domingo, 21 de fevereiro de 2021

ALERTA COSTEIRO...

Foto via PEDRO AGOSTINHO CRUZ

Recordar Joaquim Namorado...

Via REVISTA EXPRESSO

Joaquim Namorado, «o poeta incómodo» viveu entre 1914 e 1986. 
Nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 30 de Junho. 
No concelho da Figueira – considerava-se um figueirense de coração e de acção – chegou a ser membro da Assembleia Municipal, eleito pela APU. 
Teve uma modesta residência na vertente sul da Serra da Boa Viagem. Essa casa serviu de local para reuniões preparatórias da fundação do jornal Barca Nova. Muito mais poderia ser dito para recordar Joaquim Namorado. 
Para mim, basta ter sido um Cidadão com quem muito aprendi, que teve uma vida integra, de sacrifício e de luta, sempre dedicada á total defesa dos interesses do Povo. 
Nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa. 
Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional. Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.
Foi também decidido em reunião camarária realizada em 1983 que o seu nome passaria a constar da toponímia da cidade, o que nunca aconteceu, vá lá saber-se porquê!..

Faz hoje um ano que a Figueira ficou abalada com a notícia

A vida está cheia de paradoxos: a Figueira, uma cidade com fissuras de espanto e temor...

Vive de esboços, coisas atabalhoadas, mal alinhavadas e mal concretizadas, indecisões, princípios riscados... 
Indecisões, sempre as indecisões... 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Damos pela vida a passar e a idade a avançar, também, pelo que se vai passando à nossa volta...

Campanhas eleitorais...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

MEMÓRIA PASSADA PARA MEMÓRIA FUTURA

IMAGEM VIA O SÍTIO DOS DESENHOS

«da mata ao Panteão. Marcelino, um herói do nosso tempo»

MARCELINO DA MATA – Voto de Pesar, Assembleia da República 18.02.2021

A favor: PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega

Contra: BE, PCP, PEV, PAN, Joacine Katar Moreira e três deputados socialistas (Ascenso Simões, Paulo Pisco e Eduardo Barroco de Melo)

Abstenção: Cristina Rodrigues e seis deputados do PS (Porfírio Silva, Miguel Matos, Maria Begonha, Cláudia Santos, Joana Sá Pereira, Tiago Barbosa Ribeiro e Bruno Aragão).

Autárquicas 2021: na Figueira... E, em Coimbra...

 NA FIGUEIRA: Ponto da situação (do conhecimento público neste momento).
Entretanto em Coimbra, há novidades...

Via Diário de Coimbra
Actualização:
José Manuel Silva, o líder do Somos Coimbra não confirma acordo com o partido de Rui Rio. Todavia, via facebook, Somos Coimbra emitiu uma nota sobre as autárquicas em Coimbra, em que José Manuel Silva "deixa a porta aberta para um eventual acordo com o PSD." Fica o comunicado do Somos Coimbra na íntegra. 
“Na sequência da intervenção pública do Dr. Nuno Freitas, pessoa e amigo que muito consideramos e respeitamos, apenas temos a dizer que as informações prestadas pelo Dr. Nuno Freitas relativamente às eleições autárquicas em Coimbra naturalmente serão verdade relativamente a ele próprio não ter sido escolhido como o candidato do PSD, mas que até agora não foi estabelecido nenhum diálogo formal entre o PSD e o Somos Coimbra relativamente a esta matéria. Porém, nos termos em que sempre o formulou, o Somos Coimbra continua empenhado na constituição de uma plataforma alargada de candidatura a Coimbra, que corresponda ao apelo que repetidamente nos é feito por parte dos Conimbricenses e que permita vencer as próximas eleições autárquicas com um programa e um conjunto de projetos que promovam o desenvolvimento e o crescimento económico, cultural e social do concelho de Coimbra, rumo ao futuro e à sua afirmação nacional e internacional. Acreditamos agora que esse diálogo concreto e a constituição dessa plataforma, incluindo o PSD, sejam possíveis a breve prazo”.

