quarta-feira, 25 de maio de 2016

Não há conhecimento mau ou bom: há apenas conhecimento...


"Diz que os armadores perdem dinheiro, que os operadores portuários perdem dinheiro, que as exportações são afectadas, que as importações idem, que as empresas estão a perder milhões, que a economia do país está em risco
Por uma greve às horas extraordinárias. 
Não é uma greve total, é uma greve às horas extraordinárias
Às horas extraordinárias
Todo um sistema laboral que afecta este mundo e ainda uma parte do outro todo ele assente no pressuposto de que os trabalhadores vão fazer horas extraordinárias. 
As pessoas deviam pensar nisto
E deviam pensar porque é que a direita radical lamenta não ter conseguido baixar os custos do trabalho para as empresas e porque é que uma das primeiras medidas adoptadas pelo Governo da direita radical foi precisamente baixar o preço da hora e o preço da hora extraordinária
As tais horas extraordinárias que são atiradas à cara dos estivadores todos os dias e a todas as horas pelos comentadores da direita radical – os salários milionários que os madraços da estiva recebem, e no eco que faz na ignorância invejosa de outros trabalhadores, trabalhadores como os estivadores. 
E as pessoas também deviam pensar nisto."

Os "boys" são sempre os outros...

"PSD acusa Governo de querer encher administração pública de "boys" do PS"!..
Se não fosse triste, até tinha a sua piada
Muitos de nós sabem - até existe um estudo que mostra que os "boys" ajudam a controlar administração pública - que existem dois tipos de motivações por trás das nomeações para cargos na cúpula da administração central: o “controlo de políticas públicas” e a “recompensa por serviços prestados anteriormente ou em antecipação aos mesmos”.
Muitos de nós também sabem, que a influência dos partidos nas nomeações na administração pública, para além de  "uma realidade conhecida", constitui ainda "um dos maiores problemas do país, com um impacto económico tremendo".
Só por milagre um "boy" de uma juventude partidária, cuja grande experiência é organizar jantares e comícios, consegue fazer um bom trabalho num organismo público. 
Para quem acredita em "milagres", poderá haver uma ou outra excepção, mas a regra é que os "boys" nomeados tomem decisões incompetentes e erradas. 
Há um ano, quando se tratava da malta do PSD, eram as grandes qualidades e qualificações morais e profissionais que os levavam a ocupar os proveitosos lugares...
Nada de novo: a tendência continua a ser para valorizar a fidelidade e não o mérito...
A dança dos jobs for the boys, continua muito bem ensaiada pelos partidos do arco da governação...

A resposta de Manuel Cintrão a José Elísio que o jornal "A Voz da Figueira" não publicou...

JOSÉ ELÍSIO OLIVEIRA, ACTUAL PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE LAVOS, ESCREVEU UM ARTIGO NO SEMANÁRIO  “A VOZ DA FIGUEIRA” A COMENTAR UMA CARTA ABERTA DE MANUEL CINTRÃO, CUJO DESTINATÁRIO ERA O PRESIDENTE DA CÂMARA, DR. JOÃO ATAÍDE.
MANUEL CINTRÃO NÃO CONSEGUIU FAZER PUBLICAR, NO MESMO JORNAL, A RESPOSTA AO TEXTO PUBLICADO PELO JOSÉ ELÍSIO.
QUEM QUISER LER A RESPOSTA DE MANUEL CINTRÃO A JOSÉ ELÍSO, SÓ TEM QUE CLICAR AQUI.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Junta de freguesia de Quiaios é parceira da coisa... A Câmara da Figueira, lava as mãos...

Segundo o Blitz, "um festival de death metal está a deixar apreensivos os residentes da localidade de Murtinheira, a norte da Figueira da Foz, que contestam a localização escolhida para o evento.
O festival, intitulado Xxxapada na Tromba - Freak 'n Grind Open Air Fest irá reunir, entre 30 de junho e 02 de julho, alguns milhares de pessoas e mais de 50 bandas de 18 países, a maioria estrangeiras, num parque de estacionamento junto à praia, perto de habitações e do outro lado da rua do posto territorial e colónia balnear infantil da GNR.

