sábado, 9 de novembro de 2019

Deixem os esqueletos em paz e no sítio: o "armário"... (II)

Imagem via Diário as Beiras
Rosário Águas, ex-vereadora do PSD na Câmara da Figueira da Foz, deputada à Assembleia da República e secretária da Estado, actual dirigente nacional do Aliança, passou na passada quarta-feira pelo Dez&10.
A dado passo da conversa com o entrevistador, mostrou-se “chocada” e “magoada” por não ter sido convidada para integrar a lista social-democrata que concorreu às Eleições Autárquicas de 2001.
Presumo que o "choque" e a "mágoa", lhe tenham passado há muito: isso permitiu-lhe ascender a lugares no governo e ser, neste momento, um quadro superior das Águas de Portugal.
Eu, no lugar da Senhora entrevistada pelo Jota Alves na passada quarta-feira, estaria eternamente grata a quem não a convidou em 2001 para integrar a lista de Duarte Silva.
Por outro lado, livrou-a da preocupação que, ao que foi dito na altura, constituíam os mais de sete milhões de euros que Santana Lopes deixou de dívida escondida e que outros tiveram de pagar!
Rosário Águas, e ainda bem, tem todos os motivos, para ter deixado de ser a "pessoa muito carrancuda que era, antes de vir para a política".
Ainda bem que Rosário Águas se "tornou mais humana"
Na Figueira, apesar de já terem passado alguns anos, ainda há quem recorde o que se passou com a empresa Alberto Gaspar. Ainda há quem “sinta uma revolta grande quando ouve falar da administração da Alberto Gaspar”.

Manuel é mesmo um "sem-abrigo"?

"Sem-abrigo 'herói' emocionado com onda solidária", titula o jornal.


A história de vida de Manuel Xavier, um herói depois de salvar o bebé que foi atirado para o lixo, dada a conhecer pelo Correio da Manhã, impressiona, porque é comum à de tantos portugueses que permanecem no anonimato.

Será Manuel um sem-abrigo?
"Foi obrigado a deixar o trabalho, na construção civil, devido a problemas graves na coluna". 
Portanto, este "cidadão não é nenhum sem-abrigo, é um sem-emprego e um sem SNS."
É, no fundo, um português igual a todos nós, os que não pertencemos a elites.  Na verdade, chegou a "um sem-abrigo", por antes ser "um sem SNS" e, por causa disso,"um sem-emprego"...
Vejamos, via Correio da Manhã.
Mais de um ano de espera para operação
Manuel Xavier arrisca-se a ficar mais de um ano à espera para ser sujeito a uma operação à coluna. Documentos a que o CM teve acesso provam que, na terça-feira, foram marcadas duas ressonâncias magnéticas, à coluna cervical, assim como à coluna lombar, para o dia 8 de setembro de 2020 (daqui a 10 meses), tendo em vista uma eventual operação à coluna no Hospital de São José, em Lisboa.
Depois, tendo por base que mais de 3 mil doentes não prioritários aguardam, em média, 184 dias por uma primeira consulta de Neurocirurgia naquele hospital, Manuel deverá ter de esperar mais meio ano.
Após confirmada a necessidade de ser operado, passará a engrossar a lista de mais de mil pessoas que aguardam, quase três meses, por uma cirurgia da especialidade. No total, entre exames, nova consulta e cirurgia, deverá esperar mais de um ano.
Tempo máximo de espera de 150 dias
O tempo máximo de respostas para uma primeira consulta de especialidade hospitalar, para um doente com prioridade "normal" referenciado pelo centro de saúde, é 150 dias.

270 dias são limite para cirurgias
270 dias seguidos é o tempo máximo, considerado clinicamente aceitável, para cirurgia programada, em casos de doentes com baixa prioridade.

