domingo, 12 de julho de 2020

O povo da FIGUEIRA merece este PS...

RFM SOMNII Réveillon | 31 dezembro, 1 e 2 de janeiro

"O RFM SOMNII e a Câmara Municipal da Figueira da Foz juntaram-se para, na passagem para 2021, se voltarem a encontrar com os fãs d’O Maior Sunset de Sempre (e não só!), no RFM SOMNII Réveillon, uma festa de 3 dias que nasce da vontade do presidente da edilidade, Carlos Monteiro, e que procura restabelecer a normalidade da oferta cultural e de lazer na região.

Nos dias 31 de dezembro de 2020, 1 e 2 de janeiro de 2021, a Figueira da Foz será palco de uma festa que terá uma componente musical temática:
31 dezembro: Anos 90 até aos dias de hoje;
1 janeiro: Puro RFM SOMNII, nomes da vanguarda da música eletrónica;
2 janeiro: Mais comercial e apelativo, fecha o evento com um grande espectáculo."


O presidente MONTEIRO manda no PS. O PS manda na CÂMARA. A CÂMARA manda em todos os figueirenses. 
Quando a luta aquece o PS FIGUEIRA enlouquece.
A maioria dos figueirenses desistiu de pensar, para deixar-se manobrar por quem tem planos de dominação absoluta.
Está visto: cada um é para o que nasce. 
E o PS nasceu para isto: PARA DOMINAR ABSOLUTAMENTE A FIGUEIRA!

O estado a que a Figueira chegou!..

Cito a senhora vice presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz, ontem numa crónica no jornal Diário as Beiras.
«Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”

Cito Salgueiro Maia, na noite de 24 para 25 de Abril.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"

Continuando as citações, cito Carlos Ferreira: "A senhora vereadora não quer perceber que não se fala mal da Figueira, mas do estado a que a Figueira chegou. Não se trata da campanha mas de publicidade enganosa promovida pelo município."
Prosseguindo ainda com as citações, cito um leitor atento do OUTRA MARGEM
CeterisParibus disse...
"Mal da Figueira? Não, Senhora Vereadora. Fala-se sim do mal que se faz à Figueira. E nesta premissa, partilho da sua indignação.
E sim, há aspectos da "autarquia" que devem ser melhorados, nomeadamente a qualidade dos autarcas.
Quanto ao foro "próprio", releia o que escreveu, sopese-o com o direito à liberdade de expressão ( 37° da CRP ), e se entender emendar a mão, estou certo que ninguém lhe leva a mal."

A crise - esta crise - em que a Figueira já está mergulhada, começa a trazer à superfície aquilo que eu ando a denunciar há muitos anos: a Figueira tem um problema democrático
Os media que publicam coisas sobre a Figueira estão dominados ideologicamente e condicionados financeiramente.  Na Figueira, existe uma coisa terrível e que causa danos irreparáveis, que tem nome: chama-se ditadura da opinião
Sou do tempo em que os jornalistas andavam atrás das notícias e os leitores compravam jornais para saber as últimas.  Nesse tempo, a  televisão  e a rádio não faziam concorrência à imprensa. Ser jornalista era um orgulho. Os leitores eram fiéis aos títulos.
Hoje em dia, há quem pretenda culpar as novas tecnologias, a Internet e as redes sociais pela crise dos jornais. Discordo. Os jornais (e a comunicação social em geral) é que se foram  suicidando. Muitos jornalistas contribuíram para isso.  
Continua a haver bons jornalistas. Todavia, o sector ficou dominado por gente  sem escrúpulos,  que aproveitou o  jornalismo para se ligar com o poder político e económico.
Sempre existiu este tipo de jornalistas. Mas, há anos atrás, no meio  todos sabiam quem eles eram. Hoje em dia, é mais fácil aos jornalistas camuflarem essas ligações.

