terça-feira, 18 de julho de 2017

Porque é que o "monossilábico" Ataíde, há-de ter tantos votos?.. O "tenrinho" também merece...

Caros militantes figueirense do PS:
Por favor não votem no João Ataíde! 
Se querem que eu algum dia vote no PS, o que não será fácil, não ponham mais uma vez o Senhor no poleiro da Figueira! 
Ouçam e leiam o seu discurso e percebam porque vos dou o conselho acima. 
A única coisa que dá para perceber, é que o Senhor está a transformar esta pré-campanha, numa coisa sem interesse e sem ideias, com o mero objectivo de chegar ao poder, utilizando apenas consultores de imagem. 
Lembrem-se, sobretudo, de uma coisa: vocês querem votar num Senhor que poderia ter sido candidato do PSD?..
Para isso têm o "tenrinho", que assina por baixo!..

Só me dá vontade de sorrir. Na Figueira, continua a ser sempre carnaval...

Os pormenores interessam-me. São eles que poderiam fazer a diferença, quando olho para este conjunto de fotos. Mas, ao tentar notar aquilo que pode passar despercebido aos demais, para elaboração de hipóteses, decisão e rumo, para a Figueira, para depois de outubro próximo, começo a encontrar cada vez menos diferença!  No fundo, é mais do mesmo: estes três políticos são todos iguais. Apenas têm caras diferentes para que se possam distinguir uns dos outros.
O vereador Miguel Almeida, ontem, na reunião de câmara, desafiou João Ataíde a assinar já a renovação do contrato do RFM SOMNI – O Maior Sunset de Sempre por mais quatro anos, antes de 1 de outubro próximo, data da realização  das eleições autárquicas 2017.
"O evento é para continuar?", questionou o autarca da oposição. 
“O “Sunset” continua na Figueira. É esse no nosso propósito e o propósito da promotora”, respondeu o presidente. 
Contudo, ressalvou João Ataíde, “o protocolo terminou este ano e não fazia sentido” estar a renová-lo antes das eleições autárquicas. 
“Da nossa parte, não temos nada a opor. Se quiser assiná-lo antes das eleições, pode assiná-lo”, garantiu Miguel Almeida. Até porque, defendeu o vereador do PSD: “Não podemos correr o risco do “Sunset” sair da Figueira”.
Esse risco não existe, garantiu o presidente do executivo camarário socialista. E concluiu: “Com essa abertura, vamos a isso!”
Contactado pelo Diário As Beiras, Carlos Tenreiro, candidato do PSD à câmara, assina por baixo a proposta de Miguel Almeida.
Com a posição assumida pelo PSD, tudo indica que o assunto vai ficar resolvido antes dos figueirenses serem chamados a eleger os seus representantes autárquicos, em outubro de 2017.

Nota de rodapé.
Cito o que escrevi aqui, um dia destes.
A minha azia política é fácil de explicar: já não suporto o estado a que o concelho chegou.
Os lugares políticos na Figueira, tirando algumas honrosas excpções, foram assaltados por gente sem as qualificações humanas mínimas para poderem ser chamados servidores públicos.
Perante este triste cenário, era fundamental que tivesse aparecido uma candidatura diferente!
Uma candidatura e um candidato, para quem a Figueira e o seu concelho, fossem realmente o importante.
Ainda não foi desta vez, porém, que essa candidatura verdadeiramente independente das políticas que têm vindo, há décadas, a arruinar a Figueira e o concelho, foi possível.
No panorama político já definido para ir a votos em outubro 2017, não estou a ver uma candidatura verdadeiramente determinda e com possibilidades de combater o rumo de declínio concelhio, marcado pela obra vergonhosa de PS e  PSD ao longo de 43 anos. 
É pena, pois a Figueira precisava de uma candidatura apostada na exigência inadiável de uma ruptura que levasse a uma verdadeira mudança, que apostasse, não nos remendos possíveis a esta política, mas, sim, numa viragem que nos fizesse navegar com outros ventos e marés na busca de outro rumo.
E, então, o que resta a nós, pobres mortais, fazer?
Pois... 
Continuar a fazer "qualquer coisa de louco e heróico", como escreveu Manuel da Fonseca.

Floresta concelhia: Câmara tem planos “actualizados” de defesa da floresta, mas "a limpeza será feita em breve, pois o concurso público ficou deserto"...

