"Assisti recentemente a uma palestra na Figueira da Foz sobre a “Floresta, incêndios, mitos e equívocos”.
A longa apresentação defendeu os “incontestáveis” benefícios da “floresta do eucalipto”, recorrendo a muitos números e gráficos. Só faltou dizer que o “eucalipto não arde em Portugal”, mas arde na Austrália onde provoca gigantescos incêndios, causando centenas de mortes, e é apelidado de “gasoline tree”.
Paralelamente o orador convidado, representante da indústria do papel e da celulose (CELPA), passou um atestado de incompetência às instituições estatais, desde o Ministério do Ambiente à Proteção Civil. Não faltaram as críticas aos ambientalistas, “uns doidos que se acorrentam a árvores”. A cereja em cima do bolo: o apelo ao consumo de papel, vamos imprimir emails para “proteger a floresta”.
No final algumas perguntas incómodas, desde a poluição gravíssima no rio Tejo até ao facto do investimento da indústria da celulose em “floresta certifi cada de produção de eucalipto” ter estagnado ( 6 % do total). Se realmente os terrenos “improdutivos” abundam e são baratos, porque não investe a indústria e “organiza” o território?
A resposta foi esquiva, porque fica mais caro ter meios de proteção, certificar, tratar quimicamente,…etc.
E por isso, a desregulação (“alguém viu o arranque de eucaliptais ilegais?”) e a desorganização florestal não incomodam a indústria da celulose e do papel. O eucalipto após o incêndio rebenta de novo, expande-se, invade e nem precisa de ser plantado.
Temos 400 milhões de eucaliptos em Portugal. São plantados por uma única razão: dinheiro."
Via AS BEIRAS
sábado, 26 de agosto de 2017
"Um pouco marginal"...
"O mais inteligente dos homens é, em douta opinião, aquele que se chama imbecil ao menos uma vez por mês, e hoje quem vai nisso? É reparar no que dizem, escrevem e fazem os nossos pluralistas duma figa.
Noutros tempos, um imbecil compenetrava-se de que o era, até convinha. Na longa noite fascista (oh, estes lugares-comuns são deliciosos) era prudente. Agora, acabou-se! E baralharam tão bem as cartas, numa batota tão sabida e repetida, que um homem inteligente já não se distingue do imbecil. Estes tipos, pós 25 de Novembro, fizeram-no de propósito.
Um imbecil, aliás não tem preço. Isto é, não vale nicles. Um traque sempre é qualquer coisa. E esta referência escatológica lembra-me que estou na hora de jantar..."
Luiz Pacheco, in Textos de Guerrilha
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
A campanha eleitoral vai correr bem a Tenreiro. Quer dizer: vai correr melhor que a sua governação! ...
Já está na rua o manifesto de apresentação da candidatura MUDAR JÁ.
Para já, ficamos a conhecer 6 medidas emergentes, uma linha estratégica para o desenvolvimento sustentado do concelho, uma lista de vereadores composta por verdadeiros figueirenses e três nomes de referência local no apoio ao projecto.
O programa eleitoral completo continua a ser preparado pelo respectivo grupo de trabalho e em breve será publicado.
"Rincharia paroquial": ainda há debates a sério no facebook!..
A ANC-CARALHETE NEWS estudou, e continua a estudar, este interessante tema, e até encontrou a "rincharia paroquial" do Fernando Pessoa...
«A Maçonaria vista por Fernando Pessoa»
«Não há dúvida que a decadência corrói o corpo da grande instituição, que nem sequer a pseudoperseguição oficial logrou galvanizar. O tempo gastou-a. A par do tempo, as gerações que caminham na vida fixaram seus ideais em objectivos mui diversos daqueles que mais queridos foram à Maçonaria. Faltou-lhe até o concurso da inteligência, que com o seu brilho e a sua fecundidade até às instituições caducas redoura de reflexos luminosos. A vida de intriga e de utilitários interesses em que nas últimas décadas se empenharam os apaniguados teve como desiderato ou desiludir, ou afastar, ou desinteressar dos seus fins, quantos, entre os novos, lhe podiam dar uma alma incandescente e criadora. O seu trágico destino é a obscuridade. Aqui ou ali ainda se sente o seu comando. Mas de quem parte? Da mediocridade impotente. E quem o transmite? Essa mesma mediocridade. Temos, portanto, que em Portugal a Maçonaria vive enquanto viverem uns sujeitos que a trazem no papo. E depois? Depois, nada muda… Passou à história…»
Nota de rodapé.