Concluíndo.
Os políticos gostam de órgãos de informação controlados.
Por isso, foi sem surpresa que li as palavras da senhora vice presidente da câmara municipal da Figueira da Foz.
Os políticos e alguns jornalistas não gostam de blogues e do facebook.
O que os políticos odeiam nos blogues e no facebook, não são os disparates que às vezes vemos. Não são esses, que os políticos mais temem. O que eles receiam mesmo é aquilo a que eles não estão nada habituados: a opinião livre. Que o cidadão comum faça chegar a sua opinião a outros cidadãos comuns, sem que essa opinião seja filtrada pelos assessores.

sábado, 11 de julho de 2020

Coisas do arco da velha (3)


Via DIÁRIO AS BEIRAS

CABEDELO: comunicado da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal

A FCMP - Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal tomou conhecimento, recentemente, da existência de um contrato de concessão celebrado em 2017 entre a APFF - Administração do Porto da Figueira da Foz e o MFF - Município da Figueira da Foz, pelo qual a APFF terá concedido ao MFF uma
parcela dominial para construção e manutenção de infraestruturas na designada Área de Recuperação Urbana do Cabedelo.
Em finais de 2019, a APFF notificou a FCMP da intenção de pôr termo à vigência do Alvará com base no qual esta Federação vem ocupando e utilizando o Parque de Campismo do Cabedelo, com vista à viabilização da referida intervenção do MFF nessa área, que, alegadamente, é incompatível com a manutenção do Parque de Campismo nesse local – pelo menos parcialmente.
A essa pretensão opôs-se, desde logo, a FCMP, invocando os direitos desta Federação e dos utentes instalados nesse Parque.
Posteriormente, o MFF, invocando direitos que alegadamente lhe haviam sido transmitidos por lei, notificou a FCMP de que deveria desocupar, com urgência, o Parque de Campismo.
Também neste caso, a FCMP opôs-se à pretensão do MFF invocando os direitos decorrentes do Alvará em vigor e o relevante interesse social na manutenção do Parque de Campismo em funcionamento.
No início de 2020, foi iniciado um processo de negociação entre o MFF e a FCMP, com vista à compatibilização da manutenção do Parque de Campismo no local onde se encontra instalado – embora com eventual ajustamento da área que ocupa – com a realização da intervenção pretendida pelo MFF.
Não obstante a situação de pandemia que vivemos, essas negociações prosseguiram e, definidas as posições de princípio de cada uma das partes (compatíveis com a manutenção do Parque de Campismo) foi proposta, pelo MFF, a realização de uma reunião entre o MFF e a FCMP com vista ao acerto de alguns pormenores que se encontravam ainda em aberto, sendo que a FCMP propôs que essa reunião se realizasse nos primeiros dias do corrente mês de julho.

Inesperadamente, em 19 de junho de 2020, o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz notificou a FCMP de que:
a) Decidiu fazer caducar o Alvará de exploração do Parque de Campismo com efeitos a partir de 31 de julho de 2020;
b) A FCMP deverá devolver nessa data ao MFF o parque de campismo que ocupa no Cabedelo;
c) No dia 1 de agosto de 2020 “o Município da Figueira da Foz tomará posse administrativa da parcela dominial, sita na Praia do Cabedelo, ocupada pela Federação”.

Esta decisão surpreendente, que parece pôr termo, abruptamente, ao processo negocial que se encontrava em fase de conclusão, constitui uma rutura arbitrária, desproporcionada e ilegal dessa negociação, em que a FCMP se encontrava empenhada de boa-fé, e faz lembrar um período da nossa história que julgávamos totalmente ultrapassado.
A FCMP, que é uma federação desportiva titular do estatuto de utilidade pública desportiva, vai recorrer, de imediato, à via judicial, através de ação e de providência cautelar, e lutará por todos os meios ao seu alcance na defesa dos seus direitos e dos direitos fundamentais dos utentes do parque, ao lazer, ao
desporto e à cultura, bem como do direito ao trabalho dos trabalhadores em serviço neste Parque.
No plano individual, cada um dos utentes deverá adotar a posição que considerar mais adequada.
Com os melhores cumprimentos,
O Presidente da FCMP
João Queiroz

Não é preciso tanto...

