Via Diário as Beiras
Ser apoiante de um executivo camarário, ou ser oposição ao mesmo, foge ao claro desígnio de criticismo militante e de caça às bruxas.quinta-feira, 28 de outubro de 2021
"Estar"...
O day after
"O PS trocou a estabilidade do país pela tentativa de vergar os partidos à sua esquerda. Não vou afirmar que o voto contra do Bloco de Esquerda era desejado, mas certamente não foi evitado. Não por acaso, António Costa acabou o seu discurso a pedir maioria. Hoje é o dia seguinte ao chumbo do orçamento. O que sabemos? Que a vida ainda não acabou ontem, que os limites do PS não são as impossibilidades do país, que a direita não é uma inevitabilidade."
Joana Mortágua, via jornal i
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Orçamento chumbou. Geringonça morreu. Marcelo vai ter de pegar na bola...
"A partir de agora, tendo a Assembleia da República tomado esta decisão que não permite avançar nas negociações do Orçamento, cabe exclusivamente ao Presidente da República avaliar esta situação e tomar as decisões que entenda dever tomar", frisou.
"O Governo respeita as competências próprias do Presidente da República, nenhum comentário terá a fazer sobre as decisões do senhor Presidente da República e cá estaremos para fazer o que resultar da decisão do senhor Presidente da República: governar por duodécimos ou ir para eleições", concluiu António Costa.
O "chumbo" do orçamento de estado, a "geringonça", as nossas vidas e o futuro com o PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega à espreita...
As cidades onde os homens ou as mulheres se tornavam deuses, já acabaram.
Na Figueira, neste momento, existe Santana!.. Vamos ver se há milagre...
Desde muito novo percebi o iria acontecer no futuro. A sociedade não promove por causa do mérito. Promove de duas maneiras. A quem souber lamber botas ou tiver familiares influentes.
Para quem nasceu numa pobre aldeia de pescadores, que teve de estudar e trabalhar ao mesmo tempo, sabia que nunca iria conseguir o lugar que ambicionava e a que se candidatou, indo a um concurso público com quase 8 000 mil candidatos.
O lugar nunca seria seu, pois já estava reservado para o Moreira, filho do Gelásio, chefe dos recursos humanos da empresa.
Nunca foi normal, em Portugal, ser reconhecido, apreciado, recrutado ou promovido em função de seus méritos (aptidão, trabalho, esforços, competências, inteligência, virtude, honestidade) e sim por causa da sua origem social, de sua riqueza e da linhagem de família.
Quem está no mercado de trabalho, sabe da dificuldade de conseguir um emprego, a sua manutenção ou uma promoção por mérito próprio. No entanto, sabe que se tiver uns amigos, ou familiares bem posicionados e no sítio certo, ou se pertence a um grupo de betos com privilégios desde o berço, tem a vida facilitada.
Em nome dessa crise, veio desemprego, congelamento de carreiras e juventude altamente qualificada a emigrar - por falta de oportunidades em Portugal e por terem dado conta dos esquemas.
Fui escrevendo este texto enquanto assisto via TV ao debate sobre o Orçamento do Estado para 2022.
Não sei qual vai ser a votação, nem isso, neste momento, já me interessa: a maioria destes deputados não conhece nada da realidade da vida de um cidadão normal. Portanto, não me representa. Os políticos estão distantes dos seus eleitores.
Será que o problema é o português não saber votar?
No nosso sistema, o poder de transformação da vida dos portugueses pelo voto é extremamente limitado.
Uma pergunta: se todos os portugueses podem votar, por que continuam a eleger maioritariamente pessoas que representam muito mais os interesses das empresas poderosas, dos banqueiros ladrões exploradores e parasitas, do que os que representam a população?
Quem matou a geringonça?
"Quando em 2019 o governo de António Costa aprovou alterações ao Código do Trabalho e passou o período experimental de 90 para 180 dias (mas em que planeta é preciso seis meses para verificar se um trabalhador é competente?!...) deu um tiro de pistola na geringonça.
Quando, nesse mesmo Código do Trabalho, reforçou as possibilidades do patronato ficar livre das regras da contratação coletiva, ao ampliar os motivos para a caducidade dos acordos feitos entre sindicatos e patrões, prejudicando a capacidade de negociação dos trabalhadores, deu um tiro de espingarda na geringonça.
