segunda-feira, 12 de junho de 2023

O incrível branqueamento de Berlusconi

"Por incrível que possa parecer, estamos a assistir esta segunda-feira, em alguns órgãos de comunicação social e em recantos das redes sociais, a um branqueamento do trajeto de Silvio Berlusconi que acompanha a notícia da sua morte. É verdade que o empresário arrivista, devasso contumaz e político persistente «marcou Itália nos últimos 40 anos», mas fê-lo apenas porque, pioneiro na Europa da vaga de populismo que emergiu nos anos oitenta do século passado, foi por três vezes primeiro-ministro, marcando ao mesmo tempo o mundo dos negócios e do entertenimento no seu país."

Rui Bebiano

Festa da Sardinha, edição de 2023, foi um sucesso

Confirmou-se:

STOP: isto interessa aos professores?

Fenprof demarca-se de protesto "insultuoso" e "populista" de professores na Régua.

Quero acreditar que a maioria dos professores "não apoia nem se revê na forma desrespeitosa como têm decorrido as respectivas manifestações."  Não é preciso muitas palavras para o definir. 
"Isto é má educação e falta de civismo."

domingo, 11 de junho de 2023

"Deixem-me trabalhar"*

António Costa cumprimenta João Galamba

© José Coelho/Lusa

«João Galamba assegura que o seu foco é o trabalho e repete que não mentiu nas declarações sobre a TAP.
João Galamba diz que "fazer um bom trabalho" é a melhor forma de "facilitar a vida" a António Costa». 

Nota.
«Os que olham para a política como um mero exercício técnico veem a palavra como uma coisa fútil. “Eles falam, falam, mas não os vejo fazer nada”. Mas, como sabem, “parlamento” vem de “parler” (“falar”, em francês). A palavra é o primeiro trabalho dos deputados. E todos os políticos estão a ela subjugados. A palavra constrói, destrói, faz revoluções e reformas. Porque é por ela que comunicamos e definimos projetos comuns, coisa de que trata a democracia. A palavra é trabalho e todo o político que se furta ela é calão.
Quem se queixa do “soundbyte” no parlamento é o primeiro a usá-lo no Twitter. Acharão que não faz mal, porque não estão dentro da “casa da democracia”. É o oposto. Os políticos não deixam de ser políticos por fazerem o combate no Twitter. Apenas dispensam as regras do parlamento, com a sua liturgia, para poderem lutar sem luvas. Não julguem que ao retirarem o conflito quotidiano do parlamento dignificam o debate político. Apenas atiram esse debate para outros lados, com menos dignidade. O parlamento pode ficar impecável, a política é que cai mais para a lama.»

Daniel Oliveira

Desertificação é "ameaça significativa"

"... a desertificação ameaça os ecossistemas, uma situação agravada pelas alterações climáticas"
 

sábado, 10 de junho de 2023

A Figueira continua na mesma: a Santana continua a bastar apontar com o dedo para a Lua...

