segunda-feira, 17 de junho de 2019

Depois da agitação de sábado...

A COMUNICAÇÃO (OU A FALTA DELA)

"Se há atividade em que a comunicação é imprescindível, a política é sem dúvida a que mais se destaca. A sua prática exige o maior grau de transparência possível de modo a que o cidadão seja prementemente informado dos projetos em curso, das respetivas cronologias ou das alterações que, por via de razões inopinadas possam ocorrer.
Diria até que os cidadãos, sobretudo os que possam vir a ser mais afetados pelas intervenções no espaço público, devem ter a possibilidade de intervir a montante das decisões, de modo a que as suas opiniões, depois de devidamente ponderadas e estudadas, possam ajudar a construir as melhores soluções e sejam eles próprios também cúmplices e responsáveis pelos projetos a praticar no território.
Caso surjam razões imponderáveis ou que tenham escapado aos projetistas, e que impliquem alterações na cronologia dos trabalhos, o primeiro passo é informar os cidadãos, principalmente os mais afetados.
A participação pública no planeamento só é legalmente exigida nos instrumentos de gestão territorial, o que não inclui o importante Plano Estratégico ou as intervenções avulsas como é o caso das ORU’s em curso (Buarcos, Zona das praças antigas, Cabedelo e a intervenção minimalista em Tavarede). Tal não impede, porém, prever mecanismos de auscultação da opinião pública.
Olhemos para a precipitada e ineficaz intervenção na praia da Figueira (que já teve um “Anel das Artes” e agora parece que não vai ter, mas tem mesas fixas para fritar ao sol ou passadiços cuja fruição dispensa a visão do mar).
A lição a retirar é a de que não é recomendável intervir com projetos avulsos em partes da cidade sem considerar a cidade como um todo que será afetado por um mau projeto.
Proceder a intervenções no espaço público vai muito para além da vontade de uma maioria cujo poder está concentrado no Presidente da Câmara.
Comunicação e transparência são condições fundamentais para fazer o melhor possível, considerando a perspetiva intergeracional. Gerir um Município é isso mesmo, praticar gestão. A política, tal como se entende hoje, deverá ficar para as campanhas eleitorais e dentro do período legal."


VIA Daniel Santos

Estudem...

Para ler melhor, clicar na imagem.

domingo, 16 de junho de 2019

Todas as boas histórias da preservação das espécies começam assim. E esta, a da sardinha, vai ser muito boa...


A Ministra do Mar admitiu ontem ao Diário de Coimbra, que a quota da sardinha «possa aumentar ligeiramente», ainda este ano. Falando à margem da visita que ontem efectuou, com outros elementos do Governo, à Cova-Gala, Ana Paula Vitorino realçou que, «face aos recursos que existem, os pescadores têm a capacidade de pesca que foi possível», referindo-se à imposição a Portugal e Espanha, de apenas poderem pescar este ano 10.800 toneladas de sardinha. «Temos preocupações de sustentabilidade da pesca e da sardinha, mas também temos que nos preocupar com a sustentabilidade do nosso mar», sustentou, acrescentando que «o combate às alterações climáticas passa também por combater aquilo que é a degradação dos nossos stocks. Agora já temos indícios de que está a melhorar, muito ligeiramente e pode acontecer que ainda mesmo este ano, possamos aumentar ligeiramente».

Recuemos ao mês de maio. Na segunda reunião de câmara realizada no mês de maio passado, Ricardo Silva, vereador PSD, foi acusado de cigarra pelo presidente Monteiro. Carlos Monteiro disse que Ricardo Silva estava desfasado. Não era essa ideia dos armadores figueirenses.
Todavia, segundo o que se pode ler na edição de 4 do corrente do Diário as Beiras, afinal os armadores sempre querem o aumento da quota...
Na Figueira, a pesca da sardinha tem um elevado impactoa nível económico, cultural e social, apesar das dificuldades acrescidas  para a pesca, que resultaram do acrescento dos 400 metros do molhe norte. Os pescadores defendem um aumento para, no mínimo, de 16 mil toneladas, sem colocar em risco os stocks
. Agora, ao que parece, a Ministra do Mar vem ao encontro das pretensões dos armadores. Em tempo de pré-campanha eleitoral tudo dá jeito: a sardinha, a cigarra a formiga, o by pass...

PÂNTANO: há palavras e imagens que nos perseguem toda a vida...


“O nosso planeta está a afundar-se” é o título. A imagem é de António Guterres, secretário-geral da ONU, vestido de fato e gravata, com ar carregado e água pelos joelhos. Eis a mais recente capa da revista norte-americana Time, dedicada ao tema do combate contra as alterações climáticas — “a batalha das nossas vidas”, como diz Guterres àquela revista, que tem servido de bandeira ao mandato do ex-primeiro-ministro português na ONU.

Vamos todos protagonizar uma história de superação?..