Este Artur Martins é mesmo um gajo do avental lixado com a ANC-CARALHETE NEWS.
Contudo, registe-se, é esforçado e dotado de espírito de sacrifício... Só assim se compreende ter puxado o cavalo para o tema em causa.
Eu, jamais, faria tal coisa.
Rejeitaria, liminarmente, a hipótese do cavalo porque é domável e faz tudo o que lhe mandam.
Já o burro, porque é burro, só faz o que lhe apetece...
E continua inteligentemente a ser burro!
«A Maçonaria vista por Fernando Pessoa»
«Não há dúvida que a decadência corrói o corpo da grande instituição, que nem sequer a pseudoperseguição oficial logrou galvanizar. O tempo gastou-a. A par do tempo, as gerações que caminham na vida fixaram seus ideais em objectivos mui diversos daqueles que mais queridos foram à Maçonaria. Faltou-lhe até o concurso da inteligência, que com o seu brilho e a sua fecundidade até às instituições caducas redoura de reflexos luminosos. A vida de intriga e de utilitários interesses em que nas últimas décadas se empenharam os apaniguados teve como desiderato ou desiludir, ou afastar, ou desinteressar dos seus fins, quantos, entre os novos, lhe podiam dar uma alma incandescente e criadora. O seu trágico destino é a obscuridade. Aqui ou ali ainda se sente o seu comando. Mas de quem parte? Da mediocridade impotente. E quem o transmite? Essa mesma mediocridade. Temos, portanto, que em Portugal a Maçonaria vive enquanto viverem uns sujeitos que a trazem no papo. E depois? Depois, nada muda… Passou à história…»
Nota de rodapé.
Este Artur Martins é mesmo um gajo do avental lixado com a ANC-CARALHETE NEWS.
Contudo, registe-se, é esforçado e dotado de espírito de sacrifício... Só assim se compreende ter puxado o cavalo para o tema em causa.
Eu, jamais, faria tal coisa.
Rejeitaria, liminarmente, a hipótese do cavalo porque é domável e faz tudo o que lhe mandam.
Já o burro, porque é burro, só faz o que lhe apetece...
E continua inteligentemente a ser burro!
A cerimónia da sessão solene evocativa de homenagem ao “Patriarca da Liberdade”, que se costumava realizar na praça 8 de Maio, teve lugar no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho...
foto sacada daqui |
Esta cerimónia foi sempre um acto popular e público realizado na rua.
Porém, este ano a cerimónia da sessão solene evocativa de homenagem ao “Patriarca da Liberdade”, que se costumava realizar na praça 8 de Maio, teve lugar no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho.
Fernando Cardoso, presidente da Associação Manuel Fernandes Tomás, na sua alocução, defendeu o repto lançado por José Fernando Correia, ontem, (de Manuel Fernandes Tomás poder vir a ser o patrono do Centro Escolar de São Julião/Tavarede) e manifestou a intenção de a associação a que preside apresentar uma proposta formal à autarquia nesse sentido.
Segundo Fernando Cardoso, "uma escola é o sítio indicado para transmitir às novas gerações o legado humanista e liberal do figueirense que lutou pelos direitos cívicos durante o regime monárquico absolutista português, no século XIX."
Manuel Fernandes Tomás defendeu na época ideias progressistas e ousados.
Manuel Fernandes Tomás, levou o seu conceito de servir a coisa pública - ou seja, ser um servidor do Estado e não servir-se dele - ao extremo, tendo morrido na miséria.
Os valores do figueirense Manuel Fernandes Tomás ontem, assim como acontece todos os anos no dia 24 de agosto, foram exaltados em palavras.