Imagem sacada daqui
Quem não apoia este executivo camarário, não é bom figueirense?
Sigo a actividade camarária, também, pelo facebook, pelos jornais e pelos blogues.
Escusada é tanta insistência dos comentadores amigos (colaboradores?, interessados?, facciosos?...), em desenvolverem o ponto de vista do poder.
Não é preciso tanto.
Em verdade vos digo: é tão ostensivo que nem sequer tem resultados. E, muito menos, vos fica bem.
Mas, isso, é convosco...

Campanhas (7)

"Não sou, nem de longe nem de perto, uma especialista em marketing e publicidade, mas sou, como todos nós, numa sociedade de consumo, uma interessada. Quando olho para uma campanha publicitária avalio-a de três formas distintas: a publicidade em que o produto é exatamente igual ao que é publicitado, a publicidade enganosa, onde se tenta vender “gato por lebre”, e a publicidade comparada, onde o produto vendido até pode ser razoável, mas não é o verdadeiro e acaba por ficar aquém das expectativas e, neste sentido, faço as primeiras questões: A Figueira ganha em ser comparada? Ou melhor, as comparações anunciadas dignificam o nosso concelho? Não se compara o que é original! A Figueira da Foz é um lugar, por si só, de uma beleza que poucos sítios do mundo se podem gloriar de tal facto. Além de que, são poucos os locais que recebem de uma forma tão afável como os figueirenses. Mas para receber bem é necessário cuidar e, neste ponto, deixamos muito a desejar. Porque se pegarmos na realidade “nua e crua”, a campanha atual está incompleta e, para se ser verdadeiro, o executivo da câmara devia acrescentar algo do género: “Além da beleza comparada a lugares do mundo como Havai, Florida, Vietname, Cabo Verde, Mónaco, Côte D’azur ou Copacabana, a Figueira tem muito mais para conhecer. Alugue um “todo o terreno” e embarque numa aventura! Assim que entra na cidade fica com a sensação que está nos subúrbios de Nova Iorque, mais à frente explore o centro e conheça a rua dos Combatentes da Grande Guerra fazendo lembrar uma picada africana. Deslocando-se para norte visite locais como a lagoa das Braças e da Vela e sinta-se junto a um espelho de água no meio do deserto, ou então relaxe nos bancos existentes na praia urbana fazendo lembrar o sol tórrido do Sahara. Para usufruir de um ar poluente como grandes cidades do oriente desloque-se ao lado sul do concelho ou então usufrua da serra da Boa Viagem digna de comparação com as densas montanhas de Mayombe. Conclusão: Apesar do “nosso cantinho” ser abençoado pela sua beleza natural, quem governa não se pode colocar à “sombra da bananeira” e tornar um produto de excelência numa publicidade que não corresponde à verdade."
Via Diário as Beiras

Campanhas (6)

"Do que mais me custa é ouvir figueirenses dizerem mal da Figueira. Não consigo compreender, mas talvez o problema seja meu, que não tive o privilégio de nascer na Figueira, mas tive o livre arbítrio para a escolher, para cá viver, e não lhe consigo ver defeitos. Quando constantemente dizemos mal do nosso concelho nas redes sociais, na comunicação social ou até num qualquer convívio na rua, realçando apenas as coisas que estão menos bem, corremos o risco de desvalorizar todo o nosso potencial económico. Pois, tal como dizia um velho anúncio, “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”. Como podemos querer ser um concelho atrativo para investimentos que criem novos postos de trabalho ou para novos jovens moradores que aumentem a natalidade, se os que cá moram os desmotivam a vir? Claro que há aspetos que poderiam funcionar melhor, quer na autarquia, quer noutros serviços públicos, quer nas empresas figueirenses, quer nos figueirenses, mas há locais próprios para reclamar ou para exercer o direito de cidadania e de liberdade de expressão, sem com isso prejudicar a imagem da nossa Figueira. A campanha em curso pretende mostrar o imenso valor da Figueira, tentando, antes de mais, que os próprios figueirenses sejam os seus primeiros embaixadores e, de seguida, revelar ao resto, utilizando, como estratégia de comunicação, a figura de estilo da comparação com os destinos que os portugueses normalmente escolhem quando passam férias no estrangeiro. Pois, na realidade, a Figueira tem uma diversidade de paisagens e características que não é usual encontrar num só município. Desde os campos de arroz, que fazem lembrar o oriente, às milenares salinas com os seus fl amingos residentes que trazem um exotismo único, à onda direita mais comprida da Europa, que pode atrair tantos surfi stas como o Havai, ou o famoso passeio junto à praia, com a Serra da Boa Viagem como pano de fundo, que sempre denominámos de calçadão, tal como o do Rio de Janeiro, ou ainda a maior praia do país só comparável aos intermináveis areais do nordeste brasileiro. E poderia continuar. Esta campanha ilustra que vale a pena viajar para a Figueira, pois o que quer que se procure encontra e em segurança."
Via Diário as Beiras

