O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
Conforme pode ser lido no jornal Diário de Coimbra, "a família de um dos cinco pescadores que morreram na sequência do naufrágio do arrastão registado em Aveiro“Olívia Ribau”, à entrada da barra da Figueira da Foz, em Outubro de 2015, reclama em tribunal 250 mil euros ao Estado."
Nota de rodapé.
Na última década registaram-se alguns acidentes graves, com vítimas mortais, à entrada da barra da Figueira da Foz. Os pescadores apontam o dedo às obras ali realizadas. "Aquela barra ficou mais perigosa depois do aumento do cais. Temos mais areia e a navegação é muito mais arriscada". José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
"Está na altura de questionar porque é que há tantos naufrágios. A barra transformou-se numa ratoeira para os pescadores. Com o aumento do molhe em 400 metros, os barcos têm de entrar ou sair da barra atravessados, não há segurança". Alexandre Carvalho, pescador na Figueira da Foz. Segundo José Festas, na altura em que foram realizadas as obras, a associação que representa alertou os responsáveis para o problema, mas sem sucesso: "Nós tentámos impedir que a barra fosse feita assim. Avisámos que ia matar muita gente". O responsável por este blogue, dentro das suas modestas possibilidades, tem feito o que pode no alerta dos problemas da nossa barra - que, em abono da verdade, não são de hoje nem de ontem: na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra... Vejamos o caso do prolongamento em 400 metros do molhe norte. Manuel Luís Pata, já falecido, outra voz que andou uma vida a pregar no deserto, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu... Recordo, mais uma vez, o já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra que então se perspectivava e, entretanto, concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava isto que era um alerta, que ninguém teve em conta. “Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar. Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!.. E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande... Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?” Pouco tempo depois do naufrágio do "Olívia Ribau" em declarações aos jornalistas, João Ataíde, presidente da câmara da Figueira da Foz, disse que a estação salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) não tinha os meios necessários para acudir ao acidente, por uma das embarcações, a Patrão Macatrão, estar avariada, e criticou o facto da Protecção Civil Municipal não ter tido conhecimento de que as instalações encerravam às 18 horas. Consciente do papel de destaque que se encontra reservado à protecção civil ao nível do bem estar da população figueirense, tendo em conta o cumprimento do estatuído no artigo 5º do Decreto-Lei nº 203/93, de 3 de Junho, que ao regulamentar a Lei nº 113/91, de 29 de Agosto (Lei de Bases da Protecção Civil), impôs aos municípios a promoção da criação dos seus serviço municipais de protecção civil, aos quais cabe desenvolver actividades de coordenação e execução tendentes a prevenir riscos colectivos inerentes à situação de acidente grave, catástrofe ou calamidade de origem natural ou tecnológica, atenuar os seus efeitos e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram das populações, deixo duas perguntas: 1ª. - para que serve a Protecção Civil Municipal da Figueira da Foz? 2ª.- quantas reuniões de coordenação existem por ano com todas as entidades envolvidas? Recordo, para quem não se lembre, que o presidente da Câmara tem a seu cargo a direcção das actividades a desenvolver no âmbito da Protecção Civil, cabendo-lhe designadamente, "criar e dirigir o Serviço Municipal de Protecção Civil Concelhio, procurando garantir a existência dos meios necessários ao seu funcionamento". Isso passa, entre muitas outras coisas, por "convocar e presidir às reuniões da Comissão Municipal de Protecção Civil", "promover a cooperação de cada organismo ou entidade interveniente, diligenciando assim, o melhor aproveitamento das suas capacidades", "coordenar a elaboração do Plano Municipal de Emergência e promover a preparação, condução e treino periódico dos respectivos intervenientes", "promover e contribuir para o cumprimento da legislação de segurança relativa aos vários riscos inventariados, oficiando para o efeito aos órgão competentes", "promover reuniões periódicas da Comissão Municipal de Protecção Civil, sempre que necessário e no mínimo duas vezes por ano". O saldo de mais um naufrágio ocorrido nesta nossa barra foi trágico: no arrastão "Olívia Ribau" naufragado a 06 de outubro de 2015, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima e cinco morreram. A segurança e o salvamento marítimo, continua a ser um caso grave na barra da Figueira que o acidente do Olívia Ribau pôs a nu...