Começou a trabalhar com apenas 13 anos
Manuel Xavier, de 44 anos, revelou no programa da CMTV, ‘Manhã CM’, toda a sua história. "Comecei a trabalhar muito cedo, aos 13 anos", contou. Foi casado cerca de 17 anos com a mãe do filho, de 16, e explicou que a relação terminou porque começou a ter problemas com o álcool. Manuel fez recuperação.

"A sentença será lida no próximo dia 29 de Novembro pelas 10 horas. Aguardemos..."

Imagem via Diário as Beiras

Como é que uma IPSS figueirense conseguiu arranjar tanto dinheiro?

Via Jornal de Notícias

«MP acusa dirigentes da Associação Goltz de Carvalho de desviarem 400 mil euros.
Membros de instituição da Figueira da Foz suspeitos de pagamentos ilícitos a si próprios e ao filho do presidente.

Seis dirigentes da Associação Goltz de Carvalho, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) da Figueira da Foz, e o filho de um deles acabam de ser acusados de peculato, participação económica em negócio e falsificação de documentos, por alegada apropriação ilícita de cerca de 440 mil euros. 
António João Paredes, presidente da IPSS e ex-dirigente local do PS, diz que "a acusação é um absurdo"

Nota marginal.
Quem, como o responsável por este espaço, passou vários anos pela Direcção de uma IPSS no concelho da Figueira, conhece as dificuldades financeiras que estas instituições enfrentam para cumprirem a sua importante missão ao serviço dos figueirenses, alguns deles pertencentes ao extracto social mais desfavorecido, no dia a dia. Sem pretender fazer qualquer juízo de valor sobre a acusação do MP (até porque o que tive oportunidade de ler sobre este assunto não o permite...) o estranho, a meu ver, é que a Goltz de Carvalho andasse de tal maneira a nadar em dinheiro, que permitisse um "desvio de 440 mil euros"!..

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Como é bom viver na Figueira, um concelho democrático e amigo do ambiente...

Da série De parque verde a retail park...
E quando as obras do Continente interferem com um Ribeiro público?
Ter o privilégio de morar numa cidade e num concelho como a Figueira, deveria constituir uma benção que os ingratos dos figueirenses, no geral, não sabem apreciar devidamente nem dão o justo valor. 
Eu, pecador me confesso.
A democracia figueirense está patente nos políticos eleitos democraticamente pelo povo. Eles, os políticos, tirando as excepções que confirmam a regra, são o espelho ambiental, social, cultural, intelectual e moral dos cidadãos que os elegeram e representam.

"Voaram" 48 mil euros em equipamento do IPO Coimbra

"O IPO de Coimbra confirmou, hoje, que foram furtados, da Consulta de Otorrinolaringologia e da Consulta de Cardiologia, equipamentos num valor global de 48 000 euros.
Segundo o Conselho de Administração do IPO de Coimbra, o furto ocorreu ontem (dia 07) e foram levados dois sistemas de aquisição e gravação de imagem, dois nasofibroscópios e uma sonda transesofágica.
O IPO refere que efectuou a participação da ocorrência às autoridades competentes e que está “salvaguardado o normal funcionamento dos serviços”.
O Conselho de Administração acrescenta, ainda, que deliberou abrir um processo de inquérito, para além da investigação que as autoridades estão a levar a efeito."

Para quando a reposição da verdade histórica?..

Deixem os esqueletos em paz e no sítio: o "armário"...


Via Dez & 10:
Por falar em Santana Lopes...
Pergunta do jornalista: "acha que ele vai voltar a ser candidato à Câmara da Figueira da Foz"...
Resposta de Rosário Águas, a entrevistada: "Eu gostava.. a Figueira está a precisar, está tristonha, a Figueira  está triste"... 
Reacção do jornalista: "mas, isto está ligado a festas, a alegria, (riso do jornalista...) disse que a Figueira está muito triste"...

