Via Diário as Beiras
terça-feira, 11 de outubro de 2022
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
Via Ther Terrorist
"A Concertação Social é a maquilhagem da Câmara Corporativa pelas mãos de um partido, alegadamente socialista, para esvaziar o protesto e a contestação nas empresas. A câmara alta não eleita do Parlamento, e sem enquadramento constitucional. Nos idos do Estado Novo as direcções dos sindicatos eram nomeadas pelo poder político e a Câmara Corporativa funcionava, oleada e nos eixos. Com o advento da democracia e a impossibilidade de se nomearem direcções sindicais inventou-se uma central sindical - UGT, hoje pouco mais que os minúsculos sindicatos dos bancários, sem representatividade absolutamente nenhuma no mundo do trabalho, para assinar por baixo o que os sindicatos dos patrões decidem, e aí está o fascismo de volta, 10 anos depois de 74, data ta criação da Concertação Social.
O fascismo não é o Ventas do Chaga a dizer patetices nas televisões e no Parlamento, com os câmaras de eco eleitos a grunhirem "apoiado" e "muito bem" ou a gesticularem abundantemente para as outras bancadas parlamentares, o fascismo, como conceito, está mais presente nas nossas vidas do que a maioria possa pensar ou sequer admitir."
Resta a rua...
Filipe Tourais: «António Costa e António Saraiva, dois amigos à saída de um acordo, dizem-no ambos, histórico. Histórico não significa necessariamente que tenha sido um bom acordo. Para o Saraiva foi óptimo, não tenhamos dúvidas, não fosse o Saraiva o guru dos gurus de um modelo de enriquecimento de empresários parasitas da miséria que pagam aos seus trabalhadores.
Resta a rua. A rua que lhes diga que se esticaram à bruta e ultrapassaram todos os limites do tolerável. Desta vez, muito provavelmente, com uma originalidade: ainda haveremos de ver o Ventura, o Cotrim e o Montenegro na primeira fila de uma manifestação contra aquelas coisas que eles dizem serem as causas que não são do aperto. Daqui a quatro anos, haveremos de conversar melhor sobre estas três amélias que o Costa está a empurrar para o poder de produzirem ainda mais apertos. O Costa é amigo de apertar e de ajudar quem aperte. A troika prossegue sem troika. A geringonça agora é com os patrões e a UGT.»
Ladrões de Bicicletas: «CGTP fica de fora do acordo de rendimentos, informa o Público. E fica muito bem: afinal de contas, e ao contrário da UGT, sabe a diferença entre nominal e real.
Sabe que este ano está a ocorrer uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital superior à do tempo da troika, insistimos. E sabe que, se depender do governo, este padrão pode bem continuar.
Sabe o valor de quem trabalha e sabe como quem trabalha é nominalmente valorizado e realmente desvalorizado.
Renovação do ar precisava-se no PS Figueira
No País e na Figueira.
Como somos Povo, vamos então também teorizar.
Para começo de conversa, convém começar por esclarecer o óbvio: existe uma forte ditadura partidária que só admite para os postos-chaves quem muito bem entende.
No País e na Figueira.
Uma reforma política profunda poderia dar uma certa saúde à democracia portuguesa.
Todavia, isso nenhum partido quer porque liquidaria práticas próprias do funcionamento dos partidos enraizadas há décadas.
No País e na Figueira.
Quem é eleito para cargos partidários, só fala no bem do partido.
Que o mesmo é dizer, no seu bem próprio.
Nomeadamente, como explorar as fraquezas alheias para ganhar eleições.
Alguém pensa no que é que convém ao interesse da polis e o que é que podemos acrescentar mais, ou corrigir o que os nossos antecessores fizeram?
O importante é ocupar lugares, mesmo que para continuar a mesma prática política.
No País e na Figueira.
Orçamento do Estado para 2023
domingo, 9 de outubro de 2022
sábado, 8 de outubro de 2022
O político Carlos Monteiro chegou ao fim da linha?
Nas secções, está já apurada a de Buarcos, onde venceu Maria José Moura; em Maiorca, Antonio Jesus; na Marinha das Ondas, João Parracho, e na secção da Figueira da Foz, Ricardo Pereira, candidatos afectos à lista de Raquel Ferreira.
