segunda-feira, 18 de abril de 2016

As alternativas...

Ontem, desloquei-me a Montemor-o-Velho. 
Enquanto estava nos semáforos que regulam o trânsito na ponte militar que liga a 111 à A14, tive oportunidade de recuar no tempo.
Visitei memórias que continuarão a ser memórias. 
Recuei até ao tempo da ciclovia Figueira/Coimbra e do Metro Mondego,  cujo projecto inicial contemplava a ligação Coimbra/Figueira...
Fiquei por aí e atravessei a ponte que vai ser um bico de obra para a fluidez do trânsito no futuro próximo...
Que pena que eu tenho, que não haja uma qualquer possibilidade de se recuar ao tempo em que os carros de bois chiavam nos caminhos das aldeias sob o peso das cargas que transportavam, ou ao tempo em que o Mondego era navegável até Coimbra e mais além...
Não há nostalgia que nos valha. 
Foram tempos que passaram em definitivo.

Até ao momento, a piada do dia...

"O Banco de Portugal não deu idoneidade a Jaime Pereira e a Fernando Teles para serem administradores do BIC. 
Esta decisão do regulador, comunicada esta semana, determinou o fim do acordo no BPI
A Isabel dos Santos não foram colocadas reservas para ser administradora do BIC..."

A Aldeia está um brinco...

Na Aldeia, os trabalhadores jogam futebol. Os directores praticam ténis. Os administradores jogam golfe.
Conclusão possível e plausível: quanto mais se sobe na hierarquia, mais pequenas são as bolas...
Bons tempos, aqueles, em que "crack" queria dizer, apenas, excelente jogador de futebol...

domingo, 17 de abril de 2016

Um atleta de alta competição reage com humor a uma derrota pontual...

Pior que não ter onde cair morto, é estar vivo e não conseguir ficar em pé...

Há pessoas que gostam de se expor...

Finalmente, algo de novo e verdadeiramente revolucionário no panorama político português!..
O Conselho Nacional do CDS reuniu-se em Mêda e aprovou, por unanimidade, o novo regulamento para as autárquicas, que define que os candidatos do partidos seja "idóneos" e "competentes".

Em tempo.
Dª. Assunção: mãos à obra. 
Não tenha medo da revolução. 
Tente, mas tente a valer, algo novo. 
Dª. Assunção: a arca, foi construída por amadores. 
Os profissionais construíram o Titanic...

Figueira, uma cidade sem futuro e com presente incerto

No mínimo, é preocupante...
Desperdiçámos a oportunidade. Não a aproveitámos. Não planeámos, não construímos, nem deixámos, algo de positivo. 
Um dos grandes males da Figueira, é que o futuro não é - e raramente o foi... -   pensado. 
As coisas, um dia,  só mudarão se acabarem as negociatas. 
A gestão política da polis não pode ser só a estratégia de negócio. 

Como escrevi um dia, "a meu ver, tanto quanto me recordo, para encontrarmos um executivo municipal com sentido estratégico, teríamos de recuar muitos anos, até ao executivo do eng. José Coelho Jordão!.."
Para mim, um autarca, de direita ou de esquerda, só pode comprometer-se com a colectividade. 
Na Figueira, em democracia, com PS ou PSD, nunca foi assim. 
A política devia servir para preparar o nosso futuro. 
Está no voto dos figueirenses a tomada de decisão para que assim seja.

Como isso nunca aconteceu, por aqui, não temos futuro. 
Continuamos a ter, apenas, um presente incerto. 
Do PSD, que é tudo menos social-democrata, nada espero.
Do PS, o partido há mais tempo no poder, na Figueira, desde o 25 de Abril de 1974, que também não tem nada a ver com esquerda e, muito menos, com o socialismo, igualmente nada espero.
Até porque, não têm vergonha de assumir atitudes que nada têm a ver com a democracia... 

Entretanto, continuamos sem perspectiva de futuro.
Vamos tendo presente, mas um presente muito incerto, como a maioria de nós sabe, e a crónica "O negócio das autoestradas", da autoria do eng. João Vaz, ontem, sábado, publicada no jornal AS BEIRAS, contribui para percebermos que não foi por acaso que chegámos aqui...