Continuação da série, é esta a riqueza da Figueira: estamos absorvidos e deslumbrados por alguma coisa (neste caso a "mercearia") e só termos olhos para ela. O demais não interessa...

Como andamos a escrever há mais de meia dúzia de anos, algumas das maiores fortunas de Portugal, foram conseguidas através do negócio de mercearia, que gera alguns milhares de empregos, mas não cria riqueza.
Embora possam ter outros negócios, a maior parte da fortuna veio do negócio de mercearia, que esmaga margens dos industriais, dos agricultores, dos pescadores, etc., que para eles trabalham. 

Nos últimos anos, várias cadeias de distribuição, nacionais e internacionais, abriram superfícies comerciais na Figueira da Foz.
A criação dos postos de trabalho é uma questão sensível para a autarquia, mas há quem duvide que o saldo seja positivo, colocando na equação os empregos que se perdem no comércio tradicional.
“Não acredito que o saldo seja negativo. Estas superfícies estão a concorrer entre si e não com o comércio tradicional” -  vereadora Ana Carvalho


Segundo o ECO, "os britânicos da Blackbrook Capital vão adquirir um portefólio de supermercados actualmente em construção, que serão depois arrendados à Sonae MC sob a marca Continente Bom Dia. Desconhece-se a localização destes imóveis, bem como os valores envolvidos nesta operação.

A Blackbrook Capital “comprometeu-se em adquirir uma carteira de construção de supermercados em Portugal” que, após estarem concluídos, serão “arrendados a longo prazo ao Continente, o principal retalhista” em território nacional, refere o fundo britânico, em comunicadoContudo, a empresa não revela quantos imóveis compõem esse portefólio, nem a localização dos mesmos. Refere, porém, que um deles foi recentemente concluído e que os restantes estarão em construção durante os próximos 12 meses."

O pessimismo atávico, não nos leva a lado nenhum. Ter visão de futuro e sermos pragmáticos é bem diferente...

Hospital da Figueira da Foz: "a descida do nível mais crítico permite retomar as cirurgias urgentes programadas de ambulatório"

"O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) desceu um escalão no plano de contingência, do quarto para o terceiro. Este alívio está relacionado com a diminuição de doentes internados nas duas enfermarias e com a procura nas Urgências dedicadas à covid-19. A descida do nível mais crítico permite retomar as cirurgias urgentes programadas de ambulatório. 
Até ontem, à tarde, havia 46 doentes internados com covid-19. No pico da actual vaga da pandemia, chegaram aos 73 e alguns foram transferidos para o Hospital Militar de Coimbra e para uma unidade de retaguarda de Porto de Mós. 
Os casos positivos resultantes dos testes realizados no HDFF também têm vindo a diminuir em proporções animadoras. 
Ontem, havia dois profissionais de saúde infetados e outros quatro estavam em isolamento profilático."
Via Diário as Beiras

Rio e Moreira têm versões diferentes...

Rui Rio, depois de ver ir poa água abaixo um "acordo" para as autárquicas 2021, descobriu os negócios imobiliários de Rui Moreira e família no Porto.
O presidente do PSDRui Rio, anunciou, ontem, que o partido que lidera não vai apoiar uma eventual candidatura de Rui Moreira a um terceiro mandato à frente da Câmara Municipal do Porto.
"Não é uma pessoa confiável", disse Rui Rio, advogando que "há muito" tem vindo a alertar "que tipo de pessoa é Rui Moreira", dando como exemplo um jantar noticiado esta semana.
"Rui Moreira queria que o PSD não apresentasse lista e ele integrava nas suas listas pessoas do PSD. Perante essa proposta nós contrapusemos o contrário: o senhor não se candidata e nós ouvimo-lo na escolha do candidato. O PSD disse que não à proposta dele e ele disse que não à nossa", contou Rui Rio, em entrevista à Rádio "Observador", ontem de manhã.
Rui Moreira não rejeita um apoio do PSD mas só como independente.

