terça-feira, 11 de maio de 2021

Sobre o apoio do cidadão Carlos Tenreiro ao cidadão Santana Lopes nada a registar, a não ser que a gratidão é um sentimento nobre

O responsável por este espaço não é especialista em análise política, nem é fulano  "batido" nestas andanças eleitoralistas - o que até pode não ser uma desvantagem. Confesso-me, até, algo ingénuo. Contudo, prefiro correr o risco de parecer ridículo a deixar-me ridicularizar.

É da natureza humana temer o desconhecido. É da natureza de uma certa camada elitista figueirense ter medo do futuro, do progresso, da mudança, do que não controla. Vem do passado essa mentalidade e esse medo pela novidade. Numa Figueira perfeita, democrática ou não, uma casta superior, determinaria o que interessa ao povo e seleccionaria o que deveria ser possível discutir pela classe baixa - a que pertenço.

Numa Figueira perfeita, uma dúzia controlaria tudo. Numa Figueira perfeita seriam importantes certos apoios. Mas, como a Figueira, felizmente, não é perfeita, e  a blogosfera, em particular, ainda é menos perfeita, isso é um assunto irrelevante. 

Imagem via Diário as Beiras
Em certos casos é só inócuo.
Não é uma ameaça à democracia nem a nada, a não ser à tal Figueira perfeita que alguns iluminados desejariam para as suas vidas e para o ecossistema que os alimentam e de que se alimentam.

Sobre o apoio do cidadão Carlos Tenreiro à candidatura que escolheu, nada tenho a ver com isso. Considero até positivo. Em declarações publicadas na edição de hoje do Diário as Beiras destaco: "obviamente que (Santana Lopes) conta com o meu apoio, como, aliás, noutras alturas sempre contei com o seu apoio." O que é verdade. Sobre isso apenas sublinho que a gratidão, em políticia, não é coisa pouca.

Tive oportunidade de constatar que, como vereador (o Dr. Carlos Tenreiro foi cabeça de lista do PSD à câmara, em 2017, e à Junta de Buarcos e São Julião, nas eleições autárquicas de 2013), ao longo destes últimos tempos, não gostou do que escrevi sobre o seu desempenho político enquanto autarca. O 
que achei natural... Esteve no seu pleno direito. 

Não gostei da prestação que teve como vereador da oposição, em nome do povo que o elegeu (que nem sequer foi o meu caso), pois foi nele que votou. E também tenho o direito de o exprimir publicamente. 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

A propósito do anúncio, mais um, do actual Presidente da Câmara da Figueira da Foz, que dá como quase certa a duplicação da linha ferroviária que liga a Figueira da Foz à cidade de Coimbra.

 

NOTA DE IMPRENSA 

"Sempre nos temos batido pela seriedade na política e contra as “promessas” eleitorais enganadoras, que muitos políticos fazem em vésperas de eleições, sejam elas nacionais ou autárquicas.

Ora, esta renovada “promessa” do autarca da Figueira, militante e dirigente do partido socialista, certamente apoiada no seu anúncio pelo Governo do partido socialista (que coincidência) não deixa de ser, pelo menos, estranha (ou será apenas coincidência) quando é sabido que em Setembro ou Outubro do corrente ano haverá eleições para autarquia figueirense.

Tanto mais que nós CDS-PP vimos a reclamar, sem sucesso, mas de há vários anos para cá, para que se realizasse esta obra que consideramos fundamental para a comodidade dos figueirenses e conimbricenses que se pretendem deslocar entre as duas cidades, para já não falar dos benefícios que essa linha, devidamente modernizada e com comboios com horários frequentes, traria para as populações dos restantes Concelhos, servidos por essa infra-estrutura.

A propósito não resisto a relembrar aquilo que tenho proposto desde 2017 e que agora figura no programa da minha candidatura à CMFF.

Quanto às linhas de caminho de ferro, pretendemos exigir do Governo nacional, através da IP - Infraestruturas de Portugal, S.A., a requalificação e modernização tanto da Linha Férrea do Oeste (Figueira-Lisboa), como da Linha Figueira – Coimbra – Beira Alta - Espanha.

Na verdade já em 2017 recomendávamos que deveriam ser promovidas acções de colaboração e estreitamento de relações com o Governo de Portugal e com os Municípios servidos pela referida estrutura, bem como junto da Comunidade Municipal (a que a Figueira pertence), para que essa requalificação e modernização tivesse lugar.

