quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Figueira, entre o mito e a realidade...

O MITO (e que bom que era que este mito não fosse um mito. 
A verdade única é um mito. Não existe. Cada cabeça, sua sentença diz o povo e, mais uma vez, com razão. Limitar a realidade a uma única perspectiva é distorcê-la. Os "opinion makers" (se não forem burros, pagos para o efeito...) fazem esse serviço na perfeição e a maior parte de nós limita-se a abanar com a cabeça.)

A REALIDADE (e que bom que era que a realidade, neste caso, não fosse a realidade. 
Mais uma vez se constata que uma parte da realidade é sempre uma outra realidade.  A realidade é apenas aquilo de que nos apercebemos, ou que querem que nos apercebamos...)
Receitas IMT, desde 2006. 

Mais um gráfico. Constata-se que o que sobe é a cobrança do IMI. A realidade, é que paga o mesmo de sempre: o zé povinho...

Finalmente, um gráfico que dá para  ver claramente que, na Figueira, os números mudaram de rumo.

Nota final. 
Se os leitores quiserem ver melhor os gráficos, basta clicar nas imagens.

A Serra da Boa Viagem...

Em 2005, o fogo destruiu mais de mil hectares de floresta na serra da Boa Viagem, 400 dos quais, de floresta pública.
No ano seguinte, no dia 13 de junho de 206,  foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal e a Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF) para a recuperação daquela serra.
O ministro Jaime Silva apresentou então o Plano de Recuperação da Serra da Boa-Viagem, que previa "um novo ordenamento”, tornando o espaço mais resistente ao fogo e capacitando-o para recuperar mais rapidamente. O plano previa também a transformação dos resíduos florestais em biomassa.
"O Plano de Recuperação da Serra da Boa-Viagem visava aproveitar tudo o que ardeu, transformando os restos em biomassa para produção de energia na Portucel (Figueira da Foz)", adiantou na altura o titular da pasta da Agricultura, sublinhando que "este é um exemplo concreto do que poderá ser no futuro uma nova actividade económica da floresta portuguesa".
Em plena serra da Boa-Viagem, o ministro assistiu à demonstração de colheita e processamento de biomassa florestal, através de unidades automatizadas da Portucel, que são pioneiras na península ibérica.
"Com o lançamento do concurso de novas centrais de biomassa, o Governo vem claramente dizer que há uma nova oportunidade de sustentabilidade económica da floresta, que é a limpeza e a utilização dos restos para produção de energia", sublinhou Jaime Silva.
"A prevenção estrutural na floresta não foi feita durante anos e anos. Não fizemos o trabalho de casa e hoje temos o problema do combate". Para o ministro, a maioria dos fogos resulta da negligência e do comportamento incorrecto dos cidadãos e de causas intencionais, onde se incluem as queimadas.
Na sua deslocação à Serra da Boa Viagem, o ministro procedeu ainda à apresentação das equipas de vigilância móvel de bicicleta, que incorporam 60 jovens em acções de vigilância até Setembro a Casa da Protecção Civil, e à inauguração da Casa do Sapador Florestal.
Lídio Lopes, vereador da Câmara Municipal da Figueira Foz, disse então que o protocolo assinado com a DGRF vai permitir que o Exército participe na recuperação da rede viária florestal da serra, através de uma unidade de engenharia civil!..

Sendo do conhecimento publico o abandono a que está votada a Serra da Boa Viagem, dez anos decorridos, é preciso acrescentar mais alguma coisa?..
Reflorestar e recuperar continuam a ser  as palavras chave para salvaguardar o futuro do "pulmão verde" da Figueira da Foz.
Mas, isso, não tenhamos ilusões, só poderá ser conseguido com a força dos cidadãos figueirenses e com a sua consciência. 
Por isso,  enquanto pudermos e soubermos,  é o que todos teremos de continuar a fazer. Temos de fazer tudo o que estiver ao alcance das nossas possibilidades, para contribuir para o despertar do povo figueirense que, diga-se em abono da verdade, está um pouco letárgico.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA...

