segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Finalmente, algo verdadeiramente inovador no dia a dia de um vereador figueirense...

«Vias cicláveis "passadas em revista"» (de bicicleta)

"O vereador Manuel Domingues efectuou na passada sexta-feira, acompanhado dos técnicos municiais António Paredes e Francisco Moreira, uma visita aos percursos cicláveis, tendo em vista a verificação e análise da existência, ou não, de anomalias.»"

PSD Figueira, à espera de Godot?..

 Via Diário as Beiras

Sobre o que está em causa (tornar-se "proprietário" de uma pequena "quinta", como é o PSD na Figueira), cito um pequeno excerto da minha crónica na Revista Óbvia de Novembro, esta segunda-feira nas bancas à sua espera.
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais.
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os  militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD..."

A meu ver, o PSD Figueira está à espera de Godot. Godot, neste momento, de certa forma, seria a retoma. Mas, entretanto, que se espera que aconteça enquanto se está à espera?
No palco, como certamente no PSD Figueira, enquanto os actores desempenham o seu papel, há um público que espera - para não dizer, desespera... - pela chegada de Godot. Que o mesmo é dizer, esperar por  alguém que parece ser o único e último alento?
Haverá vantagens resultantes de uma espera que ainda pode ser longa?
Na  peça de Beckett, convém não esquecer, há um grande problema: Godot nunca chega.

A grande questão, porém, é que esta crise no PSD Figueira  tem vindo a ser tratada como conjuntural, quando na realidade ela é estrutural. E já de longa duração.
O texto original da peça, escrito em 1948 no final da II Guerra Mundial, detalha as preocupações do Beckett, naturalmente diferentes das nossas, das que temos hoje.
O PSD Figueira, vive uma situação semelhante a um pós-guerra. Contudo, não foram as paredes da casa que ficaram destruídas. Foram as relações entre muitas pessoas que foram dizimadas. 
Este grau de destruição é mais grave, porque não é visível a olho nu. Para quem conhece como funcianam as distritrais dos prtidos do chamado "arco do poder".
Neste momento, debilitada pelos resultados das Eleições Autárquicas, "a indicação, pela Concelhia, do nome do militante figueirense para a lista de candidatos a deputados, tendo em vista as Eleições Legislativas de 30 de janeiro próximo", é irrelevante.

Está fechado: o director da campanha do PS para as legislativas vai ser Duarte Cordeiro. E Francisco Assis regressa à AR.

"Faltam pouco mais de dois meses para as eleições legislativas de 30 de janeiro e duas palavras estão na mente dos socialistas: maioria absoluta.  
Porém, a agitação nas hostes socialistas concentra-se agora na hipótese de, saindo vencedor das eleições legislativas, o PS não conseguir uma maioria tão reforçada como deseja António Costa e se coloque a questão de saber com quem pode negociar condições de governabilidade. 
Com Pedro Nuno Santos a insistir publicamente na solução de entendimentos com BE e PCP, Manuel Alegre saiu a terreiro a defender que o PS não pode ficar refém dos partidos à sua esquerda e trancar a porta ao PSD à sua direita. 
Uma tese, aliás, também defendida por Francisco Assis, que se manifestou novamente disponível para voltar a concorrer nas listas de candidatos a deputados pelo PS. 
António Costa deu o primeiro sinal evidente de não fechar a porta a negociações com o PSD para garantir condições de governabilidade pós-eleições de 30 de janeiro de 2022 na entrevista da semana passada à RTP.
Isto quando nos bastidores do PS cresciam as conspirações sobre a eventualidade de António Costa, saindo vencedor das eleições, ter de passar a responsabilidade da formação de um Governo de esquerda a Pedro Nuno Santos – único protagonista socialista com capacidade para garantir o apoio de comunistas e bloquistas. 
Daí, por um lado, a entrevista à RTP na semana passada, em que pela primeira vez manifestou abertura a entendimentos com o PSD; e, por outro lado, o convite a Francisco Assis para voltar à Assembleia da República e a Duarte Cordeiro para ser o diretor de campanha do PS – como confirmou o Nascer do SOL junto de fontes socialistas."

domingo, 21 de novembro de 2021

Rio diz que não nomeará 'boys' ou 'girls' para a administração pública

A notícia até parece boa, mas...
Via Diário de Notícias, o presidente do PSD e recandidato ao cargo assegurou ontem, sábado, que não vai nomear "'boys' ou girls' para a administração pública, por considerar errado e porque depois poderem voltar-se contra ele. 
"Não vou nomear 'boys' ou 'girls' ou o que lhes queiram chamar para a administração pública. Não vou não. Não vou porque acho que está errado, não vou porque depois sobra para mim. Se nomeio um incompetente, depois sobra para mim".

