quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Quinto molhe e Cabedelo: tínhamos um problema, ficámos com dois....

Recordo Manuel Luís Pata, meu saudoso Amigo e Mestre nestas coisas de entender o mar"há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".

Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa, deputado PSD - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas"é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".

Optou-se por defender o acrescento do molhe norte - e nisso o seu partido o PSD tem muitas culpas. Duarte Silva, então presidente da câmara foi um acérrimo defensor desta aberração - passados estes anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra"
Por outro lado, o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia a norte, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira"
E não foi por falta de avisos que foram cometidos tantos erros de planeamento territorial e urbanístico na na Figueira da Foz.

Voltando ao saudoso Mestre  Manuel Luís Pata, uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte que os decisores políticos não ouviram, como ele aliás, sabia. 
Um dia, já distante, em finais de janeiro de 2008,  confessou-me: "ninguém ouve".
Recordo, também, algumas frases de Pinheiro Marques numa entrevista dada à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008 : “os litorais da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa vão sofrer uma erosão costeira muitíssimo maior, com o mar a ameaçar as casas das pessoas e o próprio Hospital Distrital.
Devido à orientação obliqua do molhe norte, os barcos pequenos, as embarcações de pesca e ao iates de recreio, vão ter de se expor ao mar de través. Poderá vir a ser uma situação desastrosa para os pescadores e os iatistas e ruinosa para o futuro das pescas e da marina de recreio”.
Contra todos os alertas que apelavam ao bom senso a obra fez-se por razões políticas, pois era preciso apresentar obra. Em 2009 houve eleições e aquilo dentro do PSD Figueira era um turbilhão...

Recordo ainda, que não podemos esquecer o dia 11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
Apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A ganância, a falta de visão e bom-senso, a que se juntou a displicência de quem manda, só podiam acabar mal. 
O pior é que, depois da “festa”, sobram os “restos”: vastas áreas degradadas, inestéticas, desocupadas
O litoral português, logo a sul do Mondego, na joia chamada Cabedelo, apresentava um extraordinário conjunto de valores naturais e em bruto, que tornavam este naco de território figueirense apetitoso para os interesses imobiliários.
A gestão socialista fez o que fez ao Cabedelo. Tínhamos um problema: ficámos com dois.

O argumento foi o de sempre: ou o dinheiro é gasto agora e já, ou vai para outro lado.
Neste caso do Cabedelo, o argumento é falso. Basta olhar mais para sul e vê-se a olho nu que havia tanto sítio para gastar os milhões que foram tão mal gastos (o resultado fala por si...). Por exemplo, depois do quinto molhe.

Via Diário as Beiras

Pedagogia política

Por Carlos Leal*

"Ó Pena, tu sabes o que é uma concessão...
Portanto, não podes escandalizar-te desse modo... As empresas concessionárias são empresas privadas, que buscam a maximização do lucro, como todas as demais...
Enquanto uma empresa comum se submete às regras que disciplinam a respetiva atividade, uma concessionária submete-se a esse tipo de regras e ainda ao contrato de concessão e, muitas vezes, também a um conjunto de contratos que lhe são conexos e que são firmados no mesmo dia.
Se as normas que disciplinam a concessão forem permissivas, de quem será a culpa?
Da empresa?
Se a fiscalização do concedente inexiste, ou é ineficaz, de quem será a culpa?
Da empresa?
Querias um serviço público disponibilizado por uma entidade legalmente afeta apenas e só ao interesse público?
Já tinhas - os Serviços Municipalizados...
Contudo, alguém deve ter considerado que "quem gere bem, são os privados"... E, vai daí, concessionou... E aí temos o que é a gestão privada de um serviço público...
E o que tens nas águas figueirenses, tens, no todo nacional, em áreas como os transportes coletivos, os aeroportos, a rede elétrica, os serviços postais, os hospitais, a Saúde 24, as autoestradas, a rede nacional de emergência...
Enfim, exemplos não faltam..."

