quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Silly season?..



A Figueira está tranquila... 
O presidente do executivo anda discretamente a governar. 
A oposição anda discretamente a opor-se... 
A comunicação social anda discretamente sem assunto que valha... 
(Se não fosse OUTRA MARGEM, como mataríamos o tédio na Figueira).
Ir a Quiaios ou a S. Pedro, e não ver o desleixo, é impossivel...
Via Diário as Beiras. Edição de 12 de Agosto de 2020, página 17.

Credo


Creio nos anjos que andam pelo mundo,

creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;

creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu futuro que houve dantes,

creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,

creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. Amém. 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

"Avante!: dez razões para a festa avançar"

Síntese do Henrique Raposo roubada descaradamente ao Expresso.  

Corre um espectro pelo país...

 Uma postagem a não perder: "Sinais de pânico".

A luta continua ...

(... em “legítima defesa” às constantes agressões da realidade medíocre e cinzenta que nos cerca, mas que não vai conseguir sufocar-me.

Jornalistas: cuidado...

Novo Banco e António Ramalho, certamente confortados com as garantias do Estado e o dinheiro dos contribuintes, já passaram às ameaças: 

«Autora de investigação sobre negócio do Novo Banco diz ser alvo de ameaças».

A construção costeira portuguesa revela desmazelo ou corrupção?

Via Público, 20 de Maio de 2016
«O fotógrafo Diogo Andrade percorreu toda a costa portuguesa, desde Caminha até Vila Real de Santo António, e trouxe consigo apenas os "postais feios". Construção sobre zonas protegidas ou de altura ilegal, indústria pesada instalada sobre os areais, vias de escoamento de resíduos a céu aberto, exemplos de planeamento urbanístico e paisagístico disfuncionais constam nas imagens do projecto que o fotógrafo ironicamente intitulou de O Jardim
A Póvoa de Varzim, a Figueira da Foz e a Quarteira foram as cidades que, devido à elevada extensão e densidade habitacionais, o impressionaram mais negativamente. "Em termos de poluição ambiental, a refinaria de Leça da Palmeira e o Porto de Leixões, bem como toda a área do porto de Sines e São Torpes, são zonas em que se sente uma brisa marítima 'diferente'", ironiza. "Tudo poderia ter sido feito com mais critério e, sobretudo, com mais pensamento estratégico." Diogo aponta o dedo ao turismo, "sem demonizar", como um dos principais responsáveis pela "intensa mudança da costa portuguesa" das últimas décadas, mas não isenta de culpa a população, que alimentou o forte desejo de "comprar ou arrendar uns metros quadrados à beira mar". "O Jardim não é um projecto de denúncia", elucida o fotógrafo, "mas sim de investigação sobre as escolhas erradas que foram feitas ao nível de desenvolvimento urbanístico e gestão do território, seja por parte do Estado, do poder local ou do cidadão individual"

Voando sobre o Cabedelo dos "nobres"...

Recuemos, uns dias. 
6 de Julho de 2020 
"Da minha, parte acabou", afirmou Carlos Monteiro. E acrescentou: "Se entretanto não saírem, no dia 1 de agosto, estão as máquinas a entrar [no parque de campismo para o demolirem]".

Teotónio Cavaco, hoje na sua habitual crónica das terças-feiras no Diário as Beiras
«o Cabedelo é um diamante por lapidar, o que pressupõe a possibilidade única e irrepetível de aperfeiçoar o espaço, dotando-o das condições que lhe permitam tornar-se efetivamente um produto turístico de excelência, mas também um risco, proporcional ao valor inicial acrescido do valor incorporado: o de estragar tudo;

porque é que o Município da Figueira da Foz, não tendo ganho na sua decisão de tomar posse administrativa do Parque, a 1 de agosto, não muda de atitude, encetando uma verdadeira política de auscultação dos envolvidos, para, a partir daí, e com o contributo da comunidade, construir um novo Cabedelo?»

E, entretanto, Aveiro "pula e avança"...

"Obras no Porto da Figueira da Foz terão financiamento em 2021, assegura o Governo"...

E obras em 2023?..

Fica a pergunta.

Entretanto, o assunto foi abordado ontem na reunião de câmara.

Seegundo o Diário as Beiras, edição de hoje.

