sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Neste momento, o primeiro sentimento que tenho ao ver o medo que me rodeia, é o de revolta. "É escusado, não posso ter outro partido senão o da liberdade"...

"Querem menos carros e mais bibcicletas no Cabedelo", dizem os políticos. Mas, colocaram a ciclovia a passar pela zona do Alqueidão!..

Imagem sacada saqui.
No Cabedelo, o contrato assinado permitirá proceder à requalificação da margem sul, “retirando carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares e criando as condições para a afectação daquele território a actividades, estruturas e serviços relacionados com os desportos de onda e outros e ainda a construção de cais de acostagem para servir o trânsito regular de um barco que ligue as margens norte e sul figueirenses”.
"Querem menos carros e mais bibcicletas no Cabedelo", dizem os políticos.
Mas, conforme se pode facilmente verificar pela imagem acima, colocaram a ciclovia a passar pela zona do  Alqueidão!.. 
Por aqui se percebe que a travessia do Mondego, da margem norte para o Cabedelo, continua a ser o que sempre foi em épocas eleitorais: uma anedota (lembram-se do projecto de uma ponte pedonal na Foz do Mondego, apresentado pelo Partido Socialista, numa campanha eleitoral já lá vão uns anitos?..)
Contas feitas, o Teleférico não vai ficar só na gaveta... 
Recorde-se que a proposta do Teleférico foi apresentada pelo Arq. Miguel Figueira em 2010, tendo sido então elogiada pelo presidente Dr. João Ataíde.
Posteriormente, foi susbtituída pela possibilidade de uma ponte móvel, com custos proibitivos e difícil compatibilidade com a navegação e, depois, por um barco cuja não elegibilidade aos fundos comunitários terá deixado naufragar a ideia.
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo está a ser alvo de um atentado. Se nada mais conseguirmos, não podemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...

Juniores, Juvenis e Iniciados desistem dos Campeonatos Nacionais...

Houve um tempo para tudo... 
Ao que tudo indicia, até terá de haver um tempo para a extinção...
A perda, qualquer que ela seja, nada tem de belo e muito menos de digno! 
O fim é sempre deprimente... 
Citando Rogério Neves: "MORREU A NAVAL 1º DE MAIO."
Nos jornais que se publicam no nosso distrito, hoje, a Naval, pelas piores razões, é notícia de primeira página.
Segundo o jornal AS Beiras, «a direção da Naval 1.º de Maio decidiu acabar com as equipas de jovens que estavam a competir nos campeonatos nacionais. As formações de iniciados, juvenis e juniores  que competiam na 1.ª Divisão vão agora deixar de existir. Ontem à noite, e após uma convocatória realizada na véspera, elementos da direção da Naval 1.º de Maio, da Naval 1893, atletas e encarregados de educação participaram neste encontro onde foi dado a conhecer que, por vicissitudes várias e diversos problemas, nomeadamente financeiros, o futuro passava pela extinção das três equipas.» 
Ao mesmo jornal «Marco Figueiredo, da direção da Naval 1893, explicou que estes jovens – que competiam nas provas nacionais – foram convidados a integrar as equipas que competem no campeonato distrital da Associação de Futebol de Coimbra para, o mais rapidamente possível, conseguiram a subida aos nacionais.»
A competição distrital  tem início a 7 de outubro. 
Na sequência desta decisão, já este fim-de-semana, as três equipas não vão comparecer nos jogos que estavam previamente agendados. 

A lista castrada, que concorre à Assembleia Municipal!..

Na vida, por uma vez ou outra, todos passamos por situações constrangedoras de que nunca mais nos esqueceremos. 
Umas, vamos recordá-las com aquele gozo distante que o tempo proporciona.
De outras nem queremos ouvir falar, tal foi o incómodo que sentimos na altura!
É assim na vida. E é assim na política.
Esta lista,  faz lembrar aquela funcionária que quer fazer uma tatuagem com uma  borboleta, mas tem que fazê-la numa parte escondida do corpo, porque o patrão não gosta...
Como não consegui encontrar fotos, ficam os nomes... 

À espera do Bypass...

Via SOS Cabedelo

Espectáculo evocativo da música de Leonard Cohen

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Deixem-me continuar a sonhar a partir de 1 de outubro próximo...

Analisemos pela positiva: esta gente, especialmente o presidente da câmara, conforme o que também pode ser comprovado no video que pode ser visto clicando aqui, tem ultimamente feito milagres com a minha capacidade de sonhar...
Durante os últimos meses acenaram-nos com o eldorado.
A partir do dia 1 vamos acordar para a realidade pura e dura. 
Aquela que eles cuidadosa e meticulosamente foram criando para nós. 
A partir do dia 1 vou ser eu a exigir: basta de realidade, venham mais sonhos!

Devia haver eleições, pelo menos de seis em seis meses!..