"As autoestradas A14 e A17 são dois fiascos evidentes.
Ambas as vias não retiram o trânsito às nacionais.
Os transportes de pesados continuam a passar pelo meio das povoações. E quem se desloca diariamente para o trabalho, não usa a autoestrada porqueo custo é incomportável.
A intensidade de utilização na A14 e A17 sempre foi baixa desde o início, tendo-se reduzido a metade após a introdução das portagens, em 2009.
O desenho inicial previa que a A17 coincidisse com a EN109, desde a Gala até á Marinha das Ondas, e passasse a ponte Edgar Cardoso (com quatro faixas). A estratégia era servir a indústria e o Porto Comercial da Figueira da Foz, ligando-os directamente. Por má decisão política ( ou técnica), a A17 passa longe de uns e de outros.
O erro paga-se caro. A EN109 está em péssimo estado e continuam a ocorrer acidentes graves. A concessinária da A17 quase não tem despesas de manutenção - não há pesados na A17.
Mas, nós contribuintes, pagamos duplamente o "não trânsito" na A17 e as obras de manutenção da EN109.
E o que dizem os políticos sobre isto?
Nada.
E é bom relembrar que os últimos dois troços da A17 (Mira-Marinha Grande) custaram 650 milhões - 650 mil euros por cada 100 metros.
O endividamento do país ao estrangeiro mora aqui, no asfalto e no betão, sem utilidade.
Pedro Santana Lopes presidiu, em 2004, à assinatura do contrato de concessão e construção da A17. António Mexia era ministro das obras públicas."  

sábado, 16 de abril de 2016

Esta manhã , naufrágio em Ílhavo faz mais dois mortos no mar...

Ao olhar para esta primeira página, lembrei-me do Portugal Amordaçado do Dr. Mário Soares, livro que li pela primeira vez há mais de 40 anos!.. 
A liberdade de expressão, continua cercada por muros altos e intransponíveis! 
Este é o Portugal de hoje.
Em que a liberdade formal de se poder gritar que se tem fome, não traz, efectivamente, comida à mesa de quem dela necessita...
Em que a liberdade formal de se poder escrever que não existem condições de protecção para quem tem de arriscar a vida, todos os dias, para continuar a viver, não consegue evitar mais mortes no mar alto e à entrada das barras...
Há dias assim...
Estou como, imagino, se deve sentir a árvore quando a estão a cortar e dá conta, com tristeza, que o cabo do machado é de madeira...

Erros do passado recente, bem presentes: "o traçado da A17 e as acessibilidades à Figueira da Foz"

"A17 deveria passar pela Figueira, tal como estava delineado inicialmente.
No mapa de 2005, a ligação da A17 ao norte do rio Mondego era feita pela ponte Edgar Cardoso. 
Tinha todo o sentido, ligaria a indústria ao porto comercial.
Adicionalmente, não seria necessário construir mais uma ponte (em Lares).
Mas, o erro prevaleceu, e agora temos uma A17 que não serve a indústria nem os utilizadores frequentes, por ser muito cara." 

Via O Ambiente na Figueira da Foz

Em tempo.
 “O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. O povo está na miséria. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. O tédio invadiu as almas. A ruína económica cresce. O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. O Estado tem que ser considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo”.


Eça de Queirós, há cento e tal anos...

Exposição de fotografia e poesia

Encontra-se patente no Núcleo Museológico do Mar, até 20 de maio, a mostra de fotografia e poesia «FotoPoesia», que resulta de uma selecção de imagens que integraram o 2º e 4º Concurso de Fotografia da Figueira da Foz (2004 e 2008) e uma participação especial do fotógrafo freelancer figueirense, Pedro Agostinho Cruz, acompanhadas de um conjunto de poemas de autores diversos, intimamente ligados à Figueira e ao seu mar. 
Arnaldo Forte, Sant'Iago Prezado, António Sousa Freitas, João Sant'Iago e José Pires de Azevedo escreveram o mar
Pedro Agostinho Cruz, José Luís Sousa, Guilherme Limas, Hugo Lopes. Nelson Afonso, João Petronilho e Rafael Carriço fotografaram-no.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

"...a nossa visão do mundo, parte da nossa identidade e alma."

