tão importante. 
Ainda bem, contudo, que existe este importante fórum.
O mundo já está como está e não será porque um afoito de direita fale do que não sabe (mas, aparentemente, gostava de saber e tenta adivinhar), que o visado não tem direito ao tabu.
Por benevolência deixem-no gozar em paz "os ares da Serra de Sicó e os ares mais marítimos da Serra da Boa Viagem." Para não falar, "de uma boa caldeirada ou de um cabrito à moda de Condeixa" regado com um bom copo de tinto.
Santana, desta vez é que não esteve para tabus e foi o primeiro a decidir-se: não quis muita coisa - preferiu a Figueira!
A seu tempo o visado esclarecerá o tabu.
É preciso ter calma e não queimar etapas.
Estamos em tempo de legislativas...

"... Naval vai criar um museu com os trofeus e outros elementos da história navalista agora devolvidos"

 Via Diário as Beiras

«...espólio da Naval 1.º de Maio foi transferido para o museu municipal porque o presidente da câmara da altura, Carlos Monteiro, entendeu que pertencia à Naval 1.º de Maio. Fundado em 1893, perante uma grave crise financeira, o clube dissolveu a equipa de futebol em 2017, sendo declarado insolvente dois anos depois. Por seu lado, a Naval 1893 foi criada em 2017, para dar continuidade ao futebol navalista.»

«O vereador do Desporto, Manuel Domingues, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, sustentou que “não há dúvida de que a Naval 1893 é a continuidade da Naval 1.º de Maio, que teve de renascer com outro nome”. E acrescentou que, “para os figueirenses, continua a ser a Naval”

domingo, 6 de abril de 2025

As circuntâncias exteriores podem condicionar

Do alto da Serra da Boa Viagem, olhando para sul, tudo avistamos, num dia claro e limpo, para além da Leirosa... 
Contudo, quando estamos no Cabedelo, olhando para norte, o horizonte é curto e podemos sentir-nos, limitados, frágeis e pequenos... 
Porém, somos a mesma pessoa: apenas a perspectiva é que mudou. 
Nada mais.  
Mas não nos iludamos. 
Nem com a nossa pequenez. 
Nem, porventura, com a nossa importância. 
Ambas, são adjectivas ao substantivo que somos. 
As circunstâncias exteriores é que nos podem condicionar.

E se for o fim de uma era?

Daniel Oliveira

«Além da Solverde, as relações entre Montenegro, Câmara de Espinho e empresas com que a autarquia e ele próprio foram fazendo negócios continuarão a aparecer, a conta-gotas, na imprensa. Talvez a casa de Montenegro, tema que a comunicação social tinha fechado com a simples exibição de um dossier, seja o link mais fácil. Como a ética republicana não começa e acaba na lei, não preciso de saber se cometeu ilegalidades. Disso trata a justiça. Com Sócrates, bastou-me que dissesse que era sustentado por um amigo com interesses no Estado para saber que não podia ter ocupado o cargo que ocupou. Com Montenegro, basta-me saber que recebia uma avença de casinos enquanto era primeiro-ministro e tropeçar nas sucessivas meias-verdades, omissões e coincidências entre os seus negócios privados, relações partidárias e funções técnicas para confirmar, a cada notícia que sai, que elegemos um videirinho.

Não fomos para eleições porque o Orçamento do Estado tenha sido chumbado, uma moção de censura tenha sido aprovada ou o programa do Governo não pudesse ser aplicado. As condições de governabilidade até eram excessivas para uma coligação com 29% que não mostrou interesse em construir entendimentos parlamentares com quem quer que fosse. Também é cedo para fazer um balanço. Um ano de anúncios diz-nos pouco, apesar de ser óbvio que o que corre bem já corria bem e o que corre mal piorou mais um pouco. Vamos a votos porque Montenegro apresentou uma moção de confiança que sabia chumbada, recorrendo ao sufrágio popular para atestar a sua própria honestidade. Mesmo que não deva ser essa a estratégia de Pedro Nuno Santos, porque nenhum candidato a primeiro-ministro se credibiliza a falar dos pecadilhos do opositor, é impossível que esta campanha não seja sobre a razão pela qual vamos a votos: as condições éticas para Montenegro ocupar o cargo que ocupa.

Ainda só começámos a puxar o fio à meada e já se percebeu que Montenegro será um poço de casos nos próximos anos. Não há vitória eleitoral que apague a sua biografia que, por responsabilidade da comunicação social e graças a uma impressionante e eficaz gestão de silêncios, ficou por escrutinar desde que chegou a líder do PSD. E não foi por falta de sinais, com uma carreira feita de ajustes diretos com autarquias do PSD. Apesar de ser interessante assinalar a diferença de comportamento da PGR perante a investigação que envolvia Costa e a que envolve Montenegro, as eleições não sufragam o cumprimento da lei. Só tribunais o podem fazer. Sufragam, a pedido do próprio e já com bastos indícios, a avaliação ética que os eleitores fazem do primeiro-ministro. Isso implica uma campanha feia? Claro que sim. Foi escolha de quem achou, muito provavelmente com razão, que o mau momento reputacional seria compensado pelo bom momento económico e orçamental.

