O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
Mais uma vez, os figueirenses provaram que são gente que detesta quem faz carreira a inspirar-se no trabalho dos outros e passa a vida a gritar bem alto a sua originalidade... Em matéria de eventos, o carnaval consegue ganhar o troféu da depressão local...
Não é só em Buarcos, um pouco por todo lado do nosso feliz e querido rectângulo nacional, os foliões podem divertir-se com a programação de carnaval generosamente oferecida pelo dinheiro dos contribuintes. Portanto, viva a festa e a boa disposição. Aliás, o carnaval na Figueira já começou ontem em Buarcos. Ao que consta participaram no desfile 1.700 crianças. A iniciativa, dizem, foi solidária e ecológica (com a preciosa participação da Águas da Figueira) e angariou mais de uma tonelada de alimentos para distribuir por duas instituições da cidade.
Para a malta da pesada a festarola começa hoje, com o Desfile Nocturno das Escolas de Samba, pelas 22H00, na avenida do Brasil. No domingo e na terça feira (3 e 5 de março), pelas 15H00, o Grande Corso Carnavalesco vai decorrer no mesmo local. A entrada para ambos os corsos custa quatro euros. As crianças até aos 12 anos não pagam.
Estou naquela altura do ano em que pela natureza da própria coisa, entro num período de recolhimento espiritual, deixando a outros a celebração mundana e pagã que se vai seguir. Já basta o carnaval díário que é este aglomerado de pessoas a que, talvez por equívoco, chamamos cidade. Portanto, tal como o Tejo nasceu em Espanha e não quis lá ficar, eu, que nasci na Figueira, no carnaval não me apetece por cá andar. Vou dar uma volta. Lamentavelmente, vou continuar, como desgraçado que também sou, a viver num País onde é sempre carnaval, onde os desgraçados como eu continuam a ser, mais do que esmagados, triturados, por quem manda para encher o rabo (ficava mal escrever cu) a verdadeiros agiotas que fazem negócios da china com a nossa desgraça, provocada pela nossa mansidão, lassidão, desinteresse e, sobretudo, os nossos sucessivos erros .... Quase todos aceitam a ficção que fez caminho da narrativa única. Quem ousa ter opinião diferente está tramado: os bons da fita são os que comem e calam. Então, até um dia destes. Bom carnaval pra todos. Um dia destes volto...
Acabei de passar na Rotunda da entrada da minha aldeia e vi aquilo poluído com um cartaz de publicidade política dum fulano do PDR. Começou a campanha eleitoral para as europeias. Chegou a altura de se trocarem convicções por conveniências. Se ao menos Jim Morrisson fosse ouvido...
Gosto da tranquilidade. Para consegui-la tive de palmilhar muito: com trabalho duro e muito caminho percorrido. Ainda por cima, dizem que sou poeta! Logo eu que ando sempre sozinho... e sem protecção, nem escolta.
1. Face à invasão esperada no dia de Carnaval, solicito que a edilidade figueirense proponha à Figueira Parques, agora privatizada, para não se esquecer de oferecer estacionamento gratuito nesse dia. 2. Quem já só conseguir estacionar em segunda fila, deverá ser contemplado com um bónus (deixo o bónus à imaginação do executivo camarária ou da administração da Figueira Parques)... 3. Todos perceberíamos, facilmente, que isto não é campanha eleitoral, pois insere-se, com toda a naturalidade, na campanha do cabaz do carnaval figueirense... 4. Vivam os foliões e quem os ajuda a divertir (nomeadamente, como a foto comprova, Sua Excelência, o Senhor Presidente da Câmara, Doutor João Ataíde). 5. A bem do carnaval.
Figueira da Foz, 28 de Fevereiro de 2019 O proponente: António José de Jesus Agostinho, bloguer, com a situação regularizada perante o fisco (se tal for necessário, apresento declaração comprovativa).