Manuel, o sem abrigo que deixou de ser anónimo

Conforme pode ser lido, por exemplo no Diário de Notícias, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, encontrou-se ontem com o sem-abrigo que descobriu o recém-nascido na terça-feira num caixote do lixo, em Santa Apolónia, Lisboa.
"Venho agradecer-lhe", disse o chefe de Estado a Manuel, que vive na rua há cerca de dez meses, num momento filmado pela CMTV. "É um exemplo de humildade. É muito mais do que dizer que cumpriu a sua obrigação à sociedade: foi humanidade", disse Marcelo Rebelo de Sousa ao homem, acrescentando que aquilo que fez "não tem preço".
O Presidente da República fez questão de perguntar a Manuel o que sentiu quando encontrou o recém-nascido naquelas condições, tendo este admitido ter ficado muito abalado, revelando que gostaria que o bebé tivesse o nome do seu filho. "Devia ir visitá-lo ao hospital", desafiou Marcelo, que ao despedir-se disse ao sem-abrigo que "é uma joia de homem".
Imagem via Correio da Manhã
Manuel, era mais um anónimo sem-abrigo. Português, tem 44 anos, vive na rua há meses, porque lhe aconteceu o que pode acontecer a qualquer um de nós, que vive num País chamado Portugal em 2019:  deixou de trabalhar devido a um problema grave na coluna e aguarda os cuidados de saúde a que tem direito.
Por um acaso insólito e singular saiu do anonimato. 
Espero, que no meio de toda esta desgraça, alguma das individualidades que ficaram tão sensibilizadas com a nobreza do acto do Manuel, faça alguma coisa para que possa ter acesso, o mais rápido possível, a um direito que deveria ser naturalmente de todos e para todos: a saúde.
Isso, sim era importante: o resto foi show off para a televisão.

"Novo Banco vai pedir mais 700 milhões ao Fundo de Resolução"...

"Timor-Leste tenta travar processo de insolvência dos Estaleiros da Figueira da Foz"...

E Odemira aqui tão perto

Os contentores de Odemira

Helena Roseta, via jornal Público

«A Resolução do Conselho de Ministros 179/2019, de 24 de Outubro, eufemisticamente intitulada “Regime especial e transitório aplicável ao Aproveitamento Hidroagrícola do Mira” e noticiada há dias neste jornal, é uma violação grosseira do direito à habitação consagrado na nossa Constituição e na Lei 83/2019 – Lei de Bases da Habitação.

Trata-se de legalizar, durante dez anos, a instalação de contentores no perímetro de rega de Mira, que abrange os concelhos de Odemira e Aljezur, para alojar em condições precárias 400 trabalhadores migrantes, longe das aldeias, com deficiente abastecimento de água e sem direito a espaço público. (…)

De facto, a Resolução exige um afastamento mínimo de 1 km dos aglomerados urbanos existentes, como se estivéssemos a alojar gente cujo contributo para a vida local não se pretende nem deseja. O direito à habitação, segundo a lei de bases, inclui o direito ao “habitat”, mesmo que se trate de “habitat” rural. A Resolução ignora olimpicamente essa exigência, que implica acesso a transportes e a equipamentos colectivos, nomeadamente serviços de saúde e apoio educativo e social. Será que se presume que todos estes trabalhadores não têm família, nem vida conjugal, nem crianças? Que não precisam de abastecimento comercial para o seu dia-a-dia? Que não podem conviver com as gentes das terras que os acolhem?»

Marcelo e Costa na Web Summit

Imagem sacada daqui
Marcelo Rebelo de Sousa, delirante no final da WebSummit: "Lisboa e Portugal tornaram-se na cidade e país chave da revolução tecnológica (...). Uns negaram a realidade, nós antecipámo-la (...) somos imparáveis".