A remoção do coberto vegetal do areal das praias está suspenso, publicou o Executivo do Município da Figueira da Foz, na rede social Facebook. 
A autarquia esclareceu que “a remoção prevista nunca seria na totalidade da área e não tão radical, como se possa ter imaginado”. Com a suspensão dos trabalhos, o executivo mostrou-se disponível para debater e encontrar uma solução que “preserve a beleza das areias brancas e a biodiversidade que existe na maravilhosa Praia da Claridade”. “ Iremos fazer tudo com tempo, com bom senso e de modo tão harmonioso quanto possível”, refere o executivo na rede social Facebook. 
O promotor do RFM Somni, Tiago Castelo Branco, militante do PS e antigo Chefe de Gabinete da autarquia figueirense no tempo do falecido Dr. João Ataíde, sentiu o sobressalto e em declarações publicadas na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, diz que o festival “nada tem a ver com essas questões”. Refere ainda que o evento “acontece em zona de praia e não na zona “ante-praia” (onde está essa vegetação). O promotor afirma ainda que embora “não sendo uma obrigação, coloca-se uma vedação para evitar que as pessoas circulem nessas zonas. Todos os anos temos implementado políticas ambientais para deixar a praia melhor do que a encontramos”
Na página do Executivo do Município da Figueira da Foz no facebook que temos estado a citar, numa publicação de ontem pode ler-se o seguinte: “impactos de um grande festival de música na praia num ecossistema costeiro. Uma montra em Portugal”. “Se não se pode tocar na vegetação, não pode ter lugar nada neste sítio”. 
O estudo, onde está incluído o festival de música RFM Somni, que se realiza este ano, nos dias 7, 8 e 9 julho, mostra que devido à realização de festivais de música na praia 35% da comunidade vegetal existente, foi removido por obras associadas à edificação dos eventos e pelo pisoteio dos participantes do festival.
O Executivo Municipal, sublinhando que "É ESSENCIAL QUE TODOS SE PRONUNCIEM. EM COERÊNCIA", "face aos recentes desenvolvimentos em torno da proteção da cobertura vegetal do areal, e tendo em conta o comunicado da concelhia do Partido Socialista, entendeu solicitar aos Vereadores desse partido o que entendem sobre a realização do Festival RFM em área sensível. Foi enviado, a propósito, um parecer de 2022, do Professor Doutor Gil Gonçalves, sobre os efeitos do dito festival."
Bastou a Santana Lopes levantar o dedo a apontar para a Lua para as florzinhas, passarinhos políticos, comunicação social deficiente, população desatenta e intectuais totós..., ignorarem que o importante é a Lua e não o dedo, mesmo que seja, putativamente, do presidente da Repúblia, pós Marcelo...
A comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”.
Por isso é que na Figueira, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto.
Cabecinhas pensadoras...

sexta-feira, 9 de junho de 2023

A Festa da Sardinha na minha Aldeia já é um êxito

A foto fala por si.

"O Município da Figueira da Foz informa que, no âmbito da Festa da Sardinha, que teve hoje início procedeu ao reforço do serviço de travessia do Mondego pela embarcação «Carlos Simão» que, contudo, continuará a assegurar as travessias nos horários em vigor.
No mesmo âmbito foi disponibilizado transfer, em minibus, entre o Cais Sul - Cabedelo e o Portinho da Gala e vice-versa."

Posto de vigia

FOTO: antónio agostinho

É espantosa a forma como são tratadas na comunicação social e nas redes sociais as notícias sobre certos acontecimentos na Figueira. 
A forma como se elegem alguns casos e casinhos e se faz tudo por ignorar outros...
Acham que esta diferença de critérios é inocente?
A agitação criada em torno do caso da "camada vegetal que cobre o areal da praia da nossa cidade", e de outros que hão-de aparecer, não é inocente. 
Deve-se a um simples facto: quem tem intersse nisso inunda o circuito noticioso figueirinhas com questões menores, polémicas e popularuchas, mas que permitam desviar as atenções dos casos importantes.
Por exemplo, do maior desastre ambiental e ecológico de Portugal - que é o extenso areal da Praia da Figueira e a consequente erosão a sul, os problemas da barra e do porto comercial. 
Ou um acordo político tripartido, que foi ao encontro dos interesses das partes envolvidas, que bem esmiuçado poderia beliscar a imagem dos intervenientes, em especial de quem está a tentar posicionar-se no tabuleiro do espectro político à direita, às presidenciais de 2026, e que já anda em campanha eleitoral há muito...
Como diria a minha saudosa avó Rosa Maia que, já lá vão muitos anos, costumava contar-me histórias do tempo em que "os animais falavam", "quem  não sabe ser moleiro fecha a porta".

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Florzinhas, passarinhos políticos, comunicação social deficiente, população desatenta e intectuais totós...

Foto sacada daqui

No final da semana em que Santana Lopes consegue a tranquilidade e a estabelidade que lhe vai permitir ter o tempo, a disponiblidade, a serenidade e a paz para pensar outros voos, com o acordo tripartido que lhe permitiu arrigementar uma maioria absoluta na autarquia figueirense, o tema político na Figueira para a principal força da oposição é "a camada vegetal que cobre o areal da praia da nossa cidade."!