José Sequeira Costa, morreu recentemente nos Estados Unidos, onde residia, aos 89 anos. Sequeira Costa, como lembrou o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues no voto de pesar apresentado e aprovado por unanimidade no Parlamento, é recordado como “um dos maiores pianistas portugueses do último século e um ilustre pedagogo”. “Não lhe faltou coragem. Num tempo em que tal não era fácil nem evidente, divulgou no nosso país a grande escola pianística russa”. Foi também Director do Festival de Música da Figueira da Foz na década de 1990. Ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, foram apresentados dois votos de pesar pelo falecimento de Sequeira Costa. Foram admitidos à discussão e votação, por unanimidade, os dois votos de pesar – um apresentado pela bancada do PS e outro pela da CDU. Porém, a seguir veio o pior. Tal teve a ver com uma passagem do texto apresentado pelas deputadas municipais comunistas que aludia à cessação de funções de Sequeira Costa como director do festival de música, “por opção do executivo camarário liderado por Santana Lopes”. Teotónio Cavaco, líder da bancada do PSD, criticou as alusões partidárias “descabidas” da proposta da CDU, questionando a redacção do texto. “Não é a questão da pessoa, é a questão da redacção da moção. Os votos de pesar devem ser redigidos de forma a salvaguardar as razões positivas”, disse Teotónio Cavaco. A proposta da CDU, que propunha um minuto de silêncio “em homenagem e manifestação de pesar” pela morte de Sequeira Costa, acabou por ser votada e aprovada – com 10 votos contra do PSD e um do PS – este assumido pelo deputado José Fernando Correia, em declaração de voto: “Os votos de pesar servem para enfatizar, valorizar, as virtudes dos falecidos. Não devem servir para nenhuma espécie de ajustes de contas e coisas outras. Não posso deixar de votar contra a redação [do texto da CDU]”, afirmou. Aprovado por unanimidade foi o voto de pesar apresentado por Nuno Biscaia, que refere que Sequeira e Costa “foi um dos mais importantes pianistas de sempre” e “quer como músico, quer como pedagogo, quer como organizador de festivais de música clássica, em que foi diretor artístico, deixou um inegável legado cultural”. “Muito honrou a Figueira da Foz ter o maestro Sequeira Costa como diretor do seu Festival de Música durante a década de 90, tendo-lhe emprestado o seu prestígio e mestria na organização de programas de nível internacional”, regista a proposta socialista. Na sequência da aprovação dos dois votos de pesar, o presidente da Assembleia Municipal, José Duarte, esqueceu-se de cumprir o minuto de silêncio pela morte de Sequeira Costa, que acabaria observado cerca de 15 minutos mais tarde “com um pedido de desculpa reiterado” pelo autarca, depois de alertado pelo deputado Tiago Cadima, do PSD.
A chamada requalificação de Buarcos foi ontem criticada pela CDU, via Adelaide Gonçalves, e pelo PSD, via Teotónio Cavaco. Estes dois membros da Assembleia Municipal apontaram o congestionamento de trânsito que se verificou na zona no último fim de semana. A contestação às obras levou o presidente da Assembleia Municipal, o socialista José Duarte, a fazer uma declaração de voto, no decorrer da sessão realizada, ontem, dia 27 de fevereiro de 2019, que transcrevo via edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS. “Sou a favor de todas as obras que se estão a fazer em Buarcos. Se estiver errado, podem crucificar-me em hasta pública. O que aconteceu no domingo é que os autocarros não param nas paragens, porque ainda não estão feitas”. A paixão faz doer e causa danos. Isso é coisa que, qualquer um de nós, aprende demasiado cedo. Vão-se coleccionando pequenos e insignificantes instantes de frustração. Por isso, presumo eu, é que com o tempo e a idade, se dá o salto qualitativo para o amor. Os velhos, sei do que falo, têm mais medo da paixão do que do amor. Do amor sempre colhem uma outra coisa que se guarda. Da paixão já não conseguem extrair nada. Deve ser por isso, que apesar de só a paixão ter cura, é dela que os velhos mais devem tentar escapar. Talvez por saberem que tudo o que nada lhes deixa, só lhes tira alguma coisa...
"A partir do próximo dia 1 de março e durante 5 dias, o Portugal “O” Meeting trará ao concelho 2577 participantes, originários de 32 países diferentes. O sonho começou há muito, e terá agora a sua realização suprema. São necessárias – não duvidem! – mais pessoas assim."
Nota de rodapé apropriada à quadra que atravessamos, portanto, carnavalesca:
… cá pra mim, isto é o espírito fulião do presidente Ataíde a funcionari… acabadu o carnaval retumemus a normalidade do carnaval cótidiano deste concelhu...
