segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Propósitos de vida
Esta foto dos anos 50 do século passado, do Dr. Doutor Gilberto Branco Vasco, mostra uma Mulher, que poderia ser a minha Mãe, pois retrata o que foi a sua vida até ao último dia: uma vida de “trabalhos”. Como temos vindo a verificar cá pela Figueira, e como escreveu o filósofo Friedrich Nietzsche, "afinal, ninguém consegue que as coisas, incluindo os livros, lhe digam mais do que aquilo que já sabe. Para aquilo que, por experiência, não se tem acesso, também não se tem ouvidos".
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Os propósitos de vida não se podem dividir em úteis ou inúteis, justos ou injustos.
Os dez mandamentos bíblicos da lei de Deus chegam para isso.
Por exemplo, não matarás não é um propósito de vida: é uma regra.
Já escrever um blogue, tal como amar aquela pessoa, e não outra, é, simplesmente, um propósito de vida.
Porque, ao decidir escrever um blogue e amar aquela pessoa, e não outra, eu sabia que jamais o meu caminho poderia continuar como se nunca tivesse começado um blogue ou não tivesse amado aquela pessoa, e não outra.
Boa semana.
domingo, 6 de novembro de 2016
Nos últimos 40 anos, a política na Figueira é um puzzle onde tudo, se foi encaixando e desencaixando...
"O orçamento participativo (OP) de 2016 vai ficar para a história. Foram a votos ideias defendidas por Gonçalo Cadilhe, o surfista, escritor e figura nacional, versus José Elísio Ferreira, o conhecidíssimo autarca que marca a vida política local desde sempre, tendo passado por PS, PSD…, até se incompatibilizar com todos. Estes dois figueirenses disputaram 75 mil euros atribuídos pela câmara à parte sul do concelho.
Perdeu o Surf à noite (no Cabedelo), ganhou o Núcleo Museológico de Lavos. Simbolicamente, foram derrotados os jovens, o desporto, e uma oportunidade de dinamizar o turismo associado ao surf. Os surfistas conseguiram mobilizar 608 eleitores registados, contra os 611 ao lado do museu. O processo em si, quem realmente votou, como e porquê, está sujeito a críticas e controvérsia. Bastou saber o número de eleitor e cartão de cidadão para que alguém fosse registado e “votasse”.
Os votos no “museu de Lavos” são mais do mesmo, será um “armazém” (com 75 mil euros, não se consegue fazer mais do que isso) com algumas “relíquias”, incapaz de atrair visitantes. A câmara municipal precisa de repensar o processo do OP, envolvendo mais os cidadãos, dando espaço e tempo para que as ideias propostas sejam expostas ao público. Deverá ainda existir um crivo mais apertado na selecção. Há manifestamente necessidade de moralizar o OP."
Cadilhe vs José Elísio, uma crónica de João Vaz, publicada no jornal AS BEIRAS.
Perdeu o Surf à noite (no Cabedelo), ganhou o Núcleo Museológico de Lavos. Simbolicamente, foram derrotados os jovens, o desporto, e uma oportunidade de dinamizar o turismo associado ao surf. Os surfistas conseguiram mobilizar 608 eleitores registados, contra os 611 ao lado do museu. O processo em si, quem realmente votou, como e porquê, está sujeito a críticas e controvérsia. Bastou saber o número de eleitor e cartão de cidadão para que alguém fosse registado e “votasse”.
Os votos no “museu de Lavos” são mais do mesmo, será um “armazém” (com 75 mil euros, não se consegue fazer mais do que isso) com algumas “relíquias”, incapaz de atrair visitantes. A câmara municipal precisa de repensar o processo do OP, envolvendo mais os cidadãos, dando espaço e tempo para que as ideias propostas sejam expostas ao público. Deverá ainda existir um crivo mais apertado na selecção. Há manifestamente necessidade de moralizar o OP."
Cadilhe vs José Elísio, uma crónica de João Vaz, publicada no jornal AS BEIRAS.
sábado, 5 de novembro de 2016
Muito obrigado: Praia da Sardinha, evidentemente...
Errar é humano...