Oxalá que a família* figueirense esteja sã (de consciência...) e goze de boa saúde...

PJ FAZ BUSCAS NA SANTA CASA POR VIOLAÇÃO DE REGRAS DE CONCURSOS PÚBLICOS...
"Em causa está o fraccionamento dos contratos.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta quarta-feira buscas à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), numa investigação relacionada com a violação das regras de contratação pública, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
Em causa, segundo a mesma fonte, está o fraccionamento dos contratos, para evitar o lançamento de concursos públicos e permitir ajustes directos, estando também em investigação o alegado favorecimento de empresas.
Numa nota enviada à Lusa, a Santa Casa confirmou que «foram efectuadas, esta manhã, buscas pela Polícia Judiciária, no âmbito de uma investigação a alguns processos aquisitivos, numa área específica da SCML».
A administração da SCML deu orientações aos seus serviços para colaborarem com as autoridades", lê-se na nota da Lusa a que tivemos acesso, via Record.

Nota de rodapé.
Neste caso, entendo como *família  um grupo de pessoas que têm as chaves da mesma casa...

Se a Figueira tivesse gente de visão a determinar o seu destino, sabia que o casamento com o mar era o percurso natural do nosso concelho...

O Passos deve andar pior que estragado com o Marcelo...

É preciso andar atento, pois são tão raras atitudes como esta...

Para ler melhor, clicar na imagem
Hélio Caniceiro Cardoso pagou parte da dívida do Grupo Caras Direitas (GCD) relativa às obras realizadas na sequência do incêndio na sala de espectáculos, libertando, assim, a penhora do pavilhão desportivo coberto da centenária colectividade de Buarcos. O montante em débito rondava os 240 mil euros, com juros incluídos, mas o advogado Luís Marques obteve um acordo com o credor e o problema, que se arrastava deste 2007, ficou resolvido.
“A partir de 2015, todas as verbas institucionais foram penhoradas”, destacou Lucinda Basílio, presidente do GCD, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
A resolução da penhora sensibilizou a vila de Buarcos e até a secção buarcosense do PS se congratulou, através de nota de imprensa, com o desfecho do processo...

Figueira, a cidade do contraditório...

"Imobiliário em alta Na Figueira da Foz. Investidores estão a escolher a cidade. Desde 2011 que a Praia da Claridade não sentia uma maré tão favorável para o negócio da habitação"
Ao olhar, com alguma atenção para a primeira página do jornal AS Beiras, de hoje, é difícil pensar alguma coisa parecida com coerência, tal é a contradição de pensamentos que se me assomam no momento. 
Que vejo logo abaixo? 
"Venda de escolas fica sem compradores"!
É evidente o que vejo, mas não é isso o importante.
O importante é o que me sugere. 
E aí surge a contradição.
Porque a realidade é que, "ontem, o Município da Figueira da Foz não conseguiu vender, em hasta pública, dos dois edifícios de antigas escolas primárias no Camarção, na Rua das Matas, e em Pedros, na Rua dos Almocreves, ambas na Freguesia de Bom Sucesso, com o objectivo de viabilizar financeiramente a ampliação, requalificação e reconversão da atual EB1 do Bom Sucesso no futuro Centro Escolar daquela Freguesia, já no próximo ano. Com esta alienação de património inactivo, o Município propõe-se contornar a inexistência de financiamento, no âmbito do programa Portugal 2020, para esse fim."
Vivemos numa cidade onde o contraditório está quase sempre presente.
Mas não se espantem demasiado: também na Figueira, até para desligar o computador, temos de clicar no menu "iniciar"!..

Política figueirense: a silly season fora da época... (VIII)

"Mandato autárquico do PS na Figueira da Foz",  um texto de Silvina Queiroz, publicado em 17 Novembro de 2015, no jornal AS  BEIRAS, que na altura passou despercebido a muita gente, mas que pelo seu conteúdo merece ser relembrado.

