terça-feira, 2 de junho de 2015

Na Aldeia do respeitinho…

Há semanas que é assim: está uma tarde com um sol maravilhoso.
Porém, consigo pressintir nuvens carregadas de negrume, que influenciam e condicionam as atitudes dos figueirenses.
Ainda estamos na primavera. Espero que o que vem aí não dê lugar à tristeza.
Numa esplanada, frente ao mar do Cabedelo, deleito-me com uma litradra e meia de água que vou bebendo em pequenos goles. 
Tempo é o que não falta. Pouso o copo na mesa e estendo o olhar e o pensamento pela praia a sul do estuário do Mondego, em direcção às dunas a sul do quinto molhe.
Lá longe, entre o Largo da praia da Cova e a Costa de Lavos, recordo a erosão e os alertas que foram feitos ao longo dos anos.
Olho com mais atenção e dou comigo a pensar que a esperança pode ser uma borboleta com asas.
Sinto no ar a correr uma ténue aragem da esperança. 
Os longos ciclos, nunca iludem as necessidades e as expectativas do homem da Aldeia que gosta de viver o seu e no seu tempo concreto. 
Temos para viver a ilusão ou a desilusão. A revolta ou o acomodamento. Nós, só temos de escolher.
Evidentemente, os que têm estofo para conseguir escolher...

Numa cidade com uma praia de paisagens bucólicas e pastoris, só se consegue ser vereador com um sentido de humor e um coração maior que o mundo…

Em tempo.

1. Como sabemos, quase todos os políticos têm menos sentido de humor e um coração mais pequeno que uma lentilha.
Uma lentilha, para quem não sabe, é uma planta cuja semente, do mesmo nome, é comestível. 
Dá para fazer sopa, salada, puré e mais outras coisas. 
É um bom substituto do feijão e do grão. 
A lentilha - convém ter presente - é importante porque é rica em proteínas, vitaminas, minerais e fibras e traz benefícios ao organismo que vão para além de uma dose suplementar de sorte.
Não é que a lentilha tenha  sentido de humor ou coração…

2. Para ler a crónica hoje publicada pelo vereador António Tavares no DIÁRIO AS BEIRAS, basta clicar em cima da imagem.

Coisas que eu gosto de valorizar: a Liberdade, a responsabilidade e a dignidade

A vida, pelo menos no meu entendimento, é feita de opções.
Foi isso a minha vida: bem cedo, fiz as minhas opções.
Desde os meus 20 anos que coloquei acima de muitas coisas o prazer de ser livre e viver com dignidade.
Foi com essa idade que tive a felicidade de presenciar a libertação do meu país. Foi com essa idade que decidi que, a mim, ninguém mais fecharia “as portas que Abril abriu”.
Ser, em 2015, menos jovem é o que de mais importante me poderia ter acontecido, pois isso permitiu-me viver o 25 de Abril de 1974, que trouxe algo de verdadeiramente novo para a vida dos portugueses.

A Liberdade, nessa altura, estava a chegar por aqui e,  eu, então um  jovem de 20 anos e  perante a grandeza  do momento, também cresci.  Aliás, não tinha alternativa: poucos dias depois, a 6 de Junho desse mesmo ano de 1974 morreu o meu Pai e eu vivi um momento marcante, por ter sido o mais amargo da minha existência até ao momento.
Só o futuro, porém, me  ajudou  a entender a verdadeira amplitude desse “dia inteiro e limpo”

Nesse dia, fui trabalhar - nessa altura era empregado de escritório numa empresa de pesca – mas estive sempre com o ouvido no RCP,  a escutar a voz grave e única de Luís Filipe Costa,  que começava sempre os comunicados do MFA desta forma: “Aqui posto de comando das Forças Armadas”.
Desse dia 25 de Abril de 1974 no trabalho, recordo  o alvoroço, o regozinho e o entusiasmo pela nova era de alguns colegas, quase todos felizmente ainda vivos. 
Lembro, sobretudo,  a expectativa de um futuro  livre, sem palavras proibidas – nesse momento, a mudança anunciava-se incontida.