Esta casa, que tem uma longa história (apaixonado pela Figueira da Foz, Joaquim Namorado residiu aqui nesta modesta casa, sita na vertente Sul da Serra da Boa Viagem, durante bastante tempo, sobretudo em fins-de-semana e nas férias...) está em perigo. Foto António Agostinho
O SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente) efectuou este ano no concelho da Figueira 462 notificações a proprietários de terrenos e matas, para a respectiva limpeza.
Segundo o Diário de Coimbra «houve um cumprimento de 97%»
A informação foi avançada ontem em reunião de Câmara, depois do vereador do PSD, Miguel Almeida, ter levantado várias questões em relação a esta matéria para «descansar as pessoas». Recordan­do a tragédia de Pedrógão Grande, o autarca quis saber «que grau de prevenção e prontidão» existe no município, apesar de salvaguardar que quanto ao combate a incêndios não sente «tanta preocupação, pela qualidade dos dois corpos de bombeiros».
Entretanto, é conhecido que há munícipes que reclamam a limpeza de matas e florestas próximas das habitações, exigindo que se cumpra a lei
Miguel Almeida, vereador do PSD, na reunião de câmara de ontem colocou na ordem dia o debate sobre a prevenção de incêndios no concelho. Nomeadamente, indagou o executivo camarário se foi feito um levantamento das zonas de risco e quantos proprietários procederam à limpeza dos terrenos
João Ataíde, o presidente, afirmou que o levantamento foi feito, com a colaboração da GNR, que emitiu 462 notificações, registando uma taxa de cumprimento de cerca de 97 por cento, em todas as freguesias
Contudo, para o presidente da câmara, o minifúndio existente dificulta uma solução mais célere e eficiente – só em Quiaios, a meio do levantamento, estavam contabilizadas 17 mil parcelas - , propondo o “emparcelamento proactivo e coercivo”
Miguel Almeida quis saber se os pinhais do município estão limpos. A resposta foi a de que o concurso público ficou deserto e que a limpeza será feita em breve, com a garantia que nenhuma das suas áreas florestais se encontra a menos de 50 metros de zonas habitadas
O autarca da oposição defendeu que a câmara deve ter os seus pinhais limpos, para dar o exemplo...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Se houver um incêndio, como é?..

 Esta tarde, a convite da minha amiga Teresa Namorado, tive oportunidade de ver esta paisagem magnífica.
É a encosta sul da Serra da Boa Viagem na sua inteira beleza!
A imagem que temos a certa altitude torna a paisagem totalmente diferente...
Podemos olhá-la linda... 
Quero vê-la sempre linda! 
Que é o que ela é, uma paisagem vestida com a simplicidade linda de quem sabe que os adereços lhe estariam a mais.
Mas é uma paisagem perigosa.
A calma presente nesta visão faz bem. É um silêncio que nos faz sentir a sós (não isolados) e que nos irmana de uma forma forte com a paisagem. 
Não há ruído a perturbar o entendimento e a interacção que nestes momentos são tão necessários.
Mas há perigo, muito perigo. Se repararem bem, esta casa, que tem uma longa história (apaixonado pela Figueira da Foz, Joaquim Namorado aqui residiu nesta modesta casa, sita na vertente Sul da Serra da Boa Viagem, durante bastante tempo, sobretudo em fins-de-semana e nas férias...) está em perigo.
Em terrenos de que não se sabe bem de quem é a propriedade, as silvas e o mato entram pela propriedade que, agora, é da minha amiga Teresa Namorado.
Ao que sei, Teresa Namorado já reclamou.
Mas, ninguém resolve nada...

A associação de ideias que me ocorreu ao ver esta imagem!.. Tiveram a mesma percepção?

Bom dia...Mexam-se...

Quem vive uma vida interior muito desgastante, de sentimentos muito intensos e sempre atrás de grandes desafios, perde  muita energia no caminho. 
A alternativa, é  apoiar-se mais no corpo, no mundo das sensações - no olfacto, na visão, no tacto, etc. - para deixar a alma descansar um pouco. 
Um longo passeio pela praia, por exemplo, resolve o assunto. 
Para quem anda sempre de má cara, com os olhos avermelhados de tanto cansaço e para quem se olha ao espelho e quase nem se reconhece,  faça um favor  a si próprio: mexa-se.

