domingo, 17 de maio de 2015

É de pensar renovar o voto

"Começa-se mesmo a perceber no país que o resultado das eleições não está fechado. Desenganem-se aqueles que acham que têm um direito natural a governar" - Pedro Passos Coelho, ontem à noite em Guimarães.

Os portugueses sabem com o que podem contar com Passos Coelho e Paulo Portas.
4 anos deram para ver e sentir.
Mas, eles ainda não completaram a obra. Falta algo: ainda não foram capazes de tornar a mão-de-obra ainda mais barata para as empresas.
Não é uma incerteza este desígnio de Passos e Portas se ganharem as próximas legislativas. Foi o próprio Passos que o afirmou um dia destes no Parlamento.
Por conseguinte, as coisas estão claras e límpidas: o capital é quem mais ordena.
O "aguenta aguenta" como Ulrich sabe, não foi uma distracção, foi uma afirmação segura de um modelo de pensamento e de gestão que pauta Portugal e o mundo.
A nós, cabe o dever e a obrigação de carregar,  às costas e de bolsos vazios, os bancos e as grandes empresas, financiadores das campanhas  laranja e azul, tudo pseudo-católico e bons chefes de família abençoados pela Santa Madre Igreja.
Há lugares à espera para alguns dos "bons meninos"  que fizerem, sem discutir, o que lhes mandam fazer.
O emprego, segundo o senhor Primeiro-ministro, tem custos elevados para as empresas.
Sublinhemos a clareza de raciocínio deste governo.
Coitadas das empresas que para terem trabalhadores ainda têm a obrigação de lhes pagar um salário. Bons e gratificantes tempos, eram os do trabalho servil, de sol-a-sol, supervisionados de chibata na mão.
Há pessoas e governos que vivem fora de tempo - que saudades da escravatura...
O trabalho, em Portugal, ainda é pago, em média, a 581€ mensais. 
Uma completa e desnecessária exorbitância, portanto!..
A terminar: no entanto, se acham que este governo tem direito a governar mais 4 anos - votem!
Depois vão queixar-se ao Camões...
Quando estamos a poucos meses de renovar o voto, convém não esquecer que "o rating da República que estava no lixo antes da chegada do "Messias", no lixo ficou. A dívida pública, nuns lastimáveis 93,4% do PIB em 2010, está hoje, depois da terapêutica, nos 128,9% do produto. E o défice, alfa e ómega de toda a narrativa, não é líquido, de acordo com todas as instituições internacionais, que cumpra o objectivo de ficar abaixo dos 3%. Mas há as taxas de juro em mínimos históricos, dizem-nos em jeito de medalha no currículo. Pois, mas convém explicar que, mesmo aí, o mérito não é do médico mas do "canhão Draghi" e da intervenção do Banco Central Europeu."

sábado, 16 de maio de 2015

Disponibilizem a praia da Figueira para a expansão das hortas...

"Após os 40 anos, muitos sentem o apelo de “voltar ao cultivo da terra”. Esse fenómeno é visível até nas crescentes vendas de livros sobre “a horta em casa”. Conheço vários “horticultores modernos” que sentem prazer em cultivar, fertilizar, sachar, regar, apanhar, etc. Enfim, cuidar da terra. Os mais conscientes fazem-no de forma biológica, sem herbicidas nem pesticidas. Espanto-me com a quantidade de laranjas, alfaces, limões, couves, tomates e muitos outros produtos da época que são colhidos pela minha mãe na sua horta. É um espaço pequeno, pouco maior que uma sala grande, confinado entre muros e paredes. À primeira vista, aquele espaço “não daria para nada”, mas o trabalho e o engenho humano fazem milagres e de um pedaço de terreno pouco produtivo brota vida. Este tipo de contributo de todas “as mães e pais agricultores” para a economia é importante: produtos saudáveis colhidos da terra directamente para o prato, sem intermediários nem desperdício. Qual será o impacto no PIB? Quantos milhões de euros se produzem assim? Além do benefício que a actividade proporciona para a saúde física e mental dos horticultores. Na Figueira, o actual executivo municipal incentivou a criação de hortas urbanas, desde 2009. Uma aposta ganha contra a opinião dos conservadores da nossa praça para os quais um “espaço verde tem que ter relva”. Precisamos ainda de mais. E por que não disponibilizar mais zonas verdes municipais (relvados e prados abandonados) para este fim?"