Pretendíamos, e continuamos a pretender, que fosse constituída uma frente comum de trabalho, entre as autarquias afectadas, que possibilitasse a aquisição da força política necessária para obrigar o Governo Central a requalificar tanto a linha Figueira-Coimbra, como a linha Férrea do Oeste.

É que para nós os benefícios destas obras são enormes, tanto para a Indústria e Comércio, proporcionando aos agentes económicos industriais, que actuam no Concelho da Figueira da Foz, uma forma barata e expedita de exportar as suas produções, para o mercado externo; como para as Pessoas, ao proporcionar às pessoas do Concelho da Figueira um meio cómodo, seguro e barato de se deslocarem para outras regiões do país; como ainda seria benéfico para o Turismo, pois poderia potenciar a chegada de mais Turistas, nacionais e estrangeiros, através de um meio seguro, cómodo e barato, nomeadamente oriundo de Espanha.

Mas o que aconteceu na realidade, foi que durante estes anos todos, bem como nos últimos quatro anos de mandato do partido socialista à frente da CMFF, nada aconteceu e suspeito que, com este governo nacional do PS e com este executivo camarário igualmente do PS, nada acontecerá, para além de tentarem “enganar” o eleitorado.

Dito isto apetece perguntar ao Sr. Presidente da autarquia: - Temos então um objectivo comum para o futuro? Requalificar as linhas do Oeste e da ligação a Coimbra e Beira Alta. Oxalá fosse verdade, mas não creio que o seja. O nosso objectivo real é esse. Mas creio que o do Partido Socialista é apenas ganhar eleições, com enganos de promessas que não tenciona cumprir.

O Partido socialista e seus próximos, são aliás pródigos estas manobras.

Dito isto e para terminar, vejo que  novos falsos “messias” se anunciam agora, vindos do governo da nação.

Dá vontade de dizer: - com tantos “messias” Portugal, em vez de estar a definhar devia estar a proporcionar melhor vida aos Portugueses; mas tal não acontece, antes pelo contrário; o que fez o novo “messias” anunciado, em favor da Figueira da Foz enquanto foi 1º Ministro?

Quanto ao Partido da autarquia e seu candidato apetece dizer que com tantas “promessas” não cumpridas, a Figueira da Foz em vez de estar parada, continua a definhar. E agora é que vai mudar ? convosco?

É tempo de os figueirenses acordarem e mudarem a constituição do poder autárquico da Figueira."

Miguel Mattos Chaves – Candidato a Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz nas listas do CDS-Partido Popular.

Da série, quem se mete com o PS leva...

«Governante chama “estrume” e “asqueroso” a programa da RTP".»

Santana ficou sem margem para recuar?..

O OBSERVADOR noticiou ontem, via Bruno Pais Menezes, do movimento de cidadãos "Figueira A Primeira", "que Santana Lopes será candidato à Figueira da Foz", pois "respondeu de forma inequívoca e afirmativa ao desafio do movimento"Bruno Pais de Menezes, ex-líder da JSD/Figueira da Foz e líder do movimento, disse também que Santana Lopes falará sobre o assunto em tempo próprio

O Observador tentou contactar Pedro Santana Lopes, que não respondeu em tempo útil. Como Santana ainda não falou, continuemos a citar Bruno Menezes, via Figueira na Hora.

Segundo o rosto do movimento independente «Figueira A Primeira», que alavanca esta intenção, “tudo começou com uma manifestação nesse sentido a 24 de fevereiro, junto ao oásis. Desde então que temos vindo a receber contributos de figueirenses dos mais diferentes quadrantes políticos, da direita à esquerda”.

“Neste período auscultámos diversas personalidades e figueirenses em geral de forma a perceber quais as soluções para retirar a Figueira da Foz do marasmo político em que se encontra o que resultou na aceitação do Dr. Santana Lopes para liderar uma lista capaz de conquistar, novamente, a Câmara e Assembleia municipais da Figueira da Foz”, revela Bruno Menezes, ex-líder da JSD figueirense.

Portanto, pela algazarra que por aí vai, parece que Santana Lopes vai mesmo a eleições nas autárquicas de 2021 na Figueira da Foz.

Eu, porém, continuo na minha: só vou acreditar quando em Agosto próximo futuro forem publicadas as listas de candidatos devidamente aprovadas pelo Tribunal da Figueira da Foz.

Como escreveu o Eng. Saraiva Santos no QUINTO PODER, EM 22 DE jULHO DE 2004, "o crédito a dar a uma promessa, ou a uma mera afirmação, depende, acima de tudo , da credibilidade do promitente.