Pressionar o vereador do PSD Ricardo Silva, Santana Lopes e o PSD nacional, a esclarecerem os termos do acordo a que agora chegaram, depois de tudo o que se passou na última campanha eleitoral autárquica e, depois, deste Outubro de 2021 até ao dia 2 de Junho de 2023, isso para o PS e para o resto das forças políticas da Figueira, jornalistas, bloguistas, internautas facebokinianos e população figueirense, é irrelevante !

Importante, é a "camada vegetal que cobre o areal da praia da nossa cidade"!

Perante isto, não é de reconhecer que o vereador Silva (com a ajuda de quem está acima dele), não é "um pobre diabo, mas um génio político florentino", que os totós usados e abusados por ele, que se julgam a última bolacha do pacote, nem sonham?

Quem cria um facto político na semama mais decisiva, até aqui, deste mandato autárquico de Pedro Santana Lopes, capaz de desviar as atenções do essencial, só merece que lhe faça, mais uma vez, uma vénia e lhe reconheça o valor: como já expliquei aqui, és grande Ricardo Silva.

Num terra de cegos, políticos naifs, moradores desatentos, comunicação social deficiente e intelectuais sem capacidade para intrepertar os tempos que correm na Figueira, basta um olho para ses rei.

Citando Viriato Soromenho Marques, não foi há 500 e poucos anos, que  um homem discreto terminou, numa povoação vizinha de Florença, o manuscrito de uma obra que se tornaria universalmente conhecida (mesmo pelos que nunca a leram): O Príncipe, de Nicolau Maquiavel? 

O seu autor tornar-se-ia um dos mais improváveis teóricos de primeiro nível da história intelectual do Ocidente, dado que a sua vocação era a acção governativa concreta, de que fora afastado pelo violento regresso dos Médici ao governo florentino. 

No exílio, que durou até à sua morte em 1527, Maquiavel desenvolveu uma visão desencantada da condição humana e em particular um olhar agudo sobre a política, entendida como a "luta pela manutenção ou conquista do poder". Odiado mas também admirado pela sua capacidade de ver a verdade de frente, sem pestanejar, Maquiavel esteve longe de ser um político cruel e sem princípios. Manteve-se fiel ao sonho da unidade italiana, que só seria concretizado no século XIX, e mesmo quando nos descreve as intrigas e artimanhas de que os "príncipes" são capazes, ele está a prestar um serviço ao iluminar as sombras que a política inegavelmente contém. 

Espinosa, o génio português que morreu na Holanda por ser judeu em tempos de sanha inquisitorial, percebeu-o muito bem. Ele interpretou Maquiavel como um defensor do povo que usava o expediente de, aparentemente, se dirigir aos príncipes. Na verdade, as perfídias destes eram denunciadas com tanta veemência, que, dizia Espinosa, a intenção de Maquiavel só poderia redundar na defesa do povo, através das boas leis e de instituições funcionais, que Espinosa não hesitava, no distante século XVII, em chamar pelo nome: democracia. 

Uma lição cuja utilidade perdura.

"... um coro levantou a voz e a caneta, criticando desesperadamente o acordo, desenterrando o passado que o é, mas nunca será esquecido pelo nosso Movimento, na certeza de que a qualquer momento, caso algo corra mal, o Presidente pode sempre retirar pelouros distribuídos na governação"

 Via Diário as Beiras

Joaquim de Sousa: “o papel do autarca é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”