Depois da deposição da coroa de flores no monumento que existe em sua homenagem na praça 8 de Maio, seguiu-se uma sessão solene na câmara.
No salão nobre dos paços do concelho, além de Fernando Cardoso, falaram Santos Silva (presidente da Associação 24 de Agosto), António Lopes (secretário-geral do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa), Filipe Fernandes Tomás (familiar do homenageado), João Ataíde (presidente da autarquia figueirense) e António Silva Henriques Gaspar (presidente do Supremo Tribunal de Justiça, na qualidade de orador convidado.
Grande Ary, não podes ser mais actual!..
Na Figueira, nos últimos oito anos, o Inverno chega mais cedo e é muito rigoroso.
Mas, é o que os cães com trela, que se deixam enganar com as eternas quimeras de Verão, prometidas pelos donos das promessas, em modo de compromisso de fantasia, merecem.
Antes cão sem dono, mas portador do passaporte da Liberdade...
Mas, é o que os cães com trela, que se deixam enganar com as eternas quimeras de Verão, prometidas pelos donos das promessas, em modo de compromisso de fantasia, merecem.
Antes cão sem dono, mas portador do passaporte da Liberdade...
Inverno não é ainda, mas Outono
A sonata que bate no meu peito
Poeta distraído, cão sem dono
Até na própria cama em que me deito
Acordar é a forma de ter sono
O presente, o pretérito imperfeito
Mesmo eu de mim próprio me abandono
Se o rigor que me devo, não respeito
Morro de pé, mas morro devagar
A vida é afinal o meu lugar
E só acaba quando eu quiser
Não me deixo ficar... não pode ser
Peço meças ao sol, ao céu, ao mar
Pois viver é também acontecer
Demagogia, rima com democracia, mas não é democrática...
A demagogia é uma demostração de miséria.
Rima, de facto, com democracia, mas não é democrática.
É uma ilusão.
Por vezes, uma ilusão que comove, que convence, que convida à devoção, mas que, por todas essas vias, apenas simula e engana.
Daí, que uma das criaturas politicamente menos recomendáveis seja o demagogo.
O demagogo é o lisonjeador, o grande orador, o fulano eloquente, carismático.
Parece grande, elevado, mas é apenas insuflado, um pequenote que, pela redução de si mesmo, disfarça a sua pequenez, projectando-se, em zoom progressivo, como maior do que os outros.
Rima, de facto, com democracia, mas não é democrática.
É uma ilusão.
Por vezes, uma ilusão que comove, que convence, que convida à devoção, mas que, por todas essas vias, apenas simula e engana.
Daí, que uma das criaturas politicamente menos recomendáveis seja o demagogo.
O demagogo é o lisonjeador, o grande orador, o fulano eloquente, carismático.
Parece grande, elevado, mas é apenas insuflado, um pequenote que, pela redução de si mesmo, disfarça a sua pequenez, projectando-se, em zoom progressivo, como maior do que os outros.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Hoje, é o amanhã que tanto nos preocupava ontem...
Sabia que há 240 milhões de anos, o mar estava 40 metros acima do nível da actualidade e que toda a zona da Figueira da Foz, até Montemor-o-Velho, estava totalmente submersa?
Que o Oceano Atlântico ainda não se tinha formado e que, se quisessem, os dinossauros que habitavam a Patagónia podiam vir, a pé, visitar os “primos” que se sabe que viveram na zona do Cabo Mondego?
Sabe como se deu o movimento de formação dos continentes e dos oceanos? Como se explica a presença de rochas e fósseis de origem marinha na Serra da Boa Viagem?
O contraditório...
João Ataíde está quase a completar 4 anos de governação sem contraditório.
A explicação é simples: Miguel Almeida e restantes membros da coligação "Somos Figueira", eleitos nas autárquicas de 2013, no fundo são da mesma família política...
E, não servem os mesmos interesses de Ataíde e dos restantes membros do executivo eleitos pelo PS, em 2013?
