Via Diário as Beiras
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Papa a caminho de Lisboa
O Papa Francisco chega esta quarta-feira, às 10.00 horas, à base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para participar até domingo na Jornada Mundial da Juventude.
Espera-se que os portugueses, os católicos e os não católicos, prestem a melhor atenção ao conteúdo das palavras do Papa.
Como é teoria, as contas do retorno acabam sempre por ficar por fazer...
Serenatas do Mondego: hoje tributo a Zeca Afonso por Vítor Almeida e Silva
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Os casos João Ataíde e Daniel Azenha: uma questão política
"O autarca da oposição aceitou o convite."
Entretanto, "Daniel Azenha vai continuar a desempenhar as funções de vereador."
Em Abril de 2019, João Ataíde foi convidado para Secretário de Estado do Ambiente e aceitou.
Começou por suspender funções na presidência da Câmara da Figueira da Foz.
Poucos dias depois, porém, foi obrigado a renunciar ao mandato autárquico.
A decisão, como foi referido na altura, foi política. As obras e os dossiês da autarquia com relação directa à pasta do Ambiente estarão na origem da opção pela renúncia.
Não se tratando de uma ilegalidade, a renúncia prendeu-se com a incompatibilidade política com que poderia deparar-se o novo membro do Governo.
Com a renúncia, João Ataíde passou a não poder regressar à presidência da Câmara da Figueira da Foz, nesse mandato.
Como sabemos, com a ida para Lisboa de João Ataíde, a autarquia figueirense passou a ser presidida por Carlos Monteiro, antigo vice-presidente da edilidade que, na altura, acumulava a liderança do PS local.
O que têm a dizer os políticos figueirenses, sobre Daniel Azenha passar a ser adjunto do secretário de Estado da Juventude e do Desporto e, continuar ao mesmo tempo, a desempenhar as funções de vereador na Câmara da Figueira da Foz.
Todos sabemos que não é uma ilegalidade. Mas, poderá vir a surgir alguma incompatibilidade política...
Ser autarca e, ao mesmo tempo, fazer parte de um Governo será assim tão normal no resto do País?
Não me peçam para opinar sobre este assunto.
Como ouvi um dia Agostinho da Silva dizer numa entrevista, "o grande feito do Camões foi contar o que se passava na Ilha dos Amores e não tirar conclusão nenhuma."
"Primeiro de Agosto, primeiro de inverno"
Esse sentimento de perda tem nome: chama-se nostalgia.
Na minha Aldeia os antigos costumavam dizer: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Sinto nostalgia, não da frase, mas de quem me dizia essa frase. Principalmente da minha avó Rosa Maia e da minha Mãe.
Naqueles anos da minha juventude, o mês de Agosto vinha fresco, com dias de chuva e muito vento. A temperatura refrescava. Cheirava a fim de verão, a fim de férias e a mudança.
Hoje, dei comigo, atavicamente, a pensar como os que me antecederam: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Há alguns anos que já não faço praia. Limito-me, para apanhar sol, aos passeios de bicicleta, às caminhadas e às esplanadas junto ao mar.
Portanto, o tempo em que sentia ser o tempo de começar a arrumar a toalha de praia e começar a despedir-me dos vestígios de sal, do sol e do cheiro da areia, já não existe: porém, são recordações sensoriais ainda bem vivas na minha memória.
A recordação que tenho dos verões da minha vida, são sobretudo isso: sensações, imagens, sons, cheiros, odores, sabores, texturas. Uma corrida junto ao mar pela areia molhada. Uma futebolada na Praia do Hospital - os banistas eram poucos e havia muito espaço - e depois um mergulho rápido para refrescar.
Nesta altura do ano, temos a possibilidade de retomar um imaginário enraizado no passado e saboreá-lo novamente - apesar do clima estar a mudar aceleradamente: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Esse imaginário, nesta fase já avançada da minha vida, é a possibilidade de recordar e brincar com as vivências e as imagens que foram ficando acumuladas desde criança.