Muito bem Senhor Presidente da Câmara. Finalmente, saiu do armário e clarificou as coisas. O meu agradecimento pelo aviso feito à navegação. Pois, deixe que lhe diga, que também não consegui ler, sem desconfiança, um político, neste caso um presidente de câmara, a armar-se em delimitador da liberdade de opinião. Primeiro, porque a liberdade de um político, seja em Portugal, seja na Venezuela, não tem de coincidir com a liberdade de um cidadão. Segundo, porque a experiência mostra que os interesses dos políticos, nomeadamente da gestão das suas carreiras, podem ser um dos principais limites à liberdade de opinião de um cidadão. Tudo, no fundo, é um problema de liberdade. Só que a questão não acaba aí: começa, apenas. Porque este é o caminho mais exigente. A liberdade só o é quando supõe a igualdade. E esse é o passo que nem todos estão dispostos a dar. A título de exemplo: só podemos convencer alguém de que não é ofensivo ter opinião, quando não nos sentirmos ofendidos com a opinião dele acerca de nós. Neste caso, é óbvia a extrema finura da linha que separa a liberdade "dos outros" da contrariedade à "ordem pública", aos "«bons» costumes" e noções semelhantes. Nem por isso ficamos dispensados de examinar e ponderar, em cada caso, os interesses em confronto. Isto é uma questão de princípio, para que a Liberdade não seja só a "nossa liberdade", ou, mais precisamente, o poder disfarçado de liberdade. Recuemos uns anos e lembremos o caso Watergate. O problema que se colocava à sociedade americana, nessa altura, era o da liberdade de a imprensa relatar factos conhecidos que poderiam apontar para outros, desconhecidos. Watergate, para mim, significa essencialmente liberdade. Não esqueçamos: tudo começou com a curiosidade de um grupo de jornalistas do Washington Post apoiado incondicionalmente pelo seu director. O mérito da sua acção não está em terem feito cair um Presidente. O mérito está em terem denunciado publicamente o clima de ilegalidade, o gangsterismo que se instalara na Casa Branca, que tudo corrompia, que tudo e todos procurava comprar. Ao longo de anos, o Washington Post e os seus jornalistas sofreram toda a espécie de pressões para se calarem. Mas eles, conscientes dos seus direitos (e deveres) não cederam. Com os resultados que conhecemos.
Não sei se ainda se recordam, mas em agosto de 2011, o PSD alertou, em reunião de câmara, para o desaparecimento de algum património municipal. Em causa, estava o extravio de duas dezenas de pilaretes, como os da foto ao lado - dissuasores de estacionamento - da Rua Dr. Calado. O caso na altura, teve eco na política local: a bancada do PSD exigiu esclarecimentos, "sob pena de poder ser sinónimo de descuido com a defesa e salvaguarda do património". A explicação dos factos foi então formulada pelo vereador António Tavares do PS: “confirmada a recolha por parte do casino do material abandonado na via pública, diligenciei o retorno dos pilaretes à Câmara”.
Miguel Almeida congratulou-se pelo “gesto de solidariedade institucional” do casino. “Houve uma pessoa de bem que os encontrou, guardou e entregou, mas é preciso saber o que se passou”.
O Vereador apontava assim para a imperatividade de salvaguardar o património da cidade de ficar mais pobre. E, sobretudo, de fazer valer a autoridade do município, em virtude de “haver património municipal que desaparece e nada ser feito para se apurarem responsabilidades”, o que suscita comentários menos favoráveis e motiva nos munícipes uma má imagem associada à câmara.
O Presidente João Ataíde, na altura, considerou terem sido feitas “as diligências necessárias”. Presumo que, passados quase 8 anos, o problema esteja resolvido. Todavia, dado que esta questão dos pilaretes continua a ser tão importante na Figueira, pelo menos, como o carnaval, para o futuro deixo a sugestão de um modelo de piraletes que, em princípo, têm a belíssima utilidade que a fota mostra.
"Joana nasceu condenada aos infortúnios da vida. A vila pobre, o pai ausente, a mãe entregue ao álcool, o irmão deficiente. Apesar de ter sido agraciada com inteligência e beleza, as qualidades da rapariga parecem não ser suficientes para que ela reme contra a corrente.Numa terra de ninguém, Joana luta para ser gente: resiliente como uma flor que teima em brotar entre as pedras da calçada.O romance de estreia de Pedro Rodrigues é sobre a dureza da vida e a importância de se manter viva a esperança por uma primavera que acaba sempre por chegar, mesmo depois do mais rigoroso inverno."
Porque não há inverno que dure para sempre, DEVE SER PRIMAVERA ALGURES, primeiro Romance de Pedro Rodrigues, já está em pré-venda através da FNAC, BERTRAND, WOOK e no site da CULTURA EDITORA.