"Eles aumentam, apenas porque o contrato de concessão assim o permite... E quem foi o primeiro outorgante desse contrato? Uma concessão (qualquer que seja e sobre o que seja...), se não for bem contratualizada, é um pesadelo para os utentes e uma fonte de problemas para o concedente..."

* Nota de rodapé.
Conheci o Carlos Leal nos primeiros anos da década de 80 do século passado. Era ele então um jovem estudante no Liceu da Figueira da Foz e eu um jovem chefe de redacção de um jornal. 
Vimos logo ali um potencial imenso. Ficou na equipa.
Conhecendo-o há mais de 40 anos, acho natural o comentário do Rui Duque: 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz, uma série que já vem de longe



Bernardo Reis, o candidato da CDU Figueira ainda tentou trazer o assunto à colação... 
Foi estranha essa ausência, pois Ricardo Silva, número dois na lista de Pedro Machado nas autárquicas de Setembro de 2021, numa conferência de imprensa, realizada no dia 21 de Novembro de 2018, tinha sido explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se.
"Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", na primeira passagem de Santana Lopes como presidente de câmara da Figueira da Foz.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"
Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".
Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 
Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.
Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão". A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"
Em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira "explicou tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O vereador Ricardo Silva argumentou que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.
Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreendeu estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.

«O vereador do PSD no município da Figueira da Foz defendeu hoje que a Câmara deve assumir a gestão do abastecimento público de água e não aumentar o tarifário para 2023, e explicou aceitar, no limite, uma atualização de 02%. 
Em comunicado, na véspera deste eventual aumento ir a votação no município, Ricardo Silva considerou que “o aumento da tarifa da água de 11,3%, proposto pela concessionária, revela uma insensibilidade e aproveitamento abusivo de uma situação excecional que todos vivem, no país e no estrangeiro”
“Um abuso total, porque é a tentativa de transposição de uma taxa de inflação global, que não é suportável para ninguém no país, em situação nenhuma, muito menos nos vencimentos e no rendimento das pessoas, sendo perfeitamente inadmissível”, referiu o único vereador do PSD no executivo figueirense. Ricardo Silva salientou que a empresa Águas da Figueira, a quem está concessionado o serviço de abastecimento, obteve lucros de cerca de 20 milhões de euros nos últimos 10 anos, sem que se conheçam “grandes investimentos em infraestruturas nos últimos anos!”
“Tudo isto à custa de uma das tarifas mais altas que se pratica em Portugal”, sublinhou o social-democrata, considerando que a concessionária “não está a cumprir os objetivos estipulados no objeto da concessão”. Insistiu também na necessidade de serem efetuadas auditorias técnicas e financeiras independentes. Para o autarca, “torna-se necessário realizar um balanço e proceder a uma avaliação dos diversos aspetos inerentes ao contrato de concessão e ao desempenho da concessionária, no que respeita à prestação do serviço público concessionado”
O vereador defendeu o regresso da gestão do serviço de abastecimento público ao domínio municipal, à semelhança dos municípios de “Mafra, Setúbal, Santo Tirso, Paredes e Paços de Ferreira”
Quanto a aumentos para o próximo ano, Ricardo Silva propõe que “não haja aumentos ou, no limite, 02%, idêntico ao aumento médio de rendimentos na função pública”
No dia 31 de outubro, o município da Figueira da Foz voltou a adiar a votação do aumento das tarifas de água proposto pela concessionária Águas da Figueira da Foz, que aponta para uma subida de 09%. Depois de em setembro a autarquia liderada por Pedro Santana Lopes (independente) ter adiado a votação por não concordar com a proposta de aumento de 11,3%, a nova taxa indicada motivou reservas da liderança do executivo e dos vereadores da oposição do Partido Socialista, que pediram mais tempo para analisar a proposta.»

Um texto para ler de Maria Clara Murteira

A economia muito política das pensões
"O artigo de Maria Clara Murteira, no âmbito do dossiê deste mês sobre o Orçamento do Estado no Le Monde diplomatique - edição portuguesa, é um antídoto contra os discursos dos economistas que servem o capital financeiro, dentro e fora do Governo, dentro e fora da academia, ou não fosse Murteira a autora de um livro precioso sobre Economia das Pensões a merecer reedição, a economista com quem mais se aprende sobre o tema mais político da economia sempre política. 