Ouvido pela Lusa, o vereador com o pelouro do Turismo da Câmara Municipal, João Portugal, confirmou que aquela divisão municipal possui um processo relacionado com o "Xxxapada na Tromba" e que está a decorrer a elaboração de pareceres técnicos. "Ainda não há decisão nenhuma, favorável ou desfavorável, está em fase de análise e recolha de elementos", afirmou.

Já a vereadora Ana Carvalho, que detém competências ao nível do licenciamento, sublinhou que há "vários pressupostos a verificar" em relação ao festival para as licenças serem concedidas, nomeadamente por parte dos organizadores, que não estarão constituídos como empresa nem terão registo de promotor de eventos."

Foi Tavares, o mal-amado, que o disse um dia destes: João Ataíde, o presidente da câmara, «tem cintura para jogos de poder, lida bem com eles e gosta deles»
Apesar de o "evento está a deixar apreensivos os residentes da localidade de Murtinheira", a "Câmara da Figueira da Foz não apoia festival de "death metal" mas também não o proíbe"...
Já eu, nestas coisas, sou muito pouco pragmático.
Portanto,  "uma junta de freguesia e uma autarquia que ponderam apoiar uma coisa destas não merecem respeito!"
Isto, apesar de saber, mas saber mesmo, que apesar da liberdade conquistada por alguns, ainda é de bom tom e, conveniente, não se sair muito do politicamente correcto...

"Enganarou-se"?..

“Enganarei-me?”... 
Uma crónica de Isabel Maranha Cardoso. 
Para ler clicar aqui.

Nota de rodapé.
"enganarei-me" uma vez... 
Quando acreditei estar "enganarado"!

Efeitos colaterais de passar anos a colar cartazes: os vapores da cola afectam os neurónios...

Não se esqueçam deste nome: Cristóvão Simão Ribeiro ...
Há-de vir a passar por um escritório de advogados e chegar a ministro...
Citando o Aventar...
"...a JSD voltou a ser anedota nacional. Hitleriante.
Mas o fetiche parece estar de volta e, pasmem-se, chega e forma de “comunicado“. Como se o ridículo não fosse já próximo do absoluto, ainda tentaram transformar esta palermice numa coisa séria. Ilustrado com uma montagem que compara Mário Nogueira a Josef Stalin e que apresenta Tiago Brandão Rodrigues como uma marioneta ao serviço do líder da Fenprof, a JSD faz eco do dono e exige mais subsídios para o sector privado, atacando furiosamente o sindicalista “que há muitos anos que não sabe o que é dar aulas“, como se tantos destes jotinhas e caciques tivessem feito mais alguma coisa na vida do que o percurso que começa com o lamber de botas na concelhia e termina no tacho em Lisboa. É preciso não ter noção do ridículo.
Interessante também verificar que, neste escrito patético, a JSD tenta equiparar o sector público de Educação ao privado, referindo-se a ambos como serviço público, que se diferenciam por serem ou não estatais. Pois, com o dinheiro dos contribuintes também eu montava um serviço público não estatal, subsidiado pelos impostos do caro leitor e com lucros a reverter para a minha conta bancária. Fácil. Parece que estou a ouvir a Thatcher a dizer que o ensino privado dura enquanto durar o dinheiro dos outros.
Enfim, é um trabalho sujo mas alguém tem que o fazer. Importa notar que, durante os mais de quatro anos em que os padrinhos governaram com o CDS-PP, assistimos a cortes violentos no sector da Educação e nos apoios sociais a famílias carenciadas, onde os filhos são, por norma, os primeiros a sofrer, e da JSD nem uma palavra. Agora é vê-los preocupados com o futuro das crianças. Um hino à hipocrisia. Mas o mais interessante é que, com esta imbecilidade, a JSD alimenta e contribui para legitimar futuras comparações de igual nível na esfera parlamentar, potenciando ainda mais e sem motivo aparente o sectarismo que hoje impera. É que depois de ler toda aquela porcaria de “comunicado“, ficamos sem perceber por que motivo Mário Nogueira é Stalin, pelo que, de hoje para amanhã, qualquer um se poderá referir a Passos Coelho como Hitler, Luís Montenegro como Pinochet ou Marco António Costa como Al Capone. É a fórmula JSD: vale tudo, não implica qualquer tipo de justificação e quanto mais idiota, melhor."

