“Não há meias verdades” (George Bernanos, 1888-1948).
P.S.
- Balanço final: ainda bem que acabaram estas conversas completamente inúteis.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Bairrismos (II)
Segundo
o jornal As Beiras de
20 de Dezembro de 2006, “o porto comercial iria ser gerido por uma Sociedade Anónima com100 por cento do capital do seu congénere de Aveiro”, como foi
comprovado pela realidade que todos conhecemos.
“Não há lugar para bairrismos”, disse o então presidente da câmara municipal da
Figueira da Foz, eng. Duarte Silva, eleito pelo PSD.
Os operadores locais não aplaudiram a decisão. Eles lá sabiam porquê.
Nos dias que passam, “Miguel Almeida desafiou o executivo camarário no sentido de este exigir ao Governo a inclusão de um figueirense, ou de alguém que defenda firmemente os interesses da Figueira da Foz, no próximo conselho de administração do porto de Aveiro, nomeado em breve. O vereador Somos Figueira defendeu que é imperioso a Figueira da Foz estar representada no órgão deliberativo que tutela o porto figueirense e que a autarquia deve intervir no imediato, em vez de aguardar pela decisão do Governo e criticá-la depois”!..
Os operadores locais não aplaudiram a decisão. Eles lá sabiam porquê.
Nos dias que passam, “Miguel Almeida desafiou o executivo camarário no sentido de este exigir ao Governo a inclusão de um figueirense, ou de alguém que defenda firmemente os interesses da Figueira da Foz, no próximo conselho de administração do porto de Aveiro, nomeado em breve. O vereador Somos Figueira defendeu que é imperioso a Figueira da Foz estar representada no órgão deliberativo que tutela o porto figueirense e que a autarquia deve intervir no imediato, em vez de aguardar pela decisão do Governo e criticá-la depois”!..
Ainda bem que as cagarras foram salvas em devido tempo...
A aposta é elevada e o risco deve ter sido enorme: “Independentistas das Canárias ocupam Selvagem Pequena”.
Muito ainda se há-de dizer, muito ainda se há-de escrever - só que ainda não se pensou o suficiente.
Ana Gomes, quando se pronunciar, há-de apontar os culpados...
Muito ainda se há-de dizer, muito ainda se há-de escrever - só que ainda não se pensou o suficiente.
Ana Gomes, quando se pronunciar, há-de apontar os culpados...
Tão simples como isto...
Passos Coelho invocou "exclusividade”, Parlamento diz o contrário:
«[...] se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, [...], isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite.
Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS.»
«[...] se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, [...], isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite.
Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS.»
Figueira virtual...
Segundo o que pode ser lido no jornal AS BEIRAS, na reunião camarária de ontem, foi tornado público que a Figueira Domus está a renegociar a dívida, de 13 milhões de euros, com a Caixa Geral de Depósitos.
Na apresentação do relatório semestral das contas, o presidente da empresa municipal, Hugo Rocha, adiantou que decorrem conversações com o banco do Estado para “converter tudo no médio e no longo prazo”.
Neste momento, a empresa municipal de habitação social tem encargos de 100 mil euros por mês com a dívida. No final do ano, soma, pois, 1,2 milhões de euros. Destes, 700 mil são relativos a juros. “Vamos ter uns anos valentes para sanarmos esta situação”, advertiu Hugo Rocha.
A reprogramação da dívida perspectiva aliviar os encargos anuais, através da dilatação do prazo de pagamento. E inclui os incumprimentos “que vêm de trás”, cujo montante Hugo Rocha desconhecia, quando foi indagado acerca do assunto pela vereadora da oposição Anabela Tabaçó.
A autarca da coligação Somos Figueira alertou ainda para a obrigatoriedade de a empresa colocar na internet as contas, os orçamentos e demais documentos que a lei obriga a tornar públicos. Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”.
O Verão agora terminado, aqui pela Figueira, foi pouco dado a temperaturas altas e noites envolventes, mas em compensação foi abundante em temas escaldantes, cujos próximos capítulos ficamos a aguardar.
Nem o argumentista mais imaginativo conseguiria desenvolver uma história com esta riqueza!
Olhem que original: Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”!..
Como sabemos, por experiência própria, com o computador uma simples idas às compras tornou-se mais simples, marcar um lugar num avião, reservar um hotel, estabelecer uma ligação telefónica ou efectuar uma operação bancária, demora apenas alguns segundos.
Porém, quando a justiça não funciona, o trânsito se engarrafa porque os semáforos não funcionam, ou as contas da Figueira Domus não são divulgadas, a culpa é do computador, essa fascinante, mas também irritante máquina de quem não podemos reclamar e a quem não podemos passar um raspanete ou certificado de incompetência, porque não nos ouve nem nos responde - pelo menos, por agora...
Uma administradora da Figueira Domus, teve uma oportunidade de ser diferente, portanto, relevante.
Decidiu ser o costume...
A realidade, pelos vistos, também pela Figueira, continua virtual.