"António Costa, artista da rádio e da televisão, a enaltecer os méritos e a virtude de trabalhar de borla... err... do voluntariado e a dar como exemplo o ministro da educação na Expo 98 e os milhões que gera para os bolsos do Cosgrave, do Covões, do Montez, e da Medina filha, as outras Expos privadas desta vida. Muito bom. Trabalhar de borla. Um gajo de esquerda. Que se diz de esquerda. Não lhe ocorreu dar a Festa do Avante! como exemplo. Fica para a próxima. E os estagiários, uns porque estão habituados ao "voluntariado", outros porque estão habituados a deixar o cérebro em casa, caladinhos de microfone esticado e sorriso imbecil na cara. Ser de esquerda dá trabalho."

Nota marginal.
Via Luís Osório
"Web Summit
Gente agitadinha que me dá sono

1.
Faltam poucas horas para se iniciar mais uma edição da Web Summit. Ao que parece todos os bilhetes (caros e baratos) foram vendidos. Muitas centenas de empreendedores de todo o mundo chegarão a Lisboa com ideias, cartões de visita e ambição. E muitas centenas de portugueses lá estarão também.
2.
Encontramos na Web Summit gente interessante, ideias novas e originais caminhos. Mas a Web Summit não celebra, ao contrário do que se pensa e diz, um mundo novo, o que celebra é o mais velho pecado humano: o da ambição. Fechar negócios, ser visto, entregar o cartão às pessoas certas.
3.
E ser aos olhos dos outros o que os outros esperam que se seja. Afirmativo, otimista, comunicador, global e vendedor (na maior parte dos casos de banha da cobra). Uma feira de gente adaptada a este tempo e que, na maior parte dos casos, se está a borrifar para o mundo. O que os atrai são os casos de sucesso, pessoas comuns transformadas em bilionários, o que os comove é a boa vida, o sucesso, as cotações de bolsa, os IPO’s.
4.
O que celebramos na Web Summit é também a tragédia de um tempo em que os problemas reais de milhões de pessoas são secundarizados face ao progresso do virtual e do advento de novos génios parecidos uns com os outros. Muito engraçados. Muito vivos. Muito egocêntricos. Muito cosmopolitas. Muito bem-postos, cheirosos e persuasivos. Muito high tech, muito crowdfunding, muito pitch, muito fablab, muito hub, muito kickstarter, muito tec labs, yield e zeal. E muito networking, o mais importante de tudo.
5.
Muito bom para Portugal ter a Web Summit. Mas não me peçam para glorificar um mundo que é feito do que parece. Gente muito agitadinha que me dá sono e vontade de não conhecer mais ninguém."

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Mas alguém pediu a minha opinião?

"PORTUGUESES SÃO DOS EUROPEUS MENOS SATISFEITOS COM A SUA VIDA".

Isto é uma vergonha num país europeu

Bebé nasceu com cuidados prestados pela Cruz Vermelha – Figueira da Foz

"Esta madrugada elementos da Delegação da Figueira da Foz da Cruz Vermelha Portuguesa deslocaram-se à Quinta do Paço, freguesia de Tavarede, para apoio a uma grávida.
Cerca das 4h20, a tripulação composta por Fábio Florêncio e José Duarte, pelas condições encontradas, procederam na ambulância INEM ao parto da criança, sem complicações. Os Técnicos de Ambulância de Socorro, solicitaram presença médica ao INEM, que fez deslocar ao locar a VMER do Hospital Distrital da Figueira da Foz, para o restante apoio.
Mãe e criança foram posteriormente transportadas à Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, igualmente pela equipa da CVP da Figueira da Foz."


Nota marginal:
Senhora Ministra da Saúde: se  todas as maternidades com menos de 1500 partos constituíam um risco para a saúde pública, então terá que levar esta ideia até às suas últimas consequências:
1. os partos em casa e nas ambulâncias têm de ser proibidos;
2. todas as clínicas privadas com menos de 1500 partos/ano também têm de ser encerradas.

Na sequência dos Diálogos ComSentidos...

Imagem Diário as Beiras, via António Carraco dos Reis

Por onde tem andado a ACIFF?

Imagem via Diário as Beiras

Jardim de Natal 2019: só agora?..