As cidadãs anónimas

«Não sei um dia mas alguma coisa me doía
Ou talvez não doesse mas havia fosse o que fosse
Era isso sentia a grande falta de uma árvore»
Ruy Belo


[...] Lisboa deve às árvores que possui, às árvores de que se esquece, uma parte eloquente da sua beleza. Elas guardam, para nós, a cor, o alfabeto vegetal do silêncio, o atalho secreto da alegria.


O seu movimento parado é uma ilusão, pois as árvores são extraordinárias viajantes que se deslocam através de distâncias incalculáveis. Chegaram aqui vindas do Cáucaso, da Sibéria, do Tibete, da América…por ventos, por correntes marítimas, nos grandes invernos… ocultas nos pés dos escravos, escondidas algures na trouxa de um distraído mercador ou entre o pelo dos animais… E se estão ao pé de nós, sabemos também que estão sempre a partir. São fluidas. Mudam, de casca e de casa. Morrem. Migram da noite para o dia.

Aprendemos a contar por elas as estações do ano e as da nossa vida. Há as árvores da infância. As do nosso bairro, anos mais tarde. Há uma árvore que avistamos de relance em situações que depois não esquecemos mais. Lembro-me de ter visto o poeta Mário de Cesariny abraçar uma árvore como quem abraça um amigo. Foi uma coisa tão grande! - ficamos a vê-lo, encolhidos e calados que nem ratos.

Lisboa tem uma população admirável de árvores. Algumas delas estão classificadas e têm um estatuto semelhante ao do património construído classificado. Tudo isso está muito bem. Mas quando andamos pelas ruas de Lisboa e nos cruzamos com árvores elas não têm identificação alguma, são cidadãs anónimas! Raros são aqueles que as tratam pelo nome próprio. Mas outras cidades europeias têm junto das suas árvores, colado no chão, um pequeno letreiro com o seu nome.
Queria dedicar este texto ao Lódão que avisto da janela.»

José Tolentino Mendonça, “As cidadãs anónimas” in O hipopótamo de Deus e outros textos, 2.ª ed., Col. Alfinete 10, Assírio & Alvim, nov. 2010 (p. 77-8)
Imagem: daqui

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Francisco Andrade é um treinador dos velhos tempos e sabe que para ganhar é preciso ter jogadores que vão à linha de fundo para cruzar para trás...

«Ganhou as eleições e fez três mandatos desempenhando, concomitantemente, o cargo de 1.º Secretário da Mesa da Assembleia da Câmara Municipal de Coimbra, posição aliás que ainda hoje mantém. Em 2017 foi reeleito, após quatro anos de interregno. “Eu costumo dizer ‘quando quiserem que eu não faça não me digam para não fazer’. Porque quando me beliscam eu reajo."»

Coimbra: PS procura quem se ofereça como candidato à JF dos Olivais

Para a Secção do PS de Santo António dos Olivais  “encontrar um candidato compaginado com o perfil de candidato/a estabelecido pelo candidato à Câmara Municipal [Manuel Machdo] e pelo presidente da Comissão Política Concelhia [Carlos Cidade], torna o desafio mais exigente”.

O PS tem perdido sucessivamente as eleições na Freguesia de Santo António dos Olivais, a que tem maior número de eleitores no concelho de Coimbra e na região Centro. A Junta é presidida por Francisco Andrade (PSD) e nas eleições autárquicas de 2017 o candidato do PS foi o arquitecto António Monteiro, que no ano passado renunciou ao mandato e deixou a presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia.

Quinta das Olaias vai abrir ao público

 Via Diário de Coimbra

Mercado de Buarcos, pequenino mas onde nada falta, nem sequer a simpatia

"Arejado, sem atropelos e onde nada falta, dos bens essenciais. 
No Mercado de Buarcos, são poucos os vendedores, mas o negócio vai-se fazendo, em alguns casos, quase personalizado, pois conhecem as clientes pelos nomes e chegam a telefonar, quando aparece algum produto que sabem que é da sua preferência. É o caso de uma das bancas de peixe. 
«Ainda nem pedi e ela já me está a amanhar o peixe», diz Maria José, cliente assídua de Margarida (Guida) Verderame, uma vez que reside ali perto, na Praia de Buarcos. «Não compro nunca nos supermercados, aqui a qualidade do peixe é diferente», diz, conhecedora, já que a mãe vendeu peixe durante mais de 50 anos em Coimbra, o pai foi pescador e o marido motorista marítimo. Por isso, «sei a diferença, quando é fresco», assegura."

