segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Autárquicas de 2021 na Figueira: o que está verdadeiramente em causa?..



As eleições autárquicas, deveriam ser a base a partir da qual se constrói uma democracia evoluída. 
Os autarcas que estão no exercício do poder local - na Câmara, na assembleia municipal, nas juntas e assembleias de freguesia, deveriam estar na perspectiva de prestação de serviço público e de aproximação das pessoas do poder.
A necessidade da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum, não pode ser apenas uma manifestação de vontade em períodos de campanha eleitoral, mas a normalidade na gestão de um concelho governado em democracia.

Como sabemos, isso na Figueira é uma utopia. E assim vai permanecer.
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!

Alguém acredita que uma cidade e um concelho, sem garantia de emprego de qualidade, sem economia, sem vida, tem poder para atrair as novas gerações?
A nossa linda e querida Figueira, é uma cidade em processo de despovoamento e sem dinâmica, o que deveria ser factor preocupante para qualquer político que queira ascender ao poder para dar a volta a isto.

Há mais de 4 décadas, lembro-me bem, a baixa da Figueira, agora uma zona da  cidade que está a morrer um pouco todos os dias, fervilhava de pessoas, de comércio e de serviços.
O Mercado Municipal, tinha uma vida animada e pujante. A Praia da Sardinha, frente ao Jardim Municipal, na beira rio, era uma animação. A chamada Praça Velha era o centro da cidade. Toda a zona ribeirinha entre o Mercado e a estação do caminho de ferro tinha gente, comércio, serviços e vida.

A Figueira mudou. Se calhar não era evitável. 
Todavia, a falta de medidas para a reabilitação das casas antigas e as obras mal planeadas, mal feitas e inadequadas, por exemplo, não terão dado um contributo importante para o estado a que a baixa ribeirinha - o chamado "casco velho" - chegou?

domingo, 12 de setembro de 2021

Andam tubarões no mar da Figueira

"Foi hasteada a bandeira vermelha em três praias da Figueira da Foz, após terem sido avistados três tubarões no mar da Praia do Hospital, durante a tarde deste domingo.

Segundo informação avançada à TVI24 por fonte oficial da Polícia Marítima, as pessoas foram retiradas da água por precaução.

Também na praia do Cabedelo, os banhistas foram aconselhados a sair do mar. À TVI24, o nadador-salvador da praia do Cabedelo avançou que os animais foram avistados durante cerca de 15 minutos mas que, por questões de segurança, a bandeira vermelha manter-se-á hasteada até ao final do dia."

Autárquicas 2021 na Figueira: o que está em causa é tão simples como isto - abster-se é votar em maus políticos

Os eleitores figueirenses que no próximo dia 26 de Setembro (faltam 14 dias) se decidam pela abstenção, designadamente por preguiça, ou por  protesto, ao assumirem essa opção, têm de perceber que com a sua atitude não estão a protestar contra coisa nenhuma e, muito menos, estarão contra a política e os políticos que conduziram a Figueira até Setembro de 2021.
Deixo uma questão: quem se abstém não vota em ninguém?
Não é por a abstenção ser maior ou menor que os políticos deixam de ser eleitos. Como sabemos, não existe um mínimo de votos para validar o acto eleitoral. No limite, um candidato até pode chegar a presidente com o seu próprio voto.

Não votar acaba por ter o mesmo resultado que votar. Contudo, existe uma única diferença: quem vota sabe quem está a escolher;  quem se abstém nunca saberá quem ajudou a ser eleito. Provavelmente ajudou a eleger um candidato em quem nunca votaria e que não desejava ver eleito.

A abstenção não vai contribuir para melhorar a gestão das autarquias figueirenses em 2021. Muito menos, contribuirá para o aparecimento de políticos novos e honestos. Contribuirá, isso sim, para perpetuar a mediocridade política no concelho.

A abstenção favorece os políticos instalados. Mudar a forma de governar a Figueira, exige que os que dizem querer mudar o estado das coisas, na hora de votar, os eleitores com mais formação e com mais elevados níveis de exigência, não deleguem a sua responsabilidade, indo votar.

Os que optarem por protestar abstendo-se, contribuem  para a sobrevivência dos maus políticos. 
A democracia  passa pela selecção e escolha dos melhores políticos.
Quantos mais eleitores votarem, mais possibilidade há de serem os melhores políticos a serem eleitos. 
Não votar, é votar nos maus políticos.

Menos betão, mais qualificação

"Autarca que faz obra, como é uso dizer a título de elogio, tem também de ser aquele que constrói o que não se vê. Aquele que alicerça o futuro do seu território fixando pessoas e oferecendo-lhes condições para que possam ser felizes. É isso o que devemos exigir nos próximos quatro anos."

"Coração" socialista

"Jorge Sampaio era um socialista de coração. Não era apenas um socialista de cartão."

sábado, 11 de setembro de 2021

Andam para aí a dizer que não há alternativa ao desastre a que chegou a Figueira em 2021...

Sejam sérios: não digam que não há alternativa.

Assumam que essa alternativa não cabe nos vossos preconceitos de vária ordem, nomeadamente os ideológicos.

Não digam que não existe a alternativa quando a CDU vos confronta, há dezenas de anos, com propostas alternativas em todas as áreas e sectores da vida local e nas opções estratégicas fundamentais para o desenvolvimento planeado do concelho da Figueira da Foz.

A alternativa constrói-se lutando.

Essa conversa,  a de que não havia alternativas às suas políticas, já a conheço desde que tenho memória. 

Salazar dizia que não havia alternativa à ditadura. Afinal houve, com o 25 de Abril, a liberdade e a democracia.

Afirmavam que não havia alternativa à guerra colonial. O 25 de Abril provou que havia, com o fim da guerra e a paz e cooperação com os povos antes explorados e colonizados.

Afirmavam que não havia alternativa ao subdesenvolvimento, ao atraso, ao analfabetismo, à elevada taxa de mortalidade infantil. O 25 de Abril veio mostrar que havia.

A Figueira, em 2021, está no estado em que está, mas a alternativa, não a alternância, existe.

Os figueirenses é que têm de decidir o que querem.

Jorge Sampaio, um homem bom

"A Jorge Sampaio deve ser reconhecido o seu percurso democrático e de resistência ao fascismo no qual releva o papel desempenhado na defesa nos tribunais plenários, nos anos da ditadura, de numerosos antifascistas."

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Autárquicas 2021: "Figueira a Primeira"...

Santana Lopes veio à Figueira dar o golpe de misericórdia no PSD local?..

Jorge Sampaio


Agora só rezando. Mas, a quem?..

Durante cerca de um mês e meio andaram a vender o sonho. Não tomaram atenção aos sinais de alerta nem deixaram nenhuma possibilidade de utilização de uma escapatória airosa. 

Bateram contra o iceberg. A notícia está nos jornais de hoje. «"Vitória". Tribunal Constitucional valida candidatura de Santana Lopes à Figueira da Foz...»

"Em 23 de agosto, o Tribunal da Figueira da Foz julgou improcedente uma segunda reclamação apresentada pelo PSD contra a candidatura de Santana Lopes às eleições autárquicas e os sociais-democratas decidiram então recorrer para o Tribunal Constitucional."

A via ficou cortada em ambos os sentidos. A viatura pesada bloqueou ambas as faixas. O trânsito vai ter de ser desviado para a Rota do Agravamento das Dificuldades por impossibilidade de circulação pela Rota do Cabo da Boa Esperança.

Autárquicas 2021: Rui Rio ontem na Figueira...

Ontem, ao fim da tarde, Rui Rio esteve na Figueira da Foz. 
Antes, tinha estado em Oliveira do Hospital e Coimbra onde participou em acções de rua.
Segundo o Notícias de Coimbra, Rui Rio esteve na Figueira da Foz, depois da correria pela A14. 
"Os cerca de trinta apoiantes deram cor a mais uma acção de rua, com atraso horário, mas desta vez, ao contrário do que tinha acontecido em Coimbra, com o regresso das bandeiras do PSD. 
Na Figueira, também apareceu a carrinha-palco cor-de-laranja, que estacionou na praça junto à Câmara Municipal, logo a seguir à sede da candidatura de Pedro Santana Lopes, que colocara um carro de campanha com música à porta. 
Acompanhado por Pedro Machado, Rui Rio foi conduzido não pelo candidato mas por um militante local que conhece os lojistas. “Deixem-me apresentar-lhes o Dr. Rui Rio e o Dr. Pedro Machado” – disse a um grupo de idosos que pouca conversa retribuiu. Ao sair de um café, um jovem empunhando um telemóvel dirigiu-se a Rui Rio e pediu-lhe que intercedesse pelas três praias do sul da Figueira da Foz. “Nem precisa de lá ir. Estão a gastar milhões e está tudo assim…” – disse o rapaz de cerca de vinte anos ao mostrar imagens que tinha no telemóvel. 
Porque não há dia de campanha sem subir a palco, lá se juntaram as cerca de trinta pessoas para ouvir o discurso de Rui Rio. Mas a “cassete” era a mesma, o Tribunal Constitucional em Coimbra…ali a 50 quilómetros noutro concelho. 
No fim do dia, a surpresa mais esperada pela comitiva do PSD: a decisão do próprio Tribunal Constitucional que considerou improcedentes os recursos do partido para invalidar a candidatura de Pedro Santana Lopes. 
Começava o acordão por sublinhar que as eleições ganham-se e perdem-se nas urnas. Haverá coincidências?"
Em declarações aos jornalistas, o presidente do PSD defendeu que o destino do concelho passa por soluções de futuro e não do passado. Recusou dizer a quem se referia como opção do passado. Rui Rio evitou também comentar a sondagem publicada ontem, que dava a vitória ao independente Pedro Santana Lopes. 
Todavia, lembrou que ele é “o melhor exemplo”. “Ganhei o Porto e o melhor que se conseguia em sondagens era 19 por cento e em eleições deu 43 ou 44 por cento”
O líder do PSD, porém, reconheceu que “é difícil” tendo também Pedro Santana Lopes na corrida. E acrescentou: “Para nós, era mais normal que fosse um confronto direto apenas com o PS. ”
Questionado pelos jornalistas por que motivo não é Pedro Santana Lopes o candidato do PSD, respondeu: “As estruturas locais e distritais, maioritariamente, inclinaram-se para Pedro Machado e a direcção nacional avalia o candidato: se entende que ele tem condições e é competente, por que é que há de contrariar?”

Autárquicas 2021 na Figueira: sondagem ICS/ISCTE coloca PS e PSD à beira de um ataque de nervos

 Via Expresso

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: Santana vai a eleições. Candidaturas às freguesias de Lavos e Alqueidão foram rejeitadas

Via Figueira A Primeira 

A CDU não está presente no debate da SICN por razões óbvias: não pactua com farsas...

Está a decorrer um debate na SICN sobre as autárquicas 2021na Figueira.
Em estúdio estão Santana Lopes, Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Em casa ficaram todos os outros candidatos. 
Foi o critério da SIC. 
Uns, pelos vistos, aceitaram. A CDU não.
Em 16 de Agosto, a CDU Figueira foi convidada pela Direcção de Informação da SIC, a participar num debate entre os candidatos à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a realizar a 9 de setembro, quinta-feira, com início na SIC Notícias às 10h e duração até cerca do meio-dia. 
Segundo a SIC, "dado o elevado número de candidatos (sete) nem todos poderiam estar presentes em estúdio".
O critério da SIC, "foi dar prioridade à presença em estúdio aos partidos com representação no executivo autárquico (PS e PSD, no caso da Figueira)."
Contudo, a SIC entendeu "que o antigo presidente e de novo candidato, Pedro Santana Lopes, também deveria estar em estúdio."
"Os demais entrariam por videoconferência".

A resposta da CDU só podia ser uma: não participar nesta farsa
E por razões simples:
1. Mais uma vez e de uma forma "nova",  os senhores da SIC "desrespeitando o PCP e a CDU, desrespeitaram a função jornalística que deveria deontologicamente primar pela isenção.
2. Convidam três candidatos autárquicos à Figueira da Foz, para debate em estúdio, à "sombra" da exiguidade do espaço. 
3. Este argumento não colhe no contexto actual. Aliás, se colhesse, a SIC poderia/deveria ter optado por um sorteio entre todos os candidatos (6, ao que se sabe, hoje).
4. Interessante como a SIC define duas formas de opção/decisão: o "nosso critério" e o "nosso entendimento"
5. A CDU, embora não tenha nenhum vereador no executivo camarário, tem vários eleitos nas freguesias do concelho e também na assembleia municipal, órgão deliberativo por excelência. 
6. Sendo assim, a CDU não se prestaria a esta farsa. E,  por favor, não a apelidem de "democrática" porque o não é.
7. A SIC está sempre a tempo de arrepiar o caminho do mau jornalismo e passar a respeitar a informação séria, descomprometida e liberta de amarras que apenas a embotam.

Sondagem SIC dá vitória a Santana Lopes

"Uma sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso revela que o ex-presidente da Câmara do PSD, agora num movimento independente, deixa PS e PSD pelo caminho, com 47% das intenções de voto. 

O PSD fica nos 8%, a CDU nos 3%, o Chega consegue 1% e outros candidatos 1% também. Na sondagem 30% dos eleitores ainda não sabem em que vão votar. "

Autárquicas 2021 na Figueira: um filme judicial...

 Via Campeão das Províncias

PSD de Rio: a mudança é rumo à semelhança entre PSD e Chega?

Via Revista Visão
"Durante o último fim de semana, o PSD do Seixal organizou uma conferência chamada Avante Sombra. Os participantes abordaram temas que, com certeza, julgam muito relevantes para as pessoas do concelho. Foram eles o fim do comunismo, a ameaça vermelha e a análise dos regimes venezuelano e norte-coreano. Fica assim evidente que os dirigentes do PSD pensam que os munícipes do Seixal vivem preocupados com a possibilidade de Nicolás Maduro e Kim Jong-un exportarem a sua revolução para estas bandas e nada com as suas condições de vida. 
A vontade de brincar com tão alucinado evento é irresistível. Mas não é avisado olhar para isto como se fosse um fenómeno isolado. Os acordos com o Chega nos Açores escancararam a porta da legitimação desse partido, mas também foram um livre-trânsito para alguns setores do PSD enveredarem por linhas que tradicionalmente nada têm que ver com o partido. 
Não foram, porém, estes setores, digamos, mais radicais que fizeram com que Suzana Garcia se candidatasse pelo PSD, como também não foram eles que espalharam por Lisboa cartazes a anunciar que o sistema ia tremer e a insultar os outros partidos. 
Aliás, o discurso anacrónico e que nada diz aos eleitores da constante lembrança dos regimes comunistas, de que vivemos numa espécie de socialismo e temos as nossas liberdades coartadas é, mesmo assim, menos grave do que a conversa de ser contra o sistema – mais a mais porque aquele é tão disparatado que só descredibiliza. 
Se dúvidas houvesse de que Rio concorda com este discurso, ele veio esclarecer que, disse-o na semana passada, sempre foi contra o dito sistema. Infelizmente, nunca ninguém pergunta a estas pessoas, nomeadamente ao presidente do PSD, o que é ser contra o sistema. 
Está contra a democracia liberal? Contra a separação de poderes? Contra a Constituição? É que nisto a extrema-direita não tem dúvidas: é contra. Tenho nisto uma certeza e uma interrogação. A certeza é a de que jamais o PSD regressará ao poder se enveredar por este caminho de nada ter para propor às pessoas e de preferir fazer regressar fantasmas de ameaças comunistas ou patetices do género. Mas pode ser pior ainda, pode insistir no discurso de ser antissistema. A interrogação é se isto se deve ao desespero de não estar no poder – e não parecer estar próximo – ou se corresponde a uma mudança estrutural do partido. 
Duvido que corresponda a uma mudança estrutural. A maioria dos militantes e habituais votantes rejeita o discurso antissistema e, cedo ou tarde, imporá às lideranças um discurso diferente. 
E importa referir que Rui Rio, por muito que tenha anunciado um recentramento e um regresso à matriz social-democrata, acabou por promover pessoas como Suzana Garcia, acordos com o Chega e repetiu (não é novo em Rio) o discurso antissistema. 
Por outro lado, o desencanto e o afastamento dos moderados podem conduzir à vitória dos antissistema e aí a semelhança entre esse PSD e o Chega será evidente. Claro está que nesse momento a reconstituição do centro- -direita já estaria em curso (já há sinais disso) e o PSD da sua herança só teria o nome. Esse processo, no entanto, é lento e estando apenas presente no espaço partidário essa alternativa, seria muito mais audível e conquistaria mais espaço. Não o suficiente, queiram os deuses, para sonhar com o poder, mas, mesmo assim, forte. 
Na semana passada, escrevia aqui que a conversa de que somos governados pela extrema-esquerda e de que já não vivemos numa democracia liberal perpetuará o PS no poder. Mas pode ser pior, podemos estar a falar do fim do PSD. E não, não apenas como partido de poder, mas como uma organização que pode reivindicar a herança de Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Cavaco Silva e mesmo de Durão Barroso ou Passos Coelho. 
Os partidos vivem e morrem, como qualquer organização humana, a questão é o vazio que deixam e os efeitos que provocam. Para a nossa democracia, o possível fim do PSD como o conhecemos seria um problema muito grave e com consequências pouco menos do que catastróficas."

CDU apresentou candidaturas a todas as AM e CM do distrito de Coimbra

 Via Campeão das Províncias