"A CDU tem acompanhado com atenção o desempenho do executivo camarário. Na Assembleia Municipal, temos votado favoravelmente propostas apresentadas por elas nos parecerem equilibradas e a favor das populações. Muitas outras vezes temos votado contra, quase sempre isoladamente no conjunto de deputados.
Daqui se infere que não nos é viável classificar o desempenho da edilidade, mas antes fazer o balanço de aspectos louváveis e repudiar vivamente outros que impedem uma avaliação mais favorável.
Consideramos como bastante positivo o esforço que a câmara tem feito para sanear as contas, anteriormente num estado calamitoso. Hoje, a câmara pode afirmar ter conseguido ultrapassar as suas maiores dificuldades financeiras e estar a pagar aos fornecedores num curto espaço de tempo, o que é muito louvável.
O orçamento continua a depender quase exclusivamente dos contribuintes, cerca de 46%, através do IMI e do IA. Tendo a câmara conseguido uma situação financeira mais folgada, considerámos que a baixa do IMI não foi a suficiente.
Muito negativas têm sido as sucessivas “legalizações” de grosseiras violações do PDM, ao abrigo de suposta utilidade pública. Esta será uma questão que sempre nos oporá à câmara. Outro aspecto negativo é o pagamento dos direitos de passagem que, em vez de ser imputado às empresas que instalam os seus equipamentos, recai sobre os contribuintes, o que não é minimamente justo. Temos ainda a derrama, sempre a favorecer as grandes empresas, não devendo ser, consideramos, a moeda de troca para a criação de emprego.
A talhe de foice, sabemos que muitos técnicos da autarquia estão desaproveitados, recorrendo-se à externalização de serviços, prática que não tem produzido os resultados esperados. Veja-se a limpeza das zonas verdes, a recolha de lixos que tanto deixa a desejar e o preço que os munícipes pagam pelo consumo de água desde a sua concessão a terceiros."

A sombra proporcionada pela arte do podador é um bem inestimável!

Uma boa poda pode conseguir com que uma árvore cresça e se alargue na copa! 
Tudo tem a sua ciência. 
O saber, também neste caso, é necessário.
A recompensa, poderá ser a sombra proporcionada pela arte do podador, e é um bem inestimável!
Na Figueira, não sei se existe um plano de podas na  zona urbana da cidade.
Com ou sem plano, porém, a poda vai de vento em popa, com a multiplicação do corte de árvores, ficando os "cepos" no passeio...
Este caso é na Rua da Fonte.
O que tem a dizer a vereadora do PDM?
A poda, por hoje, está feita. Amanhã é um outro dia.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Como fazer um Durão chorar?..

Na Figueira, quanto a mim, é tão fácil como isto.
Tem duas maneiras.
A saber:
1. eleja-o presidente de câmara!..
2. obrigue-o a descascar uma cebola!

Há que alienar a Figueira Parques, antes que seja tarde, mas com regras claras, não vão os figueirenses pensar que é uma negociata, que é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados ...

foto sacada daqui
"População da Figueira da Foz recuará a número de 1950"!..
Esta é uma realidade conhecida.
Já em Março do ano passado, no decorrer da conferência “O futuro da Figueira da Foz – os negócios e o território”, o vereador António Tavares revelou que o concelho deverá perder 14 por cento da sua população até ao ano de 2030.
Em termos práticos, são 8.529 habitantes a menos do que actualmente tem o concelho figueirense.

Pelos vistos, o número de nascimentos, a diminuir, e o de óbitos, a aumentar, preocupa seriamente os responsáveis autárquicos figueirenses.
Eu, se fosse presidente ou vereador numa cidade que tivesse o melhor negócio do mundo a ser explorado pela própria câmara – o estacionamento pago na baixa e no parque do hospital – também estaria preocupado e a pensar tomar medidas...
Com a diminuição de população prevista para os próximos anos, qualquer dia já se consegue facilmente estacionar na baixa, sem se recorrer aos locais pagos, e o parque de estacionamento que serve a praia do hospital vai dar, mesmo no verão, para todos...
Portanto: estudem lá o assunto. Encontrem a solução. Mas, não esqueçam, que o que está em causa é o interesse público.