Miguel Almeida, dentro do seu próprio partido, também não foi alvo do exercício do contradítório, à oposição por si liderada na Câmara Municipal.
Contraditório à oposição, perguntarão vós...
Não, o que teria sido útil à Figueira, era ter havido contraditório, à falta de contraditório colocado ao poder, pela oposição, o que por diversos motivos não aconteceu.
Na Figueira, não existe o exercício do contraditório.
Nem dentro do partido da oposição ao poder que governa a Figueira. Nem dentro do partido do poder que governa a Figueira.
Nem dentro dos partidos da oposição que não exercem o contraditório, ao partido da oposição que deveria exercer oposição ao executivo que exerce o poder.
Todavia, não é o exercício do contraditório que tem um problema com a Figueira.
É a Figueira que tem um problema com a falta do exercício do contraditório pelos políticos que se demitiram de o exercer na Figueira!
Portanto, a voz do dono que continue a falar...
A explicação é simples: Miguel Almeida e restantes membros da coligação "Somos Figueira", eleitos nas autárquicas de 2013, no fundo são da mesma família política...
E, não servem os mesmos interesses de Ataíde e dos restantes membros do executivo eleitos pelo PS, em 2013?
Miguel Almeida, dentro do seu próprio partido, também não foi alvo do exercício do contradítório, à oposição por si liderada na Câmara Municipal.
Contraditório à oposição, perguntarão vós...
Não, o que teria sido útil à Figueira, era ter havido contraditório, à falta de contraditório colocado ao poder, pela oposição, o que por diversos motivos não aconteceu.
Na Figueira, não existe o exercício do contraditório.
Nem dentro do partido da oposição ao poder que governa a Figueira. Nem dentro do partido do poder que governa a Figueira.
Nem dentro dos partidos da oposição que não exercem o contraditório, ao partido da oposição que deveria exercer oposição ao executivo que exerce o poder.
Todavia, não é o exercício do contraditório que tem um problema com a Figueira.
É a Figueira que tem um problema com a falta do exercício do contraditório pelos políticos que se demitiram de o exercer na Figueira!
Portanto, a voz do dono que continue a falar...
Sinceramente: já não há pachorra!
"No passado fim de semana contámos mais de 3000 carros estacionados na mesma área onde o projeto para a praia de Cabedelo prevê apenas 600 lugares. Sabendo que a maioria vem de fora, como se constatou pelo trânsito na A14, ou o arquiteto Hipólito Bettencourt se enganou outra vez e fez as contas a CARRINHOS DE GOLF ou vão faltar 2400 lugares."
SOS CABEDELO
Nota de rodapé.
Contas, contas, e mais contas e mais contas, é o que a maioria dos portugueses têm que fazer no seu dia a dia.
Desgraçadamente temos preços europeus e os salários mais baixos da Europa, mesmo abaixo de alguns dos novos países de leste que entraram...
E, até para ir ao Cabedelo, ainda nos querem impor mais sacrifícios!..
Se calhar, tanto eu como o SOS CABEDELO estamos a ver mal: tal pode ser explicado pelo tal de arquitecto Hipólito Bettencourt, com facilidade, e tudo isto deve decorrer do nosso analfabetismo em contas.
SOS CABEDELO
Nota de rodapé.
Contas, contas, e mais contas e mais contas, é o que a maioria dos portugueses têm que fazer no seu dia a dia.
Desgraçadamente temos preços europeus e os salários mais baixos da Europa, mesmo abaixo de alguns dos novos países de leste que entraram...
E, até para ir ao Cabedelo, ainda nos querem impor mais sacrifícios!..
Se calhar, tanto eu como o SOS CABEDELO estamos a ver mal: tal pode ser explicado pelo tal de arquitecto Hipólito Bettencourt, com facilidade, e tudo isto deve decorrer do nosso analfabetismo em contas.
“24 de agosto, dia de arejar os aventais”
Antecipadamente anunciado com pompa e circunstância, como acontece todos os anos neste 24 de agosto, hoje, portanto, é dia de prestar mais uma homenagem ao Patriarca da Liberdade, Manuel Fernandes Thomaz, que liderou a Revolução Liberal a partir do Porto, a 24 de agosto de 1820.
