segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Estamos a viver um momento histórico: vai ser abatido o Freixo

Estou a acompanhar, em directo, a sessão camarária que se está a realizar neste momento na Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Em directo, fiquei a saber que o Freixo está condenado. A execução segue dentro de momentos... O início do abate da árvore está previsto para a próxima quarta-feira, por decisão do Senhor Dr. Carlos Monteiro, para dar tempo a que todos os vereadores leiam o relatório que condenou o Freixo. O Relatório só chegou aos vereadores hoje mesmo!..
Registe-se a coragem do executivo: tomou a decisão sozinho, abdicando de levar o assunto a votação. Mas, teria alternativa? Não seria uma violência democrática, obrigar a votar quem teve conhecimento dos dados para tomar uma decisão desta importância, momentos antes?
O Largo onde árvore vive há 300 anos, fala por si, sobre o cuidado com que a Figueira tem sido tratada por quem de direito, ao longo de décadas...
Há pouco mais de um ano, em Outubro de 2018, a Câmara ainda queria manter a árvore. Fica a pergunta: antes do Leslie o que foi feito por esta árvore?... E não foi por falta de alertas...
Em finais de janeiro de 2017, a delegada regional da Cultura esteve de visita à Igreja de Santo António e ouviu as «preocupações» do provedor da Misericórdia-Obra da Figueira, que tutela o monumento classificado como de interesse público. Joaquim de Sousa salientou na altura que da igreja têm «tomado conta», mantendo a sua preservação, até porque integra «uma das fachadas mais históricas da Figueira». Mas o “cerne da questão” está na zona envolvente: «o muro a cair», escadas que «são um perigo», o Freixo (a mais antiga árvore da cidade com 300 anos) «esquecido, com uma pernada que se cai é um perigo» e a «sujidade».
Para a requalificação do espaço, segundo o que disse aos jornalistas, Celeste Amaro, a directora regional de Cultura do Centro, durante a visita à instituição, «têm de ser compatibilizadas todas as vontades», ou seja, a vontade da instituição, da autarquia e daquela direção regional. Uma coisa é certa, concluiu: «como está, não pode continuar».
Joaquim de Sousa, provedor da Misericórdia Obra da Figueira, na oportunidade, revelou ainda que, em março de 2016, apresentou à vereadora Ana Carvalho um esboço das obras que defende que deviam ser feitas na zona protegida da igreja da Misericórdia, que abrange um raio de 50 metros, para corrigir a «asneira» da década de 1940, época em que foi reabilitado o espaço com uma solução arquitetónica desenquadrada do conjunto histórico. «Tal como está, não pode continuar», afirmou ainda o Provedor, que sublinhou a disponibilidade da Misericórdia para apoiar financeiramente a requalificação do espaço, como já fizera, aliás, no mandato autárquico do falecido presidente Duarte Silva, quando construiu um muro na rua do Hospital e cedeu uma área de terreno à câmara. A colaboração com a autarquia para a manutenção do largo, no entanto, durou até João Ataíde tomar posse, em 2009. «A primeira coisa que esta câmara fez foi meter uma placa de madeira para assinalar o que já estava assinalado, que entretanto já apodreceu, e duas mesas de madeira», afirmou Joaquim de Sousa aos jornalistas. 
«Perante isto», acrescentou: «retirámos o mobiliário que lá tínhamos e entregámos o largo aos intelectuais baratos».

O Dr. Carlos Monteiro garante que, neste momento, já não é possível haver outra solução: o Freixo tem mesmo de ser abatido.
Será que ao longo dos anos - não só nos últimos - foi feito o necessário para proteger esta árvore histórica? 
Se os custos não forem excessivos, um escultor perpetuará a "história do Freixo"...

Resta o "plano B"...

Imagem via Diário as Beiras

A barra da Figueira...

Via Diário de Coimbra

"Tomou posse há pouco mais de dois meses, já conhece “os cantos à casa” e assegura que a experiência na Figueira da Foz «está a ser fantástica». O novo comandante do porto da Figueira falou ao Diário de Coimbra sobre esta nova etapa da sua vida, ao serviço da Marinha."

Nota.
A barra da Figueira está assim por vontade dos homens.

domingo, 10 de novembro de 2019

Antes de votar, havia que pensar: agora, "a coisa está mais do que preta"...