Quando em todos estes seis anos o ministério das Finanças usou, de forma sistemática, excessiva e arbitrária, a cativações de verbas e eliminou na prática o financiamento atempado de muitas medidas que tinham sido acordadas com os partidos que viabilizavam o governo de minoria, deu rajadas de metralhadora na geringonça.
Quando António Costa, ao longo de seis anos, permitiu que o financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) resultasse numa constante subcontratação de serviços ao sector privado, social e farmácias, que ronda já os 2 mil e 800 milhões de euros por ano, em vez de contratar mais pessoal e mais equipamento, lançou uma granada sobre a geringonça.
Quando em plena pandemia por Covid-19 o governo começou a contratar mais enfermeiros a prazo, dispensando-os logo a seguir, deu um disparo de morteiro na geringonça.
Quando na campanha eleitoral para as autárquicas António Costa acusou a GALP de "irresponsabilidade social" pelo fecho da refinaria em Matosinhos, que atirou diretamente 400 pessoas para o desemprego, depois de meses e meses de complacência do seu governo com esse processo desencadeado pela empresa, fez explodir uma mina terrestre no caminho da geringonça.
Quando na discussão do orçamento para 2020 António Costa não aceitou comprometer-se claramente em pagar mais 50% de salário aos médicos que desejem ficar em exclusivo no Serviço Nacional de Saúde, detonou um explosivo na geringonça.
Quando na discussão deste Orçamento do Estado o governo apresenta um documento que nem PCP nem Bloco de Esquerda têm condições de aceitar, por não garantir a aplicação imediata de inúmeras propostas em discussão, como as creches gratuitas para todas as crianças, o aumento extraordinário e abrangente de pensões, o baixar o IVA da electricidade, entre muitas outras, liquidou a negociação. Este foi o tiro de bazuca que matou, de vez, a geringonça.
Quando o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, mente na televisão ao dizer que o PCP exigiu, sem cedências, a subida do salário mínimo para 850 euros já em janeiro, quando na verdade aceitou 705 euros no início do ano e apenas 800 euros no final de 2022, fez de coveiro da então já falecida geringonça.
A geringonça morreu porque António Costa fez por isso, desde há bastante tempo, provavelmente porque acha que vai ganhar com eleições antecipadas.
Significa esta morte que a esquerda não vai ser capaz de voltar a fazer um acordo que viabilize um governo? Não."
Uma boa notícia a todos os títulos: na Figueira será sempre carnaval...
terça-feira, 26 de outubro de 2021
"Pedro Santana Lopes admite colocar os vereadores da oposição na administração das empresas municipais"!..
Onde foi a excepção: reuniões de câmara continuam a ser transmitidas nas redes sociais do município
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
Pelouros autárquicos estão distribuídos
Via Figueira na Hora
Decorreu na tarde de hoje a primeira reunião de Câmara do actual mandato.
Proposta de delegação de competências no presidente da Câmara, proposta de fixação do número de vereadores em regime de tempo inteiro e meio termo, distribuição de pelouros aos membros do executivo e designação dos adjuntos e secretários do Gabinete de Apoio à Presidência foram apenas alguns dos temas a abordar nesta reunião presidida por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira A Primeira.
Distribuição de funções
Presidente – Pedro Miguel de Santana Lopes
• Planeamento
• Ordenamento do Território
• Urbanismo
• Projetos e Obras Estruturantes
• Ambiente
• Cultura
• Desporto
• Juventude
• Turismo e Desenvolvimento Económico
• Proteção Civil e Bombeiros
• Serviços das Tecnologias de Informação e Comunicação
• Assuntos Jurídicos e Contencioso
Vereadora – Anabela Tabaçó
• Finanças e Orçamento
• Setor empresarial Local
• Modernização Administrativa
• Coadjuvação nas Questões de Desenvolvimento Económico
• Recursos Humanos
Vereadora – Olga Brás
• Assuntos Sociais
• Colectividades
• Saúde
• Educação e Formação Profissional
Vereador – Manuel Domingues
• Trânsito
• Relações correntes com as Juntas de Freguesia
• Obras Municipais
• Cemitérios
• Taxas e Licenças
• Serviço Veterinário Municipal
• Mercados e Feiras
• Serviço de Toponímia
• Espaços Verdes
ÚLTIMA HORA: CÂMARA DA FIGUEIRA VAI ADQUIRIR TECNOLOGIA DO SÉCULO XXI PARA TRANSMITIR AS PRÓXIMAS REUNIÕES EM 3 D
CONFORME O QUE OUTRA MARGEM CONSEGUIU APURAR, TAL FICOU A DEVER-SE AO FACTO DO MATERIAL PARA A TRANSMISSÃO, SER TECNOLOGIA OBSOLETA E AINDA DO SÉCULO XX.