Ataíde tem a Figueira na mão há vários anos. O seu maior trunfo é a indiferença geral da maioria absoluta dos figueirenses. Depois, conhece a comunicação social local: frágil, cordata, dependente e materialmente debilitada. Por último, mas não finalmente, tem contado com a divisão e a debilidade do PSD/FIGUEIRA. Na Figueira, PCP, BE e CDS, em termos efectivos, não contam politicamente para nada. Finalmente, conhece a anomia política da sociedade figueirense. A última coisa que os figueirenses querem é pensar sobre a gestão da sua cidade e do seu concelho. O que é um figueirinhas feliz? Esse tem sido o segredo de Ataíde, o homem que tem feito os figueirinhas felizes. Com Ataíde, tem sido um privilégio viver na Figueira. Os figueirenses deviam pagar o dobro de impostos. Não é justo que alguns portugueses sejam mais felizes do que os outros.
Falar sobre uma mulher, seja ela quem for, é sempre um tema melindroso e difícil. Como alguém que não me recorda agora o nome disse um dia: "a mulher mais idiota pode dominar um sábio. Mas é preciso uma mulher extremamente sábia para dominar um idiota." E, como na política figueirinhas idiotas é o que não falta...
"O segundo concurso público para a remodelação e exploração do complexo turístico da piscina-mar contabiliza dois interessados. O prazo terminou no início deste mês e, neste momento, o júri está a analisar as propostas. Entretanto, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, um terceiro concorrente terá pedido o prolongamento do prazo, invocando motivos técnicos. O veredicto dos jurados será conhecido em breve. " Será desta que o complexo da piscina-mar da Figueira da Foz vai ser concessionado? Pelos vistos, não faltam investidores interessados. Como dá para ver, o problema não é que existam problemas. O problema é esperar outras coisas e pensar que ter problemas é um problema. E, já agora, a Piscina Mar, se não servir para mais nada, sempre há-de servir para "gratificar os trabalhadores camarários"...
"Entre as muitas propostas apresentadas no debate na especialidade do Orçamento de Estado para 2019, houve uma que fez o Governo e o PS equivocar-se na mensagem que afirma defender. O PCP defendeu que os valores dos escalões de IRS fossem actualizados com o valor da inflação prevista de 1,3%. Essa actualização é uma das propostas recorrentes do PCP e é uma protecção para aqueles cidadãos cujos rendimentos estejam ali mesmo na fronteira entre dois escalões. Assim, se os escalões fossem actualizados e caso tivessem um aumento dos seus rendimentos nem que fosse pelo valor da inflação (para manter o seu poder de compra), essa subida dos rendimentos não o faria subir de escalão de IRS. Caso contrário, esses cidadãos arriscavam-se a ter um aumento de rendimento, mas a perdê-lo depois de tributado. Era expectável que os deputados e o Governo do PS fossem sensíveis a este argumento. Mas não. A proposta foi chumbada. E com ela passou a mensagem de que não se deve lutar por uma subida de salários ou uma subida de pensões porque - quem sabe? - até pode ficar a perder... Ele há coisas que um partido de esquerda devia ter como regra." JOÃO RAMOS DE ALMEIDA, via Ladrões de Bicicletas
"O Governo queria manter o IVA das touradas nos 13%, mas uma coligação negativa no Parlamento (formada por PCP, PSD e CDS) acabou por obrigar a descida da taxa do IVA na tauromaquia em 2019 para os 6%, alargando também esta taxa ao cinema e aos festivais ao ar livre." Declaração de interesses: não sou anti nada. Portanto: não sou anti comunista, nem anti touradas. No entanto, a posição do PCP sobre as touradas, juntando-se à direita para aprovar a descida do IVA das corridas para 6% custa, pelo menos a mim, custa a engolir. O PCP, certamente, que terá as suas legítimas razões. O PCP, que julgo conhecer, tem sempre as suas legítimas razões. Quem delas discorda, comete o sacrilégio de ser apelidado de anti comunista. Quando as suas razões não são política ou eticamente explicáveis de um modo fácil, serve-se com frequência da demagogia, da manipulação da informação e, muitas vezes, de um recorrente legalismo, incompreensível num partido que, na essência, se propõe promover por todos os meios, incluindo os menos ortodoxos, uma sociedade melhor e mais justa. Neste caso, a explicação parece simples. Trata-se aqui de uma concessão eleitoralista a sectores sociais retrógrados que se inserem no seu potencial eleitorado, em particular nos distritos do Alentejo e do Ribatejo, e da influência cultural do seu nacionalismo, tendente, desde há longos anos, a recuperar certas tradições como factor identitário e «patriótico». Não me peçam para justificar o inaceitável, nem me peçam para discordar em silêncio. Por isso, não sou militante, porque a expressão pública de divergências permanece tabu para os militantes comunistas Fica este desconfortável lamento, para memória futura. Por uma simples razão: não sou anti comunista.