Ao que parece, lá para sul, para a Marinha das Ondas, vão ter merda grossa, merda da boa, cagada pelos cagões de Lisboa.
É triste constatar que, maioritariamente,  vós, ao votar em 6 de Outubro passado, comprometeram um bocado, ao fazerem uma enorme cagada.

O resultado aí está: uma enorme borrada que, isso é certo e seguro, vai ainda prejudicar mais, o ar a respirar no futuro. Agora, ao que parece, já  é tarde. Vêm aí merda em quantidade, independentemente da questão da qualidade. Vão ter coisas esquisitas, que a malta não gosta, desde o cagalhão às caganitas, desde a poia, à grande bosta... 
Tinha de sobrar para nós, que não precisávamos de mais merda. 
Precisamos de outras coisas, de preferência úteis e bonitas… Por exemplo: de outras sanitas!
Apesar deste texto um tanto ou quanto brejeiro e brincalhão, o assunto é sério e está rodeado de algum mistério. Passo a palavra ao Manuel Cintrão.
"Como cidadão marinhense e à luz do meu direito inalienável que me assiste tive a honra de enviar, de acordo com a minha consciência e dever de cidadania, minha EXPOSIÇÃO/RECLAMAÇÃO/PARTICIPAÇÃO onde expresso e fundamento toda a minha total indignação e repúdio total contra local escolhido, vulgo «Pocilga do Carreira, no Canto das Rosas – Sampaio, Marinha das Ondas, para pretensa instalação do CIRV – Centro de valorização de Resíduos.
Faço-o, à luz do direito de participação Procedimental e de Acção Popular (Lei n.º 83/95, de 31 de Agosto), que permite a qualquer cidadão, independentemente de ter ou não interesse directo ou pessoal na matéria, participar em procedimentos administrativos ambientalmente relevantes, recorrer de actos administrativos lesivos do ambiente e ainda interpor acções para a defesa dos interesses tutelados pela lei (incluindo acções de responsabilidade).
Em face da dimensão processual, algo estranha, apresentei a minha EXPOSIÇÃO/RECLAMAÇÃO/PARTICIPAÇÃO, como cidadão indignado, perante os eventuais interesses difusos, decisões susceptíveis de produzir efeitos no ambiente e colocar em risco a saúde de pessoas e bens, o conhecido efeito dominó.
«In extremis», enviei a exposição/reclamação/participação com a esperança que se faça justiça, inequívoca, à luz dos direitos inalienáveis da população da freguesia de Marinha das Ondas.
Obviamente, não publicarei aqui o conteúdo da minha Exposição/Reclamação/Participação por ser extenso, nove páginas do tamanho A4.

Enviei para as seguintes Entidades, a saber:
1- Ministério do Ambiente – Ministro do Ambiente, Eng.º João Pedro Matos Fernandes.
2- Ministério do Ambiente – Secretária de Estado do Ambiente, Dra. Inês dos Santos Costa.
3- APA – Associação Portuguesa do Ambiente; Presidente Dr. Nuno Lacasta.
4– CCDRC – Presidente, Dra. Ana Maria Pereira Abrunhosa Trigueiros de Aragão.
5– Procuradoria-Geral da República - Procuradora Dra. Lucília Gago.
6 – Procuradoria-Geral da República – Chefe do Gabinete, Dr. Sérgio Pena.
7 – Provedor de Justiça - Provedora Dra.Maria Lúcia Amaral.
8 – Direcção-Geral de Saúde – Directora Dra. Graça Freitas.
9 – ERSAR – Entidade Reguladora de Serviços de Águas e de Resíduos – Conselho de Administração.
10 – Polícia Judiciária de Coimbra.
11 – Câmara Municipal da Figueira da Foz – Presidente, Dr. Carlos Monteiro.
12 – Assembleia Municipal da Figueira da Foz – Presidente, Sr. José Duarte Pereira.
13 – Junta de Freguesia de Marinha das Ondas – Presidente, Sr. Manuel Rodrigues Nada.
14 – Assembleia de Freguesia de Marinha das Ondas – Presidente, Manuel da Silva Caiano."