Porém, nem sempre a reposição da verdade vence no tempo útil da vida de quem a afirma...
Este caso demonstra que vale a pena lutar e acreditar...
Tudo na vida tem uma explicação.
E o que não tem, é milagre!
Fica o registo da reposição da verdade: o rigor, na história de uma cidade, não pode ser coisa de somenos ou indiferente.
Porém, nem sempre a reposição da verdade vence no tempo útil da vida de quem a afirma...
Este caso demonstra que vale a pena lutar e acreditar...
Tudo na vida tem uma explicação.
E o que não tem, é milagre!
Fica o registo da reposição da verdade: o rigor, na história de uma cidade, não pode ser coisa de somenos ou indiferente.
Quando o ridículo é notícia, o que é ridículo, não pode ser mais ridicularizado, pois até o ridículo tem limites... (II)
Conheça, clicando aqui, os municípios que querem salvar o planeta.
A lista inclui concelhos de todo o País: entre eles, está o da Figueira da Foz.
A lista inclui concelhos de todo o País: entre eles, está o da Figueira da Foz.
Vamos tentar acreditar que ainda há lugar para a esperança...
Um politico como Trump, jamais terá medo de escuro. A ter medo, só se for da claridade...
Já Hillary, está habituada a lugares altos. O medo dela (e, neste momento, creio que também o da maioria de nós...) é de cair deles...
Vamos lá ver, quem vai dar o soco na parede no momento de raiva a seguir à derrota, fazendo justiça na própria mão...
"A luta entre Hillary e Trump transformou-se cada vez mais no combate entre o medo e a raiva...
Trump conseguiu transformar esta campanha num vasto reality show, território onde ele é rei, encostando Hillary, não sem a ajuda do FBI, às cordas do ringue. Trump é o mago da manipulação da raiva. Hillary, só pode contar com o medo como seu aliado. O problema é que o medo desmotiva e paralisa. Pelo contrário, a raiva é servida com uma variante maligna de entusiasmo, que pode mobilizar novos eleitores. Se a raiva vencer o medo, não será Hillary a ter um problema. Seremos todos nós." - Viriato Soromenho Marques
Já Hillary, está habituada a lugares altos. O medo dela (e, neste momento, creio que também o da maioria de nós...) é de cair deles...
Vamos lá ver, quem vai dar o soco na parede no momento de raiva a seguir à derrota, fazendo justiça na própria mão...
"A luta entre Hillary e Trump transformou-se cada vez mais no combate entre o medo e a raiva...
Trump conseguiu transformar esta campanha num vasto reality show, território onde ele é rei, encostando Hillary, não sem a ajuda do FBI, às cordas do ringue. Trump é o mago da manipulação da raiva. Hillary, só pode contar com o medo como seu aliado. O problema é que o medo desmotiva e paralisa. Pelo contrário, a raiva é servida com uma variante maligna de entusiasmo, que pode mobilizar novos eleitores. Se a raiva vencer o medo, não será Hillary a ter um problema. Seremos todos nós." - Viriato Soromenho Marques
Este artista consegue vender sempre a sua obra?..
As pieguices de Luís Montenegro. A ler, clicando aqui. |
Mas a desfaçatez da sua intervenção de ontem no Parlamento é de bradar aos céus.
Sobretudo, é preciso ter lata, muita lata mesmo!
Na Figueira, também é sempre carnaval...
Subsídio ao Carnaval com cláusula de “mau tempo”!..
A Câmara da Mealhada apoia com 60 mil euros a realização do Carnaval de 2017, mas admite entregar mais 24 mil euros à Associação Carnaval da Bairrada se o evento for prejudicado pelo mau tempo, como, de resto, tem acontecido nas últimas edições.
Em tempo.
Vou confidenciar que faço muito pouco exercício físico, para além de caminhar e andar de bicicleta.
Creio que é tempo de tentar alguma alteração nos meus hábitos, não porque sinta necessidade, mas para prevenir alguma surpresa desagradável!
Porém, vou estar atento ao comportamento da Câmara da Figueira, em ano de eleições, para ver se, em 2018, é o tempo certo de mudar de vida!