Só passei por aqui para vos informar que, hoje, num restaurante do Bairro Novo, comi umas apetitosas pataniscas, acompanhadas de um arroz de tomate e de uma salada divinal.
Tudo devidamente regado por um tinto à maneira.
No meio do repasto, fui surpreendido pela simpatia da candidatura MUDAR JÁ, em especial pela minha Amiga virtual Paula Cavaco e pelo dr. Carlos Tenreiro, que me vieram cumprimentar de forma amistosa e efusiva...
Mas, voltando ao repasto...
Já não sei onde, li que comer gorduras era mau, mas, até hoje não deixei de comer. 
Também sei que fumar é mau e deixei de fumar. 
Já quanto ao beber: li que pode ser mau, mas não deixei de beber...
Por último, li que sexo era mau e, aí, não resisti: deixei de ler...

Há dias em que me basta o difuso...

A nitidez, ofusca e perturba.
Há dias em que precisamos de desligar.
Há dias em que o fazer de conta nos acalma.
Há dias que gosto de  pensar que comando a minha vida.
O poder precisa da burocracia, para permanecer difuso e longínquo. 
O cidadão normal raramente conhece os caminhos para a solução dos seus problemas. 
O poder é aquela entidade abstracta (apesar desta democracia; e também por causa dela...), que julgamos capaz de os resolver. 
E assim ele, este poder, permanece igual a si próprio - apesar dos debates em épocas específicas, normalmente no decorrer das campanhas eleitorais, e  das sucessivas eleições.

Hoje, é daqueles dias em que não me apetece ser preciso nem concrecto.

Fico-me pelo  fumado, que deixa o fundo em que nos movemos difuso, mas  giro.
Há dois sentimentos, contudo, que nos fazem sentir vivos, como João Villaret tão bem dizia ao declamar o "Amar ou odiar", de Fausto Guedes Teixeira.
"Amemos muito, como odiamos já: 
A verdade está sempre nos extremos, 
Porque é no sentimento que ela está."

Este, porém, para mim, é já o tempo de modorra, de descanso, de contemplação. 

A temperatura política na Figueira, muito alta e sensível à humidade, apela para que se faça nada! 
Por enquanto - e este por enquanto é até domingo - vou apreciar a  calma e a ausência de stress.
Estou tão tranquilo, que nem o facto de ontem à noite no debate, andar um assessor da câmara a distribuir o jornal da campanha do PS, no interior do CAE, me perturbou (oh Fernando Pata Cardoso, sabes que até me dou bem contigo, por isso fica o alerta: não vale tudo na vida, como na política. Eu sei que tu és ainda muito jovem e não podemos entender tudo de uma vez. Temos que ir por etapas, por camadas... E temos que deixar que os saberes se sedimentem, para podermos passar à fase seguinte. Não vale a pena queimar etapas... Não resulta! Saber e compreender demora anos! Mas, quem te avisa, teu amigo é...)
Entretanto, vou olhar, sorridente,  para as cartas que me venham a  couber em sorte para as partidas de sueca que vou jogar até ao próximo dia 1 de outubro!

Estamos em tempo de colheita. O semeado está pronto para a ceifa. 

Temos muito pouco tempo - dois dias  já é um tempo muito curto -  para se poder tirar produto novo e melhor desta  amaldiçoada terra figueirense. 
Por mim, neste momento, apenas tenho a dizer,  que gosto muito de todos. 
Abraços para quem é de abraços e abreijos para quem é de abreijos.
Depois do dia 1, a vida, por estas bandas, continua normalmente... 

A abstenção não coloca em causa a legitimidade dos eleitos....

Contudo, torna-os vulneráveis,  enfraquece a consistência social e política da sua representatividade e menoriza a democracia representativa.

Crónica publicada no jornal AS BEIRAS
"Nas vésperas das eleições autárquicas, impõem-se dois ou três apontamentos sobre o fenómeno da abstenção e da dimensão preocupante que ele tem vindo a assumir aqui na Figueira da Foz, em particular – e algo paradoxalmente – no espaço urbano. 
A primeira nota que cumpre fazer é que os cadernos eleitorais estão “inflacionados”
A fazer fé no Censos de 2011 e na estrutura da pirâmide etária nacional de 2015, haverá, aqui, qualquer coisa como 2000 a 2500 eleitores registados “a mais”. 
Se juntarmos a isso algum fenómeno migratório posterior a 2011, o número poderá ainda aumentar. Mas isso, como bem se compreende, só marginalmente explica abstenções que ultrapassam os 50%. 
Uma abstenção dessa ordem de grandeza suscita duas reflexões: a primeira é benigna. 
Consiste em dizer que os cidadãos pressentem que nada de verdadeiramente essencial está em jogo e que, seja qual for o resultado, o regular funcionamento das instituições e a dotação de bens e serviços públicos se manterá.
A segunda leitura é bem mais preocupante. 
É a que diz que os eleitores se desinteressaram totalmente da vida colectiva e deixaram de acreditar na possibilidade de, através das suas escolhas, melhorar os destinos da comunidade em que vivem. 
Um cenário que coloca em risco a continuidade da democracia, arrasa com os elementos identitários de qualquer espaço, diminui, em substância, a legitimidade dos eleitos e abre, no futuro, espaço para toda a espécie de populismo e demagogia . 
No domingo, vote!"