"Custa-me a aceitar que o Porto da Figueira da Foz seja deixado para trás”, frisou o autarca Carlos Tenreiro. Miguel Babo entende mesmo que esta situação é inacreditável, lamentando que este conselho de administração não ajude o concelho. “O facto de não ser competente é muito grave”, frisou. Do lado do executivo, o presidente Carlos Monteiro tentou colocar alguma “água na fervura”, reconhecendo que o facto de haver um compromisso escrito de adiamento da obra para 2023 é um bom sinal. Quanto à perda de importância do porto, o presidente referiu que defendeu na Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra a duplicação da ligação ferroviária entre a Figueira e Coimbra e a necessidade de se continuar a investir naquela estrutura".

Carlos Monteiro, BRANQUEANDO, o que foi feito pelo governo. Recomendo OMO: lava mais branco...

Em 30 de Julho p.p. PSD Figueira exigiu a demissão imediata da administração portuária da Figueira da Foz.

Câmara vai ter de pagar 5 milhões pelo Paço de Maiorca

Via Diário de Coimbra

"Depois de ter perdido em primeira instância e no Tribunal da Relação, a Câmara Municipal da Figueira da Foz viu agora indeferido o recurso interposto ao Supremo Tribunal de Justiça. O processo vai transitar em julgado e a autarquia terá mesmo de pagar mais de 5,1 milhões de euros à massa insolvente da Paço de Maiorca (que tem no banco BPI um dos principais credores), por colocar termo ao projecto, não concluindo os trabalhos de empreitada, ficando por pagar, financiamento e trabalhos de construção."

Nota de Rodapé.
23 de Maio de 2019:
Presidente da câmara, há um mês no cargo, no Dez & 10 "falou sobre as obras, projectos e estratégia da autarquia"...
Três milhões para o Paço de Maiorca
 «“Em breve”, também deverá ser resolvido o dossiê do Paço de Maiorca. As obras de reconversão do imóvel histórico em unidade hoteleira de charme, ao abrigo de uma falhada parceria público-privada, encontram-se paradas há vários anos. A solução passa por a autarquia pagar três milhões de euros à banca, podendo ter de concluir o projecto, se não houver um privado interessado em fazer as obras e explorar o negócio. Sendo certo, contudo, que a actividade será concessionada a privados.»

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...

Viva a boa gastronomia devidamente regada com o mais tolerante sentido de humor!..

Waldemar Bastos uma voz do livre pensamento morreu hoje

O músico Waldemar Bastos, morreu esta segunda-feira de madrugada em Lisboa, vtima de cancro. 
As canções integraram a luta de resistência dos angolanos. Uma das mais emblemáticas é, sem dúvida, Velha Chica, composta por Valdemar Bastos, antes do 25 de Abril.  
Sou da idade de Waldemar Bastos. A Primeira Festa do “Avante!” realizou-se a 24, 25 e 26 de Setembro de 1976, na FIL, em Lisboa.
Em 1976, tínhamos ambos 22 anos. No dia 25 de Setembro de 1976, um sábado, cerca das 16 hora, ao deambular ao acaso pela Festa, ouço uma voz que desconhecia totalmente: era Waldemar Bastos, num dos palcos secundários da Festa. Aquele que viria a ser um dos mais consagrados artistas da lusofonia.
Apelidado de "Lenda Africana", Waldemar cantou uma Angola sem fronteiras. 
A música corria-lhe no sangue desde criança. Construiu pontes a partir de África, navegando pelo afropop, pelo fado e por influências brasileiras, numa sonoridade que abraçou toda a lusofonia. 
Tive a oportunidade de ouvi-lo, pela primeira vez, há 44 anos, naquele que passou a ser o maior evento cultural, artístico, político, de convívio e de confraternização, do país.
Tínhamos ambos 22 anos. 44 anos, depois Waldemar Bastos, uma voz activa contra as disparidades em Angola tendo mesmo escrito “Pra quê tanta dor/pra quê tanto ódio/… /Angola é tão grande/tão rica e tão linda/que dá para todos nós” na canção “Sofrimento”, de que dizem que tinha um feitio difícil, pois era directo e frontal, partiu deste mundo. 
Pugnou sempre por uma Angola na qual todos tivessem possibilidade de viver e de usufruir do país, o que não acontece. 
Foi sempre uma voz dissonante perante a má distribuição da riqueza. Daí não ser querido pelo poder. Mas era acarinhado pelo povo. 
Voltou várias vezes a Angola, sobretudo como artista. Sempre que tentava fazer algo, tudo lhe era impossibilitado. As vozes do livre pensamento são sempre incómodas para o poder. Sempre cantou e lutou pela liberdade. Considerava que também é obrigação do artista ser consciente. É preciso abrir as portas da liberdade, não só através da música como também com atitudes e comportamentos. 
Por norma, o poder não gosta dos artistas que são uma referência para o povo. Com a morte de Waldemar Bastos desapareceu alguém que tinha a consciência que a arte e o talento e a música podem dar alento e esperança. Desemprenhou essa misssão com humildade e competência.