Portugal, nessa altura, era uma sociedade a preto e branco, como um livro de colorir - a preto e branco, como todos os livros de colorir.
Portugal, nessa altura, apresentava-se apenas com contornos desenhados à espera de ser colorido, como todos os livros de colorir.
Foi isso que eu entendi logo em 25 de Abril de 1974. E foi por isso, que decidi, que era importante, tentar colorir a minha parte.
Como nunca tive muito dinheiro, só consegui comprar um simples lápis de cor – verde, que é a cor da esperança.

Mas, as cores são muitas e outros com outros meios e outros poderes, têm colorido o meu país de rosa e de laranja -  e no meu País voltou a haver iniciativas condicionadas.
Como a minha vida sempre foi feita de opções, eu continuo a preferir palavras bonitas como liberdade e igualdade, a palavras feias como censura.
Abril (embora já distante - 41 anos depois daquele Abril de 74), Sempre!

6 praias figueirenses têm água com qualidade "Ouro"

foto António Agostinho
A Quercus – AssociaçãoNacional de Conservação da Natureza, volta a identificar em 2015 as águas balneares em Portugal classificadas como tendo qualidade “Ouro”, com cinco anos de análises “excelentes”
São 314 praias que este ano reúnem esses requisitos em Portugal, menos 41 que no ano anterior.  
A Figueira da Foz contabiliza seis praias: Costa de Lavos, Cova-Gala, Figueira da Foz, Leirosa, Quiaios e Tamargueira
Esta avaliação efectuada pela Quercus é mais limitada em comparação com os múltiplos critérios para atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias – apesar de ser mais exigente neste aspecto em específico – para além de incluir todas as águas balneares, não envolvendo qualquer processo de candidatura.

Isto é apenas uma das cenas do filme da manipulação dos números...

"IEFP anula desempregados não subsidiados sem aviso prévio".

segunda-feira, 1 de junho de 2015

FANTÁSTICO!..

* "De 15 em 15 chamadas oferecemos um exemplar do livro. Custo de chamada 0,60€+IVA. Ao participar aceita as condições do regulamento" 

Em tempo
Fernando Pessoa: "I know not what tomorrow will bring… " ("Não sei o que o amanhã trará").

Cabecinha pensadora!..

"Taxa dos sacos de plástico leva a despedimentos e menos facturação. 
Não há menos plástico no lixo, nem o Governo arrecadou as receitas pretendidas. 
Mas, há indústrias em dificuldades e uma nova fonte de receitas na Grande Distribuição..."

Em tempo.
A isto chama-se  inteligência, neste caso, política, colocada ao serviço da Pátria e da economia, via taxas e taxinhas…

Crianças...

Os adultos deviam ter brincado no momento certo e no local próprio: quando eram crianças
Brincar,  é a melhor coisa que as crianças podem fazer.
Brincar às eleições, que é o que os adultos têm andado a fazer nos últimos 30 e tal anos, tal como o tabaco, tem prejudicado gravemente a saúde dos portugueses, em geral, e a minha, em particular.
Infelizmente, porém, com muita pena minha e sorte para os políticos do "arco do poder",  as crianças não podem votar…
Num ambiente beato,  onde a religião é uma âncora fundamental e a visão do pecado uma pesada herança do Estado Novo, ao contrário dos adultos, há crianças em Portugal que sabem distinguir o básico: a diferença entre o bem e o mal.

