sexta-feira, 26 de setembro de 2014

«Striptease bancário» é coisa de pobre


«Trata-se de um direito de reserva da minha vida pessoal. (...) Se cada vez que alguém fizer insinuações tiver de fazer o striptease da minha conta bancária para deleite de leitores de jornais, isso não faço». (Passos Coelho).

«O Governo decidiu que os beneficiários do rendimento social de inserção [ficam sujeitos a] (...) novas regras, de "maior controlo, maior combate à fraude, maior combate ao excesso", (...) apesar de o RSI ser a prestação social objeto de controlo mais rigoroso em Portugal, incluindo a admissão de violação do sigilo bancário dos seus beneficiários. Ser beneficiário do RSI dá direito, por definição, a ser-se suspeito de fraude e de preguiça. Até prova em contrário que cabe ao próprio evidenciar.» (José Manuel Pureza).

Via Ladrões de Bicicleta

Tudo como dantes, quartel general em abrantes...

Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... 
Mas, entretanto, o essencial continua por esclarecer. 
Nomeadamente: quanto recebeu em despesas de representação? (presumo que haja limite para essas despesas...); porque não declarou essa verba quando fez o requerimento?; qual a compatibilidade dos montantes recebidos com o regime de exclusividade?   
Gostava também de saber se Pedro Passos Coelho, até ao fim do debate, ainda vai dizer  “que é preciso alguém nascer duas vezes para ser tão honesto como ele”, mas não vou esperar pois está um sol tão bonito lá fora e a minha paciência tem limites...


Em tempo.
Via Delito de Opinião, "A paz quer-se pôdre".
Já se ouve por aí dizer a propósito do que tem saído na Imprensa sobre a Webrand/PSD e a Tecnoforma/ Passos Coelho que "qualquer dia ninguém vem para a política, porque ninguém é santo". São desabafos laranjinhas, mas se fossem outros os apertos logo mudariam de cor. O que interessa é perceber que mais do que reflectirem um nervosismo "clubista" denunciam uma total indiferença pela coisa pública. A preocupação não se foca nos eventuais dolos, mas nos putativos infractores, vistos neste contexto como vítimas de uma caça às bruxas. Esta é a nossa cultura cívica. Temerosa, reticente e dual. Se para moralizar o sistema é preciso escrutinar os nossos, o melhor é deixar estar.

aF233


Oxalá que o mau cheiro não incomode Sua Excelência e a respectiva comitiva...


O Presidente da República, Cavaco Silva, visita hoje, pelas 15H30, o Centro de Incubação do Grupo Lusiaves, no Parque Industrial da Figueira da Foz.
Oxalá que "a inspecção aturada", entretanto realizada pela câmara municipal, tenha chegado à origem do cheiro nauseabundo que se respirava por aqueles lados, a fim de evitar o incómodo à ilustre figura, e respectiva comitiva,  que hoje vai estar no topo sul da zona industrial da Gala. 

Se calhar temos o que merecemos no nosso concelho: nem sequer alcançámos ainda a maturidade que separa o trigo do joio...

A notícia é da edição de ontem do jornal AS BEIRAS. 
Nesta semana, os vereadores Miguel Almeida e António Tavares, nas suas habituais crónicas de opinião no jornal AS BEIRAS abordaram o assunto. Também nesta semana, o eng. Daniel dos Santos abordou o assunto.
Segundo a notícia "o plano estratégico para o desenvolvimento do concelho não vai ser objecto de discussão pública",  o que é de lamentar, pois "o que está  em causa - cito de novo o eng. Daniel Santos -é a clarificação dos objectivos que pretendemos para a Figueira e os caminhos que a eles conduzirão."

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nunca um golo na própria baliza foi tão útil, didáctico e esclarecedor...

Mário Soares. 
Governantes "são todos uns ignorantes e idiotas".

Já tinha pensado nisto...

O PSD quer manter-se no poder e sabe que dificilmente o conseguirá com Pedro Passos Coelho. Que jeito daria se caísse agora. Que jeito daria apresentar-se a eleições, deixa cá ver, por exemplo com alguém como Rui Rio no seu lugar. António Costa, o António mais bem posicionado para ganhar a corrida no PS, até fez o favor de assumir publicamente que um entendimento com o PSD de Rui Rio é uma ideia que lhe agrada muito. E é uma ideia que com toda a certeza ainda agradará mais a Cavaco Silva, que poderá sair do seu torpor a qualquer momento. Não é todos os dias que surge uma oportunidade destas para insuflar uma coligação com expressão parlamentar suficiente para rever a Constituição e pulverizar o que ainda resta do que conquistámos em democracia. Já vimos de tudo, é impossível prever se Passos Coelho resistirá a mais esta ou não. Mas que faz sentido que caia agora, quer-me cá parecer que sim. Seria a forma mais airosa de aguentar o regime durante mais uns tempos. Pelo menos até que não sobre nada que valha o suficiente para alimentar a fome de poder.