Concorde-se ou não, Joaquim de Sousa continua a ser uma figura incontornável na Figueira da Foz. Ainda há poucos anos, a 31 de Julho de 2018, apresentou o livro “Figueira da Foz – Memória de um Mandato e os Anos Perdidos”, uma publicação que enriqueceu o património bibliográfico figueirense e a história da cidade.
Recordo parte de uma postagem, publicada no OUTRA MARGEM, em 8 de outubro de 2016 "Joaquim de Sousa, um ex-edil figueirense ao raio x".
"...era assim a Figueira e o concelho há 35 anos. Joaquim de Sousa, então um político profissional, passados 6 anos depois do 25 de Abril de 1974, depois de 5 anos como deputado e membro do governo, sentia "uma profunda desilusão e um desencanto enorme". Segundo o que ele, na altura, confidenciou numa entrevista que deu, em Maio de 1981, ao Director do Barca Nova, o falecido jornalista José Martins, "conhecer o poder por dentro não é agradável""Sabes?", desabafou a determinado ponto da conversa com o Zé Martins, "não tenho feitio para prostituta, nem mesmo por obrigação. O poder não é tão poder como as pessoas pensam".
O que Joaquim de Sousa, naquela altura, estava a gostar era de ser presidente de câmara: "agora sim, apesar das muitas vicissitudes por aqui e por além, sinto que o cargo que ocupo na Câmara me está a proporcionar dos momentos mais felizes da minha vida".
Durou foi pouco como presidente de câmara: fez apenas um mandato, que decorreu de 1979 a 1982... O que valeu ao doutor Joaquim de Sousa, é que gostava de ser professor, que era a sua profissão..."
Joaquim de Sousa, do alto dos seus oitenta e picos anos, "vai andando, com os achaques próprios da idade. Vai tentando resistir" e por cá continua activo.
Numa entrevista que saiu na edição de hoje do Campeão das Províncias continua igual a si próprio. Deixamos este extracto. A entrevista pode ser lida na íntegra, clicando aqui.
"CP: Tendo iniciado a sua vida profissional como professor, como é que olha para o actual estado da Educação?
JS: Eu tenho uma péssima ideia em relação à generalidade das autarquias, porque foram transformadas em comissões de espectáculos, estão a absorver aquilo que a sociedade civil fazia. As câmaras absorveram essas funções. Depois fazem remodelações urbanísticas que acabam por piorar a situação, como aconteceu na Figueira. Há dois casos desses, de milhões. Como é que uma autarquia pode disponibilizar 300.000 euros para ter meia hora ou três quartos de hora de automobilismo, uma prova que condicionou todo o trânsito? Já dias antes estava a condicionar com as experiências que foram feitas. Eu sou muito céptico em gastar o dinheiro que foi gasto aqui com os Coldplay. Vou contra o sentido da maré, mas vou à vontade. Coimbra não tem necessidades? A cada esquina tem uma necessidade! Eu considero que o papel do autarca é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e mexer na substância dos assuntos públicos. É o abastecimento de água, electricidade, gás, o estado dos passeios, das estradas, a mobilidade interna, um conjunto de coisas. E aí é que deve estar o foco, é para isso que os dinheiros públicos devem ser destinados, para aplicar em benefício de todos. Já quando estava no Governo, mas depois também na Câmara da Figueira da Foz, sempre fui aos locais, todas as quintas-feiras, ou sextas-feiras, passava o dia nas freguesias. Muita coisa foi resolvida. E muita coisa foi feita. Só em estradas, foram construídos 200 km em três anos de mandato. O que dava satisfação era ver as coisas que beneficiavam a vida das pessoas no dia-a-dia. 
CP: A sua relação com Pedro Santana Lopes como está? 
JS: A relação com o Dr. Santana Lopes e com a Câmara é institucional. Começou com a remodelação do pátio de Santo António, largo Silva Soares, em frente à igreja, onde ocorre a festa de Santo António. Apresentámos um projecto há muitos anos para remodelar aquele muro e torná-lo condizente com a fachada que está por trás, repondo a antiga condição com uma grade igual à da igreja, tal como fizemos na misericórdia. O projecto foi contestado, mas a Câmara avançou com a arte nova. Há 20 anos que estamos a tentar corrigir o que foi feito no muro. Já repusemos a nossa parte atrás e fizemos as laterais da misericórdia. Temos lutado por isso. O Dr. Santana Lopes quis ir lá ver e havia um projecto fantasioso, ainda pior do que está. Ele foi lá e percebeu a nossa preocupação. Ainda por cima a nossa proposta é muito mais barata. Depois disso, falamos duas ou três vezes. Agora visitou a casa dos pescadores. Serviu para quebrar algum gelo, mas a nossa relação é estritamente institucional. 
[CP]: A Figueira da Foz está hoje melhor do que estava? 
[JS]: Continua em declínio. Actualmente, a população do Concelho da Figueira mantém-se no mesmo patamar de 1981, e as projecções da Pordata são alarmantes. Estima-se que, em 2030, a Figueira da Foz tenha uma população equivalente àquela de 1950. Um retrocesso de 80 anos! A prioridade máxima é atrair investimento, adaptado às necessidades actuais. É urgente criar empregos. É uma situação que vai demorar muito a inverter-se. Era necessário outro tipo de política."