Em tempo.
1 de Junho, continua a ser  o dia da criança.
Nesta data, tenho sempre o mesmo problema: nunca  sei o que hei-de oferecer à minha personalidade.

aF245


A pesca da sardinha está reduzida a mínimos históricos…

Neste momento, a sardinha é o assunto que está na ordem do dia na Figueira.
Como divulgámos neste espaço na madrugada do passado domingo, a Associação Malta do Viso e a gestão do Coliseu Figueirense não se entenderam e a 29.ª edição do certame não se vai realizar.
A Câmara ainda tentou mediar o consenso para evitar o cancelamento do evento. Porém, como tal não foi possível, a 29.ª Festa da Sardinha, que se deveria realizar entre 4 e 6 de Junho (nesta semana, entre quinta-feira a sábado), pelo menos no Coliseu, não se realiza em 2015.
Mas, a sardinha, na Figueira e no País, neste mês de junho que começa,  está na ordem do dia por outras e mais gravosas razões.
Segundo o jornal Público, “Portugal consome 13 sardinhas por segundo em junho”, o mês dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro.
“Parece um número astronómico, mas na verdade nunca foi tão baixo. A sardinha desapareceu da costa portuguesa e os cientistas esforçam-se para explicar porquê.”
O jornalista Ricardo Garcia assina uma oportuna reportagem sobre os graves problemas que Portugal enfrenta na gestão e conservação dos stocks de sardinha. Fica um cheirinho.
 “Trabalhos mais recentes apontam outros factores. Um estudo de 2013, de investigadores do IPMA e da Universidade da Califórnia, sugere uma relação entre o declínio da sardinha e a abundância da cavala na costa portuguesa. Parte da explicação é ambiental e está relacionada com o aumento da temperatura do mar nas últimas décadas. Águas mais quentes não são boas para a reprodução da sardinha. Mas são mais atraentes para a cavala, uma espécie subtropical que está em expansão para norte.
Também há razões biológicas. As larvas e juvenis de ambas as espécies competem pelo zooplâncton, o seu alimento. E ambas predam-se mutuamente, com vantagem para a cavala, que, além dos ovos, alimenta-se também de juvenis de sardinhas. Outro detalhe: a sardinha tem comportamentos canibalísticos e come os seus próprios ovos no Inverno, quando há menos alimento disponível.
A pesca é o factor humano a pesar sobre essas flutuações naturais. Em momentos de baixo sucesso reprodutivo, capturas elevadas podem ser desastrosas. E foi isso o que aconteceu recentemente.”
Para continuar a ler,  clicar aqui.

domingo, 31 de maio de 2015

Foi uma jogatana para loucos e no final ganhou o Sporting - de Portugal.

Porra, pá: estava a ver que o resultado final era 2-1, favorável ao Braga, que é aquele resultado que dá para o vencedor dizer no final: “fomos melhores, mas sofremos...”
Os leões nunca desistiram e o Sporting de Braga encolheu, mesmo com um homem a mais. 
Mas, aos 90+2 aconteceu o milagre: Montero marcou e o Sporting chegou ao empate na compensação, num final de 90 minutos impróprio para cardíacos! 
Seguiu-se o prolongamento, com muito cansaço à mistura de ambos os lados, que não resolveu nada. 
Venceu o Sporting de Portugal, nas grandes penalidades. Parabéns também ao Sporting de Braga.
Que o Sporting - de Portugal – tivesse ganho a Taça, tudo bem...
Agora, ter de levar com a imagem do Cavaco a entregar a Taça - felizmente, que pela última vez... - é que não... 
Vou desligar a televisão.
Pois é. Isto para para os sportinguistas, não é fácil... 

Em tempo.
A minha decisão de acordar, hoje,  às 5 da manhã para ver os sub-20 foi acertada. Foi um grande jogo e uma grande vitória. 
Na selecção de sub-20 jogam os melhores e os que estão em forma. 
E penso que não há cá compadrios…

Infalível

A poucas horas do começo do jogo, fica, desde já, em antevisão, o vencedor da Final da Taça de Portugal, 2014/2015: ganha o Sporting.