Recordando o aeródromo da Morraceira...

 Via Diário de Coimbra

"Terra Nossa", é mais ou menos isto...

Na Figueira, 
"tudo está no seu lugar. 
Graças a Deus.
Graças a Deus, graças a Deus, éh
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus, diz, diz
Tudo está no seu lugar
Graças a Deus, graças a Deus
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus
(Vou nessa! Vou nessa!)
Quero ver o sorriso estampado
Bem na cara dessa gente
Quero ver quem vai, quem fica
Ou quem chega de repente
Quando chego do trabalho
Digo a Deus, muito obrigado
Canto samba a noite inteira
No domingo e feriado
Tudo está no seu lugar, diz
Graças a Deus, graças a Deus
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus."

"Terra Nossa"
é um programa apresentado por César Mourão e transmitido desde 27 de maio de 2018.
O programa é mais ou menos isto. 
"O humorista e apresentador tem  48 horas para recolher o maior número de informações e histórias sobre a personalidade e a localidade em destaque. No final desse período, prepara um espectáculo de stand-up exclusivo que será apresentado perante uma plateia muito especial: os protagonistas das histórias que fomos ouvindo e os habitantes da terra. 
Da primeira à terceira temporada o programa percorria as localidades de grandes personalidades para lhes prestar homenagem. A partir da quarta temporada, cada episódio homenageia uma cidade portuguesa, destacando os locais mais emblemáticos e as "personagens" mais carismáticas da região."
César Mourão, certamente ajudado por alguém, veio à Figueira descobrir as personalidades que se destacam nas mais variadas áreas. 
O resultado passou no serão de ontem na SIC.
César Mourão mostrou em palco o orgulho das gentes desta "TERRA NOSSA".
"César Mourão foi recebido em festa, na Figueira da Foz.
As grandes figuras da terra juntam-se para um serão imperdível."
A Figueira não é só isto. Mas, também é isto.
Tudo está no seu lugar. Graças a Deus, graças a Deus.
Não devemos esquecer de dizer: Graças a Deus, graças a Deus.

sábado, 20 de novembro de 2021

Leitura recomendada aos sabichões que vieram logo garantir que "nunca mais votariam no PCP"...

A coisa é tão evidente que até o Expresso a relata. 
Um texto que deveria ser lido por todos aqueles que se apressaram a responsabilizar o PCP, culpando-o por ter votado contra o OE 2022. 
Se mesmo assim mantiverem essa falácia, fica a perceber-se em que quadrante político se situam ou para onde derivaram.
Se continuarem a dizer que, no dia 30 de Janeiro, vão votar o PS com o argumento do voto útil contra a direita, fica a saber-se que optaram por votar nas políticas de direita do PS...

Orçamento camarário para 2022: a procissão ainda vai no adro, mas...

Quase há um ano - a 2 de Dezembro de 2020 - foi aprovado o Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz que vigorou em 2021: (o maior de  sempre), de 75,4 milhões de euros.
Recorde-se: com o voto contra de Ricardo Silva, do PSD, e a abstenção dos eleitos pelo mesmo partido Carlos Tenreiro e Miguel Babo (aos quais tinha sido retirada a confiança política).
Via Diário as Beiras, fica o que até ao momento é conhecido publicamente sobre a ideia do que vai ser o orçamento camarário figueirense para 2022.
Um orçamento camarário serve para  consubstanciar as propostas que um executivo pensa ser possível executar dentro do limite temporal em que ele vai vigorar.
Deve privilegiar e colocar sempre em primeiro plano as necessidades e os interesses da população, na firme certeza de que dentro dos possíveis, são apresentadas soluções para debelar os problemas imediatos, apontando caminhos para o seu desenvolvimento integrado e sustentável.
 
Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo de sempre. Vale também para 2022. 
Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar. 
Um concelho moderno, democrático e gerido com responsabilidade, discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim será possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isto, no fundo, resume-se numa palavra: “desenvolvimento”

O orçamento municipal para 2022 vai ter isso em conta?
Ainda não o sabemos. "A versão final será apresentada em dezembro, para ser votada". Porém, pelo andar da carruagem (embora “ainda seja prematuro avançar o valor do orçamento”),  parece ser mais do mesmo.
Oxalá que, como o de 2021, não seja um orçamento camarário desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz. “Este é um orçamento de continuidade que tem de acomodar os compromissos assumidos (pelo anterior executivo, do PS), no valor de vários milhões de euros”, no plano do investimento e de parte significativa da despesa corrente, diz hoje a vereadora Anabela Tabaçó ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Estamos perante um executivo paralisado, do ponto de vista político, operacional e governativo, pela herança deixada por Carlos Monteiro? 
E a paralisia promete prolongar-se nos próximos tempos? 
A paralisia do poder executivo, mais do que uma ameaça, é uma possibilidade e pode tornar-se numa imagem de marca dos próximos tempos.
Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2022, o que já seria um avanço em relação aos últimos anos: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira. 
O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de adivinhar que temos pela frente, era continuar a  ter políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.

Junta tem novas instalações

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Será que o autor da ideia de geringonça, António Costa, se converte agora à tese de bloco central?..

Rui Rio
“Se não conseguir uma maioria à direita, era bom o PS estar aberto a negociar comigo”.

"Política para quebrar a sazonalidade da procura desta terra"...

Vamos ter bólides a andar a 250 kms/hora, adrenalina, "pura adrenalina, mesmo adrenalina", muito trabalho, pista homologada para a fórmula 1, dinamização da economia local, quebra da sazonalidade, um grande espectáculo e  uma honra...
O que é a Figueira podia exigir mais pela bagatela de 150 mil euros?
A oposição é mesmo assim: "criticou o executivo do independente Santana Lopes pela realização desta prova com tão pouco tempo de antecedência e a atribuição de um apoio que estimam poder atingir os 150 mil euros"...

José da Silva Ribeiro, um Homem do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra

José da Silva Ribeiro, Homem de Cultura, repartiu a vida entre o Jornalismo e o Teatro, actividade em se notabilizou. O seu nome confunde-se com a Sociedade de Instrução Tavaredense, fundada tinha ele 10 anos. Começou logo aí a sua ligação com a Arte de Talma. 
Não a praticou noutro sítio: “Eu sou apenas Tavarede e mais nada”.
Quase que por acidente, descobri no espólio da RTP, três videos sobre José da Silva Ribeiro, "um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo".
Não resisti. Para os ver basta clicar.

Encontro com José Ribeiro

O Homem de Tavarede – Parte I

Se fosse vivo, José da Silva Ribeiro teria completado ontem 127 anos. No face, a recordar a data, li uma postagem que também não resisti a citar.

Para além da Vida, uma Obra, uma Lição...