Comunicado Associação Goltz Carvalho

Via Figueira/TV

Informação – Declaração

"Face à forma torpe, distorcida e inverídica de notícia publicada no Jornal de Notícias, reproduzida por outro meios de comunicação social relativa à acusação proferida pelo DIAP de Coimbra a membros da Associação Goltz de Carvalho, a sua Direção vem informar e declara a todos os seus trabalhadores e utentes, que pese embora uma vasta e profunda investigação a toda a sua atividade no período de 2006 a 2017 – mais de 11 anos – não foi encontrado, o processo não revela e a acusação não evidencia, qualquer pagamento aos seus dirigentes relativo a despesas efetuadas com almoços ou jantares, uma única viagem ao estrangeiro, uma única ajuda de custo, uma simples compra de um artigo de uso pessoal ou despesas de representação, um contrato de fornecimento onde se revele “luvas”, um “saco azul”, uma gratificação ou prestação extraordinária a titulo de recompensa, um prémio seja por que resultado for, um abono de viagens, quaisquer pagamentos a titulo de horas extraordinárias ou de prestação de trabalho suplementar, em dias de feriado ou descanso semanal, pagamentos por trabalho noturno ou isenção de horário de trabalho, quaisquer outro tipo de despesas de representação ou encargos com a formação pessoal.
A Direção da Goltz de Carvalho, declara, reafirmando, que se mostra intransigente na defesa dos postos de trabalho dos seus funcionários, na preservação da imagem, bom nome e qualidade do serviço que vem prestando à comunidade em que se insere."

Buarcos, 09 de Novembro de 2019
A Direção

Dívidas de Municípios...

A dívida das autarquias voltou a cair no ano passado e atingiu o valor mais baixo em 10 anos. 
Mas que municípios têm mais dívida por pagar? E menos? Lisboa é a campeã do passivo com 443 milhões de euros por pagar. Já o município açoriano das está no extremo oposto da tabela, com um passivo exigível de 136 mil euros. 

A Figueira, com um de passivo 23 285 613,00 €, encontra-se no grupo de municípios com maior passivo exigível.

sábado, 9 de novembro de 2019

Pensavam que já tinham visto tudo?..

Texto da "Petição CONTINENTE na Figueira da Foz, para Grupo SONAE"!..

"Queremos que num sitio tão visitado e com tanto turismo como a Figueira da Foz, haja um estabelecimento CONTINENTE."

"Associação Goltz de Carvalho sob suspeita"

António João Paredes, presidente da Goltz de Carvalho
"... a acusação, que resulta de uma inspecção da Segurança Social, cujas suspeitas de ilegalidades foram comunicadas ao Ministério Público, envolve o presidente da instituição particular de solidariedade social, António João Paredes, o filho, David Paredes, e a mulher, Ana Rosa Paredes (elemento da direcção), Cláudia Silva, Ângela Grilo (também dirigentes da Goltz de Carvalho) e Francisca da Ressurreição.
A investigação da Polícia Judiciária concluiu,  segundo o “JN”, que aqueles suspeitos terão atribuído a si próprios pagamentos de 440 mil euros. Por outro lado, a direcção terá contratado David Paredes sem concurso e sem que o filho do presidente tivesse prestado trabalho efectivo.
António João Paredes afirmou que as acusações “são um absurdo e uma montanha de falsidades”. E acrescentou que “a direcção da Goltz de Carvalho vai emitir [no início da próxima semana] um comunicado oficial para desmontar essas falsidades que foram construídas ao longo de anos e que não conseguiram demonstrar absolutamente nada”.
“A Goltz incomodou e continua a incomodar, e o seu presidente ainda incomoda mais”, disse ainda o presidente da instituição."

Deixem os esqueletos em paz e no sítio: o "armário"... (II)

Imagem via Diário as Beiras
Rosário Águas, ex-vereadora do PSD na Câmara da Figueira da Foz, deputada à Assembleia da República e secretária da Estado, actual dirigente nacional do Aliança, passou na passada quarta-feira pelo Dez&10.
A dado passo da conversa com o entrevistador, mostrou-se “chocada” e “magoada” por não ter sido convidada para integrar a lista social-democrata que concorreu às Eleições Autárquicas de 2001.
Presumo que o "choque" e a "mágoa", lhe tenham passado há muito: isso permitiu-lhe ascender a lugares no governo e ser, neste momento, um quadro superior das Águas de Portugal.
Eu, no lugar da Senhora entrevistada pelo Jota Alves na passada quarta-feira, estaria eternamente grata a quem não a convidou em 2001 para integrar a lista de Duarte Silva.
Por outro lado, livrou-a da preocupação que, ao que foi dito na altura, constituíam os mais de sete milhões de euros que Santana Lopes deixou de dívida escondida e que outros tiveram de pagar!
Rosário Águas, e ainda bem, tem todos os motivos, para ter deixado de ser a "pessoa muito carrancuda que era, antes de vir para a política".
Ainda bem que Rosário Águas se "tornou mais humana"
Na Figueira, apesar de já terem passado alguns anos, ainda há quem recorde o que se passou com a empresa Alberto Gaspar. Ainda há quem “sinta uma revolta grande quando ouve falar da administração da Alberto Gaspar”.

