segunda-feira, 31 de agosto de 2020
LIBERDADE
domingo, 30 de agosto de 2020
Haja respeito...
Foto de Luís Fidalgo
Alves Barbosa (Fontela, Vila Verde, Figueira da Foz, 24 de dezembro de 1931 — Figueira da Foz, 29 de setembro de 2018) foi um ciclista português.
A cambada continua refastelada...
Da série, "quem vota é o povo"...
«...o aburguesamento dos militantes do PSD e do PS está a deixar a maioria do eleitorado a outros.
Como disse Marcelo: «quem vota é o povo»...
E se os portugueses, além de votarem noutro Governo, também votassem noutro Presidente?
Coimbra é uma Lição: a alma de Coimbra é um shopping center…!
A raiva de ter raiva dos raivosos
Confesso: tenho raiva dos raivoso. E tenho raiva de ter raiva dos raivosos. Lamento ter a doença da raiva por ter raiva dos raivosos. Tenho tudo: excepto a raiva de não ser raivoso. Não sou raivoso, mas tenho raiva por não conseguir ser raivoso. No fundo, só tenho raiva dos raivosos.
sábado, 29 de agosto de 2020
Se uma imagem vale mil palavras, os sete segundos da diatribe de António Costa contra os médicos descrevem-no melhor do que tudo o que possa ser escrito sobre o homem que governa Portugal.
Note-se bem que não houve nenhum caso de ‘off-the-record’. De resto, compromete muito o desempenho jornalístico, a falta de perceção que a classe jornalística portuguesa (se é que existe) está a mostrar sobre o conceito. O ‘off-the-record’ é o entendimento entre repórteres e os objetos de notícia onde o único compromisso eticamente possível é salvaguardar o anonimato da fonte. Nunca pode ser invocado para obliterar conteúdos ao sabor da conveniência dos entrevistados. Divulgar matéria noticiosa é a obrigação jornalística. Sem a divulgação inconveniente de conteúdos noticiosos não teria havido conhecimento do escândalo de Watergate, das infâmias da Casa Pia, da roubalheira no BPN ou das irregularidades nas contas de Sócrates. Na verdade, sem a divulgação dos conteúdos obtidos por trabalho jornalístico, não há democracia. Não divulgar o que Costa disse sobre os médicos seria um ato de censura.
Uma situação de entrevista (tanto mais na residência oficial do primeiro-ministro) é o mais formal dos atos de colheita de informação que pode haver numa democracia. Tudo o que for dito é registo público. Os jornalistas não se podem comportar aqui como confidentes dos estados de alma de um entrevistado grosseiro, como foi o caso da equipa do Expresso a avaliar pela bondosa entrevista que conduziram que só fez notícia a sério na parte que não queriam divulgar.
Quando há quatro anos António Costa, por causa de um deslize de linguagem inconsequente, empurrou João Soares para fora do seu Gabinete, justificou-se chamando os media e dizendo: «(...) recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo e, portanto devem ser contidos na forma como expressam as suas emoções.» Mais adiante nesta mesma declaração, que foi o equivalente à punhalada nas costas dada durante um abraço fraterno com que Macbeth assassina o seu amigo Banquo, António Costa referiria a prudência e o bom senso que é necessário ter «(...) nestes espaços comunicacionais que hoje não são de conversa privada nem reservada tornam-se, naturalmente, públicos.» Prudência e bom senso que lhe faltaram neste contacto com jornalistas onde seguramente não se portou como o mais importante membro do Governo. Mas, enfim, provavelmente Costa disse aquelas coisas porque se sentiu muito à vontade com jornalistas do Expresso. A entrevista denota isso, particularmente na forma irada e brusca como Costa descreveu para os seus venerandos, obrigados, assustados e tão passivos entrevistadores o entendimento absurdamente restritivo que tem das atribuições da Ordem dos Médicos: «(...) as Ordens não existem para fiscalizar o Estado! Ponto final!») E eles ficaram-se. E mudaram de assunto.
Segundo Ato
António Costa é hoje primeiro-ministro de um estranho Gabinete formado por gente que amaldiçoa a vida pública portuguesa desde José Sócrates. Gente que serviu com empenho o ‘animal feroz’ durante o Freeport. Que andou com Soares, Guterres e Sampaio durante a Casa Pia e, já agora, gente que comprou meia dúzia de Kamov que não voam enquanto o país arde. E é também um homem com um nervo e calculismo raros. Testemunhei isso a 27 de maio de 2014 quando foi inaugurado na Ribeira das Naus um discreto monumento a Maria José Nogueira Pinto.
António Costa era presidente da Câmara de Lisboa. Fez um lindíssimo discurso exaltando a figura de Maria José e o seu influente papel na vida portuguesa. Jaime Nogueira Pinto fechou a cerimónia com palavras de saudade que comoveram todos e nos deixaram no silêncio sem jeito das recordações que doem mesmo. Foi neste ambiente de soturno mutismo coletivo que António Costa dobrou as duas folhas A4 do seu elogio fúnebre, meteu-as no bolso de um amplo casaco de alpaca cinzenta clara, compôs a gravata, apertou a mão a dois ou três dos presentes, afastou-se uns dez metros do monumento e acenou às três câmaras de TV que estavam a cobrir a inauguração que correram para ele enquanto jornalistas estagiários no habitual frémito mediático estenderam microfones ansiosos.