A avaliação desta última tem de ser necessariamente baseada na análise do seu currículo e do seu desempenho passado .
Não há nisto nenhuma má vontade ou nenhum preconceito .
É assim que as coisas se passam, no quadro do mais elementar senso comum .
Quando avaliamos alguém, seja um vendedor imobiliário, seja um vendedor de um carro em segunda mão... olhamos para o que fez no passado.
 
Santana Lopes jura agora, a pés juntos, que vai governar seguindo o rumo da seriedade e do rigor .
Ora, no seu mandato como Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, não revelou nenhum rigor, como é público e notório.
Assim , a título de meros  exemplos , não revelou rigor:"
Para ler melhor, clicar na imagem


Autárquicas 2021: ponto da situação em 10 de Maio de 2021 na Figueira...

Da série, as minorias elitistas e informadas para atingirem os seus objectivos, fazem uso contínuo e sistemático da propaganda... (continuação)

Via Diário as Beiras
"A ligação ferroviária entre a Figueira da Foz e Coimbra deverá ser duplicada, para tornar as viagens mais rápidas, no âmbito da metropolização dos transportes públicos coletivos na área da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC). Quem o disse foi o presidente da autarquia figueirense e vice-presidente daquela estrutura de municípios, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS. Este foi um dos assuntos abordados na recente reunião da direção da CIM-RC com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. “Foi pré-agendada uma reunião com a CP sobre a metropolização dos transportes da CIM-RC, para a ligação ferroviária entre a Figueira da Foz e Coimbra passar a ser mais rápida”, avançou Carlos Monteiro. “A linha está a ser sinalizada e o que se coloca é a duplicação da linha. Penso que tudo está encaminhado nessa perspetiva”, acrescentou o edil. 
Atualmente, sem contar com os atrasos, a viagem de comboio entre as duas principais cidades da CIM-RC dura, no mínimo, uma hora."

domingo, 9 de maio de 2021

Candidatura "Figueira A Primeira" à Câmara da Figueira: Santana Lopes falará sobre o assunto em tempo próprio...

Imagem via Carlos Grilo
Segundo a RTP, "Santana Lopes será candidato à câmara da Figueira da Foz"
Esta estação televisiva avança mesmo "que na passada quinta-feira Pedro Santana Lopes oficializou a mudança de residência para a Figueira da Foz." 

O OBSERVADOR noticia, via Bruno Pais Menezes, do movimento de cidadãos "Figueira A Primeira", "que Santana Lopes será candidato à Figueira da Foz", pois "respondeu de forma inequívoca e afirmativa ao desafio do movimento"
Bruno Pais de Menezes, ex-líder da JSD/Figueira da Foz, afirma que este “é o culminar de um trabalho de meses” e que o movimento junta várias pessoas do PSD ao CDS, passando pelo PS. 
Santana Lopes, disse o líder do movimento, falará sobre o assunto em tempo próprio

O Observador tentou contactar Pedro Santana Lopes, que não respondeu em tempo útil.

FutBeachGolf: um desporto maravilhoso...

Como li no facebook (via Pedro Cruz): "a Figueira ousou. A Figueira conseguiu inventar uma espécie de golfe. A Figueira conseguiu inventar uma espécie de footgolf. A figueira inventou o primeiro campo de FutBeachGolf do mundo (numa espécie de praia). A Figueira conseguiu meter o "Rei das Areias", melhor jogador de todos os tempos de Futebol de Praia, a jogar FutBeachGolf. Já se fala em charters...  e com tanta inovação da minha janela ainda não vi uma única pessoa a praticar a modalidade," escreveu o Pedro. Mas, o campo de footgolf já tem utilzadores. A foto fala por si. 