A hora do fantoche, via O país do Burro

Nostalgia do verão...


O verão – este verão – terminou há poucos dias.
Poucos dias depois de ter terminado este verão, quem já viveu, como eu, inúmeros Verões, fica com a sensação que, depois do verão, todos os Verões são o mesmo verão. 
Este verão que terminou há poucos dias, porém, teve uma particularidade: mostrou que, mesmo no verão, em termos climatéricos, pode haver verão e ausência de verão.
Os Verões passaram um após outro – já lá vão sessenta. Mais do que isso, porém, tenho a sensação de que voaram.
Contudo, a realidade é que eu é que fui passando. Eu é que voei.
O verão, melhor os Verões ficam para sempre.
Eu, por acaso, tenho a certeza que não!..

X&Q1220


"O rei vai nu"!.. Não liguem, tudo isto não deve passar apenas de um problema de memória... O RSI não permite que as pessoas se desenvolvam. Já pedir subsídios indevidos à AR apenas revela grande capacidade de empreendedorismo...

"Passos Coelho escondeu, há cerca de vinte anos, umas massas ganhas numa empresa, não as declarando ao fisco e tendo-as recebido a latere do seu estatuto de deputado, que o obrigaria à exclusividade. Cometeu, assim, várias ilegalidades, embora naquele tempo não incidissem ainda sobre nenhuma delas o juízo censório que hoje as condena às penas do inferno, cada uma delas agora mais gravemente punida do que um homicídio qualificado, cometido com requintes de malvadez. 
Por mim, que entendo não existirem, no plano metajurídico, crimes económicos contra o estado e que defendo que os únicos crimes desse género são os que o estado insistentemente comete contra a propriedade privada, Passos Coelho não seria incomodado. Até porque, como ele, nessa altura, antes e depois, muitos outros fizeram igual ou pior, isto admitindo que é mau e merecedor de responsabilização jurídico-criminal não entregar coercivamente ao estado aquilo que legitimamente nos pertence. 
O problema é outro e está no facto de Passos Coelho chefiar um governo que promoveu o maior saque fiscal de que há memória aos contribuintes portugueses, e que ameaça os incumpridores com as penas do inferno, cuja execução efectiva tem sido motivo de especial orgulho dos responsáveis pelo ministério da tutela, desde logo do respectivo secretário de estado, por sinal saído das hostes do “partido dos contribuintes”
Ora, mais do que a duplicidade de atitudes (quanto aos critérios, só nos poderemos pronunciar depois de haver uma conclusão sobre os factos), o que incomoda aqui é a hipocrisia do poder em relação a muita gente honesta que não entrega ao estado aquilo que ganha, por razões, por vezes, de mera sobrevivência, o que não terá sido certamente o caso de Passos Coelho, caso o tenha feito. 
Vejam-se, por exemplo, os milhares de gestores de empresas em risco de falência, que pagam salários com o que deveriam entregar ao estado, para ver se conseguem salvar as empresas e os postos de trabalho, e que se vêem a braços com processos-crime, condenações, penhoras e penas de prisão. É para esta realidade de um país falido e asfixiado fiscalmente que os governos deveriam olhar quando põem os seus responsáveis a dizer baboseiras sobre a evasão fiscal e o que vão fazer a quem a comete. Até porque, quando menos se espera, em cima do melhor pano cai a nódoa. 

Via Blasfémias

“A CDU é uma alternativa ao poder na freguesia de São Pedro”

foto Pedro Rosa
No seguimento do processo que ditou o afastamento de António Samuel como presidente da Junta de Freguesia de São Pedro – autarca que terá usado verbas públicas para fins privados – a CDU apresentou hoje à tarde a lista que concorre à presidência deste órgão autárquico.
Manuela Ramos, a cabeça de lista, promete “honestidade, competência e transparência» na gestão elecando como prioridade “a pressão” a exercer junto das entidades competentes na protecção da orla costeira.
“Mais dois ou três anos e tudo se complica, alguém vai ter de ser pressionado, é preciso ter os olhos voltados para este problema”
, disse a candidata.

Antes, Silvina Queiroz o anterior executivo afirmando que “os últimos tempos demonstraram claramente que os eleitos não estiveram à altura das suas responsabilidades ao permitirem que continuassem ou se instalassem práticas altamente reprováveis, ilegítimas e ilegais, de administração dos valores públicos colocados à sua guarda”.
A comunista recusa “a ideia insistentemente propalada de que os partidos e os políticos não todos iguais”, acreditando que os eleitores de São Pedro “saberá separar o trigo do joio” e “responderá de forma condigna” ao acto eleitoral de 19 de outubro próximo.
“A CDU - defendeu Silvina Queiroz - “é uma alternativa ao poder de São Pedro”. 
Via Figueira na Hora

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Conheço tão bem este paleio...



