Ao ver a primeira página do jornal Público, edição de hoje, interroguei-me sobre o que o autor nos quis transmitir com ela.
A imagem contem sempre uma mensagem.
Esta, confirma-me a ideia que tenho do personagem, que me interessa mais que a sua imagem.
A ideia teima em permanecer. A imagem está a tornar-se mais e mais difusa com o andar dos tempos!..
A ideia exige compreensão. Esta imagem é apenas uma imagem, logo algo irreal...
Olho e vejo decrepitude e decadência. Vejo um político sem ideias e em ruína, já sem serventia, a percorrer um caminho íngreme.
Enfim, um político próximo de ser desactivado, já rodeado apenas de políticos infestantes!
Quem andou a praticar jornalismo na província há 35 anos, sabe que uma das maiores dificuldades com que então se defrontava era a escassez de imagens.
Os jornais eram então, sobretudo, uma enorme mancha de texto.
Quem duvidar disto, compare um jornal de então com os jornais de hoje.
Há 35 anos os jornais pecavam pela quase ausência de fotos.
E agora, não estarão, por vezes, a pecar pelo excesso de apelo à imagem?..
sábado, 22 de outubro de 2016
O voo da gaivota...
foto Cristina Silva. Para ver melhor, clicar na imagem |
Se fosse eu que tivesse tirado esta foto, teria certamente receado que esta gaivota, eventualmente, por ser culta e determinada, pudesse ser capaz de fazer o que os portugueses gostariam de fazer, mas que, nomeadamente, por falta de coragem deixam de fazer: cagar na cabeça de certa espécie de gente...
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Velho Portugal...
Vou citar o meu Amigo Luís Pena.
"Muito antes de Portugal entrar para a CEE já a Figueira tinha um Café EUROPA ..."
E, desde aí, pouco evoluímos: continuamos a fazer contas e contas e mais contas...
Continuamos com preços europeus e os salários mais baixos da Europa, incluindo alguns dos países de leste que entraram...
Portugal, continua onde sempre esteve: um dos países da União Europeia com as mais elevadas taxas de risco de pobreza, mantendo-se na cauda da Europa...
O bom disto é que nada está a piorar!
Estamos na cauda...
Portanto, já não descemos!..
"Muito antes de Portugal entrar para a CEE já a Figueira tinha um Café EUROPA ..."
E, desde aí, pouco evoluímos: continuamos a fazer contas e contas e mais contas...
Continuamos com preços europeus e os salários mais baixos da Europa, incluindo alguns dos países de leste que entraram...
Portugal, continua onde sempre esteve: um dos países da União Europeia com as mais elevadas taxas de risco de pobreza, mantendo-se na cauda da Europa...
O bom disto é que nada está a piorar!
Estamos na cauda...
Portanto, já não descemos!..
A dignidade de um país está no seu âmago. O próprio é que se pode tornar indigno...
Construído nos anos 20 por um emigrante português regressado do Brasil, o 125 da Rua Antero de Quental foi "tomado" pelo governo de António Salazar para ali instalar a PIDE/DGS de Coimbra. Após o 25 de Abril, entre outros serviços do Estado, esteve lá um centro de saúde de Celas. Em 2013, voltou às páginas dos jornais: estava à venda por €1,950 milhões. Houve indignação, ali deveria estar um museu, ou algo do género, em memória do que ali se passou. Alberto Martins, histórico deputado do PS, e António Marinho e Pinto, eurodeputado, foram dois dos estudantes de Coimbra presos no edifício.
Na revista SÁBADO desta semana contam como foram essas noites negras da sua biografia.
Cito Samuel Quedas.
"É assim que um país, um povo e a sua História se tornam irrelevantes no contexto universal. Não pela sua menor dimensão, ou pouca riqueza… mas por se deixarem governar, por demasiado tempo, por gente menor, rasteira, venal e corrupta, que não respeita a sua cultura e a sua História.
Gente sem uma pista que seja sobre o que significa a dignidade colectiva.
Gente que é capaz de, por meia dúzia de euros, vender a mãe ou as filhas no bordel do lucro fácil dos "mercados"… e gabar-se de o ter feito."
Na revista SÁBADO desta semana contam como foram essas noites negras da sua biografia.
Cito Samuel Quedas.
"É assim que um país, um povo e a sua História se tornam irrelevantes no contexto universal. Não pela sua menor dimensão, ou pouca riqueza… mas por se deixarem governar, por demasiado tempo, por gente menor, rasteira, venal e corrupta, que não respeita a sua cultura e a sua História.
Gente sem uma pista que seja sobre o que significa a dignidade colectiva.
Gente que é capaz de, por meia dúzia de euros, vender a mãe ou as filhas no bordel do lucro fácil dos "mercados"… e gabar-se de o ter feito."
