Também ontem, um grupo de amigos decidiu homenagear Cavaco Silva, organizando um almoço para 80 comensais. A coincidência das datas (a homenagem a Cavaco podia ser feita em qualquer altura) fala por si. Cavaco foi convidado para a homenagem a Soares, tendo declinado com o argumento do seu próprio almoço. Marcelo passou pelo local, mas não participou no repasto. E lembrou a data de Soares. Ter tido educação em casa faz toda a diferença.
Nota de rodapé.
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS.
Cavaco Silva regressou e mostrou que por mais vezes que regresse volta sempre igual a si próprio, a ladainha é sempre a mesma, um auto-elogio e mesmo quando agradece aos que o ajudaram é é para dizer que fez muito. Desta vez regressou para enunciar toda a sua obra, mas, talvez pela sua idade, esqueceu-se de muita coisa.
Esqueceu-se de muitos amigos que os portugueses não esquecem, é o caso de Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Durão Barroso ou Duarte Lima. Falou muito das suas privatizações e lutas contra o "comunismo", mas esqueceu aquela que durante muitos anos foi a sua grande bandeira, a privatização da banca, talvez porque hoje não existe nenhum dos bancos que nasceram com as privatizações.
Quem pequenino nasce tarde ou nunca consegue crescer.
Cavaco já morreu para a política, que descanse em paz no seu condomínio de luxo conseguido com modestos vencimentos e pensões.