Tem a mania de fazer leituras muito atentas, deslindando e criticando as opções de política conformes com interesses poderosos. Muito inconveniente. Nesta como noutras áreas, é mesmo preciso seguir o dinheiro. A economia é um peixe que apodreceu pela cabeça..."

"Apenas fiz a fotografia. Tive o privilégio de ser a fotografia..."

Passam hoje 5 anos, que Pedro Agostinho Cruz fotografou a maior onda surfada do mundo até essa data, na Praia do Norte, Nazaré, registando o momento em que esta era surfada pelo Brasileiro Rodrigo Koxa.

Foi no dia 8 de novembro de 2017. Essa Fotografia Oficial com a chancela do Guinness, eternizou esse momento numa foto que se tornou viral e fez correr muita tinta pelos quatro cantos do mundo.

"Esta onda" - citando o próprio atleta - "mudou a vida do Brasileiro Rodrigo Koxa por completo: sempre surfei na «grande», trabalhei a vida inteira para estar nos dias maiores de ondas gigantes pelo mundo. Entendi que aqui era a «bola da vez», Portugal mudou o cenário das ondas gigantes, Nazaré passou a ser a onda mais cobiçada e tem, cada ano que vem, mais «big raiders» e fotógrafos do mundo inteiro".

Abriu ontem

 Via Diário as Beiras

"Face aos constantes galgamentos os erros têm de ser corrigidos pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Câmara Municipal da Figueira da Foz"...

Será que era assim tão difícil prever o que era tão facilmente previsível?

Como se escreveu no OUTRA MARGEM, em 9 de Abril de 2017, muito antes do início das obras, "longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo estava a ser alvo de um atentado." 
O resultado, em Novembro de 2022, é visível. 
"meu" Cabedelo, em 2017, tal como o conheço há mais de 60 anos, estava numa encruzilhada. 
Um dos caminhos, o que foi seguido apesar de todos os avisos, levou à catástrofe e ao mais terrível desespero para quem ama e sente o Cabedelo. Mais do que um muro, é uma divisória e é a constatação da separação do mar. Claro que é necessária ali - e em toda a orla costeira de S. Pedro, espero que não se tenham esquecido da zona a sul do quinto molhe... - uma protecção contra o avanço do mar.
Cito o arquitecto Miguel Figueira"o problema não é se se protege, mas como se protege.  O projecto que não querem mostrar não é o mesmo da consulta pública do POC."

No fim de semana passado, mais uma vez, foi o que sabemos.
Como diz o povo: "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita".
Via Diário as Beiras

"Não digam que Jerónimo de Sousa é uma boa pessoa "

Luís Osório

"...foi há 18 anos que anunciei ao país que Jerónimo de Sousa seria secretário-geral do PCP.

Por bizarro que pareça, é verdade o que te digo. Era diretor de um jornal diário, “A Capital”, e o enorme jornalista que era Rogério Rodrigues, meu diretor adjunto, conseguira o furo. Contra todas as expetativas mediáticas, Carlos Carvalhas seria substituído por um (quase) desconhecido Jerónimo de Sousa.
Fui ao jornal de Mário Crespo, na SIC Notícias, e apresentei a capa do jornal do dia seguinte. Uma capa em que se via o operário Jerónimo de punho direito erguido.
A notícia viria a ser confirmada.
Apesar de muitos anos de deputado e de uma candidatura presidencial, o país não o conhecia.
E eu também não.

Jerónimo de Sousa fez o seu caminho.
Ganhou e perdeu.
Inventou a “geringonça”.
Foi atacado na sua vida pessoal num dos ataques mais ignóbeis que vi fazer – mas a sua credibilidade pessoal é tão grande que as pedras se tornaram parte da sua muralha de credibilidade.
Um dia pedi para não dizerem que é uma boa pessoa.
(apesar de ser boa pessoa).
Para não dizerem que sempre gostaram dele
(apesar de poder ser mesmo verdade o que dizem).
Apelei a que não dissessem coisas que, sendo certas, nos desviam do que foi a sua vida.