A lista liderada por Carlos Monteiro conquistou as secções de Tavarede, Borda do Campo e Brenha, encabeçadas por Dina Bandeira, Lucínio Carvalho e Fausto Loureiro, respectivamente."
Ao que a ÓBVIA apurou, "o acto eleitoral decorreu com normalidade, à excepção de uma altercação na mesa de Buarcos, no Grupo Caras Direitas, onde a PSP foi chamada por alegadamente o ainda secretário-coordenador e recandidato Nuno Marques ter agredido um elemento da lista adversária."
A carreira política de Carlos Monteiro pode ter terminado hoje.
Ou não? Não se esqueçam que estamos na Figueira...
A política é feita por pessoas. Com virtudes e defeitos. Mas, por pessoas como todos nós.
As notícias sobre a morte política de Carlos Monteiro afinal não eram exageradas.
O PS Figueira, tem inúmeras razões para malhar no político, mas convinha não perder o contexto político figueirense global de vista.
Todavia, mesmo tendo em conta que estamos na Figueira, depois dos erros políticos cometidos nos últimos 2 anos e picos por Carlos Monteiro, um relançamento de uma nova vida política de Carlos Monteiro é pouco provável.
Nisso, o resultado de hoje, foi muito claro.
Para quem observou esta disputa eleitoral entre Carlos Monteiro e Raquel Ferreira fora dos meandros partidários, facilmente deu conta que o resultado da votação nada teve a ver com ideias ou com discussão de projectos diferentes apresentados pelos contendores, tendo em vista a eficácia da estrutura política do PS Figueira e a luta por uma vitória em próximas autárquicas.
As campanhas eleitorais de hoje são de uma completa inutilidade. Raramente acrescentam uma ideia. Alguém deu conta de um debate sereno sobre formas de organização e intervenção política?
O que se viu, foi a conquista de um território partidário debaixo de uma nova liderança concelhia, espaço político esse que vai além de Raquel Ferreira.
Para o PS chegar a ser alternativa autárquica ao actual poder autárquico - melhor dizendo, a Santana Lopes - vai ter de trabalhar muito.
António Durão: “Se o doutor Santana Lopes me convidasse para integrar o [seu] executivo, colocaria essa possibilidade à consideração do PS”...
A tomada de posse acontecerá na reunião de câmara do dia 12 deste mês.
Carlos Monteiro foi substituído por Glória Pinto.
O Estado Novo em que os intelectuais não eram espancados, mas altamente vigiados, silenciados.
Tomás da Fonseca, que para muitos era o Tomás das Barbas, escritor anticlerical em a quem se deve talvez o libelo mais demolidor sobre as aparições de Fátima, era alvo das atenções da PIDE, teve muitos livros apreendidos, a polícia tratava-o como simpatizante do PCP, que em todos os seus interrogatórios Tomás da Fonseca negou, a despeito das ligações fraternas que manteve com comunistas e companheiros de estrada. O seu funeral foi alvo de relatório da polícia secreta, não se escondeu que chegou um cortejo automóvel com cerca de 100 viaturas ao cemitério de Mortágua onde o esperava uma multidão de 800 a 900 pessoas.
Situação execrável foi o processo de Andrée Crabbé Rocha na PIDE. O marido, Miguel Torga, sempre recusou enviar as obras à censura prévia, a polícia política sentiu-se afrontada, Torga conheceu a cadeia do Aljube, livros queimados, apreendidos, proibidos. Andrée Rocha foi demitida da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1947 e cinquenta anos depois partilhou no Expresso as suas memórias: “[…] nunca nas minhas aulas de literatura portuguesa e de literatura francesa falei em política. Talvez tivessem descoberto que eu era mulher de Miguel Torga. […] nada pude fazer em relação à decisão. Passados 2 anos, abriu um concurso para professor extraordinário em que era necessário apresentar um trabalho. Preparei um sobre o Cancioneiro Geral de Garcia Resende. No dia das provas recebi um ofício da reitoria a dizer que não as podia prestar. Solicitei durante 21 anos a realização da prova, e durante todo este tempo me foi recusado. Fui obrigada a dar lições particulares em Coimbra, para onde me mudei, e frequentei outro curso, que me permitiu dar aulas em colégios particulares. Mas em 1955, até esse diploma me tiraram”. Andrée Rocha era classificada na PIDE como mulher do comunista Torga, só pôde retomar funções universitárias na Faculdade de Letras de Lisboa em março de 1970.