As cerimónias, em 2017, contam com a presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Silva Henriques Gaspar, entre outras entidades oficiais e particulares.
Como tem sido hábito, a Associação 24 de Agosto, organização civil, que representa as secretas lojas maçónicas locais (Fernandes Tomás e a loja feminina Claridade), em parceria com a edilidade, são as entidades organizadoras das referidas comemorações.
Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros…
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses).
Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem.
Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa.
Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada.
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas.
Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Mas, o que abunda são os beatos, que batem com a mão no peito nas missas...
É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.
Hoje, rapazes e raparigas, homens e mulheres, figueirenses, migrantes e visitantes, vão arejar os dourados aventais na praça nova, em representação das retrosarias, mercearias e outras lojas que tais, num autêntico desfile de feira de vaidades. Perfilam-se junto à estátua do Patriarca da Liberdade, onde jaz Fernandes Tomás, e este, volta e meia, deve dar pulos dentro do féretro, ao ver a baixa qualidade dos homens que representam o Grémio local, que já não é a mesma dos de antanho.
Alguns preferem ficar meio escondidos nas sombras das árvores, e ainda outros, não colocam lá os pezinhos com receio de serem reconhecidos como merceeiros.
Quem vai ser o orador da Associação 24 de Agosto este ano?
O ano passado, saiu na praça, como palestrante oficial o social-democrata Teo Cavaco, deputado municipal e, habitualmente líder do grupo parlamentar em exercíco na bancada do PSD, em substituição de Pereira da Costa, o líder "oficial", dados os seus constantes atrasos na chegada às sessões, a par de algumas ausências. Será que este ano, vamos ter o líder da bancada parlamentar da AM do PS, o ilustríssimo Nuno Melo Biscaia?
Até podia ser, mas falta-lhe talento e a coragem do pai. O Zé Fernando, o Nuno Cid, e o Luís Ribeiro dão muito nas vistas. O Portugal está sempre ausente. O Presidente é independente e já fala na qualidade de edil. O Paz está chateado. O Alves está reformado. O Adelino do Paião está sempre ocupado com o Presidente dos baldios, e todos os dias morre gente. O Monteiro anda sempre no intervalo dos pingos da chuva.
Então, quem será? Como estamos em ano de eleições, o mais certo, é aparecer um ilustre desconhecido, aparentemente apartidário.
Não parece que seja assim.
Contudo, por vezes acontecem surpresas...
Querem ver, que ainda vai sair o noviço Miguel da Ferreira, funcionário da UGT, e sexto na lista do PS à Câmara?
Tudo é possível...
Aliás nesta terra de liberdade e fantasia, já pouco nos pode surpreender.
É a teatralidade do bem. E ficam tão bem de avental.
É favor arejar os aventais. E, o resto, também, nomeadamente a politica local, bafienta e bolorenta.
Não é preciso mudar já, mas não percam tempo, porque o compromisso é ficar tudo na mesma.
Os profanos figueirenses, não sabem mesmo nada de mercearia, nem de retrosaria.
Notas de rodapé:
1. Este, como pode comprovar quem leu, é mais um grande trabalho da ANC-Caralhete News, que exigiu a consulta exaustiva da melhor bibliografia sobre a matéria "A Maçonaria em Portugal", A.H. de Oliveira Marques; "Segredos da Maçonaria Portuguesa", António José Vilela; "O Fim dos Segredos", Catarina Guerreiro.