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Lamentável: sempre os mesmos a colocarem a minha Aldeia nos jornais regionais pelos piores motivos

Ao que tive oportunidade de ler na página do facebook de um ilustre covagalense, "na segunda-feira, a sessão de Assembleia de Freguesia São Pedro houve o culminar do exemplo do que não se deve desejar. Perda de noção de limites, manutenção de poder-pelo-poder e, algo muito comum, não saber sair no tempo certo. O Campeão das Províncias esteve atento, partilho convosco a peça! Uma saudação especial à bancada do PS que soube assumir a posição errada e à oposição pela defesa da verdade. O público vivo deixou bem claro o seu cansaço sobre a postura, que não é nova, dos que também, na casa, não são novos."

Imagem via Campeão das Províncias

Querem mesmo saber porque considero Ricardo Silva o melhor jogador político da Figueira?

No passado dia 9 de Julho de 2022, realizaram-se eleições para os órgãos concelhios do PSD da Figueira da Foz.
As eleições tiveram lugar no Grupo Caras Direitas, em Buarcos, já que a sede local do partido encerrou no final de 2021, no mandato de Ricardo Silva como líder concelhio. 
Ana Oliveira, ex-deputada da Assembleia da República, foi eleita. Passou a liderar a concelhia concelhia e assumiu a liderança «de uma equipa de trabalho dinâmica e disponível em prol do concelho da Figueira da Foz».
Foram três os pilares "fundamentais para o futuro do PPD/PSD Figueira da Foz", em que se sustentou a candidatura que teve como primeira figura Ana Oliveira.

A saber:
"Reorganizar: Revitalizar a ligação dos órgãos do Partido com os seus militantes e a sociedade civil criando condições para que haja uma motivação em torno do projecto social democrata concelhio, distrital e nacional.
Renovar: Atrair novos militantes bem como novas «bandeiras/políticas» a defender que contribuam para o desenvolvimento da Figueira da Foz.
Rigor: Unir esforços com o poder o local com intuito de estabelecer as melhores soluções para desenvolvimento do concelho sempre de uma forma consciente, rigorosa e responsável."
A aproximação do PSD ao presidente da autarquia, “é uma questão que acabou por ser natural”. Isto, porque “houve um plenário de militantes em que foi aprovada, por unanimidade, uma moção sobre essa aproximação”
O relacionamento da nova estrutura concelhia do PSD Figueira com o único vereador PSD, era e continua a ser um tema interessante e importante para o futuro da gestão autárquica.
Recentemente, com Ana Oliveira na direcção local do PSD, o vereador Ricardo Silva aceitou a estratégia de aproximação a Santana Lopes, o presidente da câmara, assumindo o lugar de vereador executivo, o que prorcionou  ao vencedor das autárquicas de 2021 a maioria confortável que desde o início do mandato desejava.
Neste momento, a correlação de forças existente é diferente daquela que existia quando Ana Oliveira assumuiu a presidência da concelhia do PSD Figueira, que dava  vantagem à oposição, com quatro vereadores do PS e um do PSD. A FAP elegeu quatro. 

Na edição de 18 de Outubro de 2022 o Diário As Beiras, noticiava que prestigiados militantes do PSD/Figueira, como Teresa Machado, Teotónio Cavaco, Carlos Ferreira, Antonino Oliveira, Inês Cláudio, Luís Marques e Ricardo Oliveira terão enviado uma nota de imprensa, qualificando de mentira «que o plenário concelhio tenha aprovado uma moção de aproximação do partido ao executivo camarário…».