O percurso de Soeiro Pereira Gomes foi a de um regente agrícola que foi viver para Alhandra e se tornou empregado de escritório na fábrica Cimento Tejo, cedo se comprometeu com o ideário comunista, movia-se pela vontade de proteger os humildes, como é explícito na sua obra maior Esteiros, a vida de crianças conduzidas ao duro trabalho naquela região ribatejana. A PIDE tinha-o sob vigilância, ele teve um papel de grande importância na greve dos operários daquela fábrica, Soeiro teve que fugir, vai conhecer a clandestinidade mais dura, é um intelectual comunista. Esteiros recebeu mesmo elogios de Marcello Caetano, é obra escrita em 1941, havia uma réstia de esperança na vitória dos Aliados e que esta comportaria a queda do regime de Salazar. Dado curioso, a obra foi lida e autorizada pelo tenente-coronel Salvação Barreto, diretor da Censura, muitos anos depois esta mesma Censura considerou que o livro deveria ter sido proibido quando apareceu, “mas agora deve ser ignorado”, pois que a proibição agora só serviria à sua propaganda no nosso meio”. O escritor, agitador e quadro de topo do PCP morreu muito novo, em 1949, conceituados escritores como Ferreira de Castro reconheciam o seu imenso talento.
O leitor encontrará ainda nesta obra trabalhos bem elucidativos sobre a vigilância da PIDE a Fernando Namora, Jorge de Sena, as obras teatrais, o trabalho dos informadores da polícia política, as péssimas relações de figuras da Igreja Católica com o Estado Novo a partir da década de 1960, a PIDE no encalço de Agostinho Neto e Amílcar Cabral. Luís Reis Torgal não deixa de referir na conclusão que não passou de um mito a ideia de intolerância branda, e se é certo que a ação policial da PIDE não é comparável com os sistemas racistas e antissemitas ou com as práticas da violência sem limites no estalinismo, o regime de Salazar quis-se intransigente, perseguindo ou asfixiando as ideias e práticas anarquistas e comunistas, mas também as simplesmente liberais, católico-progressistas ou até monárquicas; e a guerra colonial veio a justificar a permanência dessa repressão deixando bem claro que isso dos brandos costumes não passou de um mito.
A pedir leitura urgente."
Mário Beja Santos
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Fotos que só a reforma permitem
Foto Clara Gil |
Por aqui, tudo bem não se preocupem. Não há nada como esperar pelo pôr-do-sol quando as gaivotas regressam à praia...
Assembleia de Freguesia de São Pedro atribui Voto de Louvor ao Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes e a toda a sua Vereação
Via Município da Figueira da Foz
A Assembleia de Freguesia de S. Pedro, na pessoa do seu Presidente, remeteu a 04 de outubro de 2022, à Câmara Municipal da Figueira da Foz, um ofício cujo conteúdo se transcreve:
"Cumpre-me dar conhecimento da aprovação por unanimidade, da proposta apresentada pelos membros do Partido Socialista e pelo executivo da Junta de Freguesia, na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia do passado dia 30 de setembro, de atribuição de um Voto de Louvor ao senhor Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Dr. Pedro Santana Lopes e a toda a sua Vereação, pelo enorme gesto de sensibilidade manifestada, em atribuírem o nome do nosso inestimável e sempre Presidente de Junta de Freguesia, Carlos Manuel Azevedo Simão, ao barco que irá fazer a travessia Figueira- Cabedelo."
Raquel Ferreira e Carlos Monteiro vão amanhã a votos para a concelhia do PS Figueira
Imagem via Diário as Beiras |
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Guerra Colonial, uma dura realidade que terminou graças ao 25 de Abril de 1974
Imagem via Diário as Beiras