Na Figueira, em 2017, cidade onde é sempre carnaval, vai ser ainda mais carnaval em ano de eleições!..
Para mais, até na Figueira, a água molha.
Por isso, quem anda à chuva, molha-se.
Naturalmente.
Numa altura em que na Figueira o assunto do próximo momento vai ser o carnaval, o mínimo que se devia exigir era que a natureza aquosa da água fosse uma unanimidade local.
Até na Figueira, o frio esfria.
O facto de temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval, também faz todo o sentido.
Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas.
Para mais num descampado frente ao mar!
No entanto, sempre que os termómetros registam temperaturas ligeiramente abaixo dos 10 graus, o espanto e o choque surgem como se tivéssemos sido transportados, numa questão de segundos, do calor do deserto do Saara para o frio das tundras da Sibéria.
Até na Figueira, o desfile do carnaval, também costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio.
O que acaba por transformar os figueirenses em criaturas ainda mais soturnas e traumatizadas. Por isso, sempre que podem, aproximam-se das lareiras e aquecedores com a paranóia de gazelas perseguidas. Cobrem-se de mantas e cobertores. Ficam carentes, irritadiços, frágeis e sonolentos.
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Mas, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos.
Todos sabemos o essencial sobre a matéria.
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo.
A meteorologia é uma ciência traiçoeira.
Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas.
Mas, no Inverno, o natural é estar frio e chover – muitas e muitas vezes…
Portanto, nada mais natural, numa cidade em que é sempre carnaval, que a edilidade figueirense, em ano de eleições autárquicas, também previna, com uma cláusula de “mau tempo”, a realização do carnaval!..
Eu sei que sou um eterno insatisfeito...
Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio.
Mas, se porventura, os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.
Bom sábado.
A Câmara da Mealhada apoia com 60 mil euros a realização do Carnaval de 2017, mas admite entregar mais 24 mil euros à Associação Carnaval da Bairrada se o evento for prejudicado pelo mau tempo, como, de resto, tem acontecido nas últimas edições.
Em tempo.
Vou confidenciar que faço muito pouco exercício físico, para além de caminhar e andar de bicicleta.
Creio que é tempo de tentar alguma alteração nos meus hábitos, não porque sinta necessidade, mas para prevenir alguma surpresa desagradável!
Porém, vou estar atento ao comportamento da Câmara da Figueira, em ano de eleições, para ver se, em 2018, é o tempo certo de mudar de vida!
Na Figueira, em 2017, cidade onde é sempre carnaval, vai ser ainda mais carnaval em ano de eleições!..
Para mais, até na Figueira, a água molha.
Por isso, quem anda à chuva, molha-se.
Naturalmente.
Numa altura em que na Figueira o assunto do próximo momento vai ser o carnaval, o mínimo que se devia exigir era que a natureza aquosa da água fosse uma unanimidade local.
Até na Figueira, o frio esfria.
O facto de temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval, também faz todo o sentido.
Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas.
Para mais num descampado frente ao mar!
No entanto, sempre que os termómetros registam temperaturas ligeiramente abaixo dos 10 graus, o espanto e o choque surgem como se tivéssemos sido transportados, numa questão de segundos, do calor do deserto do Saara para o frio das tundras da Sibéria.
Até na Figueira, o desfile do carnaval, também costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio.
O que acaba por transformar os figueirenses em criaturas ainda mais soturnas e traumatizadas. Por isso, sempre que podem, aproximam-se das lareiras e aquecedores com a paranóia de gazelas perseguidas. Cobrem-se de mantas e cobertores. Ficam carentes, irritadiços, frágeis e sonolentos.
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Mas, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos.
Todos sabemos o essencial sobre a matéria.
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo.
A meteorologia é uma ciência traiçoeira.
Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas.
Mas, no Inverno, o natural é estar frio e chover – muitas e muitas vezes…
Portanto, nada mais natural, numa cidade em que é sempre carnaval, que a edilidade figueirense, em ano de eleições autárquicas, também previna, com uma cláusula de “mau tempo”, a realização do carnaval!..
Eu sei que sou um eterno insatisfeito...
Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio.
Mas, se porventura, os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.