Quando isso deixar de acontecer, sentirei que algo terminou e então, sim, sentirei o peso de ser velho e as suas consequências.
Até agora, em cada verão que finda, sinto apenas que foi mais um verão perdido da minha infância e juventude.
Por isso, a passagem de mais um "primeiro de Agosto, primeiro de inverno", como sentimento de perda que tem nome e se chama nostalgia, até agora, ainda não existe.
A seguir a este verão vem o outouno, depois o inverno, a primavera e a seguir novamente outro verão.
Há sempre lugar para a renovação.
Até nas nossas vidas.
segunda-feira, 31 de julho de 2023
Assistência aos veraneantes reforçada com a colaboração dos Bombeiros Voluntários
Via Diário as Beiras
"Foi apresentado ontem o dispositivo de vigilância das praias urbanas em bicicleta pelos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (BVFF). As duas equipas, de dois elementos cada uma, num total de 25, circulando em sentidos opostos, trabalham por turnos em regime de voluntariado. Este serviço de apoio aos banhistas, entre a Praia do Forte e o Cabo Mondego, realiza-se há 20 anos, ao sábado e ao domingo, das 09H00 às 18H00. Este ano, é prestado até ao dia 3 de setembro. Esta ação de voluntariado apenas foi interrompida durante a pandemia. As bicicletas estão equipadas com material de primeiros-socorros e de trauma e um extintor. Em caso de necessidade, é acionado o serviço de ambulância ou de combate a fogos. Os bombeiros que se voluntariaram para este serviço trabalham por turnos, sem deixarem de cumprir os horários no quartel."
A russa Alina Korneeva vence a edição mais importante de sempre do Figueira da Foz Ladies
Via Município da Figueira da Foz
Na foto, Alina Korneeva, vencedora de singulares e e Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal |
"A russa Alina Korneeva sagrou-se, este domingo, campeã do Figueira da Foz Ladies Open, torneio de 100.000 dólares." Este foi "o troféu mais importante da carreira profissional da atleta e proporcionou-lhe uma subida de mais de 100 lugares no ranking."
Esta foi a sétima e mais importante edição da prova, que foi organizada pelo Tennis Club da Figueira da Foz com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e do Município da Figueira da Foz.
domingo, 30 de julho de 2023
Nesta Europa o Povo não conta: nem para o golpe de misericórdia somos ouvidos...
Ana Sá Lopes, hoje no Público:
A plebe tem que ser mais pobre, os bancos merecem os lucros
Chistine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu |
Uma réstea de esperança
"Poucos terão a grandeza de dobrar a própria história; mas cada um de nós pode trabalhar para mudar uma pequena porção dos acontecimentos, e no total de todos esses atos estará escrita a história desta geração” — Bobby / Robert F. Kennedy. Do discurso que ele fez pela primeira vez ao União Nacional dos Estudantes Sul-Africanos na Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, em 6 de junho de 1966 antes do seu assassinato pelo FBI e CIA. Não há nenhum politico americano actual que tenha a integridade e a decência de Bobby.
Via With bubbles
Na Figueira, há leitores para os blogues
Alguns de nível, diga-se, em abono da verdade.
Esses blogues eram “clicados”, todos os dias, por milhares de figueirenses.
O peso da opinião da blogosfera figueirense, assinada e responsável, tinha peso na opinião pública.
Entretanto, alguns autores desses blogues morreram.
Sobraram poucos blogues figueirenses a publicar com alguma regularidade.
No caso do OUTRA MARGEM, apenas porque gosto de escrever e ter um arquivo para memória futura.
Como nunca tive agenda, por cá continuo.
Na Figueira, depois da moda dos blogues, que aconteceu nos primeiros anos do século XXI, seguiu-se a moda de ser contra os blogues.