O texto acima, que a meu ver é interessante e merece ser divulgado e lido, é a crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS, assinada pelo eng. João Vaz. 
Como escrevi há tempos aqui, «não sou adivinho. Não tenho grandes fontes privilegiadas. Portanto, resta-me andar o mais atento possível e tentar ler os sinais. 
A Ana já explicou alguma coisa. A ideia é "perder características de praia", para "se poder fazer lá alguma coisa". O António explicou muita coisa. "Esta é a única praia que conheço que era lavrada", disse o vereador, que considerou "positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia"
Complementado o que escreve o eng. João Vaz, hoje, no jornal AS BEIRAS, apesar de saber que estamos num momento delicado, porque a Figueira está em plena travessia do deserto, no que a ideias políticas diz respeito, e eu como figueirense estou a suportar um calor quase insuportável, mesmo assim, vencendo o medo, fica o meu desinteressado contributo: e porque não disponibilizar os espaços verdes da praia outrora da Claridade, agora da "Calamidade",  para a desejada expansão das hortas urbanas?..
Os tomates já lã estão... Plantem alfaces para complementar a salada...

Essa proactividade não há meio de chegar?...

Estamos quase na época alta, mas a cidade continua suja e triste. 
No Bairro Novo, cheira a mofo, os ácaros por lá continuam, apesar das palavras escritas que nos hão-de guiar um dia: "... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..." 
E continuamos no desalento, sem nunca chegarmos a "proactivos"
Os anos vão passando, eles pelo poder lá vão estando e, com eles lá, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se.
E qualquer dia já não somos os mesmos - estamos a envelhecer. 
Quem vai continuar é o rio, imponente, a correr para o mar, a correr sabe-se lá para onde!.. 
A Figueira cá continua, no seu ramerrão, governada por politicozinhos, que é o que merece uma "cidade imoral".

Balanço de uma semana com a Figueira na montra mediática: estamos no bom caminho...

Balanço da notícia da semana em Portugal:
"As miúdas mereciam um enxerto de porrada, as miúdas já tiveram a sua dose e estão arrependidas, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram educação, os pais das miúdas é que são os culpados porque não lhes deram porrada, os pais das miúdas não têm culpa nenhuma e são gente de bem e estão de rastos, as miúdas deviam ir para um internato, as miúdas deviam ter uma nova oportunidade, se o miúdo fosse meu filho eu ia à Polícia, se o miúdo fosse meu filho eu ia atrás das miúdas para lhes dar uma coça, o miúdo fez bem em não se defender, o miúdo nem se tentou defender, o miúdo alguma coisa deve ter feito, as miúdas não tinham noção da gravidade do que faziam, as miúdas sabiam bem como era grave e até paravam a porrada quando pressentiam alguém, a escola é que tem a culpa, os pais é que têm a culpa, a sociedade é que tem a culpa, as redes sociais é que têm a culpa, eu nem consegui ver mais que dez segundos que quase tive um afrontamento, eu não vi mas contaram-me." 

Tudo isto, apenas, porque os telemóveis têm câmara de filmar!.. 
Em nosso redor a degradação humana avança e o travão não funciona. 
Hoje, o que interessa a dignidade de uma  vida, que valor têm os princípios ou as ideias? 
Hoje, o que conta é o telemóvel que usas e as filmagens que consegues fazer com ele...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

"A minha política é o trabalho" (... os portugueses merecem mesmo um Salazar em cada século...)

"70% dos jovens entre os 15 e os 24 anos admitem ir trabalhar para o estrangeiro"... 
Na mesma faixa etária, 57% dizem não se interessarem “nada” por política.

Via jornal Público

Acidente na Ponte Edgar Cardoso

Uma foto desta manhã...

Cuidado com a anarquia (já todos associámos a anarquia à falta de tomates...), pois um pouco mais abaixo há tomates a crescer na praia...
Recordemos, a propósito,  as palavras do vereador António Tavares. 
«Esta é a única praia que conheço que era lavrada», disse então o vereador, que considera positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia»"
O vereador, como sabemos, é um intelectual conceituado... E há uma poesia, um cinema, uma pintura que são um itinerário místico... 
Todavia, fica o alerta, os maiores disparates, as maiores tragédias, começaram quase sempre com as melhores das intenções!..
Portanto, cuidado com a anarquia patente pelas ruas, pelas praças, pelas Aldeias e, sobretudo, pelas praias...
Quem sai de casa, logo pela manhã, não tem necessidade de tropeçar em trabalhos inesperados... 