Bom sábado.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Foto aérea do "CAIS", QUE NUNCA FOI "CAIS", MAS, SIM "PRAIA" QUE TEVE "UMA LOTA DE SARDINHA"...
Esta fotografia é de uma beleza única.
Retrata a beleza do que é natural em todo o seu esplendor!
Esta fotografia, neste momento, era de divulgação obrigatória.
Retrata um rio assoreado e uma praia fluvial: a praia da sardinha.
É importante saber ver a beleza e partilhá-la com rigor.
O rigor, na história de uma cidade, não pode ser coisa de somenos ou indiferente.
Antes pelo contrário.
Retrata a beleza do que é natural em todo o seu esplendor!
Esta fotografia, neste momento, era de divulgação obrigatória.
Retrata um rio assoreado e uma praia fluvial: a praia da sardinha.
É importante saber ver a beleza e partilhá-la com rigor.
O rigor, na história de uma cidade, não pode ser coisa de somenos ou indiferente.
Antes pelo contrário.
A alegria de viver, sabendo o porquê...
Cova Gala, a raíz, uma postagem de 7 de dezembro de 2009.
"A Cova-Gala, tem origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770.
De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência.
Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova.
A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca.
Apesar do passado de cerca de 250 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 1985.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”.
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.
Um Povo que não preserve o seu passado e as suas raízes não tem futuro. E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
E, temos de saber preservar, com rigor e com verdade, e não ao sabor conjuntural dos interesses politiqueiros, seja de quem for."
A entrevista do Dr. Jorge Mendes...
A entrevista, que aconselho a ver e a ouvir na íntegra, está aqui.
Quem não tiver interesse ou paciência para visionar tudo, cito o que pode ser visto por volta do minuto 29.
A pergunta, digamos assim, manhosa:
- "em 2009, esta terra foi elevada a vila de S. Pedro. Não há nada a fazer..."
A resposta clara do Dr. Jorge Mendes:
"a minha resposta está no livro. O livro é A Cova Gala como notável exemplo de Solidariedade. Não é a vila de S. Pedro, não é S. Pedro, é a Cova Gala. A Cova Gala é que tem história. Não é preciso mudar os nomes que estão certos. A Cova nós sabemos, o que é.... A Gala, nós sabemos o que é... Não há qualquer justificação para que isso tivesse sido alterado. A política tem destas coisas. Se eu fosse decisor nessa altura, seria vila ou freguesia da Cova Gala."
E, agora, a entrevista com o Doutor Luís Alberto Curado (se não tiverem interesse na entrevista toda, vejam a partir do minuto 19 do vídeo...)
Chegados aqui, apetece-me citar Fernando Pessoa, no poema Liberdade.
"O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa..."
Viva o descanso... Viva a despreocupação... Viva o ócio... Viva o dolce far niente!
Viva tudo que nos ponha de bem connosco.
Viva a alegria de viver... Um dia de cada vez, devagarinho!
Viva o amadurecer de espírito que nos permite distinguir e escolher!
Nada é igual a viver de acordo com aquilo em que se acredita.
As (nossas) cicatrizes servem para demonstrar, que o nosso passado é real.
Nada é igual a viver de acordo com os nossos laços e memórias. As (nossas) recordações fazem de nós o que somos.
Nunca quis, aliás, nem conseguia, viver uma vida autista. E a vida tem-me dado razão.
Viver é sorrir, sabendo o porquê do sorriso. Viver é chorar, sabendo o porquê do choro. Viver é ser feliz ou infeliz, sabendo o porquê da maravilha da felicidade, ou o porquê da infelicidade.
É tão bom viver, simplesmente...
Tenham um bom dia.
"A Cova-Gala, tem origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770.
De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência.
Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova.
A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca.
Apesar do passado de cerca de 250 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 1985.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”.
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.
Um Povo que não preserve o seu passado e as suas raízes não tem futuro. E a Cova e a Gala têm um passado de que todos nos devemos orgulhar.
E, temos de saber preservar, com rigor e com verdade, e não ao sabor conjuntural dos interesses politiqueiros, seja de quem for."