Vamos ao que interessa. A Figueira da Foz conta, desde a manhã de ontem, com o primeiro campo em areal urbano de FutGolf. Esta enorme infra-estrtura desportiva - primeiro campo de FutBeachGolf do país -  foi implantada na outrora Praia da  Claridade, agora Praia da Calamidade.
Este desporto combina as habilidades do futebol com as regras do golfe. Segundo o presidente da Federação de FutGolf, Ricardo Esteves, "é um evento que está a crescer cada vez mais em Portugal"
Como grande atleta que sempre fui - embora reconheça que o  Madjer é o Madjer, por isso é que ele tem avença e eu não... -  congratulo-me com esta "aposta" da autarquia figueirense. Mais: aquela estrutura é mesmo para ser "usada de forma saudável, pelos mais e menos novos"
Por isso, na tarde deste domingo, fui fazer uma perninha.
A "relva sintética, quer no campo de treinos Bento Pessoa, quer no campo da Leirosa, quer no campo do Bom Sucesso, quer a do campo de São Pedro, que se encontra em fase de execução (neste momento parada...), quer a do Estádio Municipal José Bento Pessoa, em fase de conclusão (há anos...)", é para competição. 
Daí, por não ter já potencial fisíco para a pista de tartan, no Bento Pessoa, e o que se encontra em fase de estudo para treino de peso, dardo e disco, na praia, aventurei-me pelo FutGolf.
Antes que venham as aguardadas carradas de jogadores nos charters que certamente irão saturar os aeroportos de Coimbra e Monte Real, fui experimentar...
Para já, que eu saiba, sou campeão local e nacional, pelo menos na categoria dos veteranos. 
O Madjer ontem deu uns toques. Mas isso não conta: foi só para a fotografia e para justificar a avença...
A Figueira estava a tornar-se uma cidade chata, chata, mesmo chata...
Aliás, penso que já estava mesmo mais além. Já era mais do que chata, era chatíssima. Chateava e achava que não. Então, em dias como o de hoje, chateava mesmo. E não sabia que era chata, essa é que é essa. Mas, tudo está a mudar...
A Figueira ainda vai ser uma animação. Uma comédia já é. Há muito tempo.

“Existe uma clara falta de liderança e de peso político na Figueira da Foz”

Pedro Machado, na "Primeira Pessoa", via Jornal Económico

Património como imagem

Especialmente em África, o património apresenta-se, hoje, como um dos bens mais importantes — financeiro, social e politicamente — para muitas sociedades...
Neste blogue, poucos dias após ter nascido, foi escrito o seguinte: “Numa Terra jovem como a nossa, onde o Património artístico e monumental é praticamente inexistente, terá de cuidar-se da preservação dos raros vestígios do passado.
Estou a referir-me concretamente às Alminhas, uma pequena edificação de 1917.”

Ao longo dos anos fomos alertando para a situação vergonhosa em que se encontra o monumento mais antigo da Aldeia da Cova-Gala.
Registo também este alerta do blogue COVA GALA...entre o rio e o mar, publicado no dia 16 de 2010: “Capelinha das Alminhas, a servir os crentes deste povo da Cova Gala na sua fé religiosa cristã desde 1917.
Um marco histórico de grande importância desta terra, que se deve sempre preservar...”

Com a desculpa da modernidade, muita asneira se faz...
Sem mais comentários, ficam duas fotos: 
Alminhas em 2008


Alminhas em 2021 depois de uma intervenção da JFSP e da Câmara Municipal

Domingo de chuva

Foto: Gabriela Amado

«Não sei um dia mas alguma coisa me doía

Ou talvez não doesse mas havia fosse o que fosse

Era isso sentia a grande falta de uma árvore»

Ruy Belo

sábado, 8 de maio de 2021

Para acabar de vez com a chatice...

A Figueira estava a tornar-se uma cidade chata, chata, mesmo chata...
Aliás, penso que já estava mesmo mais além. Já era mais do que chata, era chatíssima. 
Chateava e achava que não. Então, em dias como o de hoje, chateava mesmo.
E não sabia que era  chata, essa é que é essa. 
E isso é, provavelmente, a maior chatice.
Só que as coisas estão a mudar: o campo de futbeachgolf de nove buracos, situado junto à pista de atletismo do areal urbano, foi inaugurado este sábado, pelas 11H00.
E amanhã, se tudo correr normalmente, há-de haver outro e grande momento de diversão para acabar de vez com a chatice.
Já é tempo de uma chata, chata, mesmo chata, como a chatíssima Figueira, deixar de chatear, o que era uma enorme e grande chatice...
Viva a diversão que vem por aí...
Na foto, sacada daqui, fica o registo de um momento da inauguração do campo de futbeachgolf

Que gostaria de ver instalado no edificado do Cabo Mondego? (4)

 Via Diário as Beiras

Recomenda-se que ninguém pegue na ideia, porque senão a Figueira fica mais conhecida que as Caldas...

 Via jornal Público


A mudança...

Quando é que os figueirenses vão perceber que o essencial é discutir ideias e projectos políticos em vez de passarem o tempo a conspirar sobre putativos cenários, partindo de perfis pessoais?

Da série, em Outubro temos eleições autárquicas...