"Os ministros do Ambiente e do Mar, acompanhados por diversos secretários de Estado, directores da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), entre muitos outros, visitaram ontem a intervenção que está a decorrer na Cova-Gala, de reforço dunar, a “prova” de «um novo olhar sobre o litoral», disse já no Portinho da Gala, João Pedro Matos Fernandes, salientando que «já não se resolvem os problemas, despejando pedra no areal. É um disparate». O governante enalteceu a “parceria” entre ministérios, Administração do porto, Câmara e APA, recordou que apenas utilizaram «engenharia natural» e que a seguir «virá o bypass». Uma solução que o ministro quer que seja «estudada e avaliada», por não ter a certeza que funcione."
Via Diário de Coimbra
Hoje, não me apetece escrever sobre o dia da criança. Nem sobre o calor. Nem sobre o belo dia de praia que deve vir a estar. Nem sobre nenhum tema quente e indignado. Nem fazer piadolas. Ou mandar bocas azedas. Nem sobre as minhas memórias avulsas, que a pouca gente interessarão. Nem sobre o "bypass", a tal  "solução mecânica que nunca foi tentada em Portugal e tem, naturalmente, de ser bem avaliada" antes de se avançar para a sua eventual aplicação, conforme disse João Matos Fernandes, no final de uma visita aos trabalhos de reforço dunar na praia da Cova Gala.
Fica então a pergunta do ministro: "pode ser o «bypass» uma boa solução?"
Hoje, apetecia-me escrever sobre o nada do silêncio da aldeia. Sobre os meus dias de insignificância morna. Sobre velhos e gente sem dentes. Sobre gente que diz "a gente" e "o comer". Sobre o que não interessa a ninguém e que durante tanto tempo apenas me interessou e preocupou a mim e a mais alguns.  Poucos. Muito poucos.

Mas, não vos vou maçar. Apenas escreverei, mais uma vez, que a erosão costeira a sul do estuário do Mondego é um problema, é uma necessidade de primeira ordem. Tanto assim é, que os ministros, de vez em quando, passam por cá. E ainda bem.
Vamos então estudar, sem demagogia nem eleitoralismos?

No fundo, no fundo, cada um à sua maneira, podemos ser todos histórias de superação de alguma coisa.
Vamos a isso?

Nada de novo: o fenónemo é conhecido...


Via Paulo Morais. Para ver melhor, clicar na imagem.
Legislar não basta para combater a corrupção.
O problema do combate à corrupção política em Portugal não é simplesmente legislativo, mas de convicção e de ética! Hoje, Portugal dispõe dos mesmos instrumentos de combate existentes noutras democracias Europeias.
Todavia, demonstra-se incapaz de conter a vaga de escândalos que têm envolvido a classe política e os partidos desde os finais de 80. 
António Costa já percebeu que o tema pode pegar e fez o que os políticos habitualmente têm feito nesta matéria: prometeu qualquer coisa. Desta vez, veio dizer que, na próxima legislatura, combater a corrupção será uma prioridade
É espantosa esta declaração
Ela tem implícito o reconhecimento de que o partido que viu ser preso um antigo líder, que enfrenta um dos mais graves processos judiciais de toda a história de Portugal, que continua a ter autarcas, deputados, ex-ministros e ex -secretários de Estado envolvidos em investigações, não fez do combate à corrupção uma das suas principais prioridades.

sábado, 15 de junho de 2019

"... ambiente é valorização do território, progresso e criação de riqueza"...

"O ambiente serve como propaganda, umas fotos com os jovens preocupados com as alterações climáticas, uma bicicletada e um passeio pela “cidade saudável” ao qual a oposição adiciona o folclore do acesso à Serra.
O presidente Carlos Monteiro ainda não percebeu, ou não quer perceber porque lhe custaria votos do “centrão” mais conservador, que o ambiente é valorização do território, progresso e criação de riqueza. E por isso terá que estar no centro das decisões, contrariando hábitos instalados, um corpo técnico calcificado e a incapacidade de sair da mediania regional."
"Ambiente", uma crónica de João Vaz que pode ser lida na totalidade no Diário as Beiras.

Sabemos que isto é agitação e propaganda, mas gostamos de ouvir o senhor ministro...



Muito bem. Estudem uma vez por todas o by pass.

Quinto molhe, ontem à noite...

Marinha da Gala, actualmente em recuperação...

Imagem sacada daqui

sexta-feira, 14 de junho de 2019

“São as pessoas a razão de ser do nosso envolvimento cívico”...

Até para o carnaval?...

Álvaro Amaro toma posse como eurodeputado no dia 2 de julho

Álvaro Amaro arguido noutro processo além da Operação Rota Final 

Ex-presidente da Câmara da Guarda é suspeito de participar num plano para obter fundos comunitários para financiamento de uma festa de Carnaval em 2014, juntamente com outros autarcas do PSD. MP propõe perda de mandato.

E os filhos dos outros são filhos de quem?..

"Funcionários públicos vão poder faltar para acompanhar filhos no primeiro dia de escola"...

A medida abrange todos os trabalhadores da administração pública central, regional e local, com vínculo de emprego público, mas só se aplica até os filhos atingirem os 12 anos de idade.

O secretário de estado do ambiente e a erosão costeira a sul do quinto milhe...