"Conheço jornalistas desempregados que davam para fazer duas redacções de alta qualidade. 
Há comentadores na blogosfera que, de borla, escrevem textos sem as banalidades que infestam as páginas dos jornais pagos. 
Cresce o divórcio entre os órgãos de comunicação e o público..." 
Luís Naves, via Delito de Opinião
Em tempo.
"… a maioria dos membros da comunidade da terra não tem valor económico. 
Exemplos disso, são as flores selvagens e o canto dos pássaros." 
Aldo Leopold

A petição para separar Buarcos de S. Julião

Está em fase de recolha de assinaturas uma petição, em papel e via internet, que propõe a separação de Buarcos e São Julião, que resultou "da proposta do PSD/Movimento Figueira 100%/presidentes de junta independentes Carlos Simão (S. Pedro) e José Elísio (Lavos)", que criou uma única e enorme freguesia urbana com 18.288 habitantes.  
Pedro Jorge, o primeiro subscritor da petição na internet, disse ao jornal AS BEIRAS
“Pretendemos que seja devolvida a autonomia administrativa e territorial às duas freguesias”.
18, 10 ou apenas 1 freguesias para a Figueira?.., quanto a mim, continua a ser um falso problema. 
A verdadeira questão, quanto a mim, continua a não ser essa…
Quanto a mim,  a verdadeira questão é: para que servem as freguesias?.. 
E como servem!..

O braço esquerdo do Mondego, é o rio da minha Aldeia

O rio da minha Aldeia, nasce na Serra da Estrela, no concelho de Gouveia, a 1425 metros de altitude.
À sua nascente chama-se Mondeguinho, porque quando nasce, é um pequeno fio de água.
Para que o rio da minha Aldeia se transforme no maior curso de água que nasce em Portugal, precisa das águas dos seus afluentes.
Na margem direita, tem o Dão. Na esquerda o Alva, o Ceira, Arunca e o Pranto.

Entre a nascente e a foz, as águas do Mondego percorrem cerca de 220 quilómetros.
As suas margens, entre Coimbra e a Figueira da Foz, são os terrenos mais férteis de Portugal.
São os campos do Baixo Mondego. É nestas terras que se produz mais arroz, por hectare, em toda a Europa.
Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda.
Munda, significa transparência, claridade e pureza.
Nesses tempos, as suas águas eram assim. Agora, os tempos são outros, existe poluição.
Nas águas do rio da minha Aldeia e no resto.

Outrora, o leito do rio Mondego era mais navegável.
Toda a gente sabe isso. 
Mas poucos sabem qual é o rio da minha Aldeia
E para onde ele vai. 
E donde ele vem. 
É por isso que o rio da minha Aldeia pertence a menos gente.  
Mas é mais livre e maior o rio da minha Aldeia....
Pelo Mondego continua a comunicar-se com o mundo. 
Pouca gente, porém, pensa sobre o que há para além do rio da minha Aldeia.


Todavia, o rio da minha Aldeia deveria fazer pensar.
Quem está ao pé dele, não está apenas e só ao pé dele... 
Portanto, não deveria limitar-se a estar apenas e só ao pé dele... 
Antes de desaguar nas águas do oceano Atlântico, junto à Quinta do Canal, defronte a Lares, o Mondego divide-se em dois braços, formando um delta. 
O braço direito banha Vila Verde. O braço esquerdo, é o rio da minha Aldeia.
O  braço sul, o rio da minha Aldeia, deixa o canal principal do Mondego, na zona conhecida como Cinco Irmãos, a cerca de seis quilómetros a montante da Figueira da Foz, e corre entre a ilha da Morraceira e a margem esquerda do estuário. 
Depois de passar frente à minha Aldeia, deixando para trás o Portinho da Gala e a Ponte dos Arcos, o rio da minha Aldeia funde-se no braço norte, em frente à cidade,  junto aos estaleiros e porto de pesca, relativamente perto do local onde até meados do século XIX se situava a barra do porto, quando o braço sul era o canal principal do rio que banha a cidade. 