OUTRA MARGEM, que apareceu em 25 de Abril de 2006, começou a ser atacado desde o primeiro dia. Sobre o seu autor, nestes quase 18 anos foi dito do pior.
Porém, traquejado pelo percurso da vida por cá ando.
Sempre me admirou e impressionou, o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia, totalmente desfazado do tempo actual, composto de tanta ambição e ganância. É nesse velho homem do mar da minha Aldeia, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma.
As críticas, vindas de figuras institucionais, que o mesmo é dizer, instaladas confortavelmente no sistema e sem vontade de mudar, sempre me pareceram um muito bom sinal.
No entanto, nunca se devem afastar as críticas de ânimo leve, pois podem ser sinais de alerta.
Os blogues podem ser vistos de muita maneira.
Para ver melhor a imagem, clicar em cima |
Reduzir os blogues a isto era condená-los ao efémero. E há blogues que se assumiram como um suporte para experiências literárias que à partida os editores nunca publicariam.
Numa cidade que já teve seis semanários, hoje praticamente sem media local - o que existe é uma ou duas páginas em jornais sediados em Coimbra - o défice de liberdade de expressão poderia ser atenuado pelos blogues.
Mas, para isso os blogues teriam de assumir-se como uma fonte excepcional de cruzamento e concentração de informação, de exploração de factos menos conhecidos e refutação de notícias dúbias.
Mas, isso dá muito trabalho, chatices e incomódos vários, incompreensões da esquerda à direita e prejuízos de vária ordem - até a nível pessoal - a quem ainda se dedica à função.
Na Figueira, as críticas à escrita dos blogues, têm a mesma consitência que as críticas à boçalidade nos telejornais.
No fundo, querem apenas fundamentar ataques a algo que não pode ser controlado pelo poder, por ser um espaçao democratizado e acessível a todos, e não apenas a voz de alguns iluminados e poderosos.
O resto dos ataques aos blogues explica-se por questões de classe social, veículadas por grupos que têm uma noção de cultura que contribui para o efeito.
Só falta mesmo dizer o nome dos responsáveis
O jornal britânico The Guardian traz um texto cristalino sobre a crise de habitação em Portugal, que envergonha o país e, acima de tudo, os responsáveis políticos (que têm cara e têm nome, mesmo que o texto não os refira) que para ela contribuíram ao longo da última década.
Via Ladrões de Bicicletas, fica aqui um excerto, mas vale a pena ler o resto.“A recuperação económica de Portugal, alimentada pela desregulamentação e por uma série de esquemas destinados a atrair o investimento estrangeiro, distorceu o mercado imobiliário de forma irreconhecível, num país onde o salário mínimo mensal é de 760 euros e onde 50% das pessoas ganham menos de 1000 euros por mês.A liberalização do mercado de arrendamento, a emissão de "vistos dourados", que conferem autorizações de residência em troca da compra de imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros, a introdução de um "regime de residentes não habituais" para estrangeiros, que permite poupar impostos, e, mais recentemente, a criação de um visto de nómada digital, que permite aos estrangeiros abastados trabalhar à distância e pagar uma taxa de imposto de apenas 20%, contribuíram para isso. Também o é, talvez de forma mais óbvia, a compra de apartamentos para serem convertidos em alojamento local [o número de camas no centro de Lisboa é mais de duas vezes superior ao do centro de Barcelona, uma das cidades com maior pressão turística do mundo].
A crise que se vive atualmente em Lisboa, no Porto e noutras cidades portuguesas não era propriamente uma surpresa."
sábado, 29 de julho de 2023
«Claridade- Uma Viagem nas Origens», um documentário de Gonçalo Cadilhe
Trata-se de uma sessão inserida no programa de atividades da exposição “O mar é a nossa terra”, patente no Meeting Point da Esplanada Silva Guimarães. A banda sonora do filme inclui dois temas originais do pianista e compositor Júlio Resende, um dos quais uma adaptação da “Canção da Figueira”.