Actualização: 
"Foto espetacular. Bem merecia este título: Eu,o paraíso e as gaivotas." (comentário de um anónimo)
Resta acrescentar que a foto é da minha Amiga Clara Gil.

Calendário eleitoral para as autárquicas 2017

Segundo o mapa-calendário divulgado pela  Comissão Nacional de Eleições para o acto eleitoral de 1 de outubro, todas as candidaturas terão de ser entregues no tribunal até ao dia 7 de agosto (segunda-feira)
Antes, porém, até 28 de julho, as coligações de partidos devem ser comunicadas ao Tribunal Constitucional, bem como publicar esse acordo em “jornais diários de maior difusão na área da autarquia”
O sorteio da ordem do boletim de voto ocorre no dia 8 de agosto, devendo o resultado ser “imediatamente afixado à porta do edifício do tribunal”
Até 14 de agosto, o juiz deverá verificar “a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos que o integram e a elegibilidade dos candidatos”.

O Colóquio "Florestas, prevenção, limpeza e ordenamento: Que futuro para a Serra da Boa Viagem?", realizou-se ontem na UIR...

Foto Rui Torres
A sala encheu-se, o que demonstra que as pessoas estão atentas e comparecem, quando os temas em debate são apelativos e a discussão tem a ver com o seu dia a dia.
Os oradores convidados, eng. José Carlos Morgado e Dr. Ricardo Oliveira, procuraram ser explícitos nas suas intervenções, apesar da complexidade das matérias, o que prendeu a atenção das dezenas de pessoas que estiveram presentes.
A moderação de João Saltão,  membro do Fórum Cívico Figueira 2017, que em boa hora organizou este evento, foi eficiente, se tirarmos o pequeno pormenor da sua intrevenção na abertura dos trabalhos, ter sido desnecessariamente algo longa e pormenorizada. 
De lamentar, que na discussão e debate público de matérias tão importantes como o planeamento e gestão da prevenção de fogos florestais, em geral, e da Serra da Boa Viagem, em particular, as entidades oficiais, nomeadamente a CMFF  e juntas de freguesia, assim como a comunicação social figueirense, tivessem primado pela ausência.

domingo, 16 de julho de 2017

Arte de viver...

Ser livre, não é ser sempre bom...
Mas, ser livre é  ser...
E, isso, é bom.
A ideia de utopia só existe quando ao sonho se opõe a descrença.
Se, em nós o sonho é possível, não é utopia: é projecto.

Já basta de traições...

A minha azia política é fácil de explicar: já não suporto o estado a que o concelho chegou.
Os lugares políticos na Figueira, tirando algumas honrosas excpções, foram assaltados por gente sem as qualificações humanas mínimas para poderem ser chamados servidores públicos.
Perante este triste cenário, era fundamental que tivesse aparecido uma candidatura diferente!
Uma candidatura e um candidato, para quem a Figueira e o seu concelho, fossem realmente o importante.
Ainda não foi desta vez, porém, que essa candidatura verdadeiramente independente das políticas que têm vindo, há décadas, a arruinar a Figueira e o concelho, foi possível.
No panorama político já definido para ir a votos em outubro 2017, não estou a ver uma candidatura verdadeiramente determinda e com possibilidades de combater o rumo de declínio concelhio, marcado pela obra vergonhosa de PS e  PSD ao longo de 43 anos. 
É pena, pois a Figueira precisava de uma candidatura apostada na exigência inadiável de uma ruptura que levasse a uma verdadeira mudança, que apostasse, não nos remendos possíveis a esta política, mas, sim, numa viragem que nos fizesse navegar com outros ventos e marés na busca de outro rumo.
E, então, o que resta a nós, pobres mortais, fazer?
Pois... 
Continuar a fazer "qualquer coisa de louco e heróico"como escreveu Manuel da Fonseca.

"É assim que se fazem obras na Figueira da Foz."

Nova rotunda, Piscina Ginásio.
Já não se transplatam árvores...
Destroem-se!..

Com a devida vénia, via José Campos

As tensões da vidinha... Quando não se consegue, recorre-se às pastilhinhas milagrosas cheias de contra indicações. É a vidinha! Ai, a vidinha...

"Menos de um mês depois de ter deixado de ser chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Gonçalo Alves criou uma empresa de consultoria e certificação florestal, com mais três sócios. A empresa, constituída em fevereiro deste ano, celebrou em junho um contrato por ajuste direto com o Fundo Ambiental, sob alçada do Ministério do Ambiente, para prestação de serviços na área das alterações climáticas.