Contactado na altura pela FigueiraTV, Henrique Carmona proponente da moção «aprovada por unanimidade» no dia 8 de novembro de 2021, considerou esta manifestação «uma declaração errática da moção, até porque em plenário tive oportunidade de esclarecer que se procura uma oposição sensata e não cega». E acrescenta: «não aprovando ou chumbando indiscriminadamente as propostas do executivo de Pedro Santana Lopes», mas exercendo «uma oposição responsável e atenta, sem bloqueios e com colaboração ao executivo eleito pela FAP».
Perante estes factos, imaginemos que os lugares actualmente estavam trocados: Ana Oliveira era a vereadora truculenta, que por estar desempregada, aceitava o acordo tripartido e Ricardo Silva o presidente da concelhia, que tinha ganho as eleições internas para desbravar a aproximação do PSD/Figueira ao presidente da autarquia elito numa lista FAP.
Certamente que, no mínimo já teria saido um belo comunicado da concelhia do PSD/Figueira a congratular-se com o novo facto político ocorrido na passada sexta-feira, a felicitar Santana Lopes e a sublinhar que isto ia ao encontro da linha política preconizada pela Direcção política do PSD/FIGUEIRA.
Ana Oliveira, nos mentideros políticos figueirinhas, no mínimo, seria considerada uma oportunista a fugir ao trabalho e à procura de tacho.
"É a vida", como diria o "nosso" presidente de câmara.

Mas como o vereador truculento é Ricardo Silva e Ana Oliveira a presidente da concelhia, o PSD/Figueira ficou em silêncio, um facto político entretanto criado chegou para justificar o que aconteceu.

Ficou tudo justificado, menos o essencial. 
Se bem lembro a candidatura autárquica de Setembro de 2021, do PSD/Figueira, tinha um programa concreto de recuperação do comércio e do turismo, fortalecimento do porto e da criação de um porto turístico e a passagem do porto comercial para a margem sul, o que permitiria devolver a margem norte à cidade, a modernização da linha do oeste, medidas para promover o investimento e a competitividade ajudando e dando melhores condições às empresas concelhias para criar emprego, criar condições ao nível do ensino para tornar a Figueira um destino internacional que capte jovens a partir dos 14 anos. Foram também prometidas medidas para melhorar a vida dos figueirenses, como por exemplo, encarar o problema da habitação, com políticas concretas para atrair jovens casais dando-lhe condições ao nível da saúde, do emprego, da cultura, etc., a redução de impostos municipais, o preço da água, a coesão territorial concelhia, proporcionando as mesmas oportunidades às 14 freguesias do concelho. 
Será que algum destes pontos foi debatido no "acordo tripartido", para permitir que a ida de Ricardo Silva para vereador executivo possa criar condições para melhorar a gestão da autarquia figueirense e da vida dos seus habitantes?
Não conhecendo o acordo escrito que, presumo, deve ter sido assinado entre as "partes", arrisco afirmar que não. Portanto, venceu quem tinha de vencer: "o maior jogador político da Figueira da Foz" e "o maior jogador político na Figueira da Foz". E cumpriu-se o que tinha de ser cumprido.

Recordo algo que escrevi na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. 
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. 
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? 
Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Portanto, Ricardo Siva (e quem está acima dele...) apenas conseguiu atrasar o percurso natural do processo político em curso na Figueira quase dois anos. 
Como escrevi ontem na minha página no facebook, a aproximação do PSD ao presidente da autarquia, “foi uma questão que acaba por ser natural”. Isto, porque “houve um plenário de militantes em que foi aprovada, por unanimidade, uma moção sobre essa aproximação”.
Não foi isso que acabou por acontecer na passada sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023, com a cooptação de Ricardo Silva, único vereador que os cerca de 10% conseguidos pelo PSD/Figueira permitiu eleger?
Imaginemos que o vereador cooptado por Santana Lopes não era Ricardo Silva, número dois na lista, mas Pedro Machado, que foi quem, efectivamente, foi eleito, ou o número 3, 4, 5, 6, que já nem lembro quem foram, não seria isto que todos pensariam?
Portanto, o problema da equação é, apenas, um: Ricardo Silva e o passado que o vai perseguir para o resto da vida.
A beleza está na simplicidade.
Pensar simples não é para todos.
E a memória é tão curta na Figueira...

Os figueirenses em geral ficaram na mesma. 
Contudo, a Figueira política mudou mesmo na passada sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023.
Nem ficou melhor nem pior, nem houve renovação: apenas mudou o ambiente crispado em que se vivia há anos.
Renovar, se alguma vez isso acontecer, "será trazer para a política pessoas com vida e profissão, que tenham conhecido dificuldades, desilusões, derrotas, perdas, que sejam mais de carne do que de plástico. Há cada vez menos gente assim na política, à medida que nos partidos as jotas funcionam como incubadoras de carreiras semiprofissionais e profissionais de política. Elas implicam quase sempre baixa qualificação profissional, cursos de segunda, pouca experiência profissional e vidas que rapidamente acedem a regalias e prebendas que separam os que as recebem do comum dos cidadãos."