Imagem: Revista Foz, edição do mês de Maio de 2021
A
 Liberdade provoca desconforto nos instalados, por se sentirem ameaçados pelo exercício da Cidadania e pelo funcionamento da Democracia.
Os políticos querem ser venerados. Isso, porém, depende deles: sejam eficazes e honestos, na luta que dizem travar  contra a corrupção, o compadrio e o tráfico de influências. 
Assumam-se: governem para o Povo, que deveria ser o interesse nacional, em vez de cortejarem as oligarquias. 
Sejam radicais, mas no desmantelamento da desigualdade, do subdesenvolvimento, da miséria e da injustiça. 
Querem acabar com o populismo?
Governem para o povo, com o povo e pelo povo. Executem obras tendo em conta o bem comum, em vez de se preocuparem em colocar em funcionamento no terreno, máquinas para fazer propaganda e espalhar demagogia para tentar enganar o Povo e caçar o voto para mais 4 anos de mais do mesmo.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Meu caro Pedro: na Figueira nada se discute. Portanto, é "normal" que se ignore a importância do exercício da Cidadania, da prática da Liberdade e da ineixistência de uma verdadeira Democracia!

"A Revista Foz falou com autor do Blog Outra Margem. Um desafio que lancei ao meu tio. Um espaço que nasceu entre umas caminhadas/ conversas matinais entre casa e o "velho" Cabedelo. Nasceu também de uma relação especial entre tio e sobrinho.
O Outra Margem nasceu por acaso no dia 25 de Abril de 2006. Foi um dos últimos blogues a surgir no panorama da Blogosfera Figueirense. Hoje é o blog!
O Outra Margem sempre teve rosto. Sempre assumiu as suas opiniões. O anonimato nunca teve e não terá espaço neste blog.
O Outra Margem não é nenhum super herói de cuecas da Internet/ redes sociais. É sim um espaço único na cidade que fala de forma livre, independente e responsável sobre qualquer assunto.
Como a cidade ao contrário do que se pensa é castradora no pensamento e na liberdade de opinião, e depois de algumas "ameaças" o meu tio por gostar de mim convidou-me a abandonar o barco. Na altura fiquei triste! Ele sabe disso! Mas, explicou-me que tinha chegado o momento (por vários motivos, alguns até já referi).
Hoje, o Outra Margem é inteiramente da responsabilidade do meu tio. Se concordo com tudo? Não! Se admiro a sua coragem, verticalidade, independência ? Muito!
Obrigado tio! Talvez por seres um péssimo fotógrafo... hoje tenho a possibilidade de viver um dos meus sonhos (esta viagem no mundo da fotografia/fotojornalismo).
Não acredito que vá ser "pior" do que tu como dizes. Mas, o tempo dirá!..
Por agora, e para sempre. obrigado!"

O desafio, para a imprensa tradicional, da multiplicação das vozes no espaço público

Jornalismo livre. Liberdade de imprensa e de expressão. 
Estão aqui dois pilares onde tem de assentar uma sociedade livre, democrática e moderna. 

Porém, existe um problema. Entre os jornalistas e os poderes - nomeadamente o político. Mas, não só. As ameaças à liberdade têm origem em diferentes tipos de poder. O poder económico-financeiro tem o seu peso e a sua influência. Uma das formas de condicionar a liberdade é tornar inútil o jornalismo. Isso, consegue-se através da parcialidade, do enviesamento, do silêncio, da diversão, da coscuvilhice - para não falar da falta de investigação e de confirmação dos factos. Nuns casos as pressões vêm do exterior. Noutros têm origem no interior do próprio sector jornalístico. 

Hoje, existem outros desafios que advêm da multiplicação das vozes no espaço público. Nomeadamente, daqueles que partilham, comentam, observam, criticam e aplaudem. 
Isso colocou um novo desafio: que relações é possível manter entre estas novas vozes e aqueles a quem cabia, tradicionalmente, o privilégio do acesso à palavra pública e o papel da mediação dos diferentes campos sociais? 
Houve - e continua a haver - dificuldades de relacionamento. Houve, dentro da classe jornalistica, quem não conseguindo compreender e aceitar esta realidade que existe, tivesse optado pelo ataque. 
Contudo, esta nova realidade veio para ficar. Portanto, tentar desvalorizar e desqualificar as novas formas de participação cidadã, não resolve nada. 
O desanuviamento não passa por aí. Quem publica no espaço público tem de respeitar muitas das normas deontológicas que eram apanágio dos jornalistas, em tempos idos. 
A realidade no meio jornalístico, embora existam jornalistas probos e sérios, também mudou algo. 
Um democrata sabe a importância da Liberdade de Imprensa para a construção de uma sociedade moderna e progressista. Não para se sobrepor ou para usurpar a liberdade, mas para lhe dar um novo horizonte e um sentido partilhado e alargado.