"Portas diz que Portugal já superou a crise"!.. 
Só se devia falar quando se tem algo de substancial para dizer, senão mais vale estar calado...

Pais dão avaliação negativa a professora e agridem-na!..

"Os pais do aluno em questão entraram na sala de aulas, no início da primeira aula da manhã, culparam a professora pelo alegado mau desempenho comportamental do filho e agrediram-na nas mãos e num braço"...

Continuamos a "roubar" acima das nossas possibilidades...

Agenda Local 21, o Plano estratégico e o PDM

Como começa por escrever  na sua crónica de hoje no jornal AS BEIRAS o eng. Daniel Santos, "no início de setembro foi desenvolvidamente apresentado em reunião de câmara o modelo em desenvolvimento para a consagração do planeamento para o concelho da Figueira da Foz, o qual incluía a Agenda Local 21, o Plano estratégico e o PDM".
Dada a relevância do tema, publicámos neste espaço o texto que pode ser lido aqui.
Já nesta semana, os vereadores Miguel Almeida e António Tavares, nas suas habituais crónicas de opinião no jornal AS BEIRAS abordaram o assunto.
Como sabem, não é difícil fazer postagens a criticar os políticos, nomeadamente, as decisões do presidente e da vereação camarária. 
Ao contrário do que muita gente pensa, essa é a parte de que menos gosto de executar na confecção deste Outra Margem.
Confesso, que essa é sempre uma tarefa penosa, mas, também não posso omitir que, na nossa cidade, são mais as vezes que me oferecem para me revoltar com a apatia, a falta de democracia e respeito pelos figueirense, o mau gosto ou o autoritarismo dos políticos locais, do que hipóteses de sublinhar o que de bom é feito. 
A realidade é o que é... 
Por exemplo, gostava que houvesse planeamento e estudo sobre o futuro do concelho, das freguesias, das vilas e das aldeias, que se pensasse e discuti-se a Figueira, o seu passado, o seu presente e o seu futuro - no fundo de onde veio, onde está e para onde quer ir
Nos últimos 40 anos a cidade sofreu enormes mutações.
Transformou-se. 
Porém, fê-lo lentamente e sem se desligar da fachada e dos clássicos chavões - “a cidade da moda”, “a rainha das praias de Portugal”, “a praia da claridade”.
No fundo, tudo aquilo que marcou as décadas de 40, 50 e 60 do século passado. 
Nos dias de hoje, sabemos em que ficou transformada, por acção do homem, aquela que foi considerada a "melhor praia de Portugal", como escreveu Ramalho Ortigão no final do século XIX...
Neste registo, é fácil "falar mal" - ainda que não gostem, é uma liberdade a que, por enquanto,  são obrigados a conceder os nossos estimados eleitos pelo povo... -, e dizer que as iniciativas têm andado ao sabor das agendas políticas, interesses imobiliários e a um ou outro rasgo individual e avulso.
As crónicas desta semana dos vereadores Miguel Almeida e António Tavares, publicadas no jornal AS BEIRAS, demonstram isso mais uma vez: não passam de visões partidárias, logo, redutoras do assunto que mais afecta o dia a dia de todos os figueirenses.
E continuamos nisto, o que é de lamentar, pois "o que está  em causa - cito de novo o eng. Daniel Santos - é a clarificação dos objectivos que pretendemos para a Figueira e os caminhos que a eles conduzirão."
Nada mais indicado, portanto, "para evitar o divórcio geral, que se esclareça e discuta o mais possível de modo a todos entendermos do que estamos a falar".

Conferência de imprensa da CDU

A fim de apresentar a lista concorrente às Eleições intercalares na Freguesia de São Pedro, a CDU realiza uma Conferência de Imprensa, hoje,  4ª. feira, dia 24 de Setembro pelas 17,30 horas no Centro de Trabalho do PCP na Figueira da Foz.

Desta vez não é raiva, indignação, fúria. Desta vez é uma profunda desilusão... Hoje, é dia de incómodo e mal-estar com o funcionamento da justiça de um país (uma das últimas sobrevivências de um sistema que deveria ser de valores fundamentais) que está quase de rastos neste “nosso Portugal”...


Na Aldeia... (XX)

É ou não o máximo viver na Aldeia?
Quem, na cidade ou nas vilas do nosso concelho, tem esta diversão extra de eleições autárquicas intercalares em Outubro de 2014?