Aqui está porque sou um citadino desiludido com a grande cidade e me assumo como Aldeão de corpo e Alma
"Nas ruas de Lisboa, já circula um autocarro movido a electricidade"... |
Mas, o que é isso perante "as preocupações ambientais" da edilidade figueirense?.. |
A oposição a este governo está de parabéns... Graças a Passos... Parabéns Pedro.... E obrigado!
«O PSD exige uma "clarificação" do Governo sobre as declarações do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, numa entrevista ao DN/JN/TSF, em que o governante afirmou que "todos os membros do governo carregam consigo uma lista grande de entidades em relação às quais não devem tomar decisões".
Para o PSD, o Governo deve esclarecer "de quem fala" o secretário de Estado. "Está a falar do primeiro-ministro?", questionou o deputado, exigindo saber se António Costa está inibido de tomar decisões sobre alguma matéria. Se assim fosse, acusou, "seria um governo quase em part-time".»
Via Diário de Notícias
"O deputado Marques Guedes é um rapazola novo nestas coisas, nunca reparou que havia advogados no parlamento ou nos governos, está convencido de que todos os membros do governo são umas virgens profissionais, nunca trabalharam para ninguém, não têm familiares com interesses económicos. Certamente nunca soube que Passos Coelho trabalhou para as empresas de Ângelo Correia, não sabe que a Maria Luís trabalha para a Arrow.
Se o deputado Marques Guedes, que até já foi ministro da presidência, não sabe qe há membros dos governos impedidos de tomar decisões sobre assuntos que envolvem interesses em que estiveram envolvidos, é por que nos seus governos esse princípio ético nunca foi respeitado. Passos decidia sobre dossiers do interesse de Ângelo Correia, Moedas decidia em questões de interesse para a Goldman e por aí adiante.
Marques Guedes é um rapazola ingénuo e não percebeu o alcance das palavras do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e deverá estar convencido que António Costa trabalhou para o BES como o Durão Barroso ou para alguma empresa de Ângelo Correia como Passos Coelho.
Em vez de andar a fazer estas figuras tristes o deputado Marques Guedes deveria dedicar-se a coisas mais sérias, poderia, por exemplo, ocupar o seu tempo a encontrar uma solução para a liderança do PSD pois já tempo de o país ter uma oposição séria, credível e competente, o que por este tipo de declarações é óbvio que não existe."
Via Jumento
Para o PSD, o Governo deve esclarecer "de quem fala" o secretário de Estado. "Está a falar do primeiro-ministro?", questionou o deputado, exigindo saber se António Costa está inibido de tomar decisões sobre alguma matéria. Se assim fosse, acusou, "seria um governo quase em part-time".»
Via Diário de Notícias
"O deputado Marques Guedes é um rapazola novo nestas coisas, nunca reparou que havia advogados no parlamento ou nos governos, está convencido de que todos os membros do governo são umas virgens profissionais, nunca trabalharam para ninguém, não têm familiares com interesses económicos. Certamente nunca soube que Passos Coelho trabalhou para as empresas de Ângelo Correia, não sabe que a Maria Luís trabalha para a Arrow.
Se o deputado Marques Guedes, que até já foi ministro da presidência, não sabe qe há membros dos governos impedidos de tomar decisões sobre assuntos que envolvem interesses em que estiveram envolvidos, é por que nos seus governos esse princípio ético nunca foi respeitado. Passos decidia sobre dossiers do interesse de Ângelo Correia, Moedas decidia em questões de interesse para a Goldman e por aí adiante.
Marques Guedes é um rapazola ingénuo e não percebeu o alcance das palavras do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e deverá estar convencido que António Costa trabalhou para o BES como o Durão Barroso ou para alguma empresa de Ângelo Correia como Passos Coelho.
Em vez de andar a fazer estas figuras tristes o deputado Marques Guedes deveria dedicar-se a coisas mais sérias, poderia, por exemplo, ocupar o seu tempo a encontrar uma solução para a liderança do PSD pois já tempo de o país ter uma oposição séria, credível e competente, o que por este tipo de declarações é óbvio que não existe."
Via Jumento
Manhã de neblina
foto Cristina Silva. Para ver melhor, clicar na imagem. |
A neblina dava um certo ar de difusibilidade ao Mondego.
Na margem norte, o silêncio provocado pela distância, tornava a imagem enganadora e irreal, mas atractiva!
Deixei-me ficar ali por instantes a imaginar o que estava para além da torre que se vê na foto.
É bom perdermo-nos assim um pouco a ouvir o rumor do mar logo ali ao lado...
Há manhãs assim, despreocupadas, em que o bem estar é notório.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Como se uma coisa tivesse a ver com a outra
Como se ordenados altos fossem sinónimo de profissionalismo, como se ordenados altos fossem sinónimo de responsabilidade, como se ordenados altos fossem sinónimo de racionalidade e independência nas decisões, como se não fosse precisamente o contrário, depois das provas dadas o mérito reconhecido pelo promoção salarial.