A crise agudiza-se (também) na imprensa: “A Voz da Figueira” ficou em silêncio"...

Via Diário as Beiras
"O semanário “A Voz da Figueira” já não está nas bancas, 67 anos depois da primeira edição. 
O fim do jornal lança para o desemprego três pessoas, duas administrativas e um jornalista."

Para quem acompanha de perto as fragilidades da comunicação social figueirense, nos últimos 40 e tal anos anos, isto não é novidade.  E a situação tem vindo a piorar, ano após ano. Fecho de jornais, despedimento de jornalistas, falta de estabilidade profissional, falta de liberdade, essa foi uma realidade que o próprio autor deste blogue foi acompanhando ao longo dos tempos...
Neste momento, os órgãos de comunicação que focam assuntos figueirenses sobrevivem com as redacções mais "magras", "leves" e "baratas", que é possível. A partir daqui, só se fizer comunicação social sem jornalistas. Crê-se, por isso, que "o pior já tenha passado".

Bom dia: viva quem canta







Mais perto a cadeia?..

Campanhas (5)

«Ir para fora cá dentro. Esta é a mensagem que imediatamente relevo no seio da nova campanha promocional do Município. Uma mensagem forte e arrojada, que coloca a Figueira da Foz lado a lado com alguns dos mais prestigiados destinos turísticos mundiais. Uma forma diferente de captar a atenção dos olhares menos atentos para o património único e diversifi cado que temos no nosso concelho. As comparações da Figueira da Foz com outras paragens do globo não são novidade, afi nal a Figueira da Foz já há muito que é apelidada da Biarritz portuguesa. Esta campanha leva esse imaginário um pouco mais longe, sendo que se enquadra perfeitamente num ano em que as visitas ao estrangeiro serão menos procuradas do que o normal. O nosso calçadão da Avenida é comparável ao de Copacabana? Em termos mediáticos, certamente não é. Porém, em termos práticos, só na temperatura encontramos diferenças de maior. Os nossos arrozais são comparáveis aos do Vietname? Certamente não são, mas encontramos ali um património único no território nacional, que não fi ca muito aquém (no essencial) ao sudoeste asiático. As nossas salinas são iguais às de Cabo Verde? Certamente não são, contudo, podemos aprender a arte milenar da produção de sal sem sair do país. A nossa Torre do Relógio é comparável ao Big Ben? Não é, nem nunca será. No entanto, não deixa de ser um marco, um verdadeiro ícone da Rainha das Praias. Esta campanha tem um propósito bastante claro e que se enquadra perfeitamente com a época que vivemos. Na verdade, eu perceciono esta campanha como uma ferramenta para que cada um de nós- fi gueirenses apaixonados pela sua terra - possa dizer a todos os que nos visitam “aqui, na Figueira temos tudo. Pode não ser igual ou tão mediático, mas não é preciso ir mais longe que a Figueira da Foz para usufruir da natureza dos arrozais, desfrutar da praia ou até mesmo para apreciar um tranquilo passeio à beira do Atlântico.”»
Via Diário as Beiras

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Coisas do arco da velha (2)

Coisas do arco da velha

Rua dos Combatentes da Grande Guerra, Figueira da Foz

Oficial...