E o dia 1 de outubro tão perto...

Não, não vou dizer em quem vou votar no próximo dia 1.
Não tenho ligação com  partido algum em especial.
Sou sim, admito, aquilo a que se costuma denominar como um animal político.
Como tal, vou votar, sabendo, com absoluta segurança, que vou continuar a viver num concelho condenado a mais do mesmo.

Na minha Aldeia não existe um executivo socialista. 
Existe um executivo que já esteve proximo do PSD, quando este partido estava no poder concelhio.
Portanto, esta Aldeia não tem um executivo PS ou PSD.
Tem um executivo que matou a ideologia - que é o  tempo que se vive a seguir à morte da ideologia e que antecede a morte matada, que é o tempo da paz podre.

A Aldeia está no tempo da paz podre, que é o tempo a caminho do caos.
O que é bom.
A seguir, há-de viver-se  de novo a ideologia, que nos trará caminhos de criatividade e inteligência que hão-de apontar as soluções que hão-de catapultar a Aldeia no caminho do verdadeiro progreso...
Pelo menos, até que se volte a matar a ideologia...

Debate entre os candidatos autárquicos...

João Ataíde, candidato pelo PS a presidente de câmara. a noite passada no debate entre os candidatos que decorreu no CAE: "no Cabedelo, nem muro, nem ripanço..."
O recordar também faz parte da viagem...

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Ironia do destino é isto...

Carrinha faz alusão à promessa de mais estacionamento na capital.

Porque hoje é o dia do turismo...

Isto é a sério!
A Figueira da Foz é uma média cidade, mas nem por isso o tipicismo está totalmente arredado. 
Pelo menos, eu gostaria que houvesse vida nas zonas mais turísticas e um convívio sadio entre visitantes e moradores, criando-se assim um modo diferente de fazer turismo...
O tipo de turismo que não me seduz é aquele que junta as pessoas em multidões onde tudo é organizado pelos outros. 
Do meu ponto de vista, nada há como sermos nós próprios a delinear o trajecto e alterá-lo ao sabor dos caprichos do momento. 
Mesmo em turismo, prezo esse sentimento de Liberdade de fazer o que me der na real gana.

Autárquicas 2017

BYPASS

A importância de esclarecer...

O grande filósofo moral do século XIX, John Stuart Mill, argumentava que devemos instituir qualquer forma de governo que produza os melhores resultados.
Apesar de Mill ter a esperança de que envolver as pessoas na política as tonaria mais inteligentes e mais preocupadas com o bem comum, afirma que algumas formas de governo podem deixar-nos estúpidos e passivos. 
No entanto, existem outras que podem tornar-nos perspicazes, exigentes e activos.
Apesar das boas intenções dos políticos, as formas mais comuns de compromisso político não só falham no enobrecimento da sociedade, como tendem inexoravelmente para a estupidificação e a corrupção.
O economista Joseph Schumpeter bem lamenta.
“O cidadão típico desce a um nível de desempenho mental inferior assim que entra no campo político. Argumenta e analisa de um modo que prontamente reconheceria como infantil na esfera dos seus interesses reais. Torna-se novamente um primitivo.”
Em 1975,  mais de 90% dos portugueses com direito a voto votou nas primeiras eleições. 
A abstenção foi de 8,5%. 
Agora, no máximo, votam 40 e tal por cento para as eleições autárquicas na Figueira da Foz!..
Por isso é que os democratas se incomodam. A política não é valiosa para a maior parte dos habitantes do concelho da Figueira da Foz.
A democracia tem os seus defeitos e mesmo os seus limites.
Uma coisa, porém, devíamos ter presente no acto de votar. 
“A tomada de decisão política não é escolher para si próprio - é escolher para todos.”

Para quem desconhece o que é o PSD antigo...

"Consideração do trabalhador como sujeito e não como objecto de qualquer actividade. O homem português terá de libertar-se e ser libertado da condição de objecto em que tem vivido, para assumir a sua posição própria de sujeito autónomo e responsável por todo o processo social, cultural e económico." 
Esta é uma das chaves para perceber o pensamento de Sá Carneiro e dos fundadores doa actual PSD. 
Não vem do marxismo, nem do socialismo, nem do esquerdismo, vem da doutrina social da Igreja tal como se materializava no pensamento da social-democracia que se queria instituir. 
Demarca o PSD do PS, do PCP mas, acima de tudo, daqueles que no lugar do "trabalhador" colocam as "empresas", a "economia", ou outras variantes de qualquer poder que não "liberta".
Este é o PSD antigo, mas esta é também a parte que não é "modernizável", numa sociedade moderna, humana, democrática e Livre.

O coreto e a cultura...

Não é difícil imaginar, mas na minha memória estão bem presentes, os espectáculos que vinham daquele coreto rodeado de gente ávida de os ver. 
Era assim, com simplicidade, que a música e a dança chegavam ao Povo. 
E, hoje, na Figueira como é? 
Hoje, há espectáculos para elites que pagam, demitindo-se o Estado, neste caso via Câmara, de mais uma das suas funções culturais.