Uma parte da realidade, é sempre uma outra realidade...

Todas as campanhas de agitação têm muito de circo: não existe nelas tudo quanto foi anunciado na propaganda.
Li, via O Ambiente na Figueira da Foz - e passo a citar: "apesar da "propaganda oficial" exaltando a renovação do pavimento em várias freguesias do concelho municipal, a fotografia não engana
As alterações estruturais limitam-se à superfície, o desenho da infraestrutura não foi alterado. Continua tudo como estava, passeios estreitos e desnivelados, grande largura de via sem zonas de acalmia nem atravessamento seguro. Portanto, as obras mostram desprezo pelo dinheiro dos contribuintes e assumem-se como "propaganda eleitoral" dada a "pressa com que estão a ser feiras". Nem sequer a estrada foi marcada, já surge a fotografia a "mostrar obra"."
Uma fotografia nunca é a realidade. É, ao limite, a realidade - se o fotógrafo for competente - que que manda vê e mostra. 
A propaganda oficial está aqui, que é, também, a fonte da fotografia. 
Isto não tem nada de pessoal, mas o jornalismo figueirense, em geral, serve para isto: transmitir as notícias - leia-se a "propaganda oficial" - que o poder entende por bem "vender" aos figueirenses.
Termino citando de novo O Ambiente na Figueira da Foz.
"Chama-se a isto ausência de visão e falta de urbanidade."

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Um banco de jardim...

Citando Miguel Almeida.

"Como escrevi na passada semana, o tiro de partida das autárquicas está dado.
João Ataíde anunciou a sua recandidatura e João Portugal, ao contrário de há quatro anos, vibrou com o anúncio.
António Tavares, anunciou que abandona a vida autárquica no final do mandato, deixando o desabafo de que está farto de “jogos de poder e guerras de alecrim e manjerona”.
Daniel Santos, faz “prova de vida” num artigo em que deixa no ar a possibilidade do reaparecimento do movimento Figueira 100%. Ou seja, a campanha está na rua. Parece-me demasiado cedo, mas o que é certo é que quem quiser ir a jogo, vai ter de afinar estratégias e acelerar o passo.
Todos sabemos que a política tem horror ao vazio, e quem quiser protagonizar alternativas tem de rapidamente começar a desmontar a narrativa do atual inquilino dos paços do concelho. Como repetidas vezes tenho escrito, importa fazer um debate, o mais alargado possível, sobre o paradigma de governação municipal que queremos.
É imperioso que se aproveite este súbito arrebatamento de alguns com as eleições autárquicas, para inverter este estado de letargia em que mergulhou a denominada “sociedade civil” figueirense.
Faz falta o contraditório e a discussão. Faz falta que todos se sintam convocados a proferir pensamento.
É preciso sair da zona de conforto e trazer o debate da mesa do café para fóruns mais alargados, sem clubismos nem crachás na lapela.
Se este debate for possível, as próximas eleições autárquicas serão um reflexo de um tempo novo."

Nota de rodapé.
O banco de jardim que a foto mostra, sem utilizadores, faz lembrar o vazio da tristeza em que vegeta a vida politica figueirense. 
Este banco de jardim, depois de construído foi colocado naquele lugar, para proporcionar o diálogo, mesmo em silêncio, ou em contemplação. 
Presumo que o objectivo era estabelecer algum tipo de relacionamento. 
Será que os figueirenses se vão sentar e trocar umas ideias?..

Uma empresa de sucesso...

Lusiaves/Avisabor… "Frangamente" a explorar os trabalhadores...
Recorde-se.
Avelino Gaspar, Fundador e CEO do Grupo Lusiaves, foi  condecorado por S. Exa., o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com a Comenda de Mérito Industrial...