Em 30 anos de Cavaco no poder, não me lembro de um único momento de felicidade genuína...

foto sacada daqui
Depois de 30 anos de poder de Cavaco Silva, Portugal é novamente um país onde se passa fome. O SNS, que já foi bandeira deste País, definha cada vez mais. Dois bancos colapsaram, o que resultou num  custo elevado para os portugueses. A justiça é a desgraça conhecida. Na educação nem um novo ano lectivo tem início a tempo e horas. A distribuição de riqueza é mais assimétrica. Para conseguirem sobreviver milhares e milhares de portugueses de todas as idades tiveram de emigrar. Mesmo assim a taxa de desemprego é pornográfica.
Nuvens negras continuam a embrutecer os pensamentos  e a condicionar as decisões dos portugueses. As notícias, seguem o mesmo caminho. E os políticos,  agarrados ao conforto, continuam a dizer-nos que o nosso bolso vai ser ainda mais esmifrado.
Pobres de nós,  coitados!

Em 30 anos de Cavaco no poder, não me lembro que tenha contribuído para um único momento de felicidade genuína na minha vida...
Na internet, espero, nada se perde. Conto com isso...
Todos, um dia, iremos morrer.
Espero que OUTRA MARGEM se mantenha por aqui e as pessoas o continuem a visitar.
Já estou a prever os comentários: “era tão boa pessoa  e agora não passa dum blogue”
Um dia, espero que daqui a muito tempo, já cá ninguém virá. E eu, então, não serei nada. Nem uma recordação.

Cavaco, 30 anos de poder quase a terminarem… 
Quando os portugueses escolheram um Primeiro Ministro assim, e voltaram a ter novamente, por vontade própria, depois de já o conhecerem, esta figura no poder, como Presidente, nem sei o que pensar das cabeças dos que votam neste País!..
Resta o vazio, que é uma forma de morrer e uma forma de viver a desilusão como nenhuma outra. O vazio, que é ter a tristeza encravada na garganta. 
Se Deus existe, os portugueses vão ter de ser ainda muito castigados…

Festa da Sardinha no Coliseu foi cancelda



sábado, 30 de maio de 2015

O atirador figueirense atravessa um grande momento

"JOÃO COSTA CONQUISTA TAÇA DO MUNDO EM MUNIQUE".

A propósito de o “Almoço do Trolha”, de Júlio Pomar, um quadro a óleo de 1947 ...

"A arte dos comunas apreciada plo estado e plos mercados".


à parte):
desconheço os critérios que levaram o estado e os mercados a consagrarem deste modo uma obra do neo-realismo. Esta súbita validação-cultural / valorização-monetária do neo-realismo escapam decerto ao excelso critério  do regedor da cultura da Figueira da Foz. Desconheço por exemplo, a este respeito, se entre o espólio que Joaquim Namorado legou generosamente ao município constava algo assinado pelo autor de “o almoço do trolha”; de qualquer modo, e segundo qualquer das perspectivas, parece-me cada vez mais inexplicável e desastrosa a cessão desse espólio, inteiramente de graça, ao Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira. Sob qualquer ponto-de-vista chama-se, receio, delapidação de Património.

Passos Coelho quer continuar a ser o dono da bola…

Riu Rio, ex-presidente da Câmara do Porto, já decidiu formalizar a sua candidatura à presidência da República.
A SIC dá como garantido que a decisão será anunciada até ao final do mês de junho.
Recorde-se: Rui Rio, de acordo com as informações publicadas ao longo das últimas semanas, tem sido pressionado a avançar para Belém pela direcção nacional do PSD e também por figuras centristas.
Marcelo, mais uma vez, vai continuar a  vê-los passar?

Isto é um pouco pessoal...

"Ideias que não alimento". 

Em tempo
O amor não resolve nada, porque é pessoal. 
Por isso, não transcende para o colectivo. 
Contudo, andamos há mais de dois mil anos a dizer que é importante amarmos uns aos outros... 
Serviu de alguma coisa? O mundo está melhor? 
Nesta sociedade, amor é pagares as contas todas?..
Isso, porém, não é amor: é estupidez.
Recordo as palavras sábias de Mia Couto.
"A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos."