segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Uma crónica própria da silly season... (qualquer semelhança com a realidade, é pura ficção...)

Vamos avançar para a Figueira do futuro. 
Sem esquecer a Figueira A Primeira ou a Figueira mais qualidade de vida. 
Futuro, na Figueira, terá de passar por trabalho, honestidade e competência.
Imaginemos que estamos já a 27 de Setembro de 2021.
Era o desiderato mais importante, mas nada correu bem. 
Nos jogos anteriores ao dia 26, a política figueirense protagonizou exibições miseráveis.
A Figueira, desperdiçou uma oportunidade quase única, não de se sagrar campeã autárquica, mas de melhorar um pouco.
O sabor a decepção é inevitável.

Não nos podemos esquecer que do outro lado estiveram equipas desarrumadas, mas muito experientes, que defenderam muitíssimo bem e mostraram níveis de eficácia elevadíssimos. Foram letais.

A final realizada ontem, tal como o percurso para lá chegar, teve um desfecho pouco interessante. Era o que se  temia. As coisas poderiam ter sido mais estimulantes. Agora, não há nada a fazer. A Figueira que queria futuro, não jogou bem, acusou a importância do momento e falhou na altura certa. Pareceu ter começado bem, mas as oportunidades demoraram a aparecer e perdeu-se algum discernimento na fase de apuramento para a final.

A Figueira, mais uma vez,  jogou na expectativa. Mas não passou daí. Sabíamos que este seria um jogo de tolerância e  paciência, onde era fundamental optar pelo colectivo em detrimento dos interesses individuais dos jogadores. 
Os interesses individuais falaram mais alto. A Figueira teve pouca relevância e pouco discernimento. Os sinais de nervosismo foram-se multiplicando ao longo de meses. Do outro lado estavam os do costune: frios e calculistas.

Em suma: correu mal. Por mais 4 anos, o futuro ficou adiado. 
Agora, é fácil dizer que deveria ter ido a jogo este ou aquele, em vez destes que foram titulares.
Mais uma vez fica esta ideia forte, que não serve para nada, pois daqui a 4 anos vão-se cometer os mesmos erros: o campeonato deste ano,  começou bem, mas acabou mal. Pelo meio, teve momentos de nível aceitável e outros completamente infelizes. Foi uma prova com um fraco resultado, quando poderia ter sido execelente.

Depois de outubro...

"Clubes de homens" impedem mulheres de liderar câmaras. Bases locais dos partidos são a "forte barreira" que trava o aumento de lideranças femininas.


Num país apaixonado por Patrícia Mamona e que vibra com a extraordinária atleta que ela é, com as medalhas que ganha, na política "clubes de homens" impedem mulheres de liderar câmaras. Bases locais dos partidos são a "forte barreira" que trava o aumento de lideranças femininas.
Segundo o Diário de Notícias, a aplicação da paridade deixa as mulheres em lugares secundários. 
Na liderança das autarquias a diferença é substancial. "As mulheres presidentes de câmara também têm habilitações mais altas: 58% tinham cursos universitários, nas quatro décadas em estudo, enquanto nos homens o valor apurado foi de 43%."
Porém, há comportamentos que nem a alta escolaridade resolve. Os dados reduzidos, dado o curto universo, não permitem estabelecer um "padrão de comportamento de género", mas, diz a investigadora Maria Antónia Pires de Almeida, "as mulheres não se destacam pela positiva nos seus comportamentos enquanto representantes das populações nos cargos que ocupam. No poder local as autarcas acabam por ter os mesmos comportamentos dos homens nos mesmos cargos, incluindo nos casos de baixa transparência e mesmo de corrupção".
Maria Antónia Pires de Almeida explica esta diferença com o tempo e o que parece ser uma diferença entre esquerda e direita. "Desde o início do regime democrático, com as primeiras eleições em 1976, os partidos mais à esquerda do espetro político elegeram mais mulheres para as câmaras do que os mais à direita. E o PS pratica, por opção, a regra das quotas de género desde 1988. Provavelmente há uma maior preocupação na sua representatividade de género."
Porém, na análise de José Manuel Leite Viegas, investigador integrado no CIES/ISCTE - Centro de investigação e Estudos de Sociologia, citado no estudo, apesar de o PS obter melhores resultados eleitorais "em termos partidários, o PCP e as coligações eleitorais por ele integradas são a força política que mais tem investido no género feminino".
Este ano na Figueira, todas as candidturas à Câmara Municipal são lideradas por homens. Na Assembleia Municipal, apenas PSD e CDU apostaram em mulheres para primeiro nome das suas listas. No PSD Maria Isabel Coimbra e na CDU Silvina Queiroz.

domingo, 1 de agosto de 2021

Estamos a morrer lentamente, mas o carnaval não vai parar...

Os Censos 2021, em relação à Figueira, mostraram a realidade: a Figueira da Foz, um concelho do litoral, perdeu 5,1%. A Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito,  perdeu 5,1% na sua população ao longo da última década, estando agora abaixo dos 60 mil residentes. 
Estes números falam sobre uma realidade incontornável que os responsáveis políticos locais  têm procurado escamotear com propaganda enganosa. Todavia, a ilusão  e a omissão não conseguem esconder a verdade: a Figueira faz parte dos dois terços do País que já estão moribundos. A Figueira é uma cidade do litoral com pretensões a ser um concelho com qualidade de vida. A Figueira não faz parte do  interior cada vez mais despovoado, mais pobre e mais velho. Os números sobre a realidade figueirense não enganam: basta consultar os dados do INE. Não é uma novidade. Nem é tema que não esteja bastamente estudado.
O embuste, protagonizado na campanha eleitoral em curso, por quem teve a responsabilidade política do governo do concelho nos últimos 12 anos, é facilmente detectado. 

Só não vê quem não o quiser fazer. Estamos a morrer lentamente. 
Na Figueira, há muitos anos que tem sido sempre carnaval. Estamos a pagar a factura de décadas de má governação autárquica.
Só espero que não se esqueçam de colocar as escolas de samba na Avenida a desfilar. É preciso música para os ouvidos, bonitas vistas para os olhos e dança alegre. Nada está perdido: vem aí uma pipa de massa.
Que não vai resolver nada, pois irá parar aos bolsos dos mesmos do costume.
A Figueira, segundo a propaganda, é uma cidade que já tem qualidade de sobra e sobejo.
Portanto, o problema vai continuar o mesmo: falta de políticos com qualidade e  capacidade para tentar mudar o rumo de um concelho que está a definhar. 
Mas o espectáculo do faz de conta tem de  continuar. A vitória em 26 de Setembro de 2021, ganhe quem ganhar, vai ser apenas o deslumbre e o abuso do poder pessoal, como tem acontecido, nos próximos 4 anos. 
Em 2021, as putativas elites já marcaram o terreno na Figueira. Os mais desfavorecidos, os mais frágeis, os mais pobres, os mais fracos, os mais sós vão continuar na mesma, se não mesmo ver ainda piorar mais a tal qualidade de vida, que só existe na propaganda partidária.
Contudo, uma coisa está garantida: na Figueira vai ser sempre carnaval.
Não haverá na Avenida vento que atrapalhe...

sábado, 31 de julho de 2021

A mediocridade da Figueira que temos e a falta de tempo...


Andamos a perder tempo, há muito tempo, na Figueira.
Estamos em 2021. Em Setembro próximo, a 26, há eleições autárquicas.
Será que vamos continuar a perder mais tempo?
Pelo andar da carruagem, estou a ver que ainda não é desta vez que se vai conseguir solucionar a conjuntura para que haja a possibilidade de preparar a estrutura.
Quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

Nada vir a acontecer de novo, mais uma vez, é um risco real.
Sem “tempo”, sem “verdade” e sem exigir “qualidade” na política, como até aqui tem acontecido, nenhuma força política conseguirá realizar na Figueira a obra que a construção do futuro impõe. 
A conjuntura joga-se fora do poder político.
Decide-se nas catatumbas imundas dos jogos de bastidores.
A Figueira precisa de coragem e de veradde. É fundamental que os responsáveis digam que a situação é complicada, a recuperação é difícil, que a tarefa é árdua e que os resultados são demorados. 
Repito: quase tudo o que exige tempo, verdade e qualidade, ou tarda muito ou, pura e simplesmente, nunca acontece...

O estado da decadência da Figueira é profundo e as circunstâncias envolventes são complexas.
Se não soubermos aproveitar a oportunidade que nos vai ser oferecida em 26 de Setembro próximo futuro, só podemos, depois, queixar-nos de nós mesmos, enquanto sociedade.
Se os eleitores figueirenses não perceberem isso, muito rapidamente, ficaremos onde estamos...

Há dias assim...

... tenho cada vez mais dificuldade em sentir nostalgia dos lugares em que fui feliz. Há dias em que podemos ser infelizes em qualquer parte...

A foto fala por si: ou o arquitecto queimou os neurónios, ou isto é incompetência pura e dura.

Na obra de requalificação do Cabedelo, nem a recolha do lixo foi pensada!.. 
Atentem na colocação dos contentores: quem for colocar o lixo sujeita-se a ser atropelado. 
Numa obra de milhões de euros, isto é admissível?.. Os automóveis têm de se desviar para não atropelarem os utilizadores dos contentores. 
Com tanto espaço disponível, qual foi o problema?

Bom sábado

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Morreu a pianista Olga Prats

A pianista Olga Prats morreu esta sexta-feira, aos 82 anos, na sua residência na Parede, concelho de Cascais, vítima de doença oncológica.

A questão do voto verdadeiramente útil nas próximas autárquicas na Figueira...

A questão do voto útil é uma questão pertinente e importante. 
Para mim, porém, fácil de resolver. A questão do voto útil, a meu ver, é importante e útil, em primeiro lugar, para quem vota -  o eleitor. 

O que está em causa, nas próximas eleições na Figueira? 
Apenas, e só, a remoção do líder do PS, Carlos Monteiro? 
O PS cometeu um erro estratégico: entregou o aparelho à mediocridade chamada, para simplificar, de  monteirismo. 

Como sabemos, as mudanças no interior dos partidos não se fazem a partir do exterior.
Na Figueira, o PSD  está a fazer uma travessia do deserto que dura há 12 anos. Está desejoso de voltar a ter acesso ao orçamento municipal.
Se objectivo do PSD Figueira passar apenas por remover Monteiro, mesmo que vença, a Figueira vai continuar a ser a grande derrotada.
É isso que  os figueirenses têm que ter bem presente quando forem votar.
Depois queixem-se. Ou ainda acreditam no  D. Sebastião?

Olho para a politica na Figueira e noto os partidos - todos os partidos -  a envelhecer.
Vejo que todos nós, talvez por falta de alternativas, cada vez mais desiludidos, ficámos receptivos ao mal menor pouco estimulante e respeitador da nossa inteligência.
Sempre tive o defeito de ligar à política. De  valorizar o poder exercido em e  com democracia. De achar que a política deveria ser das mais nobres actividades humanas. 
Demasiado importante, por isso, para ser exercida por incompetentes, medíocres e oportunistas.

Tenho dificuldades em  rever-me no poder político que temos tido na Figueira. Estou farto de políticos com sonhos egocêntricos, que têm tramado a minha vida e a de muitos outros.
Aquilo que quero para próximo presidente da câmara da Figueira é pouco:  alguém que tenha coragem, honestidade e dedicação para depositar o meu voto, a minha esperança e o meu apoio activo. 
Por isso fiz a minha escolha, que é pública.

Há políticos que não falam para mim. Podem falar para muita gente, mas muito raramente falam para mim. E eu vou aceitando, porque como democrata, sou de uma minoria. Mas não tenho que lhes entender as razões deles, nem tenho de compreender e aceitar o compromisso das massas. Ando há anos suficientes pela vida para saber que os políticos demasiadas vezes dizem e fazem o oposto dos interesses que defendo para mim e para os outros.

Em 2021, depois de alguns anos de interregno, entendi que era tempo de tentar fazer qualquer coisa no terreno. Contribuir para construir, talvez arduamente, qualquer coisa útil, que ajude também a mim a respirar melhor neste pedaço de Terra, que é a Figueira, onde tenho raízes.
Tenho 67 anos de idade. Vivi os primeiros 20 em ditadura. Não quero mais disso.
Enquanto tiver sanidade mental quero merecer a  dignidade de ser livre num concelho de um país que quero democrático. Fazer política, depende de nós. Enquanto actores mais ou menos passivos. Se ninguém se indignar com nada, nada é indigno. Se ninguém se mexe, “alguém” se mexe contra nós.
No momento em que estou a terminar este texto para ir apresentar as listas no Tribunal da Figueira, sinto-me de bem comigo próprio.
A CDU é a força indispensável para a defesa dos mais genuínos interesses das populações do concelho e freguesias da Figueira.
A Figueira não é a "Vila morena", mas também na Figueira o Povo é quem mais ordena.

"Os capitães de Abril toleram-se, mas não se homenageiam. Não caíram na boa graça das elites pensadoras nem dos partidos. Não lhes pertenciam"

 Via Expresso

Milhões...

Curioso como OUTRA MARGEM passa. 
De telemóvel em telemóvel, de tablet em tablete, de computador em computador.
Agrada-me que venham de visita até aqui.
De Portugal, Brasil, França, EUA, Canadá, Macau, Luxemburgo, Irlanda, Escócia, Inglaterra, Austrália, vários países africanos, etc., etc., etc. ... 
Já são muito mais de 4 milhões e meio de visitas...

Ainda bem que na Figueira não é assim...

Há cidades em que não pode haver crítica pública à autarquia.
Ainda bem que na Figueira não é assim.
Nesssas cidades, quem teve o desplante de a fazer nas redes sociais recebeu piedosos  avisos - e calou-se.
Ainda bem que na Figueira não é assim.

Bastava um like num comentário crítico para desencadear a pressão. 
Ainda bem que na Figueira não é assim.

Ainda nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, era frequente serem apagados posts nas redes sociais. 
Nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, existia  gente a  passar a pente fino as redes sociais, ao ponto de até se "alertar" quem colocava likes. 
Nessas ciadades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, parecia estar a viver-se 50 anos antes, quando havia agentes da PIDE a vasculhar a vida das pessoas. 

Nessas cidades, a estratégia resultava e tem-se mostrado eficaz. 
Esperemos que os querem tomar conta da  “manjedoura” autárquica, não sigam essas práticas e esses métodos: uns telefonemas, umas "facilidades", umas conversas - tudo para controlar (o ideal é mesmo silenciar...) as críticas. 
Ainda bem que na Figueira não é asssim.

O desejo de ter  acesso ao "pote" autárquico, isto é, à  gestão dos dinheiros camarários, leva muita gente, por esse Portugal fora, a cometer disparates.
Ainda bem que na Figueira não é assim. 

Ainda bem que, na Figueira, existe a garantia que quem ganhar em 26 de Setembro de 2021, vai continuar assim e não como tem sido em muitas cidades de Portugal continental e ilhas adjacentes.
Nessas cidades, que não na Figueira, pois na Figueira não é assim, aquilo que tem acontecidos, além de triste, tem sido uma vergonha.

S. Pedro, uma freguesia a definhar

Imagem via CENSOS 2021


Em dez anos perdemos 11,2% da população: de 2910, em 2011, passámos para 2585, em 2021. 
Somos a QUARTA freguesia com menos pessoas no Concelho. 
Perdemos 7.1% dos agregados familiares.
Isto, quando a média do Concelho está em crescimento.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Censos 2021: Distrito de Coimbra perde 5% da população em 10 anos

"Em termos absolutos, Figueira da Foz foi o concelho que mais residentes perdeu (3.143), seguindo-se Coimbra (2.600) e Penacova (2.132)."

Salgado, Berardo, Proença, Vieira, Ronaldo....


Nota de rodapé....
"Aquilo é uma tempestade medonha, aquilo vai p'ra lá do que é eterno, aquilo era o retrato do inferno, vai ao fundo, vai ao fundo, e vai ao fundo sim senhor"...

Rui Curado da Silva no Dez & Dez.


“Temos um executivo que deixou a cidade desenvolver-se, deixando o seu centro de gravidade mover-se para as periferias, onde tínhamos rotundas e avenidas que serviam para desviar o trânsito para as praias e agora estão a servir para serem montados supermercados”.

Autárquicas: 2021: na lista do PS para a Câmara, nada de novo...

Tal como OUTRA MARGEM tinha informado há 5 dias, mais precisamente no passado sábado, 24 de julho de 2021, hoje na edição do Diário as Beiras, as previsões confirmaram-se.