Política figueirense: a silly season fora da época... (VII)

Para ver melhor, clicara na imagem
Recuemos a  finais de 2005. 
Logo após as eleições  que elegeram José Elísio, candidato único,  para o terceiro mandato seguido de 2 anos, à frente dos destinos da concelhia do PSD/Figueira, os tais "ilustres" (na opinião de alguns, "os coveiros"...) do PSD/Figueira realizaram um almoço para iniciar um processo de reorganização interna para atacar o poder.
E, em 2007, fizeram-se ás eleições, com uma lista encabeçada por Lídio Lopes, debaixo das "bandeiras", coerência e memória, rigor e competência, lealdade ao partido e  às equipas por ele eleitas e aos interesses da Figueira da Foz, estabilidade no Partido e nas suas relações com a equipa eleita na Câmara, na Assembleia Municipal e nas Freguesias.
O objectivo era prosseguir na senda das vitórias autárquicas do PSD na Figueira da Foz.
As Autárquicas de 2009 eram o objectivo imediato.
A outra facção do PSD, afecta a Paulo Pereira Coelho, perdeu em 2007 e manteve-se calada até ao dia das eleições de 2009.
Numa entrevista, o próprio José Elísio disse que se ofereceu, em 2009, para ser candidato a Lavos e quem mandava no PSD Figueira, na altura (Lídio Lopes?..), recusou!
Porque terá sido?

Em 2009, como sabemos, aparentemente, o PSD tinha tudo para vencer na Figueira e, no entanto, perdeu...
Recorde-se, que nessas eleições surgiu uma novidade na política autárquica Figueirense que foi o Movimento 100%.
Que terá acontecido para que o eng. Daniel Santos tivesse invertido o rumo ao seu propósito de 2004/2005 - acautelar o futuro do PSD Figueira...
Incompatibilzou-se com a  equipa que o acompanhava, ou prometeram-lhe ser ele o candidato e não honraram a palavra?..
O que é certo, é que em 2009 foram "os ilustres" que foram a eleições e perderam...
Nada de novo...
O PSD, na Figueira, só conseguiu  ganhar  autárquicas, quando estes "ilustres" militantes estiveram à margem do processo.

Propaganda, é o que mais preocupa os "nossos" autarcas...

Dr. Manuel Carraco, António Augusto Menano, Drª Isabel Sousa, Dr. José Martins, Dr. António Cabete, Arquiteto António Carlos Albuquerque, Eurico Silva e Maria Rosa Anttonen
Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado...
Figueira da Foz, 03 de Agosto de 2009. Em nota à comunicação social, Maria Rosa Anttonen, coloca duas questões pertinentes.
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Passados mais de sete anos, "o que há de novo?"
O arquitecto António Carlos Albuquerque transmitiu que o Sr. Presidente da CMFF autorizou a abertura de concurso público para apresentação de propostas para a reabilitação do Convento de Seiça e que a ordem dos Arquitectos tinha aberto no dia 4 de Dezembro o encontro de apresentação de uma candidatura à Ordem do Arquitectos no Convento de Seiça...

Actualização da postagem às 11 e 27 minutos.
Por ter tido conhecimento da posição do arquitecto António Carlos Albuquerque, neste momento, sobre este assunto, passo a publicá-la, com a devida vénia.
"Relativamente a este post cumpre-me esclarecer algumas situações:
O meu nome é António Carlos Albuquerque e sou Engenheiro Civil;
O que afirmei na Tertúlia relativamente ao Dossier do Mosteiro de Seiça foi a Vontade expressa do Senhor Presidente Dr João Ataíde em acelerar o processo com a decisão de mandar efectuar a consulta externa para a Execução do Projecto de Intervenção no Mosteiro de Seiça, de forma a que o Município esteja preparado para aceder a qualquer mecanismo de financiamento que venha a ser permitido no âmbito do Quadro Comunitário ou outro.
Entendo perfeitamente a renovada esperança que esta atitude revela, mas corresponde apenas a isso: vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente. 
Gostei imenso da Tertúlia onde mais uma vez aprendi muito sobre Seiça e o seu Mosteiro e estes esclarecimentos têm tão só a intenção de precisar os termos e o momento em que o Processo se encontra!!! Um Obrigado especial à Associação por me ter convidado e reafirmar o elevado interesse e compromisso de toda a Câmara Municipal no Mosteiro de Santa Maria de Seiça!!!"