Por Paula Simões

"A 18 de novembro de 1894, nasceu em Tavarede, num humilde,mas feliz lar, onde reinava a fraternidade, o respeito, a compreensão e a tolerância, José da Silva Ribeiro.
Pequeno ainda, lidou no campo, partilhou a vida dura dos trabalhadores rurais, o que o levou, mais tarde, a lutar pela melhoria das suas condições de vida.
Aos dez anos, estreou-se no teatro como amador. O teatro haveria de ser sempre uma constante de toda a sua vida.
Aos doze anos, entrou como aprendiz na Tipografia Popular. À noite, frequentava as aulas na Escola Dr Bernardino Machado. Deslocava-se a pé da Figueira para Tavarede, o que aliás, sempre fez até a doença lho permitir.
 Em 1908, com 14 anos, dirigiu o jornal O Poeta.
Mais tarde, ingressou nos escritórios dos Caminhos de Ferro da Beira Alta.
Entretanto, começa a Primeira Guerra Mundial.  Embarca para Moçambique em 1916. Aí, recebe a triste notícia da norte de seu pai.
Regressa a Portugal  em setembro de 1919.
Volta para a Voz da Justiça, mas agora, como secretário da Redação. Ingressa como amanuense na Escola Dr Bernardino Machado, cargo que exerceu com maior zelo, até 1923.
Em 1933, é preso. Foi deportado para Angra do Heroísmo, onde permaneceu, durante um ano, em regime de extrema incomunicabilidade.
Regressando do exílio, volta ao jornalismo.
O seu jornal, era um incômodo para o governo da época. Em julho de 1937, o Voz da Justiça é silenciado... em junho de 1938, Jose Ribeiro é de novo preso. Detido pela PIDE...
A sua vida não foi fácil !
Nunca desistiu de lutar pelos seus ideais, mesmo sabendo o quanto isso lhe custava...
Sempre disponível para os outros, familiares ou não, defensor constante dos humildes e desprotegidos, do civismo e da educação, autor de livros infantis , era um Homem verdadeiramente excepcional na vida da nossa cidade.
Depois do 25 de abril de 1974, com um simples requerimento, poderia ter solicitado, como muitos outros, uma indemnização ao Estado. Negou-se a fazê-lo.... Era assim, José Ribeiro!
Um Homem Bom, consciente, humilde...
Foi um enorme orgulho ter privado com Ele. Ora na Escola dos Quatros Caminhos, onde ensaiava a nossa Festa de Natal, ora na SIT, onde era o meu MESTRE.
Lembro-me tão bem de um dia, vinha eu da catequese com o meu avô, quando ao longe avistei o “ mestre”... Disse ao meu avô:
- Avô, vem ali o meu ensaiador! É ele que me anda a ensinar a ser Nossa Senhora na Festa de Natal da escola!
Entretanto, vamo-nos aproximando e paramos para cumprimentar o Sr. José, como lhe chamava o meu avô...Ao reconhecer-me, diz ao meu avó:
- Ó João, não me digas que esta menina é tua neta. Ela tem muito jeito para o Teatro! 
Olha, leva lá a menina à Sociedade que tenho um papel para ela...
E o meu avô levou-me...
Foi o início de uma grande paixão, o início de um Amor para a vida toda!
Parabéns, Mestre!
Obrigada, por me ter ensinado a amar e a viver o Teatro!
Se ainda pertencesse ao “ nosso mundo”, faria hoje 127 anos!
Este foi, sem a menor dúvida, o “ maior” filho da minha Terra!"

Que tal, por exemplo, olhar para a questão salarial?..

 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Motonáutica na Figueira: tema não foi pacífico na reunião de câmara

 Via Diário as Beiras
«O protocolo celebrado entre o município e a FPM foi votado na reunião câmara de ontem. 
A oposição absteve-se, mas não se mostrou tão entusiasmada como os promotores e parceiros do evento. O PS, através das vereadoras Mafalda Azenha e Ana Carvalho, defendeu que a citada prova não se enquadra nos critérios da sua vereação, sustentando que quando era poder privilegiava os desportos de natureza, em detrimento dos motorizados. 
Por outro lado, e aqui também se juntou o vereador do PSD, Ricardo Silva, frisaram que o município contribui com 145 mil euros em dinheiro, sem o apoio logístico contabilizado, num evento cujo retorno económico se desconhece, e que o tempo para a sua organização é curto, dado que, frisaram, só este mês se ficou a saber que a prova se realizaria na cidade. E só porque, afiançaram, “Portimão não a quis”.
“Fica claro que apostam em desportos poluentes”, atirou Ana Carvalho.
“Tanta afirmação na defesa do ambiente e [também] realizaram uma prova de motonáutica!”, retorquiu Pedro Santana Lopes. E acrescentou, em tom irónico, mas assertivo: “A motonáutica de esquerda, é amiga do ambiente; a motonáutica do centro-direita, é poluente!”
O autarca pediu coerência, porque, advogou, “nos princípios não se toca”

«Extensão da Universidade de Coimbra à cidade-praia está “garantida”»...

 Via Diário as Beiras


Santana Lopes quer que o primeiro-ministro “conheça os assuntos do concelho”

"Santana Lopes convida primeiro-ministro para visitar Figueira da Foz"

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, revelou ontem que convidou o primeiro-ministro António Costa para visitar o concelho e tomar conhecimento de problemas que urge resolver.