Teriam passado uns cinco minutos desde que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, tinha carpido um esgaçado e lacrimejante elogio fúnebre a uma pessoa excecional quando de costas para o monumento a Maria José Nogueira Pinto, anunciou que se ia candidatar à liderança do Partido Socialista declinando uma litania violenta contra o Secretariado de António José Seguro. Já se sabia que Costa planeava esta afronta, mas não se sabia quando tomaria uma atitude pública. Escolheu o dia do elogio fúnebre a Maria José Nogueira Pinto.
Ao ver isto vieram-me à cabeça as palavras de Miguel Torga num comentário que fez depois de conhecer um distinto socialista que em tempo esgravatou a liderança do PS e que acabaria por atingir gloria in excelsis nas alturas da vida publica, urbi et orbi : «O rapaz fala bem, mas não presta». A saber: o relato dessa conversa tida no consultório do Dr. Adolfo Correia da Rocha em Coimbra foi-me feito ‘off-the-record’.»
Está perigoso circular a pé na Figueira: cuidado com as obras da Câmara (mesmo as terminadas...)
Requalificação da Vala do Galante e Espaço Verde Envolvente - Trabalhos Diversos, obra acabada em final de Maio já está neste estado:
Para já, uma ida ao Hospital a registar, na sequência de um queda aparatosa.
Ana Oliveira e Ana Carvalho, via Diário as Beiras...
"Diz-se que uma cidade moderna é ser inovadora, progressista, é a ideia de que pode tornar-se sempre melhor no que diz respeito à condição humana dos seus habitantes. Nessa perspetiva, diria que a Figueira é uma cidade moderna, consequentemente, e tanto quanto dizem os rankings nacionais, é uma das melhores cidades para viver. Tal deve-se muito às suas gentes! Não fossem os figueirenses sucessores do ilustre Manuel Fernandes Tomás, o patriarca da liberdade e promotor da mudança de todo o país, um legado que passados 200 anos ainda perdura. Esta ânsia de inovar percebe-se em áreas muito transversais à sociedade. Ao nível do desenvolvimento económico a Figueira dá cartas na região, pois detém uma base produtiva industrial sólida com expressão tecnológica inovadora de relevo nacional e até mundial, como é o caso do setor da pasta e papel, das resinas, do setor alimentar das conservas, arroz ou aves, dos componentes técnicos ou do vidro de embalagem. Sinal positivo é também a dinâmica da Incubadora de Empresas do Mar e o Mercado de Ideias, apoiados pelo Marefoz que conta já com mais de 30 investigadores residentes, repletos de novos projetos e empresas iniciantes. Uma aposta ganhadora que irá, certamente, dar origem a negócios de sucesso. Ao nível cultural a Figueira é precursora. Basta perceber o número de associações de artistas plásticos, de escolas e grupos de teatro, dança e música, de eventos culturais, exposições, de espaços museológicos, de salas de espetáculo, de escritores premiados e de prémios literários, de fotógrafos famosos e de festivais de cinema. Face à sua dimensão, é sem dúvida uma das cidades mais influentes! A modernidade também se pode constatar pela diversidade de modalidades desportivas praticadas, pelos espaços públicos disponíveis ao ar livre muito superior à média nacional, pela qualidade do ensino e do acesso aos cuidados de saúde ambos públicos com resultados e provas dadas. Não é por acaso que cada vez mais turistas nos procuram. São surpreendidos positivamente por momentos de animação diferenciadores ou pela nossa oferta hoteleira e de restauração que tem sabido ultrapassar com inovação as dificuldades."
Desta vez concordo com Marcelo: "quem vota é o povo"...
"Arquivo morto"
Cristiano Ribeiro de Sousa, o histórico Professor do Clube Recreativo da Praia da Leirosa
O chão de água frente à minha janela
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Falando com os meus botões...
Sacado daqui, com a devida e necessária vénia. |
A propósito de Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e a consciência cívica que ficou perdida no tempo e que tanta falta faz nos dias que passam na Figueira da Foz, interroguei-me: «como limpar os partidos dos ambiciosos que querem apenas promoção social e económica ?»
Estão com pressa de saber quem é figura expoente máximo representativa de um concelho atrasado, analfabeto político, provinciano e parolo, como a Figueira, a partir de Outubro de 2021?..
Tenham calma: aguardem pelos resultados das autárquicas.
Não vai ser difícil escolher...
Também na saúde...
Estado, a vaca leiteira dos privados:
«Das verbas públicas que financiam os cuidados de saúde, perto de 41% vão para os privados. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pelo Jornal de Negócios, são referentes a 2018. Todavia, não se desviam da análise feita pelo AbrilAbril, relativamente a 2017, na qual se confirmava que a fatia da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que tem ido parar às mãos dos privados, além de rondar os 40%, vinha subindo desde 2015.»