O contrato de € 66 mil para serviços de assessoria e acompanhamento de projectos, disponível no portal Base, foi celebrado a 26 de junho de 2017. O Ministério do Ambiente lembra que a lei permite ajustes directos até € 75 mil e, por isso, não obriga a que haja concurso público. E assegura que “não era do conhecimento” do ministério que um dos sócios da empresa fosse ex-chefe de gabinete do ministro da Agricultura. Para a prestação deste serviço, explicam, foram consultadas três empresas. “A escolha acabou por recair sobre a Smart Forest — Consultoria e Certificação Florestal porque, tendo apresentado proposta, possui, entre os seus recursos técnicos, especialistas na área das alterações climáticas, designadamente no âmbito do comércio de direitos de carbono, especialidade requerida nas áreas de intervenção do Fundo Ambiental.”

Contactado pelo Expresso, Gonçalo Alves, que tem 25% da empresa constituída a 13 de fevereiro, confirma que o contrato foi celebrado através de um dos seus sócios. “A solução que se encontrou foi o contrato ser feito através da Smart Forest, mas poderia ter sido feito individualmente por ele.” O engenheiro florestal, que esteve no gabinete de Capoulas Santos entre 29 de janeiro de 2016 e 23 de janeiro de 2017, explica que a empresa recém-criada visa montar um fundo de investimento florestal. “Também faz alguns trabalhos de consultoria, mas não faz exploração florestal, porque não somos proprietários, nem temos áreas florestais.”

O ano em que Gonçalo Alves esteve no gabinete coincide com o período em que o Governo preparou 12 diplomas para a reforma da floresta. Um deles, da responsabilidade da Agricultura, criou o regime de reconhecimento das Entidades de Gestão Florestal (EGF). Um dos critérios para que as entidades sejam reconhecidas como tal — e venham a ter benefícios e incentivos fiscais, ainda em discussão no Parlamento — é a obrigatoriedade de terem certificação florestal. Questionado sobre o papel de Gonçalo Alves na produção legislativa, o gabinete de Capoulas esclarece que “as funções de chefe de gabinete não incluíram (nem incluem) qualquer intervenção na produção do ponto de vista legislativo”. E afirmam que o engenheiro “retomou a sua actividade profissional” após a saída, situação que “não configura qualquer conflito ético ou legal”.

O ex-chefe de gabinete esclarece que a sua empresa não é apta para ser reconhecida como uma EGF. “Não sendo a Smart Forest um proprietário ou arrendatário de áreas florestais, nunca pode constituir em si mesmo uma entidade. Quem poderá ser no futuro é o próprio fundo como proprietário de áreas florestais.” Sobre o facto de ser uma empresa ligada à gestão e certificação florestal, criada pouco depois de ter saído do gabinete do ministro que tutela essa matéria, Gonçalo Alves lembra que esse é o sector em que sempre trabalhou. “Não fui trabalhar para nenhuma grande multinacional que possa beneficiar dos meus conhecimentos. Abracei um projecto numa área de onde já vinha.”

Actualmente, a lei apenas define limites para o que os políticos podem fazer depois de cessar funções, não alargando o âmbito aos membros dos gabinetes. O regime de incompatibilidades e impedimentos obriga a que durante três anos os visados não possam exercer cargos em empresas privadas no sector que tutelaram e que tenham sido objeto de privatização ou beneficiado de incentivos financeiros ou benefícios fiscais.

Antes de ter chegado ao gabinete de Capoulas, Gonçalo Alves passou por uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário com consultor na área florestal e foi diretor florestal grupo Investwood (madeiras), após ter passado pela Autoridade Florestal Nacional e pela Proteção Civil."
Via Expresso

Autárquicas 2017...

E se João Ataíde, aliás, sem grande surpresa, diga-se, vencer a eleição no concelho da Figueira? 
E se António Salgueiro, aliás, sem grande surpresa, diga-se, vencer a eleição na Aldeia? 
E se José Esteves, aliás, sem grande surpresa, diga-se, vencer a eleição em Buarcos/S. Julião? 
Eu, que não gosto nada da frase, limitar-me-ei a registar: «o povo tem os líderes que merece».