ALERTA COSTEIRO 14/15, em breve num espaço perto de si...


Depois de na primeira tentativa a exposição ter sido censurada, ALERTA COSTEIRO14/15, em novo formato,  vai estar em breve aberta ao público, num espaço perto de si.

"Fábula política para principiantes"

Para ler clicar aqui.

Nada vai mudar se o português não quiser mudar o óbvio: ele próprio...

O português é assim: só sabe chorar sobre o leite derramado. 
Fazer aquilo que deve, em tempo útil, não é com ele... 
Está sempre à espera que outros o façam. 
Já agora: atenção às eleições que aí vêm. E atenção às alternativas políticas... 
A palavra democracia, apesar do acordo ortográfico, ainda quer dizer o mesmo: "o dia inicial inteiro e limpo", que chegou num dia de Abril, numa primavera de 1974, onde os pássaros cantaram cantigas sorridentes.
Neste momento, a democracia anda escondida num sítio medonho, por um governo vestido com a cor da democracia, que leva mais de 3 anos a legislar tristezas que a Constituição tem rejeitado...

As lendas são eternas

Portas vai ter de engolir a verdade imaculada do livro...


A maioria das pessoas não diz o que pensa. 
Talvez, por  se sentirem retraídas, com medos que nem sequer consigo imaginar. 
Ou, quiçá, por saberem que o mundo em que vivem não está preparado para conviver com a verdade. Ou, simplesmente, porque gostam de viver na mentira.
Pelos vistos, as verdades imaculadas apenas se encontram nos livros…

quinta-feira, 14 de maio de 2015

31...

O 31 que vai pelo 31 da Armada!..
Tudo porque José Maria Barcia escreveu: “uma alucinação de meninos com fome e frio que se tornou num dos maiores produtos de marketing da Igreja Católica“.
A caixa de comentários está de gritos...

O PSD/Figueira não responde. O PSD/Figueira pergunta...

... "o PSD gostaria que o executivo municipal esclarecesse publicamente as diligências concretas que efectuou para que os turistas pudessem ter visitado um pouco da cidade e do seu património."

Soluções dentro da Câmara?...Oh Rui, desculpa lá, mas dentro da câmara, fecha-se a porta. E que ninguém os chateie...

Crónica de Rui Curado da Silva, hoje no jornal AS BEIRAS.

"Governo preparado para vender a TAP em duas semanas"!..

É um erro, mas perante a actuação continuada deste governo, triste e miserável, um gajo até fica um bocado em baixo... 
Mas eles aí estão: não têm princípios, maneiras, vergonha na cara. 
Até ao último dia vão certamente tentar privatizar tudo e mais alguma coisa - nem que se a trote e às três pancadas. 
Aumentaram a dívida, os níveis de desemprego, arrasaram com o investimento, correram do país uma parte importante da população e tiraram a esperança e comprometeram a sanidade dos que não conseguiram ou não quiseram sair. 
Vivemos num clima de miséria moral, onde vale tudo, começando pela falta de vergonha na cara e pela ignorância descarada. 
A política tornou-se uma coisa  rasteira. 
A palavra de nada vale, a honra é o que as agências de comunicação quiserem que seja, as estatísticas e os números são manipulados e dão para tudo... 
Confesso que já não os posso ver em lado nenhum!
Mas, isso sou eu...
Alguns - iremos daqui a poucos meses ver quantos milhares - só irão acordar quando estivermos no défice zero, conduzidos por Passos Coelho.

AO- oh, oh!..

Sobre um acordo, mesmo que seja ortográfico, é meu entendimento, que a sua aceitação passa por uma convergência de, pelo menos, duas vontades. 
Neste caso concreto a minha é diferente - diverge. 
Li, ouvi e vi que o AO passou a ser obrigatório. 
Li, ouvi e vi, que quem não escrever segundo os ditames do novo AO, desde ontem, passou a escrever com erros. 
Vou continuar a errar até ao fim dos meus dias.
Entre escrever com erros oficiais e escrever com erros pessoais, vou continuar a preferir a segunda opção.

aF, nº244