"A secretária de Estado do Território e da Conservação da Natureza revelou esta quarta-feira que a linha de costa portuguesa perdeu 100 hectares nos últimos nove anos, uma conclusão do Programa de Monitorização da Faixa Costeira de Portugal (COSMO).".
Um dos exemplos mencionados pela governante foi as praias a sul da Cova-Gala, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, onde “se mediu um recuo na ordem dos 50 metros entre 2010 e Fevereiro de 2019”.

Mas, recordemos... 
Recuemos a 24 de Novembro de 2014.

João Ataíde, actual secretário de estado ambiente, na altura presidente da câmara da Figueira,conforme se pode ler, manifestou, na reunião do executivo, a sua preocupação em relação ao relatório efectuado pelo grupo de trabalho (composto por peritos em erosão costeira), que analisou a situação da costa portuguesa depois das intempéries do início desse ano de 2014, que causaram prejuízos elevados em várias regiões, nomeadamente no concelho da Figueira, especialmente a sul desta nossa barra, «por poder colocar em causa a viabilidade do porto comercial».

Registe-se a preocupação do presidente Ataíde de 24 de Novembro de 2014. Vocês vão ver, escrevi eu na altura, que um dia, a preocupação ainda vão ser as pessoas...

Espero que seja isso que está acontecer. 
Amanhã, sábado, dia 15, o ministro do Ambiente e da Transição Energética e a ministra do Mar, visitam o 5.º esporão na Praia da Cova Gala, freguesia de S. Pedro.

Tal como o velho e experiente Manuel Luís Pata, pergunto-me... 
"Quantos falam do mar, sem o conhecer?"


Caldeirada 2019

“O Festival Gastronómico da Caldeirada é da maior relevância para a promoção da Figueira da Foz." Carlos Monteiro, presidente da câmara. Via Diário as Beiras.

Ministro do Ambiente e da Transição Energética e ministra do Mar visitam o quinto molhe



No próximo sábado, dia 15, o ministro do Ambiente e da Transição Energética e a ministra do Mar, visitam o 5.º esporão na Praia da Cova Gala, freguesia de S. Pedro.
O programa inicia-se às 10h00 junto ao reforço dunar na Cova-Gala, seguindo-se às 10h20 uma saída para o espaço cultural e de convívio dos pescadores de S. Pedro, no Portinho da Gala.
Recebidos pelo presidente da Câmara, Carlos Monteiro, os governantes assistem às 10h40 à apresentação dos projectos de mitigação dos riscos de erosão costeira, cheias e inundações, pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado. Oportunidade ainda para dar a conhecer a nova app da APA para as águas balneares.
Às 10h50 usam da palavra a ministra Ana Paula Vitorino e o ministro João Pedro Matos Fernandes.

Santana, as touradas e o populismo...

Santana Lopes quer agora referendar touradas e abolir a sua transmissão na RTP – mas em privado sempre foi um apreciador. Verdade ou mentira?


Depois do resultado das Eleições Europeias – em que a Aliança obteve 1,87% dos votos – Pedro Santana Lopes enviou uma carta tranquilizadora aos militantes do seu partido em que assume que “o resultado não foi” o que desejavam, mas que nas eleições legislativas de outubro “vai ser diferente”.
Há, porém, uma parte da missiva que está a provocar polémica nas redes sociais - e não só: a posição assumida pelo líder da Aliança sobre as touradas.
Até aqui o partido de Santana Lopes ainda não divulgara publicamente uma orientação sobre o assunto. Fê-lo agora: “A liberdade de escolha deve aplicar-se também a temas que são objecto de polémica social, como eventos ou festas que envolvem a utilização de animais. Somos liberais, não gostamos de proibições. Defendemos que em cada comunidade municipal se decida, mesmo por referendo local. Há regiões que não admitem prescindir, há outras que não toleram”, explica o líder do partido na carta enviada, para depois acrescentar que “também admitimos que esses espectáculos não devam ser transmitidos por canais públicos de comunicação”.
Em suma: para Santana Lopes, o espectáculo das touradas está longe de ser um dado adquirido, podendo ser referendado, e não deve ser transmitido pela RTP – se as estações privadas o quiserem fazer, não se opõe.
Santana Lopes durante uma corrida de touros. A foto foi publicada pelo site Touro e Ouro na sequência da tomada de posição do líder da Aliança


Esta posição não teria nada de polémico se Santana Lopes não fosse um público e notório apoiante de touradas desde há muitos anos. O ex-líder do PSD já foi visto por variadíssimas vezes a assistir a este tipo de espetáculo ao vivo – e por isso não é poupado em alguns sites dedicados ao assunto.  Na sequência da tomada de posição de Santana, um dos mais conhecidos - o “Touro e Ouro” - partilhou fotografias do antigo primeiro-ministro em diferentes espetáculos tauromáquicos, incluindo um, em Alcácer do Sal, em que o político foi homenageado pelo toureiro João Moura, que lhe dedicou a lide. Por isso mesmo, o site acusa Santana de se "colar a políticas populistas”.

Via Polígrafo