2. As "laranjas" e as "rosas", são da mesma mercearia ou loja - Primorosa, passe a publicidade.
3. "24 de Agosto", é uma crónica de José Fernando Correia, economista, hoje publicada no jornal AS BEIRAS. Dada a acuidade e actualidade da matéria, aconselha-se a sua leitura. Passo a citar:
"A Figueira da Foz evocará hoje, uma vez mais, a revolução de 1820 e a memória de um dos seus mais notáveis filhos: Manuel Fernandes Tomás (MFT). Este ano, a efeméride contará com a presença da 4ª figura do Estado, o Presidente do STJ. Esta homenagem de 24/8 foi passando a integrar o património cívico da Figueira da Foz, mesmo se, sobre ela, recaem, de quando em vez, certas críticas que enfatizam a sua natureza meramente litúrgica, bem como a orientação para uma minoria interessada. Essas críticas merecem certo acolhimento e exigem uma reflexão sobre os meios para expandir o conhecimento e o interesse sobre o legado de MFT nas suas múltiplas dimensões. Deixo duas linhas orientadoras que podem conferir uma dimensão outra à dedicação dos figueirenses à vida e à obra de MFT, à importância das ideias liberais no primeiro quartel do século XIX bem como à respetiva atualidade. A primeira delas, já aflorada, respeita à colocação da cidade no mapa das comemorações, em 2020, do bicentenário da revolução. Converter a Figueira da Foz na “capital” dessa celebração será aspiração nefelibata. O Porto é o candidato natural a esse título. Mas ter aqui, nesse ano, um ou dois eventos de alcance nacional, é ambição razoável para a qual importaria começar a desenvolver esforços. A segunda linha respeita à importância que teria, sobretudo para os mais novos, a possibilidade de transformar MFT no patrono de um estabelecimento de ensino do concelho. O Centro Escolar de S. Julião /Tavarede é a escolha óbvia."
As cerimónias, em 2017, contam com a presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Silva Henriques Gaspar, entre outras entidades oficiais e particulares.
Como tem sido hábito, a Associação 24 de Agosto, organização civil, que representa as secretas lojas maçónicas locais (Fernandes Tomás e a loja feminina Claridade), em parceria com a edilidade, são as entidades organizadoras das referidas comemorações.
Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros…
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses).
Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem.
Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa.
Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada.
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas.
Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Mas, o que abunda são os beatos, que batem com a mão no peito nas missas...
É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.
Hoje, rapazes e raparigas, homens e mulheres, figueirenses, migrantes e visitantes, vão arejar os dourados aventais na praça nova, em representação das retrosarias, mercearias e outras lojas que tais, num autêntico desfile de feira de vaidades. Perfilam-se junto à estátua do Patriarca da Liberdade, onde jaz Fernandes Tomás, e este, volta e meia, deve dar pulos dentro do féretro, ao ver a baixa qualidade dos homens que representam o Grémio local, que já não é a mesma dos de antanho.
Alguns preferem ficar meio escondidos nas sombras das árvores, e ainda outros, não colocam lá os pezinhos com receio de serem reconhecidos como merceeiros.
Quem vai ser o orador da Associação 24 de Agosto este ano?
O ano passado, saiu na praça, como palestrante oficial o social-democrata Teo Cavaco, deputado municipal e, habitualmente líder do grupo parlamentar em exercíco na bancada do PSD, em substituição de Pereira da Costa, o líder "oficial", dados os seus constantes atrasos na chegada às sessões, a par de algumas ausências. Será que este ano, vamos ter o líder da bancada parlamentar da AM do PS, o ilustríssimo Nuno Melo Biscaia?
Até podia ser, mas falta-lhe talento e a coragem do pai. O Zé Fernando, o Nuno Cid, e o Luís Ribeiro dão muito nas vistas. O Portugal está sempre ausente. O Presidente é independente e já fala na qualidade de edil. O Paz está chateado. O Alves está reformado. O Adelino do Paião está sempre ocupado com o Presidente dos baldios, e todos os dias morre gente. O Monteiro anda sempre no intervalo dos pingos da chuva.
Então, quem será? Como estamos em ano de eleições, o mais certo, é aparecer um ilustre desconhecido, aparentemente apartidário.
Não parece que seja assim.
Contudo, por vezes acontecem surpresas...
Querem ver, que ainda vai sair o noviço Miguel da Ferreira, funcionário da UGT, e sexto na lista do PS à Câmara?
Tudo é possível...
Aliás nesta terra de liberdade e fantasia, já pouco nos pode surpreender.