Nota de rodapé.
Como eu gostava de ser surpreendido!..
E, sobretudo, de constatar que falei cedo demais...

O surf, o golfe, "aquela coisa de 4 rodas dos putos" e o Cabedelo do futuro...

Foto FOZ AO MINUTO
"O arquitecto paisagista contratado pela autarquia para a reabilitação do Cabedelo, esteve na Gala a apresentar o seu projeto. Mostrou a praça atrás do muro que não é para fazer, trocou o surf pelo golfe e deixou bem claro a todos os presentes que não sabe o que é um skate. 
Uma vez que o Sr. Presidente também não quer MUROS CONTRA O MAR, inviabilizando a praça que o arquiteto continua a defender, talvez queira considerar oferecer-lhe um par de patins convidando-o a ir de vela. 
Nesta fase importava esclarecer se se trata de equívocos dele ou se o equívoco é mesmo ele - o arquiteto Hipólito Bettencourt."  (Via SOS CABEDELO)

No fim da tarde da passada sexta-feira, a lebre saiu disparada...
Superou-se. Isto, é: espalhou-se...
Como sabemos da «estória», a lebre chega sempre primeiro a quase tudo. 
Na vida, como nas corridas de animais em fábulas, há tendência a ligar o sucesso (pessoal, profissional, o que vocês quiserem...) ao imediatismo com que a ele se chega. 
Mas, "depressa e bem há pouco quem".

Ao ouvir o arquitecto contratado pela Câmara, lembrei-me que, ao longo da vida, continuamos a ser crianças com pressa de chegar a adultos, sempre com a pressa de acelerar em direcção a um sucesso que, muitas vezes, não parámos sequer para definir ou entender. 
E, por vezes, acontece o que não deveria acontecer: hipotecamos o presente, em função de um futuro que será ele, também, um presente hipotecado

Gosto de parar a espaços e deixar os sentidos fazer o que eles sabem. 
Todas as máquinas precisam de resets. 
Todos os corpos precisam de sol. Todas as almas precisam  de silêncio. 
E de pausas.
O pôr do sol no Cabedelo,  em harmonia com a natureza, é o meu oxigénio para a alma.
Serve para entender o aqui e o agora, que, neste caso, é mais palpavél e visível do que nos dizem ser o que vem a seguir.

Muito do que somos, depende daquilo que aceitamos que façam de nós.
Na passada sexta, houve a farsa da apresentação pública, levada à cena no DESPORTIVO CLUBE MARÍTIMO DA GALA, DO PLANO ESTRATÉGICO DE DESEVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DO CABEDELO, com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017....
Hoje, dou comigo a matutar, pois sobrou uma interrogação: o arquitecto responsável pelo projecto, Hipólito Bettencourt, enganou-se ou descaiu-se? 
Será que vão tirar  dali o campismo para meter lá o golfe?..

Há um mestre da escrita, que se encaixa perfeitamente neste contexto.
Chama-se Terry Prachett. Para quem não o conhece, este autor de histórias fantásticas, criou, entre outros, uma série de livros conhecidos por "The Discworld Series", em que mais do que as histórias, o que fascina é o mundo criado. 
Quem é que se iria lembrar de criar um planeta nas costas de uma tartaruga que se move sem parar pelo Universo? Com uma precisão quase visual, são descritos os confins do mundo no bordo da carapaça, ou os estranhos ambientes da cauda da tartaruga! E as personagens são também muito castiças, como o feiticeiro frustrado Rincewind, que não consegue decorar feitiços, até à Morte...
Os livros desta série, proporcionam umas boas horas de riso e de trabalho mental.
Para os que gostam de criatividade e originalidade, façam um favor a vocês próprios: comecem a ler estes livros o mais depressa possível! 

sábado, 15 de julho de 2017

OUTRA MARGEM = MARGEM SUL: “no man’s land”