Resumindo.
No fundo, a boa nova dada por um técnico municipal, resume-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
É, apenas, isto: "a vontade do Senhor Presidente em dar passos seguros na concretização do desejo de todos, sem que signifique um compromisso datado ou equivalente".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Uma crónica que fez reflectir: será que o tempo me mudou?..

“Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas!…”. Este foi o comentário de Mark Twain ( 1835-1910 ) a notícias que o davam como morto… antes de o ser.
Mark Twain (nome artístico de Samuel Langhorne Clemens), reconhecido escritor americano sobretudo famoso pelos romances “As aventuras de Tom Sawyer” e “As aventuras de Huckleberry Finn” (este último frequentemente chamado de O Maior Romance Americano), não raras vezes nos propõe o mundo das crianças, idealizado, inocente mas astuto, em contraponto com o mundo dos adultos, dos homens e das mulheres da dourada era industrial, no qual a civilização, frequentemente apontada como a resolução dos problemas e o garante da felicidade, estava também prestes a trazer o flagelo das trincheiras e das armas químicas.
A consciência da perigosidade dos tempos que vivemos (ao nível local, nacional ou europeu) pode levar-nos a depositar a nossa confiança em líderes providenciais, ou a descarregar a raiva em posts inflamados no Facebook e a ficar sentado no sofá sem sequer ir votar ou ir a votos; ou a… participar!
De novo lembrando Twain: “Daqui a alguns anos tu estarás mais arrependido pelas coisas que não fizeste do que pelas que fizeste. Então, solta as amarras. Afasta-te do porto seguro. Agarra o vento em suas velas. Explora. Sonha. Descobre”. Assim, as notícias sobre algumas vitórias antecipadas… não serão manifestamente exageradas?!…

"Exageros…", uma crónica de Teotónio Cavaco, hoje publicada no jornal As Beiras.
Depois de ler esta crónica, dei comigo a pensar: o tempo mudou-me? 
A resposta é não. O tempo não me mudou: porventura, ter-me-ei moldado!...
Fez sobressair tendências, penso que esbateu alguns exageros, aguçou-me o entendimento das pessoas e da vida, mas - e isso foi o que mais me marcou - roubou-me muitos daqueles de que mais gosto.
Sobretudo por isso,  ensinou-me a odiá-lo. A ele, ao tempo.

Basta de realidade. Venham mais sonhos!...

Nota de rodapé.
Todos sabemos que não é uma tarefa fácil. Na Figueira, em 26 anos, vários executivos presididos por 4 autarcas - dois do PS e dois do PSD - não conseguiram realizar a revisão do PDM.

Francisco Sanchez...

... nunca me digam que a voz de um lisboeta, de ascendência espanhola, no fundo a voz da península ibérica, que decidiu, depois de reformado, viver na Cova Gala não tem importância: tem muita importância. Tem mesmo muita importância...
Se duvidam e querem confirmar, cliquem aqui.

E se a Câmara da Figueira tivesse um vereador da cultura, em vez de mais um “mal-amado” pelo poder, apesar de se ter “rendido” ao mesmo?..

Tenho pouco a acrescentar à imagem que reproduzo acima, que foi obtida a partir do facebook do meu Amigo Luís Penaapenas direi que sinto que dar o relevo merecido à obra fotográfica de Gilberto Branco Vasco, seria uma homenagem mais que merecida e positiva para a Figueira da Foz...
Só que também sei que dificilmente serei surpreendido pelos políticos deste executivo municipal.
Os figueirenses têm o que merecem. Votam para eleger um político, como compram um sabonete: deixam-se influenciar pela publicidade...
Pouco, ou nada mesmo, tenho contra os sabonetes.
Contudo, tenho quase tudo, ou tudo mesmo, contra os políticos sabonete!
Depois de eleitos, os políticos sabonete chegam ao ponto de disfarçar e omitir os pontos mais importantes da sua personalidade política, nomeadamente, a sua cultura e o seu pensamento...
Depois, admiram-se se nos queixamos que o sabonete que foi vendido não presta!