OE2019: Banco de Portugal obrigado a dar informação detalhada ao fisco sobre transferências para offshores. A proposta do Bloco foi aprovada e, no primeiro semestre de 2019, o Banco de Portugal terá de informar a Autoridade Tributária sobre as transferências para entidades em regimes de tributação privilegiada mais favorável. A proposta foi aprovada apesar do voto contra do PS e da abstenção do CDS. Todas as outras bancadas parlamentares votaram favoravelmente a proposta do Bloco.
"Após a tempestade tropical que recentemente atingiu a zona centro do país e que fustigou de forma intensa o concelho da Figueira, a Sociedade Filarmónica Figueirense, cuja sede foi também fortemente afectada, criou um projecto de revitalização que passa por um programa cultural mais intenso e que visa igualmente angariar verbas para urgentes restauros. Assim, no próximo sábado, dia 1 de dezembro, às 10h30, acontece um inédito momento musical na Igreja Evangélica Presbiteriana da Figueira da Foz (Rua Dez de Agosto). O Quinteto de Metais da Filarmónica Figueirense realiza um “Ensaio de Porta Aberta”, à laia de concerto livre, no âmbito do seu programa cultural “imposto pela dinâmica e necessidade”, refere Luís Oliveira, presidente da direcção da colectividade. Diversas obras musicais serão interpretadas “num templo centenário e muito esquecido da Figueira”, nas palavras de Jorge Ladeiro, também dirigente da Filarmónica Figueirense. Na manhã do dia 8 de dezembro (feriado), a banda percorrerá as principais ruas da cidade numa atitude de sensibilização da população e entidades oficiais e particulares no âmbito da campanha que está em curso designada “Todos por um Tecto”. Segundo apurámos junto de Telmo Carvalho, secretário da direcção da colectividade e director pedagógico da Escola de Música, “está a agigantar-se o entusiasmo em repor a parte do telhado afectada pelo temporal e há um NIB que vai ajudar à reconstrução”. A operação de angariação de donativos já arrancou em diversas redes sociais e pode ser continuada para a conta PT50 0035 0321 000 800 80 830 93." Via Figueira na Hora
Entre os finais dos anos 80 do século passado e o ano 1 do nosso século, o barco do sal esteve ausente das águas do nosso rio. Foi precisamente a 5 de Agosto de 2001, que um batel de sal voltou a navegar no Mondego. Tal acontecimento ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”, que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal. Faziam parte desta parceria as seguintes Instituições: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca. A viagem inaugural deste barco, foi uma iniciativa da Empresa Vidreira do Mondego, que organizou um passeio fluvial à Festa da Nossa Senhora da Saúde, em Reveles, uma festa, aliás, que diz muito a diversas gerações de homens do mar da Freguesia de S. Pedro. Nesse já longínquo primeiro domingo de Agosto de 2001, a parceria gestora e proprietária do batel viu mais uma entidade aderir à iniciativa: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Daí para cá pouco ou nada aconteceu. Gastaram-se mais alguns milhares de euros na conservação e manutenção da embarcação que esteve ancorada em vários locais: portinho da Gala, junto ao Museu do Sal, em Vila Verde e na Marina da Figueira. Agora, porém, segundo o DIÁRIO AS BEIRAS há novidades: a junta de Vila Verde vai utilizar batel para fins turísticos e pedagógicos. A tempestade “Leslie” destruiu a lona que cobria o batel de sal. Aquele foi o pretexto para o vereador Ricardo Silva (PSD) indagar a maioria socialista sobre o barco, na última reunião de câmara. “O barco tem sido um problema. Está recuperado. A Junta de Vila Verde pretende [utilizá-lo, no estuário do Mondego]. É excelente. Daremos os incentivos necessários”, respondeu o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde.