Jerónimo foi sempre um operário metalúrgico.
Se não acreditam é porque nunca vos apertou a mão.
Ou abraçou.
Ou porque nunca estiveram com ele numa fábrica.
Quando nos aperta a mão percebemos o que é isso de ser operário.
Quando nos abraça percebemos que o faz com o que carrega, com a poesia de todos os que combateram e já não estão.
Quando está numa fábrica percebemos que está como se fosse a sua casa, os operários (comunistas ou não) são uma parte de si; mais do que os passos perdidos de um parlamento que conhece como as suas mãos, mas onde nunca pertenceu por inteiro.

Jerónimo é uma pessoa grande.
E inclemente com o que acredita. Provavelmente não há ninguém que duvide que morreria pelo ideal que defende – sacrificar-se-ia sem uma hesitação.
É este homem que deixará para a semana de ser secretário-geral de um PCP que tem perante si mais uma prova de sobrevivência.
Certamente que os seus camaradas o aplaudirão longos minutos.
E certamente que Jerónimo se comoverá.
Com a dureza de princípios de um comunista, mas com a leveza de um coração que não esconde as emoções, Jerónimo irá comover-se.
E nós com ele."

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Cabedelo depois da "requalificação"

P.S.: gastaram cerca de 7 milhões para isto. Será que era assim tão difícil prever o que era tão facilmente previsível?

Foto Pedro Agostinho Cruz



Foto António Agostinho

Câmara da Figueira da Foz foi alvo de um ataque informático

"Um grave ataque informático ao município da Figueira da Foz atingiu no domingo a generalidade dos serviços, disse à agência Lusa Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara esta segunda-feira.
Segundo o autarca, serão preciso "alguns dias" para que o gabinete informático consiga repor a normalidade e faça o levantamento do que se terá perdido, uma vez que o ataque atingiu "alguns backups".
"Não encerrámos os serviços, mas é impossível consultar processos e os munícipes estão a ser informados", disse Santana Lopes, salientando que pediu aos trabalhadores para se manterem nos seus postos.
O presidente da autarquia adiantou que o município cumpre os requisitos de cibersegurança e que foram notificadas as entidades competentes e efectuada participação à Polícia Judiciária."

Os milhões gastos no Cabedelo...

Conforme postamos esta manhã, apesar dos avisos feitos em devido tempo, todos conhecemos a bela obra de requalificação que o anterior executivo camarário por incompetência, teimosia e cegueira política, realizou no Cabedelo.

noite passada, mais uma vez, o Cabedelo, foi invadido pelo mar.

A única via de acesso a este local, conforme a foto da Figueira Tv mostra, está com a circulação comprometida, "tendo sido registada a intervenção de reboques para auxiliar pelo menos dois veículos durante a manhã de hoje".

Capitania alerta para agravamento das condições marítimas

A previsão de «agravamento das condições meteo-oceanográficas», até ao fim da tarde de quarta-feira, levou a Capitania do Porto da Figueira da Foz e emitir ontem um alerta dirigido a «toda a comunidade marítima e à população em geral, que frequente as zonas costeiras e ribeirinhas».

No comunicado chamava-se a atenção para a previsão de ondulação de noroeste, que apresentará um período largo, o que significa que transportará bastante energia e poderá atingir os 5 metros de altura durante a madrugada do dia 7 de novembro.
Apesar dos avisos feitos em devido tempo, todos conhecemos a bela obra de requalificação que o anterior executivo camarário por incompetência, teimosia e cegueira política, realizou no Cabedelo.
O vídeo sacado daqui é elucidativo.
 