Sérgio Figueiredo deixa direção de informação da TVI...

O jornalista estava no grupo Media Capital desde 2015 com responsabilidades na informação da TVI.
Sérgio Figueiredo deixa a partir desta sexta-feira (10 de julho) a direcção de informação da TVI, informou a estação em comunicado. "Pedro Pinto, actual Subdiretor de Informação, assumirá interinamente as funções até à nomeação de uma nova direcção".

"A TVI informa que Sérgio Figueiredo deixará de exercer as funções de Director de Informação da estação a partir de hoje. Sérgio Figueiredo juntou-se ao GMC em janeiro de 2015, tendo conduzido os principais Jornais, durante o período mais longo de liderança da TVI", informa a estação em comunicado enviado às redações.

Não foram adiantadas razões para a saída do profissional da liderança da informação do canal. A saída surge depois da polémica envolvendo a antiga jornalista da estação Ana Leal, que saiu em conflito com o diretor de informação.

Habituem-se!..

Na vista de olhos diária pela imprensa, gosto especialmente de passar os olhos pelas colunas de opinião de alguns cronistas. Uns, pelo gosto que me dá a leitura da prosa, mesmo que esteja em desacordo com o conteúdo muitas das vezes. 
Doutros,  discordo sempre. Por isso os leio, ainda com mais interesse e atenção, por serem o fermento que, diariamente,  me apura  aquilo que seria uma visão alternativa ao meu mundo.
A liberdade de expressão é, na liberdade, um dos direitos mais importantes que se tem.
Sem ela, nada mais existe. O meu entendimento de liberdade, de expressão e opinião, tem no centro o direito de os outros se exprimirem com toda a liberdade, mesmo que isso nos ofenda.
O direito de os outros dizerem aquilo que mais nos choca, tem de ser defendido por quem ama a liberdade.
Não há relativização possível para este critério. Isto, para quem ama a liberdade, é uma questão de vida ou de morte.
A liberdade é, por si própria, um bem inquestionável e a sua conquista um motivo de regozijo sem espaço para reticências. Não é uma matéria de direita ou de esquerda.
É um assunto transversal da sociedade.
A luta continua para quem tenta manter a lucidez.

O regime implantado no dia 28 de Maio de 1926,  começou precisamente por se justificar com a necessidade de combater a anarquia e de reprimir os anarquistas, que nessa altura se organizavam em torno da Confederação Geral do Trabalho. 
Hoje, é fácil perceber a natureza desse regime: na altura não o era.
Ontem, como hoje, cada um de nós tem que decidir individualmente se toma posição activa contra o que está a acontecer.
O tempo não está para brincadeiras. Os figueirenses estão fartos de partir cheios de esperança e passados 4 anos sobra desilusão. Pensando que estão a apostar numa vida melhor,  recebem no troco mais dificuldades.
Os políticos perderam a noção de que são eleitos para satisfazer as necessidades dos seus eleitores. Já nem ligam a isso: o que fazem, não sei se apenas por incompetência poliítica, é contribuir para degradar  a vida dos que neles confiam. 
Talvez por saberem, que na  votação a seguir vocês escolhem políticos cada vez piores.
Quem julgava ter-se livrado de Aguiar de Carvalho, teve Santana. Depois veio Duarte Silva e João Ataide. Agora tem ainda pior. Carlos Monteiro, é um susto que nem sequer vos fará sorrir.

PS e PSD recusam cortar apoio do Estado a campanhas e partidos

"PCP, PAN e IL querem reduzir para metade ou um décimo os subsídios públicos para despesas eleitorais e financiamento anual aos partidos. BE e CDS insistem no fim da isenção de IMI.

O PS e o PSD vão chumbar, nesta sexta-feira, as propostas dos partidos mais pequenos para que sejam reduzidas as subvenções estatais que pagam boa parte das despesas das campanhas eleitorais e financiam anualmente a actividade política dos partidos que elegem deputados à Assembleia da República."

Liberdade

— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pão de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.

— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.

Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.

(Miguel Torga, in 'Diário XII')