Ver a esquerda, que quer marcar a diferença em relação à direita, a argumentar pelos mesmos padrões da direita que pariu administradores de excelência, e bem remunerados, como Jardim Gonçalves, Zeinal Bava, Oliveira e Costa, Henrique Granadeiro, Ricardo Salgado, como se o cerne da questão não fosse a fiscalização e a supervisão que não há, a justiça que não funciona, nem sequer é célere para os infractores e prevaricadores, a impunidade que reina.
Não é brincadeira de carnaval... Na Figueira, o carnaval este ano está a começar mais cedo... Ninguém leva a mal...
Porém, a Praia da Claridade celebrizada no século XIX, quando o extraordinário desenvolvimento da Figueira da Foz e as condições naturais da paisagem atraíam banhistas de todo o país, celebrizada e imortalizada por Ramalho Ortigão, perdeu encanto e qualidade de vida.
A Figueira dos dias de hoje, é uma cidade e uma construção que se tornou numa catástrofe onde a assimetria e a desconformidade foram levadas ao limite.
E o limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória - se sinta na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval...
E ainda bem que assim pensa quem de direito.
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom!
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Viva o carnaval!
A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...
Se calhar não foi bem uma promessa. Foi, apenas, um processo de intenção de ocasião...
Uma Homenagem Esquecida...
"Com toda a pompa e circunstância que o momento exigia, bombeiros e entidades estiveram presentes numa manhã quente de sábado (28/05/2011), onde de forma orgulhosa fizeram guarda de honra ao descerramento da placa toponímica, que foi erguida no centro da referida rotunda. Seguidamente, Bombeiros Municipais e Voluntários fizeram um desfile motorizado, em conjunto, pelas ruas da cidade, deixando assim vincado a importância do dia.
À data desta inauguração, e na presença de Duarte Caldeira e Fernando Curto (presidente da Liga de Bombeiros Portugueses e Presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais respectivamente), João Ataíde, edil figueirense prometeu publicamente, que ali seria erigido um elemento escultórico, “logo que fosse (financeiramente) possível”, de forma a dar expressão física e condigna à homenagem.
Sabemos que os tempos são de crise. E sabemos que a Câmara Municipal da Figueira da Foz tem feito um esforço financeiro brutal.
Mas, ainda assim, passaram quase cinco anos..."
Luís Gaspar
"Com toda a pompa e circunstância que o momento exigia, bombeiros e entidades estiveram presentes numa manhã quente de sábado (28/05/2011), onde de forma orgulhosa fizeram guarda de honra ao descerramento da placa toponímica, que foi erguida no centro da referida rotunda. Seguidamente, Bombeiros Municipais e Voluntários fizeram um desfile motorizado, em conjunto, pelas ruas da cidade, deixando assim vincado a importância do dia.
À data desta inauguração, e na presença de Duarte Caldeira e Fernando Curto (presidente da Liga de Bombeiros Portugueses e Presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais respectivamente), João Ataíde, edil figueirense prometeu publicamente, que ali seria erigido um elemento escultórico, “logo que fosse (financeiramente) possível”, de forma a dar expressão física e condigna à homenagem.
Sabemos que os tempos são de crise. E sabemos que a Câmara Municipal da Figueira da Foz tem feito um esforço financeiro brutal.
Mas, ainda assim, passaram quase cinco anos..."
Luís Gaspar
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Compreender a razão de ser de certas coisa, seria apaziguar o espírito e exorcizar a boçalidade...
imagem sacada daqui |
Declarações de interesses: não fumo há muitos anos.
A dificuldade de ser Português em Portugal e na Figueira...
Como escreveu um dia Miguel Esteves Cardoso, "Ser Português é Difícil".
Ser português não é nem a sorte com que sonhamos (não queriam mais nada — nascer logo uma coisa boa!), nem o azar com que vamos azedando. Ser português é um «jeito que se aprende».
Ser português é «difícil»... É preciso, sobretudo, muita paciência.
"Há ano e meio à espera que se resolva o acidente"!..
É por esta e por outras que os Portugueses têm algum medo de ser portugueses.
Ser português não é nem a sorte com que sonhamos (não queriam mais nada — nascer logo uma coisa boa!), nem o azar com que vamos azedando. Ser português é um «jeito que se aprende».
Ser português é «difícil»... É preciso, sobretudo, muita paciência.
"Há ano e meio à espera que se resolva o acidente"!..
É por esta e por outras que os Portugueses têm algum medo de ser portugueses.
Há noites que nunca deviam amanhecer. Deviam permanecer na penumbra que nos impede de ver com clareza a definição das coisas...
O PSD chuta com o pé que tem mais à mão, convoca a comunicação social e manda Maria Luís Albuquerque, do corte de 600 milhões de euros nas pensões a pagamento, mostrar a indignação do partido por não haver uma subida das pensões mais baixas e pelo mísero aumento de 10 € nas outras.
Se fosse no jogo do pontapé-na-bola era urgente uma "chicotada psicológica", assim é só o desvario e o descrédito total.
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