A entrevista do Dr. Jorge Mendes...
A entrevista, que aconselho a ver e a ouvir na íntegra, está aqui.
Quem não tiver interesse ou paciência para visionar tudo, cito o que pode ser visto por volta do minuto 29.
A pergunta, digamos assim, manhosa:
- "em 2009, esta terra foi elevada a vila de S. Pedro. Não há nada a fazer..."
A resposta clara do Dr. Jorge Mendes:
"a minha resposta está no livro. O livro é A Cova Gala como notável exemplo de Solidariedade. Não é a vila de S. Pedro, não é S. Pedro, é a Cova Gala. A Cova Gala é que tem história. Não é preciso mudar os nomes que estão certos. A Cova nós sabemos, o que é.... A Gala, nós sabemos o que é... Não há qualquer justificação para que isso tivesse sido alterado. A política tem destas coisas. Se eu fosse decisor nessa altura, seria vila ou freguesia da Cova Gala."
E, agora, a entrevista com o Doutor Luís Alberto Curado (se não tiverem interesse na entrevista toda, vejam a partir do minuto 19 do vídeo...)
Chegados aqui, apetece-me citar Fernando Pessoa, no poema Liberdade.
"O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa..."
Viva o descanso... Viva a despreocupação... Viva o ócio... Viva o dolce far niente!
Viva tudo que nos ponha de bem connosco.
Viva a alegria de viver... Um dia de cada vez, devagarinho!
Viva o amadurecer de espírito que nos permite distinguir e escolher!
Nada é igual a viver de acordo com aquilo em que se acredita.
As (nossas) cicatrizes servem para demonstrar, que o nosso passado é real.
Nada é igual a viver de acordo com os nossos laços e memórias. As (nossas) recordações fazem de nós o que somos.
Nunca quis, aliás, nem conseguia, viver uma vida autista. E a vida tem-me dado razão.
Viver é sorrir, sabendo o porquê do sorriso. Viver é chorar, sabendo o porquê do choro. Viver é ser feliz ou infeliz, sabendo o porquê da maravilha da felicidade, ou o porquê da infelicidade.
É tão bom viver, simplesmente...
Tenham um bom dia.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
A burrice é invencível?...
"Actualização do salário mínimo deve acompanhar aumento da produtividade". - Pedro Passos Coelho
"Oh Pedro: Isto é, no mínimo, BURRICE!
Dizer isto, significa que o senhor doutor Pedro Passos Coelho, que até já foi Primeiro-Ministro, NÃO sabe, do ponto de vista técnico, qual é a definição de “Salário Mínimo” e de para que é que este é fixado em algumas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social.
O “Salário Mínimo” serve, TECNICAMENTE, para garantir que “alguém com um trabalho a tempo inteiro NÃO vive na miséria”. Se assim é, então o salário mínimo deve ser INDEXADO à INFLAÇÃO (aumento ou decremento do custo de vida) e NUNCA a quaisquer medidas de produtividade.
Atenção que, ao contrário do que dizem os sindicatos e os líricos da extrema-esquerda, os restantes salários (acima do salário mínimo) devem MESMO ser indexados a ganhos de produtividade (inclusivamente premiando o risco assumido pelos empresários).
Mas NUNCA o salário mínimo. NUNCA!" - Carlos Paz
"Oh Pedro: Isto é, no mínimo, BURRICE!
Dizer isto, significa que o senhor doutor Pedro Passos Coelho, que até já foi Primeiro-Ministro, NÃO sabe, do ponto de vista técnico, qual é a definição de “Salário Mínimo” e de para que é que este é fixado em algumas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social.
O “Salário Mínimo” serve, TECNICAMENTE, para garantir que “alguém com um trabalho a tempo inteiro NÃO vive na miséria”. Se assim é, então o salário mínimo deve ser INDEXADO à INFLAÇÃO (aumento ou decremento do custo de vida) e NUNCA a quaisquer medidas de produtividade.
Atenção que, ao contrário do que dizem os sindicatos e os líricos da extrema-esquerda, os restantes salários (acima do salário mínimo) devem MESMO ser indexados a ganhos de produtividade (inclusivamente premiando o risco assumido pelos empresários).