Duas notas de rodapé...
1. Terá acontecido, ou fui eu que sonhei, que os fundos estruturais da Europa jorraram em apoios às ideias de reestruturação de amigos e amigos de amigos do anterior Presidente, quando era primeiro-ministro? 
E se isto tudo aconteceu, não sei onde está a surpresa... 
O PPD/PSD não é um partido político; é uma empresa de sucesso. 
Parabéns, portanto, a todos os que contribuíram, com o seu voto, para o empreendedorismo de sucesso desta gente...
2. Citação de Filipe Tourais.
Estou a achar o máximo ver o pessoal dos colégios privados a comparecer a todas as cerimónias públicas onde estejam presentes membros do Governo para dar largas ao Mário Nogueira que - afinal! - vivia adormecido dentro de cada um. É um progresso. Pode ser que ainda percam definitivamente a cabeça e daqui a uns tempos acabem por perceber qual é a diferença entre um direito e um privilégio. Por enquanto, e apesar de se manifestarem, ainda estão na fase "aquilo que em ti é privilégio em mim é direito"/"estou-me nas tintas se o meu privilégio prejudicar o teu direito".

Quem disse que os jovens figueirenses não são dinâmicos e empreendedores e que a política lhes passa ao lado?..

Citando Jot´Alves, no jornal AS BEIRAS: 
«lideram a concelhia local do PSD uma geração (quase) inteira de antigos dirigentes da JSD».

FIGUEIRA DE SEMPRE: "A BATOTA AMENA"

Viajar, é do que conheço de mais gratificante. 
E quando se fala em viagem, podemos simplesmente viajar no tempo, recuar a uma cidade que existiu lá atrás, no tempo, mas que, bem vistas as coisas, continua a Figueira de sempre.
Obviamente, que não vivi o tempo em que foi escrito o texto que publico a seguir, mas sinto que há qualquer coisa da nossa cidade que sempre ficou e permanece, vinda do passado.
Por isso, é da mais elementar justiça, recolher essa parte de nós, lá deixada, e divulgá-la.
Até porque, fisicamente, a Figueira, cidade, tem vindo a perder muito do seu encanto, a que acrescento, qualidade de vida. 
A Figueira é uma construção que os políticos consentiram - e, também, contribuíram ao longo dos anos -  que se viesse a transformar numa catástrofe onde a impiedade, a assimetria e a desconformidade estão a ser levadas ao limite. 
Neste momento, exemplo disso, são os 2 milhões para aproximar a Figueira do Mar e da Praiaquando o que deveria ser feito era  procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Quem tomou esta iniciativa, desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira e não será esta “milagrosa” obra que irá repor essa condição!
E o problema da erosão costeira continua a crescer e a agravar-se a sul da barra do Mondego... 

"Mesmo cá de longe eu estou perto; estou a ver o desvairamento com que aí na Figueira se joga a batota, sob as vistas complacentes da autoridade que neste ponto não cumpre a lei nem as determinações superiores. Estou a ver o suspiro de alívio de mesiurs, os batoteiros, donos da nossa encantadora praia, onipotentes senhores, que teem a mão na policia e o administrador do concelho e falam de papo, entricheirados nas casas de vício e de exploração que são os chamados Casino Peninsular e cafés Europa e Hespanhol; suspiro de alívio por julgarem ter-se visto livres de quem lhes põe a calva á mostra, interpretando o sentir de toda a gente honesta e trabalhadora, que vê no jogo um prejuízo para os seus legítimos interesses.
Mas enganam-se os cavalheiros da indústria do jogo. Eu cá estou. (…)
Tivessem as autoridades a noção simples do dever que são obrigadas a cumprir, e há muito que a nossa praia estaria limpa d`esses senhores, que vassouram para a burra dos patrões avaros e rapaces o que a ingenuidade e o vício atiram para cima do tentador pano verde. E limpa também d`esses mesmos patrões que mal sabem ler e escrever, cuja origem e procedência é quasi sempre incerta, mas que passeiam a sua sobranceria, acotovelando com desprezo as pessoas que ganham honradamente a sua vida.
(…)
Fechem-se as batotas! Cumpra-se a lei…"

António Amargo, O Figueirense, 10 de Setembro de 1922, via ÁLBUM FIGUEIRENSE.

domingo, 22 de maio de 2016

Quando um político - estúpido ou inteligente - faz algo de que se envergonha, diz sempre que cumpriu o seu dever...