Saldo continua a somar

 «Novo Banco vendeu GNB Vida com desconto de 70% “coberto” por ajuda do Estado».

BREVES: medidas de gestão a sério...

Via Diário as Beiras 
"Centro de Recolha Animal Municipal será instalado em Santana"...

«“O projecto está pronto e o espaço está definido. Estamos na fase de submeter o CRA a uma candidatura, o mais depressa possível”, afirmou o vereador Miguel Pereira ao DIÁRIO AS BEIRAS. A construção avançará “o mais breve possível”. »

"Adjudicação da requalificação do jardim"

«As obras, que poderão arrancar até ao final do corrente ano, foram lançadas a concurso público, o segundo, com uma base orçamental de 1,3 milhões de euros. 

As obras abrangem as ruas adjacentes, numa zona de ligação entre a Baixa da cidade e as Abadias. O jardim, por seu lado, terá um coreto, um novo parque infantil e um café com esplanada.»

Para mais tarde recordar: «A empreitada tem um prazo de execução de 12 meses.»

"Autarquia define normas para marchas populares"

«A Câmara Municipal da Figueira da Foz já defi niu as normas para a participação de grupos nas marchas populares de S. João de 2021

Este é também um dos assuntos da agenda da reunião de vereação, que se realiza hoje.

domingo, 9 de agosto de 2020

Lições do fascismo português: como casar uma professora do Ensino Primário

"No tempo do Salazar é que isto era um país às direitas. Literal e orgulhosamente. Reparem no exemplo das professoras do ensino primário que pretendiam casar, e que só precisavam de aprovação do pai, de um parecer positivo do director do distrito escolar e da autorização do Ministro da Educação Nacional. Nada mais."

"Números de consultas, operações e diagnósticos em atraso são arrepiantes"

«Números de consultas, operações e diagnósticos em atraso são arrepiantes. Miguel Guimarães, Bastonário dos Médicos, afirma que onda de calor não explica aumento da mortalidade e deixa o alerta: "este inverno não podemos voltar a deixar os doentes não Covid para trás».

Vasco Gonçalves

"Não podemos somar bondade aos homens bons. Não podemos acrescentar coragem aos heróis. Não podemos somar mais dor às prisões e torturas sofridas por Mandela ou Cunhal. Não podemos somar bravura desinteressada a um Salgueiro Maia.
Não podemos, não porque nos falte a boa-vontade… mas sim por falta de talento, ou de valor.
Vasco Gonçalves pertence a essa galeria de seres humanos a cujos nomes já nada se pode acrescentar. Porque já foram inventados todos os insultos que era possível ele ter sofrido… da mesma forma que, do outro lado da barricada, nos faltam as palavras para mais e melhor o honrarmos.

Durante um curto espaço no tempo, vislumbrámos a forma real da “utopia”. Conseguimos colocar legendas nos nossos sonhos. Conseguimos demonstrar que as utopias são apenas projectos por concretizar. Quase conseguimos ver a forma e sentir o sabor do futuro.
Pela primeira vez em muitas décadas, adormecíamos com a profunda convicção de que o dia seguinte ia ser melhor. Com vontade de acordar para esse dia. Com vontade de participar na sua construção e orgulho nas marcas que as nossas mão iam deixando. Com vamuelontade de fazer filhos que o vivessem. Tal era o efeito de ter no poder, pela primeira vez nas nossas vidas, um dos nossos. Um companheiro. Um amigo. Um camarada."

Samuel, via Cantigueiro

Vergonha, é termos de assistir impotentes à desgraça que nos está a afundar