A FIGUEIRA NÃO É UM AUTARQUIA DO SÉCULO XX, PELO QUE ESTÁ EM CURSO A AQUISIÇÃO DE TECNOLOGIA QUE PERMITA QUE AS REUNIÕES SEJAM TRANSMITIDAS EM TECNOLOGIA 3 D, COMO É PRÓPRIO DE UMA CÂMARA MUNICIPAL DO SÉCULO XXI, PRESIDIDA PELO DR. SANTANA LOPES.)
ACTUALIZAÇÃO ÀS 18 HORAS E 20 MINUTOS, VIA NOTÍCIAS DE COIMBRA:
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, disse hoje que está disponível para entregar pelouros aos vereadores da oposição (PS e PSD), que estão em maioria no executivo municipal.
“Mantenho o que disse na noite da eleição: estou aberto a entregar pelouros a qualquer vereador da oposição”, referiu o autarca aos jornalistas, no final da primeira sessão de Câmara do novo mandato, em que foram aprovadas, por unanimidade, a distribuição de funções pelos eleitos do movimento “Figueira à Primeira”.
O movimento “Figueira a Primeira”, de Pedro Santana Lopes, venceu as eleições autárquicas de 26 de setembro na Figueira da Foz (distrito de Coimbra).
A lista vencedora obteve 40,39% dos votos e quatro mandatos. Em segundo lugar ficou o PS, com 38,39% dos votos e também quatro mandatos. O PSD ficou em terceiro lugar, com 10,83% e um mandato, e a CDU 2,68% e sem mandatos.
Santana Lopes adiantou que já foram efetuados contactos com o único vereador do PSD e com o antigo presidente da Câmara, agora líder da bancada do PS, que, em declarações aos jornalistas disse não ter sido contactado formalmente nesse sentido e que não está “politicamente disponível” para aceitar pelouros.Para Carlos Monteiro, que vai retomar a sua atividade profissional de docente, o PS “não vai obstacularizar a atual governação e terá sempre uma posição construtiva” em prol do desenvolvimento da Figueira da Foz“.
O ex-presidente da Câmara, que esteve no cargo cerca de dois anos e meio, após a saída de João Ataíde para o Governo, "considera que quem ganha deve governar”.
O vereador do PSD, Ricardo Silva, não quis prestar declarações aos jornalistas.De acordo com a deliberação de hoje, o presidente da Câmara da Figueira da Foz vai assumir os pelouros do planeamento, ordenamento do território, urbanismo, projetos e obras estruturantes, ambiente, cultura, desporto, juventude, turismo e desenvolvimento económico, proteção civil e bombeiros, serviços de tecnologias de informação e comunicação e assuntos jurídicos e contencioso.
Além do presidente Santana Lopes, o município vai funcionar com mais três vereadores a tempo inteiro – Anabela Tabaçó, Olga Brás e Manuel Domingues, não tendo, para já, definido quem fica na vice-presidência.
“Não está previsto neste momento pensar nisso. Quero deixar andar os acontecimentos”, disse o autarca aos jornalistas, salientando que “não faz parte” das suas prioridades.As reuniões do município da Figueira da Foz vão decorrer às primeiras e terceiras quartas-feiras de cada mês, a partir das 10:30, aberta à participação do público na última sessão de cada mês.»
PCP vota contra o Orçamento
«PCP vai votar contra o Orçamento do Estado, anunciou Jerónimo de Sousa na sede do partido. “Face ao quadro de compromissos e sinais dados, o PCP votará contra este Orçamento do Estado”, anunciou o secretário-geral do PCP depois de enumerar uma lista de medidas que o partido considera não estarem asseguradas.»
“Ou há Orçamento ou dissolução da Assembleia da República”.