Embora haja ainda quem  goste de se sentar na cadeira ao
 lado do Poeta, para conversar, a maioria vira-lhe as costas.
Argumentam que o Poeta não fala, só gosta de ouvir...
Se não fizermos o que tem de ser feito, ninguém o fará por nós...
Todavia,  não há nada que chegue ao sossego!.. 
Quem é que gosta de pressões, contradições, correrias, tarefas chatas a cumprir?... 
Ai que prazer, 
Não cumprir um dever, 
Ter um livro para ler 
E não o fazer... 
O Poeta sabia do que falava e eu entendo-o tão bem!..
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Tavares, o mal-amado...

Mais um que foi triturado pela máquina do PS/Figueira...
Pena foi ter deixado uma imagem humilhante para os socialistas e restantes figueirenses.
A percepção que fica, é que na nossa cidade, politicamente falando, continuamos em contínua degradação e declínio...

Como já sabemos, desde sexta-feira, António Tavares vai abandonar a vida autárquica no final do mandato. A saída do vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz está agendada para o final do ano de 2017. 
Motivos - e passo a citar António Tavares, via o jornal AS BEIRAS: «já dei aquilo que é exigido a um cidadão médio». Que acrescentou: «trata-se da retirada de um cidadão que está na casa dos 60 e que o que quer é paz e descanso e fazer outras coisas». Mais: «já não tenho pachorra para jogos de poder e guerras de alecrim e manjerona».
António Tavares apela aos que gostam dos jogos de poder que o esqueçam. «Deixem-me em paz. Não quero saber de nada». Aliás, a desilusão é de tal monta, que nem garante se vai continuar como militante... Recorde-se que Tavares é militante do PS, desde junho de 2013. Filiou-se porque «sentia alguma injustiça da parte de alguns militantes do PS, partido para que trabalhava há muitos...», justificou na altura o vereador.

Continuando a citar o trabalho publicado na edição impressa do jornal AS BEIRAS, Tavares, sempre oportuno, não deixou de reconhecer que o presidente da câmara da Figueira da Foz, «tem cintura para jogos de poder, lida bem com eles e gosta deles»
Sublinhe-se que nas últimas eleições, António Tavares foi imposto por Ataíde para vice-presidente. Nos «jogos de poder» que aconteceram no processo de elaboração da lista do PS, para as autárquicas de 2013, António Tavares foi um nome muito contestado.
O anterior vice-presidente, Carlos Monteiro, manteve o 2º. lugar e João Portugal ocupou o 4º. lugar, que era de Tavares, que foi em 5º. lugar.

O tempo acaba por devorar tudo... 
Todos somos impotentes perante ele. 
Ignora-nos sobranceiramente, porque sabe que sempre será o vencedor final. 
Glória aos vencidos...  Que somos todos nós, figueirenses!

sábado, 21 de maio de 2016

Estão a ficar sintéticos...

"Direita acusa Governo de favorecer a escola pública"!..

42 anos depois chegámos aqui. 
Ao Correio da Manhã, depois de termos deixado morrer a Capital, o Diário de Lisboa e o Diário Popular.
Continuamos a viver numa rede intrincada de cunhas e rodriguinhos em todos os centros que decidem as nossas vidas.
Temos uma população que norteia as suas acções cada vez mais em prol do culto da imagem e do individualismo.
É incrível como o espírito de Abril se foi perdendo no decorrer dos últimos 42 anos...
Mas, "há sempre alguém que resiste" - ainda há lugar para a esperança. 
Viva o 25 de Abril, apesar de ter sido uma porta que se abriu para o sonho e para a liberdade tão mal utilizada pela maioria do povo português!..

sexta-feira, 20 de maio de 2016

La dernière cène de Tavares?..

Imagem sacada daqui
É uma caixa do jornal AS BEIRAS.
António Tavares vai abandonar a vida autárquica no final do mandato.
A saída do vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz está agendada para o final do ano de 2017. 
«Já não tenho pachorra para jogos de poder e guerras de alecrim e manjerona», disse Tavares ao jornal que, amanhã, na edição impressa, trará todos os pormenores.