"... a propósito das decisões que vêm sendo tomadas em matéria de ordenamento de território e planeamento urbano, quer na localização de superfícies comerciais quer de unidades produtivas localmente indesejadas, sempre com o argumento “legalmente não se pode recusar pois o Plano Director Municipal (PDM) permite”! Dum PDM que se revelou robusto e sobreviveu mais de vinte anos, passámos a um PDM, por este executivo camarário da Figueira da Foz revisto, permissivo, frágil e sem a necessária blindagem desprotegendo, ou desistindo dos interesses da cidade e dos figueirenses, quando tudo deixa instalar! Então qual foi a escolha política?" 2. Em 26 de março de 2017, publicava aqui no OUTRA MARGEM, a postagem de que mostro imagem abaixo (para ver melhor, clicar em cima da imagem).
3. Fica uma pergunta que, na última reunião de Câmara, foi colocada por um vereador da oposição, se bem lembro o Ricardo Silva: "porque é que na última década foram desaparecendo os sinais de proibição de circulação nas Avenidas Gaspar de Lemos e Joaquim de Carvalho a veículos com mais de 3 500 Kgs?"
Carlos Tenreiro, relembrou que "no antigo PDM esta era uma área verde".
Isto "é contra o discurso da CMFF: vai construir mais uma rotunda e cortar mais árvores". Na sua opinião, "o corredor verde da cidade merecia outro tipo de protecção". Miguel Babo lembrou que "as árvores demoram tempo a crescer". Esta decisão, traz "mais betão, rotundas e estacionamentos e mais CO2 e não vai ajudar o comércio local".
4. Tal como disse um dia destes a vereadora Ana Carvalho (minuto 14 do vídeo): "o PDM também foi feito à medida. Claro que sim...". 5. A terminar cito Luís Pena. Está em causa uma referência de excelência em termos de harmonia paisagística da cidade que ficará comprometida com a instalação de um armazém alimentar de péssimo gosto...Este executivo não sente a cidade porque a maioria dos eleitos não são de cá e não conhecem a história da Figueira. O Arquitecto Ribeiro Telles (que conjuntamente com Alberto Pessoa planificou as zonas verdes da cidade) se souber deste projecto dirá que "os deuses devem estar loucos..."
AS BEIRAS não tem um Ferreira Fernandes. Tem um Pedro Silva, um cronista que por mais esta amostra, veio trazer beleza estilística e inovação na forma de fazer opinião na Figueira. Eu gosto.
Na especialidade do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), a proposta dos comunistas para criação de uma “linha de apoios às vítimas” da tempestade foi rejeitada com o voto contra do PS, a abstenção dos sociais-democratas e os votos a favor do BE e CDS-PP. Via Notícias de Coimbra
Estão a tirar areia da própria praia para encher os geotubos?.. A ideia não era trazer areia do Cabedelinho?.. Recorde-se: em resposta a um pedido de esclarecimento do PÚBLICO, o gabinete de comunicação da APA informa que “foram promovidas diligências entre a APA e o Porto da Figueira da Foz em 31.03.2017, tendo ficado definida a proveniência dos sedimentos a partir da praia do Cabedelinho”. No entanto, a entidade diz que o local da recolha de sedimentos “não consta” do caderno de encargos que a empreiteira da obra está contratualmente obrigada a cumprir.
O festival de música eletrónica RFM Somnii quer levar 200 mil pessoas à praia da Figueira da Foz durante três dias, em julho, o dobro das entradas da última edição, disse hoje fonte da produção. "Acho que sim, vamos ver", disse João Ataíde. Via Notícias de Coimbra