O envelhecimento dos dirigentes associativos no nosso concelho tem reflexos a vários níveis

 Via Diário as Beiras

Figueira Champions Classic

 Via Diário as Beiras

Nuno Moita vence novamente a Federação Distrital de Coimbra do PS

Foto via facebook candidatura Nuno Moita
No passado sábado, Nuno Moita foi reeleito para a presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista. 
Nuno Moita, também presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, derrotou Victor Baptista. 
O edil de Condeixa conquistou 1485 votos e o ex-governador civil 800. 
A vitória de Nuno Moita – que apresentou como candidato a vice-presidente o seu adversário de há dois anos, o figueirense João Portugal – assentou nas votações expressivas em quatro concelhos: Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Penacova e Soure. Também em concelhos como Lousã, Oliveira do Hospital ou Tábua, as vitórias foram as esperadas. Em Coimbra, no entanto, pouco mais de três dezenas de votos separaram as duas listas. 
Do lado de Victor Baptista, a derrota clara acabou por ser amenizada pelos resultados obtidos em algumas Concelhias – em Arganil, Cantanhede, Mira, Montemor-o-Velho, Pampilhosa da Serra e Penela foi mesmo o candidato mais votado, enquanto em Góis perdeu apenas por dois votos. 
Nuno Moita fez questão de deixar agradecimentos alargados: “Muito obrigado a todos por acreditarem no nosso projeto. Cá estaremos para trabalhar por um Partido Socialista mais próximo, unido e forte”. 
Victor Baptista já avançou com uma proposta de criação de um movimento político de reflexão e anunciou, desde já, que voltará a apresentar-se nas próximas eleições que terão lugar daqui a dois anos.

PCP: Já provou ser diferente, falta fazer a diferença

Paulo Raimundo, 46 anos, é o novo secretário-geral do PCP
"Se alguém tinha dúvidas de que o PCP é um partido distinto dos outros, a forma como o país soube, sábado à noite, da saída de Jerónimo de Sousa e da sua substituição em breve, como secretário-geral, por Paulo Raimundo diz quase tudo: os comunistas apresentaram o novo líder como consensual, nada se conhece de eventuais rivais para o cargo, evitaram fugas de informação para a imprensa, trocaram por completo as voltas aos comentadores que há anos apostavam em certos militantes com destaque mediático como sucessor. Goste-se ou não, os comunistas portugueses são mesmo diferentes.
"

Leonídio Paulo Ferreira, via Diário de Notícias

domingo, 6 de novembro de 2022

Paulo Raimundo vai substituir Jerónimo de Sousa, "o líder que sorria"

Jerónimo de Sousa, líder-operário que sorria e assinou um acordo à esquerdacom 75 anos e quase 18 como secretário-geral comunista, já tinha avisado que a "a lei da vida não perdoa a ninguém".
Certamente reflectindo sobre a sua situação de saúde e as exigências correspondentes às responsabilidades que assume, colocou a questão da sua substituição nas funções que desempenha. 

Como Jerónimo de Sousa já tinha dito, "a saúde é um elemento central, por muitos planos, programas, ideais, sonhos, tudo isso que a vida comporta, há uma coisa que é implacável, que é a lei da vida", assegurando que daria a sua contribuição quando o PCP considerasse "chegado o momento de uma substituição, de forma tranquila, mantendo a coesão do partido". "No meu partido não existem militantes de diversas categorias, existem militantes com diversas responsabilidades".

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, agradeceu  sábado o "enorme contributo" de Jerónimo de Sousa para as instituições democráticas portuguesas, em reação ao anúncio da sua saída de secretário-geral do PCP. Por sua vez, o presidente do PSD, Luís Montenegro, elogiou, também ontem,  sábado, a "simpatia pessoal" do secretário-geral cessante do PCP, Jerónimo de Sousa, e a sua "lealdade no combate político", declarando-se "nos antípodas do comunismo", mas respeitador dos seus "crentes".

Jerónimo de Sousa vai ser substituído por Paulo Raimundo. Para quem não conhece Paulo Raimundo a sua biografia pode ser lida aqui e fica este vídeo, sacado daqui. É a intervenção de Paulo Raimundo no Comício «O Futuro tem partido. Liberdade, Democracia, Socialismo» comemorativo do 101.º  aniversário do PCP.