“Queremos que os assuntos se resolvam por quem tem capacidade para decidir”, disse Santana Lopes, no período antes da ordem do dia da reunião de hoje da Câmara Municipal, em que foi aprovado um voto de pesar pela morte de quatro pescadores desportivos ocorrida no sábado na Figueira da Foz.

Uma embarcação de pesca desportiva naufragou na madrugada de sábado à saída da barra da Figueira da Foz, na freguesia de São Pedro, com cinco pessoas a bordo, provocando a morte a quatro dos tripulantes.

O autarca falou dos problemas da erosão da costa marítima, da necessidade de se avançar com o “bypass” para transferência de areias do molhe norte para a zona sul e de se potenciar a operacionalidade do porto comercial, com o alargamento a navios de maior calado.

Santana Lopes não quer que “as coisas aconteçam, o tempo ande e nada se resolva”, pelo que considera “essencial” que o primeiro-ministro “conheça os assuntos da Figueira da Foz”

“Manter o rumo é também uma opção política”, embora se tivesse pensado numa pequena descida de alguns impostos...

Via Diário as Beiras

Anabela Tabaçó, vereadora com as Finanças e Orçamento

«
O município da Figueira da Foz vai manter, em 2022, a mesma taxa dos impostos municipais deste ano, numa linha de continuidade e de estabilidade fiscal, salientada ontem pelo presidente Pedro Santana Lopes.

Na reunião de Câmara de ontem, o executivo independente liderado pelo antigo primeiro-ministro viu aprovada, por maioria, com os votos a favor do PS e contra do PSD, a proposta para manter o Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) na taxa de 0,4%.

Também a taxa de Derrama vai ser mantida em 1,5% para volume de negócios superior a 150 mil euros e continuar isenta abaixo desse montante.

A taxa variável da participação do município no IRS vai continuar nos 3,5%.

O orçamento em preparação para o próximo ano vai também manter uma linha de continuidade, segundo a vereadora Anabela Tabaçó, sendo “fundamentalmente um exercício para acomodar dentro dos limites da receita apurada para 2022 os compromissos assumidos, em particular ao nível do investimento”.

“Este é um orçamento de continuidade, que tem de acomodar os compromissos assumidos no valor de vários milhões de euros, quer no plano do investimento, quer ao nível de parte significativa da despesa corrente”, disse a autarca.»

«Unidades de saúde da Figueira da Foz chocam executivo camarário»

Olga Brás, vereadora com o Pelouro da Saúde
Via Diário as Beiras

«Várias unidades de saúde da Figueira da Foz encontram-se numa situação de funcionamento que “chocou” o executivo independente liderado por Pedro Santana Lopes.

Na reunião de Câmara de ontem, a vereadora Olga Brás mostrou-se “chocada” com o estado do Centro de Saúde de Buarcos, na cidade, que mantém cinco casas de banho sem funcionar devido a problemas de esgotos, autoclaves inoperacionais e esterilização de roupas efetuada com água fria.

Sem apontar críticas ao antigo executivo, a autarca salientou que a lavagem de roupa naquela unidade é feita com água fria devido a uma avaria na máquina de lavar, quando as normas da Direção Geral da Saúde apontam para lavagens com água a 80 graus.

Por outro lado, no mesmo edifício funcionam quatro unidades, o que, segundo a vereadora, dificulta a sua gestão, pelo que em reunião com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego ficou decidido que em Buarcos só vai funcionar uma Unidade de Cuidados Permanentes (UCP).

De acordo com a Olga Brás, só para recuperar o Centro de Saúde Buarcos são necessários 250 mil euros, embora o de São Julião necessite de 700 mil euros de investimento e o de Quiaios precise de resolver um problema de infiltrações.

Em Quiaios, existia também um “grande constrangimento” com a falta de médicos, que a vereadora responsável disse ter a garantia de ser resolvida nos próximos dias.

A autarca ordenou, entretanto, a realização de projetos para requalificação dos centros de saúde do concelho que necessitam de intervenção, de forma a apresentar candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência assim que abrirem os concursos.

Neste momento, só a unidade de Maiorca tem projeto apto a ser candidatado.»