Acontece que a questão não é meramente ética. Com um ano de balanço e programas praticamente iguais, imagino que restarão dois temas nesta campanha: os casos de Montenegro e a governabilidade. E parece haver a tentação de separar os dois. Só que eles estão ligados. Primeiro, porque se a revelação de factos comprometedores sobre Montenegro resultar num reforço eleitoral do PSD, o “à vontade” que sentimos neste ano passará para um perigoso “à vontadinha” e a atração para o abismo será rapidíssima. Depois, porque nada disto acabará a 18 de maio. As histórias continuarão lá todas. Assim como as ligações ainda não exploradas e as investigações que agora se fazem a correr, para corresponder ao apelo de plebiscito à ética de Montenegro. E a Comissão Parlamentar de Inquérito até pode vir a ter um âmbito ainda mais alargado. Montenegro será um primeiro-ministro vulnerável. Uma vulnerabilidade ditada por muitas suspeitas e algumas certezas.

Como escrevi na semana passada, a extrema-direita não cresce pela revolta ética. Os eleitores do Chega não são, como vemos pelos seus deputados, os mais exigentes entre nós. A extrema-direita cresce com a degenerescência da democracia. Ela não representa a indignação. Representa o cinismo e a acomodação. A reeleição de um primeiro-ministro tão vulnerável, e até o seu reforço como prémio de uma estratégia que viu a sua própria fragilidade ética como uma oportunidade eleitoral, corresponderão à degradação do poder político. Estas eleições podem parecer um intervalo entre ciclos curtos ou o início de um ciclo longo. Mas, tendo em conta as forças antidemocráticas prontas a abocanhar um poder apodrecido, a reeleição e reforço de um primeiro-ministro com este perfil ético pode corresponder ao derradeiro episódio de uma era.»

sábado, 5 de abril de 2025

Ouçam *

Público

* - Ouçam
 

Os 110 anos da Delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha Portuguesa

 Via Diário as Beiras

"Tortura": Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra mantém a suspensão do processo da futura ponte sobre o Mondego

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Recordemos
: ... «sem ter sido elaborado qualquer estudo, uma ponte, apresentada há cerca de 7 anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, transformou-se em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento de cerca 750 mil euros, passou-se para vários milhões…».
Passaram os anos e desembocámos aqui. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra mantém a suspensão do processo da futura ponte sobre o Mondego, que ligará as freguesias de Vila Verde e Alqueidão. O processo foi acionado por um dos concorrentes que ficaram afastados da empreitada, visando a impugnação do concurso e a suspensão da obra.
Recorrendo à memória, lembremos que, em Janeiro de 2020, o presidente da câmara de então, Carlos Monteiro, chegou a informar que a ciclovia europeia Eurovelo seria uma realidade nesse mesmo ano de 2020, incluindo uma ponte sobre o Mondego, na zona do Alqueidão/Lares

Em 2025, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes espera e desespera: ontem, num artigo de opinião publicado no Correio de Manhã, escreve.
"Acabei de ter conhecimento de que um Tribunal Administrativo de Coimbra tinha decidido não levantar a suspensão da execução da obra de uma ponte que ligará duas margens do nosso concelho entre Alqueidão e Vila Verde. A luta por esta ponte vem desde o executivo camarário anterior, fiz tudo para resolver o assunto, para lá da mudança de governo. A decisão da juíza, comunicada ontem à tarde, foi a de que não tinha ficado provado que o levantamento da suspensão causasse menos prejuízos do que a sua manutenção. Juntámos cartas do presidente de um município vizinho comprovando o interesse também para esse município, e para juntas de freguesia desse município, Soure, da obra em causa.  
 Há décadas que as pessoas esperam por essa obra e a sua realização evitará meia hora diária de deslocação para muitas pessoas que trabalham em unidades industriais noutras zonas do concelho. Como pode um tribunal entender que o prejuízo de uma empresa é maior do que o de todas estas populações? O que pensar de uma posição dessas? Qualquer decisão que queiramos levar por diante, mais transformadora, tem que percorrer a estrada de Damasco." 
De harmonia com o DIÁRIO AS BEIRAS, o edição de hoje, o Município da Figueira da Foz vai recorrer da decisão do TAFC.

Já lá vão mais de 7 anos e a primeira pedra deste empreendimento ainda está por lançar.
Porém, nunca é tarde... A não ser para ciclistas como eu: velhos e sem tempo para esperar.
Já agora que vem a talhe de foice: haja alguém (INAG?) que olhe para a ligação entre a Ponte de Lares e a Estação de Bombagem do Fôja, pois quem gosta de pedalar a bicicleta pela margem direita do Mondego, no troço que dá acesso à Ponte da Ereira, além de ter de enfrentar e suportar uma tortura, tem também de ter capacidade para resistir a um autêntico suplício.
Desculpem: assim, não há cu que aguente...

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Será que PS e PSD só actuam pelo temor (... na Figueira, desnecessário) que têm da morte... (2)

Manuel Cintrão
Obviamente que também é o que penso, sendo também uma opinião pessoal.
Citando outra vez MANUEL COSTA CINTRÃO"Qualquer observador atento à vida política concelhia, está consciente que, regra geral, não se verifica, na realidade, acção política permanente por parte destes partidos.
Surgem, na realidade, nas eleições autárquicas que, de facto, (re) surgem para “lutar” pela conquista de lugares na vereação e Assembleia Municipal, Nos Executivos de Junta e nas Assembleias de Freguesia. Depois, terminados estes eventos, ficam mergulhados no deserto do seu espaço político, num vazio imenso até às eleições seguintes."

Em tempo.
E pronto: está desvendado o segredo da existência do OUTRA MARGEM.
E não foi preciso ninguém pegar nesta existência, enchê-la de porrada e fazê-la confessar!.. 
Como já houve "abordagens", antes que fosse tarde, ficou desvendado o "segredo"... Fico-me por aqui...
Um aviso final: tenho guarda-costas. E com provas dadas ao longo de muitos anos...