É a teatralidade do bem. E ficam tão bem de avental.
É favor arejar os aventais. E, o resto, também, nomeadamente a politica local, bafienta e bolorenta.
Não é preciso mudar já, mas não percam tempo, porque o compromisso é ficar tudo na mesma.
Os profanos figueirenses, não sabem mesmo nada de mercearia, nem de retrosaria.
Notas de rodapé:
1. Este, como pode comprovar quem leu, é mais um grande trabalho da ANC-Caralhete News, que exigiu a consulta exaustiva da melhor bibliografia sobre a matéria "A Maçonaria em Portugal", A.H. de Oliveira Marques; "Segredos da Maçonaria Portuguesa", António José Vilela; "O Fim dos Segredos", Catarina Guerreiro.
2. As "laranjas" e as "rosas", são da mesma mercearia ou loja - Primorosa, passe a publicidade.
3. "24 de Agosto", é uma crónica de José Fernando Correia, economista, hoje publicada no jornal AS BEIRAS. Dada a acuidade e actualidade da matéria, aconselha-se a sua leitura. Passo a citar:
"A Figueira da Foz evocará hoje, uma vez mais, a revolução de 1820 e a memória de um dos seus mais notáveis filhos: Manuel Fernandes Tomás (MFT). Este ano, a efeméride contará com a presença da 4ª figura do Estado, o Presidente do STJ. Esta homenagem de 24/8 foi passando a integrar o património cívico da Figueira da Foz, mesmo se, sobre ela, recaem, de quando em vez, certas críticas que enfatizam a sua natureza meramente litúrgica, bem como a orientação para uma minoria interessada. Essas críticas merecem certo acolhimento e exigem uma reflexão sobre os meios para expandir o conhecimento e o interesse sobre o legado de MFT nas suas múltiplas dimensões. Deixo duas linhas orientadoras que podem conferir uma dimensão outra à dedicação dos figueirenses à vida e à obra de MFT, à importância das ideias liberais no primeiro quartel do século XIX bem como à respetiva atualidade. A primeira delas, já aflorada, respeita à colocação da cidade no mapa das comemorações, em 2020, do bicentenário da revolução. Converter a Figueira da Foz na “capital” dessa celebração será aspiração nefelibata. O Porto é o candidato natural a esse título. Mas ter aqui, nesse ano, um ou dois eventos de alcance nacional, é ambição razoável para a qual importaria começar a desenvolver esforços. A segunda linha respeita à importância que teria, sobretudo para os mais novos, a possibilidade de transformar MFT no patrono de um estabelecimento de ensino do concelho. O Centro Escolar de S. Julião /Tavarede é a escolha óbvia."
Luís Carlos, um candidato para Fazer Diferente...
"Numa altura em que se começam a notar os cartazes para a campanha eleitoral, eu, como candidato a presidente da junta de freguesia de Buarcos-São Julião, estou indeciso com a foto que vou colocar no cartaz, que acham? Fazer Diferente."
O Luís Carlos é daquelas pessoas com quem dá gosto conversar.
É divertido, mas incisivo. É conciso, mordaz e cortante. Mas, assertivo e com ideias.
Não é preciso muito para, na Figueira, fazer a diferença.
Por vezes, basta uma pequena reinvenção. Fazer algo ligeiramente diferente da rotina.
Luís Carlos, se for eleito, vai ser um autarca com raça, capaz de accionar aquele clic que pode tornar diferente a maneira de fazer política.
Gosto da irreverência assumida do Luís Carlos.
O Luís Carlos é daquelas pessoas com quem dá gosto conversar.
É divertido, mas incisivo. É conciso, mordaz e cortante. Mas, assertivo e com ideias.
Não é preciso muito para, na Figueira, fazer a diferença.
Por vezes, basta uma pequena reinvenção. Fazer algo ligeiramente diferente da rotina.
Luís Carlos, se for eleito, vai ser um autarca com raça, capaz de accionar aquele clic que pode tornar diferente a maneira de fazer política.
Gosto da irreverência assumida do Luís Carlos.
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