"... sublinho que uma política exercida sem objetivos de interesse público transparentes, que promova uma melhoria real na vida dos cidadãos, se torna oca em conteúdo, obsoleta, cujo único propósito visa alimentar os egos de quem a exerce"

 Via Diário as Beiras

Conhecer o passado para prespectivar o futuro

 Via Diário as Beiras

Festa rija na (minha) Aldeia. E com o "conduto do povo", que é a sardinha...

Via Município da Figueira da Foz

"A edição de 2023 do S. João – Festas da Cidade da Figueira da Foz, tem início já esta sexta-feira, dia 09 de junho, com a Festa da Sardinha, que vai decorrer no Portinho da Gala, até domingo, dia 11 de junho.

Pelo segundo ano consecutivo a organização está a cargo do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores do Município da Figueira da Foz, que irá abrir o recinto da festa para servir a tão ansiada sardinha, pelas 19h00 (dias 09 e 10) e pelas 12h00 (dia 11).
E para que a festa seja completa, não pode faltar a animação musical, que será assegurada por José Praia & Aqua Viva, dia 09 e 10 de junho (20h30), por José Alberto Reis, dia 09 pelas 22h00 e pela Banda Chic, dia 11 pelas 12h30."

Encontro com poemas e música: Richard Simas, Alcino Clemente, Manuel Gabriel (e Leonard Cohen...), na Praia de Mira…

Na foto:o presidente da Junta de Freguesia da Praia de Mira, Francisco Reigota, o poeta e Mestre Pescador Manuel Gabriel, Richard Simas, o poeta e Mestre Pescador Alcino Clemente, Mariana Oliveira, António Veríssimo e Tomás Pauseiro. Praia de Mira, 4 de Junho de 2023.


No passado dia 4 de Junho, teve lugar na Praia de Mira um encontro com poemas e música, dedicado às relações de Portugal com o Canadá no âmbito da Pesca Longínqua do Bacalhau (Saint Johns - Newfoundland), com a presença do artista e investigador Richard Simas, músico e musicólogo, de Montreal (Quebec) e os poetas e mestres pescadores da Praia de Mira, Mestre Manuel Gabriel e Mestre Alcino Clemente, bem como a cantora da Praia de Mira Mariana Oliveira acompanhada pelo seu grupo musical.
Esteve exposto um modelo (mecanizado) de um "Barco-do-Mar" (Barco da Arte ["meia-lua"]), a ancestral pesca de arrasto para terra tradicional da Praia de Mira (a pesca de cerco e alar para terra localmente chamada "Arte", e actualmente designada oficialmente como "Arte-Xávega"), construído por João Facão, um dos artífices da "Memória da Terra e do Mar" da Praia de Mira, e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR, bem como outras obras de João de Jesus e outros artesãos locais.
Richard Simas quis ter a amabilidade de trazer de Montreal, para oferecer para a Biblioteca do CEMAR, um exemplar do último livro de Leonard Cohen, The Flame: Poems and Selections from Notebooks (Montreal: McClelland & Stewart, 2018) publicado, postumamente, dois anos após a morte do poeta canadiano.
O CEMAR havia publicado em Portugal acerca de Leonard Cohen, nomeadamente em 2017 o livro O Cohen Morreu… E Eu…?, e em 2009 a reedição da tradução portuguesa (originalmente publicada em 1984-1985) do poema de juventude de Cohen dedicado a Portugal e aos Portugueses ("The Warrior Boats", in Let Us Compare Mythologies, 1956); o poema de juventude que, de facto, mais do que acerca de Portugal e dos Portugueses, é sobretudo acerca dos Pescadores Portugueses da Pesca Longínqua do Bacalhau na Terra Nova (Canadá).
O director do CEMAR, Alfredo Pinheiro Marques, é o tradutor de Leonard Cohen para a Língua Portuguesa, desde 1984-1985.