Margem sul, estrada nacional 109: a antiga, que saindo da Gala em direcção a sul atravessa vários locais povoados; por onde apraz a vários ciclistas passear e fazer algumas “acrobacias” nos fins de semana e não só; por onde se podem encontrar diariamente e em várias horas, muitas pessoas que se deslocam a pé; com uma elevada densidade de tráfego automóvel. É esta: sem bermas, ou a existirem, cobertas por densa vegetação, nomeadamente canas, espécie reconhecidamente autóctone (lol ), algumas belas e ferozes silvas estrategicamente espalhadas, e muitas acácias que ocasionalmente até riscam os carros….. Questiono-me sobre o que estará à espera a autarquia para arranjar condignamente umas, pequenas que sejam, bermas decentes, por onde os peões possam andar com um mínimo de segurança e onde os ciclistas se possam “refugiar” em caso de aperto….. Acredito que alguns frenesins como, por exemplo, o que anda aí à volta de um Cabo, sejam muito mais apetecíveis porque darão maior projecção ou outras benesses, sei lá, do que a segurança e o bem estar de uns míseros habitantes. Míseros, mas que pagam impostos, como todos os outros. Talvez se espere que uns acidentes matem uns quantos para que o tema seja digno de debate e atenção. Ou não, porque mais uma vez me esqueci: A Figueira não tem margem sul. Para quem por aqui passa, isto apenas aparenta ser uma “no man’s land”.

Com a devida vénia, via Ana Maria Maia

Um colóquio que deve ser interessante

Parou-lhes o cérebro?..

Numa cidade e num concelho, onde nos dizem que o futuro passa pelo turismo, vamos oferecer aos turistas apenas betão armado e muros?..
Não podemos permitir, não vamos deixar...

Que interesssa viver até aos cem anos se pelo caminho abandonámos as coisas que nos faziam ter vontade de viver até aos cem anos?..

Isto, começou por ser um pequeno espaço com algumas (poucas) dezenas de leitores.
Já lá vão mais de 11 anos, mas lembro-me que surgiu como reacção à forma como os media, que falam da Figueira, definiam (e continuam a definir...)  a agenda social, política e mediática do nosso concelho.
Não tinha, como continuo a não ter, um plano estratégico. 
Muito menos, objectivos.

Como em qualquer iniciativa, a coisa nasce com o tamanho do seu empreendedor. 
Assim foi com este blogue:  não é nada mais do que eu, um cidadão anónimo sob qualquer perspectiva, a escrever para um pequeno grupo de pessoas, como qualquer pessoa que me lê o pode fazer. 

Entretanto, a coisa foi andando e evoluindo. Com o decorrer dos anos, isto ganhou dimensão e  tornou-se muito maior do que eu.
Tenho leitores diários. 
OUTRA MARGEM, neste momento, tem impacto e um alcance que não pode ser ignorado.

Sobretudo, incomoda.
Com esse processo de evolução, fui pensando e expondo na página os princípios que sempre assumi.
O que OUTRA MARGEM será, no futuro, é incerto. 

Claro e objectivo, nos dias que correm, é este espaço ser o maior agregador de crítica do espaço figueirense. 
Como acontece com toda a crítica, há quem concorde. E há quem discorde. 
Não andamos por aqui a vender nada. Construo e disponibilizo pontos de vista, que são os meus, necessariamente enquadrados pela realidade. 
Contudo, necessariamente subjectivos: que podem ser aceites ou rejeitados por quem os lê.

O sucesso (digamos assim...), do OUTRA MARGEM confirma a  intuição de que há uma lacuna e um desconforto muito grande, na sociedade figueirense, com a maneira como os meios de comunicação locais abordam os temas importantes para o desenvolvimento do concelho. 

Neste meio, há  condicionalismos, truques, erros, jogos, malabarismos e interesses que se servem.
Mesmo quando fomos jornalistas, nunca fomos por aí. 
O reconhecimento deste OUTRA MARGEM, para o bem e para o mal, tem a grande virtude de tornar possível, na sociedade figueirense, o debate sobre várias coisas, desde a legitimidade do anonimato, ao papel da imprensa e dos jornalistas,  neste jogo em que vivemos e a que chamamos democracia.

Quem tem certezas absolutas - eu nunca as tive -  pouca utilidade tem. 
Não me considero uma  figura pública. Também não me considero um homem das cavernas. Limito-me, simplesmente, a aparecer como quero e quando quero.
OUTRA MARGEM, ficará como o meu  contributo para a melhoria da democracia numa cidade castradora e provinciana como é a Figueira da Foz.

Não há democracia sem informação LIVRE. 
Não ganho um cêntimo com o blogue OUTRA MARGEM
Gasto é horas e horas com a feitura deste espaço.
Dispenso os louros. Mas, não dispenso, nem temo, as chatices...
Gosto de viver.