Obras municipais: mais do mesmo na obra do jardim!..

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"A Câmara da Figueira da Foz vai analisar a decisão de abater árvores em Buarcos, mas não adianta, para já, se o corte agendado para quinta-feira avança como previsto..."


Penso que niguém desconhece como está aquela zona de Buarcos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Foi entregue e foi a reunião de câmara uma petição com 900 assinaturas do Movimento Parque Verde que deve ter ido para o fundo de alguma gaveta pois nunca houve resposta. 

Pois...

Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2021
"O projecto do novo coreto do jardim municipal vai ser alterado, para serem poupadas árvores, adiantou o presidente da autarquia, Carlos Monteiro, na reunião de câmara." - via Diário as Beiras

Penso que niguém desconhece (apesar das tentativas feitas, em devido tempo, para contribuir para o pensamento e discussão da obra, que foram ignoradas), que a intervenção no Jardim Muncipal já está adjudicada (a empreitada já em fase de execução) e tem um prazo de um ano para estar acabada.
É agora que se vai alterar o projecto quando ele já está em fase de execução?
Há aqui qualquer coisa difícil de entender, a não ser que já esteja a acontecer o que já vem do passado: deficiente pensamento, mau planeamento e péssima execução das obras municipais promovidas pela câmara Municipal da Figueira da Foz.

Recordo o que disse Joaquim Barros de Sousa, no início de Agosto de 2018,a propósito da obra de Buarcos, no lançamento do seu livro «Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos»: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”
Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Disse algo mais que continua actual: “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta».

Problemas sociais estão a agravar-se: pensem...

A situação social no concelho está a agravar-se. Segundo o que disse a vereadora da Acção Social, Diana Rodrigues, ao DIÁRIO AS BEIRAS, “a situação agravou-se, notoriamente”, pois tem-se verificado um aumento de pedidos de apoio alimentar, que “têm sido reportados pelas várias instituições” que trabalham no terreno.  

Tal como no País, também na Figueira, estamos perante um cenário trágico, mas que para quem tem andado atento ao que se passa em seu redor, tem pouco de surpreendente. 
Estamos muma sociedade que se tem vindo a polarizar, de forma crescente, em dois campos. 
1. Os que acham que os tempos são difíceis e seria impossível fazer melhor.
Consequentemente, realçam o papel do governo na gestão desta crise. 
2. E os outros: aqueles que, afectados pelo desespero e pelo ódio, acham que tudo está podre e estão dispostos a hipotecar a sua dignidade com o seu voto só para abanar o que acreditam ser o sistema, não compreendendo que esse voto só favorece os do topo e pioraria a sua condição.
 
Sem perder a capacidade de um justo juízo crítico construtivo, onde vale a pena estar, não podemos esquecer que vivemos tempos adversos.
Perante um cenário tão complicado como o que temos, as respostas são difíceis e exigentes.
Porém, poderia ter sido feito bem melhor. 
Por exemplo, usar a margem orçamental disponível (e não é pouca, já que nunca na história da economia portuguesa as condições de financiamento foram tão favoráveis) para apoiar de forma massiva as centenas de milhares de pequenos comerciantes, profissionais do espectáculo e tantos outros trabalhadores sem vínculos estáveis que são atirados para a marginalidade social e política. 
Por exemplo, se todos sabemos que o SNS respondeu, não podemos ignorar que teria respondido melhor, se mais investimento tivesse sido feito a montante. 
Por exemplo, não podemos esquecer que, durante muito tempo, se colocou os direitos de propriedade da hospitalização privada à frente da vida das pessoas.
Na Figueira e no País, estamos num encruzilhada perigosa e difícil. Pensem.