Via-se que o vereador Tavares, ultimamente, andava enfastiado. 
Ou ficou mais exigente, ou ficou mais desiludido...
Que grande desilusão!..
As ilusões, na política,  são perigosas...
Parece que a passagem pela política profissional do intelectual Tavares não correu bem...

Pelos vistos, lá pelo PS figueirense o nível rasteiro agravou-se. 
Quem se deverá safar com o abandono do intelectual figueirense da política activa deverá ser o João Portugal...
A partir de 2017, sem a sombra de Tavares, na Figueira, e afastado da bagunça parlamentar lisboeta, por cá tem tudo para ganhar novo e mais intenso brilho a sua estrela. 

Se se cumprir o anunciado pelo vereador e escritor Tavares, mais um ano e picos e encerra-se um ciclo na sua vida.
A vida, tal como um livro, tem capítulos! 
Um livro também tem  vírgulas, pontos e pontos finais parágrafos.... 
A vida  passa por encerramentos e recomeços! 

Estava escrito...
Na política figueirense, nada é simples. 
Nada é a preto e branco.

Sabia que no concelho da Figueira é usado glifosato nos espaços públicos?..

O glifosato é o herbicida que mata todas as plantas excepto as modificadas artificialmente para lhe serem resistentes. 
O Bloco de Esquerda questionou por escrito todas as Câmaras Municipais sobre o uso de glifosato nos espaços públicos. Num total de 112 respostas obtidas, apenas 18 foram negativas: 94 Câmaras Municipais responderam que nos seus concelhos se recorre a este perigoso herbicida. Entre as que responderam sim, está a Figueira da Foz...

Nota de rodapé.
O Roundup foi criado em 1974 pela Monsanto, rendendo milhões de euros de lucros anuais a esta multinacional.

Na Figueira, a estabilidade política está estável...

Enquanto no PSD/Figueira o Manel vai sendo frito em lume brando, continua a andar por aí uma malta, para quem a política é a condução dos assuntos públicos para o proveito dos particulares, a ficar cansada de esperar, mas a aguardar pelo que julga o momento certo para avançar...
Só que, por vezes, os que esperam pelo momento certo, para tentar fazer alguma coisa, acabam por nunca fazer nada.

Na Figueira, as estratégias partidárias deveriam ser políticas, não pessoais.
A política, na Figueira, principalmente nos tais partidos do arco do poder, anda próxima do grau zero. 
Mas, a estabilidade está estável.  
E isso é importante: o futuro, para certas almas, continua assegurado.

Política, em democracia, deveria ser conflito e compromisso. E, já agora, negociação. 
Era isso que a tornaria fascinante e útil. 
Também na Figueira...
Todavia, alguém consegue lobrigar, neste momento, nos partidos do arco do poder figueirense,  estratégias de políticas sérias que metam as pessoas lá dentro?

Mas - e isso é importante... - a estabilidade está estável.  
Ao que parece não existem problemas na política local.
Contudo, o problema é capaz de ser precisamente esse: é que aparentemente não existam problemas.
O nosso problema, se calhar, é os políticos figueirenses pensarem e agirem como os que pensam que ter problemas, é um problema.

Da visibilidade...

No dia em que um tal António Agostinho foi à Assembleia Municipal, realizada no passado dia 29 de Abril, falar no período antes da ordem do dia, sobre o Posto Médico da Cova e Gala, tanto o presidente da câmara, como o vice-presidente não estiveram presentes para ouvir o munícipe.
E, ironia do destino, foi isso que acabou por ficar na lembrança de muita gente, isto é, foi isso mesmo que acabou por dar visibilidade, importância e atenção à intervenção desse tal de António Agostinho...

Resumindo e concluindo.
A visibilidade não depende de se estar em primeiro ou segundo plano para alguém. De se ser amigo, ou ignorado por alguém, mesmo que esse alguém esteja conjunturalmente no poder. 
Um simples rodar no anel de focagem acaba por fazer toda a diferença.