O rio da minha Aldeia, não sendo o que já foi, continua a ser fonte de vida, de prazer, de divertimento e de lazer. 
Continua a ser de um agrado incontornável olhá-lo, conhecer os seus recantos, as suas correntes e as suas contra-correntes, as suas diferentes tonalidades, o seu murmurar!.. 
Uma coisa é ser. Outra, é gostar de (a)parecer... 
Para quem é, o rio da minha Aldeia continua a provocar emoções... 
Mas, é preciso estar atento!
O rio da minha Aldeia, tem uma particularidade: enche na maré alta e quase seca na baixa-mar...

Ponte militar abre hoje ao trânsito pelas 10 horas

Os militares já concluíram a estrutura que liga a A14 à 111 e dá acesso a Maiorca, evitando assim o trânsito pelo interior das povoações.
A estrutura, montada na zona das pontes de Maiorca, vai ter um vão de 54,85 metros e uma faixa de rodagem de 4,20 metros, sendo o trânsito controlado através de semáforos. 
Os camiões não vão poder passar por esta ponte.

Actualização.
A estrutura está a funcionar desde as 11 horas e 30 minutos de hoje.

Memória

Em Julho de 2003, era Durão Barroso primeiro-ministro, e Paulo Portas ministro da Defesa, o chefe do Estado-Maior do Exército, general José Silva Viegas, demitiu-se em conflito aberto com o então líder do CDS. Na altura, o CEME tornou público um comunicado onde declara ter... «perdido a confiança no ministro da Defesa», embora, «por respeito à instituição militar e aos homens e mulheres que servem o País...», omita as suas razões. 
Isto deve ajudar a reflectir os deputados PAF que arrancam as vestes com a recente (e discreta) demissão do general Carlos Jerónimo.

Daqui

Gente fantástica...

No adeus a Francisco Nicholson



Via Lucky Duckies

V GALA FIGUEIRA TV

Realiza-se no próximo dia 23 de abril, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. 
Os bilhetes estão já à venda no CAE e sedes do Sporting Figueirense e SUOVAIS
Mais pormenores aqui.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Para quando a criação do Dia do Covagalense?

Capitão João Pereira Mano, um covagalense
cuja memória nunca deverá ser esquecida
Um dia é uma personagem com identidade própria. 
Tem alma. 
É uma maneira de ser. 
É um modo.  
É como uma personagem das nossas vidas. 
Cria uma onda. 
Tem uma cadência própria. 
Há dias extraordinários, horríveis. 
E há dias felizes.


Nota de rodapé:
Confesso que me é indiferente, se a expressão das ideias que há praticamente 10 anos por aqui vou partilhando, agrada, desagrada ou vai de encontro ao que pensa o resto da manada. 
Contudo, isso não impede que tenha consideração e estima por quase todos. 
Era o que mais faltava: se eu posso ter - e tenho - a minha opinião, só tenho que apreciar a franqueza dos outros, mesmo que discorde do conteúdo das suas opiniões.
Para isso, é claro, é necessária esta coisa simples: que tenham opinião com ideias e conteúdo...
Compreendo perfeitamente, que ande por aí gente sedenta de protagonismo, que não diz o que pensa, porque não está para arriscar a ausência da ribalta num qualquer evento que se vá realizando, por ali ou por aqui... 
Esse, não é, de todo, o meu caso e, muito menos, o meu problema. "Cozinho" este Outra Margem há praticamente 10 anos, apenas e só, porque gosto.
Esta história de ter tomates (simbólicos, leia-se, logo abrangentes...) para dizer o que se pensa, não é, de todo, um património de esquerda ou de direita. Vai muito para além disso.
E sabem que mais: já não tenho idade, nem pachorra, nem vontade e muito menos, paciência,  para aturar "inocentes"...
Não é só na Cova e Gala, é também na Figueira, em Portugal e no mundo que isto acontece:  os melhores são, geralmente, os que menos são ouvidos. 
Isso deve ter uma explicação simples.
Eu tenho a minha: é pela mesma razão que as plantas brotam da terra em silêncio...