Mas NUNCA o salário mínimo. NUNCA!" - Carlos Paz
ÚLTIMA HORA SOBRE A POLÉMICA DO MOMENTO NA FIGUEIRA: O "CAIS", QUE NUNCA FOI "CAIS", MAS, SIM "PRAIA" QUE TEVE "UMA LOTA DE SARDINHA"...
As autoridades figueirenses, sabe OUTRA MARGEM, em rigoroso exclusivo, acabaram por congratular-se com o erro histórico de terem perpetuado no bronze, como "cais da sardinha", um local que teve, nos finais da década 50 do século passado, uma "praia", que funcionou como "lota de sardinha", pois assim evitou-se uma discussão na Figueira sobre indumentária de praia e as autoridades têm muito mais do que fazer do que andar a abordar senhoras em biquíni numa zona nobre da nossa cidade.
O excesso de roupa poderia, eventualmente, ofender os nudistas que viessem a frequentar a "praia da sardinha", como sabemos um local de excelência da nossa cidade.
Aliás, que se saiba - mas, na Figueira nunca sabemos onde está a verdade histórica!.. - as compradoras de peixe na "antiga praia da sardinha", não usavam biquini no exercício do seu trabalha quotidiano...
Depois da polémica em torno do nome do local, mais uma polémica em torno da indumentária a usar naquele local seria excessivo para uma pequena cidade de província como é a Figueira, pelo que acabou por ser criativo e extremamente útil ter tido a subtileza, a argúcia e a cartomancia, enfim, capacidade criativa de prever baptizar como "cais", um local que foi "praia".
Ouvida pelo OUTRA MARGEM, a única compradora de peixe da antiga "praia" onde funcionou uma "lota da sardinha", ainda viva, também se congratulou e recordou que, "na altura, não lhe permitiram usar biquini na «praia» e ninguém se importou".
O excesso de roupa poderia, eventualmente, ofender os nudistas que viessem a frequentar a "praia da sardinha", como sabemos um local de excelência da nossa cidade.
Aliás, que se saiba - mas, na Figueira nunca sabemos onde está a verdade histórica!.. - as compradoras de peixe na "antiga praia da sardinha", não usavam biquini no exercício do seu trabalha quotidiano...
Depois da polémica em torno do nome do local, mais uma polémica em torno da indumentária a usar naquele local seria excessivo para uma pequena cidade de província como é a Figueira, pelo que acabou por ser criativo e extremamente útil ter tido a subtileza, a argúcia e a cartomancia, enfim, capacidade criativa de prever baptizar como "cais", um local que foi "praia".
Ouvida pelo OUTRA MARGEM, a única compradora de peixe da antiga "praia" onde funcionou uma "lota da sardinha", ainda viva, também se congratulou e recordou que, "na altura, não lhe permitiram usar biquini na «praia» e ninguém se importou".
Reponham a memória e a verdade histórica: praia da sardinha, se faz favor...
para ver melhor, clicar na imagem |
E existem alguns, que nos trazem à memória (sempre as memórias) afectos que pensávamos que seriam indestrutíveis.
E, na verdade, são-no...
Cito Carlos Grilo.
"A lota era realizada na praia. Quando deixou de haver lota (na praia) e passou para perto do Trapiche, a praia da Sardinha continuou a existir. Ela só desaparece com o desassoreamento do rio. Resumindo, a lota em frente ao Feteira era feita na praia da sardinha."
Entretanto, vai continuar a preocupar-me a falta de conhecimento da verdadeira história da cidade, por parte de quem está à frente dos seus destinos já há sete anos, 7!..
Estes políticos desconhecem.
E, mais que isso, não querem saber de verdades fundamentais para as nossas vidas.
Este desconhecimento aflige-me...
Entretanto, a Figueira é uma cidade que continua a perder o seu encanto.
E, também, acrescento, a meu ver, qualidade de vida.
Isto também tem a ver com o jornalismo local.
Há muito que a Figueira não tem jornalismo de referência.
Infelizmente, na nossa cidade, o jornalismo de referência, deu lugar ao jornalismo de reverência...
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