Manuel é mesmo um "sem-abrigo"?

"Sem-abrigo 'herói' emocionado com onda solidária", titula o jornal.


A história de vida de Manuel Xavier, um herói depois de salvar o bebé que foi atirado para o lixo, dada a conhecer pelo Correio da Manhã, impressiona, porque é comum à de tantos portugueses que permanecem no anonimato.

Será Manuel um sem-abrigo?
"Foi obrigado a deixar o trabalho, na construção civil, devido a problemas graves na coluna". 
Portanto, este "cidadão não é nenhum sem-abrigo, é um sem-emprego e um sem SNS."
É, no fundo, um português igual a todos nós, os que não pertencemos a elites.  Na verdade, chegou a "um sem-abrigo", por antes ser "um sem SNS" e, por causa disso,"um sem-emprego"...
Vejamos, via Correio da Manhã.
Mais de um ano de espera para operação
Manuel Xavier arrisca-se a ficar mais de um ano à espera para ser sujeito a uma operação à coluna. Documentos a que o CM teve acesso provam que, na terça-feira, foram marcadas duas ressonâncias magnéticas, à coluna cervical, assim como à coluna lombar, para o dia 8 de setembro de 2020 (daqui a 10 meses), tendo em vista uma eventual operação à coluna no Hospital de São José, em Lisboa.
Depois, tendo por base que mais de 3 mil doentes não prioritários aguardam, em média, 184 dias por uma primeira consulta de Neurocirurgia naquele hospital, Manuel deverá ter de esperar mais meio ano.
Após confirmada a necessidade de ser operado, passará a engrossar a lista de mais de mil pessoas que aguardam, quase três meses, por uma cirurgia da especialidade. No total, entre exames, nova consulta e cirurgia, deverá esperar mais de um ano.
Tempo máximo de espera de 150 dias
O tempo máximo de respostas para uma primeira consulta de especialidade hospitalar, para um doente com prioridade "normal" referenciado pelo centro de saúde, é 150 dias.

270 dias são limite para cirurgias
270 dias seguidos é o tempo máximo, considerado clinicamente aceitável, para cirurgia programada, em casos de doentes com baixa prioridade.

Começou a trabalhar com apenas 13 anos
Manuel Xavier, de 44 anos, revelou no programa da CMTV, ‘Manhã CM’, toda a sua história. "Comecei a trabalhar muito cedo, aos 13 anos", contou. Foi casado cerca de 17 anos com a mãe do filho, de 16, e explicou que a relação terminou porque começou a ter problemas com o álcool. Manuel fez recuperação.

"A sentença será lida no próximo dia 29 de Novembro pelas 10 horas. Aguardemos..."

Imagem via Diário as Beiras

Como é que uma IPSS figueirense conseguiu arranjar tanto dinheiro?

Via Jornal de Notícias

«MP acusa dirigentes da Associação Goltz de Carvalho de desviarem 400 mil euros.
Membros de instituição da Figueira da Foz suspeitos de pagamentos ilícitos a si próprios e ao filho do presidente.

Seis dirigentes da Associação Goltz de Carvalho, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) da Figueira da Foz, e o filho de um deles acabam de ser acusados de peculato, participação económica em negócio e falsificação de documentos, por alegada apropriação ilícita de cerca de 440 mil euros. 
António João Paredes, presidente da IPSS e ex-dirigente local do PS, diz que "a acusação é um absurdo"

Nota marginal.
Quem, como o responsável por este espaço, passou vários anos pela Direcção de uma IPSS no concelho da Figueira, conhece as dificuldades financeiras que estas instituições enfrentam para cumprirem a sua importante missão ao serviço dos figueirenses, alguns deles pertencentes ao extracto social mais desfavorecido, no dia a dia. Sem pretender fazer qualquer juízo de valor sobre a acusação do MP (até porque o que tive oportunidade de ler sobre este assunto não o permite...) o estranho, a meu ver, é que a Goltz de Carvalho andasse de tal maneira a nadar em dinheiro, que permitisse um "desvio de 440 mil euros"!..