O burro, porque é burro, só faz o que lhe apetece...

"O 1.º de Dezembro não é uma data qualquer na história de Portugal. Não se comemora uma mudança de regime ou de sistema político ou o nascimento de um santo ou outra qualquer data importante. Dias, acontecimentos, efemérides que, claro está, devem também ser lembrados e comemorados porque são parte da nossa história, do nosso passado comum. O 1.º de Dezembro é muito mais importante. Comemora-se a restauração da independência nacional. Uma data em que voltamos a tomar o nosso destino nas mãos. Em que, juntos, decidimos arriscar a nossa vida e a dos nossos filhos para sermos donos do nosso futuro. Não é possível conceber uma data na nossa história que tenha mais relevância, mais significado para aquilo que somos enquanto povo.

O que os dirigentes do PSD fizeram ao não estar presentes nas comemorações do 1.º de Dezembro foi preferir fazer uma birrinha politiqueira a respeitar o passado do seu país, a memória de um povo, do seu povo. Não consigo imaginar maior falta de sentido de Estado, maior falta de patriotismo, maior ausência de conhecimento sobre valores fundamentais, maior ignorância sobre o que une uma comunidade e o que lhe dá sentido. Uma mancha vergonhosa na história do partido."

Na crónica de que transcrevi dois excertos, "O 1.º de Dezembro, a memória e a politiquice", Pedro Marques Lopes explica a falta de visão e mais um tiro no pé deste PSD de Passos Coelho.
Embora oficialmente o 1º de Dezembro tenha deixado de ser feriado, por obra e graça de um governo presidido por Passos, Passos não compreendeu em tempo útil, que essa é das tais datas que nunca iriam cair  no esquecimento dos portugueses, pois é uma data que está associada a um dos maiores acontecimentos da História de Portugal: a reconquista da independência em 1640, depois de 60 anos de domínio espanhol
Uma data com este significado merecia continuar a ser assinalada em celebrações oficiais. E António Costa, percebeu que a memória dos feitos que forjaram, ao longo dos séculos, a identidade e o futuro de Portugal entre as outras nações europeias, é uma memória que deve continuar a ser comemorada a nível de Estado. Por isso restabeleceu a comemoração oficial deste feriado.

Passos tinha obrigação de saber, que reconquistar a liberdade, para os conjurados do 1º de Dezembro de 1640, foi um acto patriótico, cheio de abnegação e de fé, em que empenharam a vida, a família, os bens e a honra, uma missão cujos lances eram incertos e arriscados, pois nem o rei que queriam pôr no trono, o Duque de Bragança, lhes prometera lealdade absoluta. Que tal como o Mestre de Avis, quando entrou no paço da rainha para matar o conde Andeiro, também eles não hesitaram em invadir o palácio da Duquesa de Mântua, dar-lhe voz de prisão e atirar por uma janela o traidor Miguel de Vasconcelos. 
O futuro estava traçado e o preço da nova liberdade custaria a Portugal, como no tempo de D. João I, um duro esforço de guerra, até finalmente os tercios filipinos regressarem à fronteira de Badajoz, vergados sob o peso da derrota, e outros estados europeus, incluindo o Vaticano, esquecerem as suas alianças com Espanha, reconhecendo como legítima a subida ao trono de D. João IV.
É por isto, que a ausência do PSD nas comemorações do 1.º de Dezembro, em 2016, não pode ser vista como mais um fait divers político.

A ausência do PSD das comemorações do Dia da Restauração, em 2016, é  uma falha gravíssima, uma atitude que envergonha quem a cometeu, mas também quem votou no PSD, quem já tenha votado e, no fundo, todos os portugueses.