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Como é bom viver na Figueira, um concelho democrático e amigo do ambiente...

Da série De parque verde a retail park...
E quando as obras do Continente interferem com um Ribeiro público?
Ter o privilégio de morar numa cidade e num concelho como a Figueira, deveria constituir uma benção que os ingratos dos figueirenses, no geral, não sabem apreciar devidamente nem dão o justo valor. 
Eu, pecador me confesso.
A democracia figueirense está patente nos políticos eleitos democraticamente pelo povo. Eles, os políticos, tirando as excepções que confirmam a regra, são o espelho ambiental, social, cultural, intelectual e moral dos cidadãos que os elegeram e representam.

"Voaram" 48 mil euros em equipamento do IPO Coimbra

"O IPO de Coimbra confirmou, hoje, que foram furtados, da Consulta de Otorrinolaringologia e da Consulta de Cardiologia, equipamentos num valor global de 48 000 euros.
Segundo o Conselho de Administração do IPO de Coimbra, o furto ocorreu ontem (dia 07) e foram levados dois sistemas de aquisição e gravação de imagem, dois nasofibroscópios e uma sonda transesofágica.
O IPO refere que efectuou a participação da ocorrência às autoridades competentes e que está “salvaguardado o normal funcionamento dos serviços”.
O Conselho de Administração acrescenta, ainda, que deliberou abrir um processo de inquérito, para além da investigação que as autoridades estão a levar a efeito."

Para quando a reposição da verdade histórica?..

Deixem os esqueletos em paz e no sítio: o "armário"...


Via Dez & 10:
Por falar em Santana Lopes...
Pergunta do jornalista: "acha que ele vai voltar a ser candidato à Câmara da Figueira da Foz"...
Resposta de Rosário Águas, a entrevistada: "Eu gostava.. a Figueira está a precisar, está tristonha, a Figueira  está triste"... 
Reacção do jornalista: "mas, isto está ligado a festas, a alegria, (riso do jornalista...) disse que a Figueira está muito triste"...

Manuel, o sem abrigo que deixou de ser anónimo

Conforme pode ser lido, por exemplo no Diário de Notícias, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, encontrou-se ontem com o sem-abrigo que descobriu o recém-nascido na terça-feira num caixote do lixo, em Santa Apolónia, Lisboa.
"Venho agradecer-lhe", disse o chefe de Estado a Manuel, que vive na rua há cerca de dez meses, num momento filmado pela CMTV. "É um exemplo de humildade. É muito mais do que dizer que cumpriu a sua obrigação à sociedade: foi humanidade", disse Marcelo Rebelo de Sousa ao homem, acrescentando que aquilo que fez "não tem preço".
O Presidente da República fez questão de perguntar a Manuel o que sentiu quando encontrou o recém-nascido naquelas condições, tendo este admitido ter ficado muito abalado, revelando que gostaria que o bebé tivesse o nome do seu filho. "Devia ir visitá-lo ao hospital", desafiou Marcelo, que ao despedir-se disse ao sem-abrigo que "é uma joia de homem".
Imagem via Correio da Manhã
Manuel, era mais um anónimo sem-abrigo. Português, tem 44 anos, vive na rua há meses, porque lhe aconteceu o que pode acontecer a qualquer um de nós, que vive num País chamado Portugal em 2019:  deixou de trabalhar devido a um problema grave na coluna e aguarda os cuidados de saúde a que tem direito.
Por um acaso insólito e singular saiu do anonimato. 
Espero, que no meio de toda esta desgraça, alguma das individualidades que ficaram tão sensibilizadas com a nobreza do acto do Manuel, faça alguma coisa para que possa ter acesso, o mais rápido possível, a um direito que deveria ser naturalmente de todos e para todos: a saúde.
Isso, sim era importante: o resto foi show off para a televisão.

"Novo Banco vai pedir mais 700 milhões ao Fundo de Resolução"...