Neste momento, a empresa municipal de habitação social tem encargos de 100 mil euros por mês com a dívida. No final do ano, soma, pois, 1,2 milhões de euros. Destes, 700 mil são relativos a juros. “Vamos ter uns anos valentes para sanarmos esta situação”, advertiu Hugo Rocha.
A reprogramação da dívida perspectiva aliviar os encargos anuais, através da dilatação do prazo de pagamento. E inclui os incumprimentos “que vêm de trás”, cujo montante Hugo Rocha desconhecia, quando foi indagado acerca do assunto pela vereadora da oposição Anabela Tabaçó.
A autarca da coligação Somos Figueira alertou ainda para a obrigatoriedade de a empresa colocar na internet as contas, os orçamentos e demais documentos que a lei obriga a tornar públicos. Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”.
O Verão agora terminado, aqui pela Figueira, foi pouco dado a temperaturas altas e noites envolventes, mas em compensação foi abundante em temas escaldantes, cujos próximos capítulos ficamos a aguardar.
Nem o argumentista mais imaginativo conseguiria desenvolver uma história com esta riqueza!
Olhem que original: Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”!..
Como sabemos, por experiência própria, com o computador uma simples idas às compras tornou-se mais simples, marcar um lugar num avião, reservar um hotel, estabelecer uma ligação telefónica ou efectuar uma operação bancária, demora apenas alguns segundos.
Porém, quando a justiça não funciona, o trânsito se engarrafa porque os semáforos não funcionam, ou as contas da Figueira Domus não são divulgadas, a culpa é do computador, essa fascinante, mas também irritante máquina de quem não podemos reclamar e a quem não podemos passar um raspanete ou certificado de incompetência, porque não nos ouve nem nos responde - pelo menos, por agora...
Uma administradora da Figueira Domus, teve uma oportunidade de ser diferente, portanto, relevante.
Decidiu ser o costume...
A realidade, pelos vistos, também pela Figueira, continua virtual.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Não estamos preparados para a chuva
Basta que chova bem uns minutos, para logo as ruas se encheram de água. As sarjetas não escoam, os passeios estão esburacados ou mal feitos, as ruas desniveladas com os veículos a lançarem nuvens de sujidade contra os transeuntes.
Esse, porém, não é só um problema de Lisboa - com bem sabem os figueirenses.
Alguém das edilidades deveria estudar a fundo este quase "fenómeno" e tomar as devidas precauções.
Para bem de todos os lisboetas - e não só, como bem sabem os figueirenses!..
Esse, porém, não é só um problema de Lisboa - com bem sabem os figueirenses.
Alguém das edilidades deveria estudar a fundo este quase "fenómeno" e tomar as devidas precauções.
Para bem de todos os lisboetas - e não só, como bem sabem os figueirenses!..
De escritor-promessa da geração de 1990 a persona non grata do meio literário português, eis Paulo José Miranda...
Paulo José Miranda foi o primeiro prémio Saramago. Depois desapareceu. Ao contrário dos tordos, dos peixotos, dos hugos-mães e de outros “accionistas da própria propaganda” - ícones de uma certa literatura de massas, “laite”, ou de supermercado- Paulo nunca teve promoção com turnê organizada, nem convite para escrever em jornais e revistas de referência (ele acha que sabe porquê – “tem a ver com a compreensão, muito correcta, do que é a minha escrita”). Foi-se embora. Mas, ao contrário de Camões, não voltou nem vive da tença. Está agora no Brasil, onde foi descoberto por João Paulo Cotrim, da editora Abysmo, que lhe está a editar a obra.
Graças ao Fernando Campos, a quem agradeço desde já, descobri este escritor no supermercado...
Fiquei a saber que de dois em dois anos, no outono, quando Pilar del Río anuncia o Prémio Saramago, há sempre alguém que pergunta «o que é feito de Paulo José Miranda?», e há sempre alguém que responde: «Foi para a Turquia, gastou todo o dinheiro em vinhos caros e ficou por lá.»
Como não há mais pormenores, a conversa morre aqui e a lenda compõe-se com os detalhes que a imaginação de cada um permite. Porém, a realidade é outra, e se Paulo José Miranda está mais perto do que se supunha, a sua história é mais fascinante do que qualquer ficção que sobre ele se tenha inventado.
Graças ao Fernando Campos, a quem agradeço desde já, descobri este escritor no supermercado...
Fiquei a saber que de dois em dois anos, no outono, quando Pilar del Río anuncia o Prémio Saramago, há sempre alguém que pergunta «o que é feito de Paulo José Miranda?», e há sempre alguém que responde: «Foi para a Turquia, gastou todo o dinheiro em vinhos caros e ficou por lá.»
Como não há mais pormenores, a conversa morre aqui e a lenda compõe-se com os detalhes que a imaginação de cada um permite. Porém, a realidade é outra, e se Paulo José Miranda está mais perto do que se supunha, a sua história é mais fascinante do que qualquer ficção que sobre ele se tenha inventado.
"Bairrismos"!..
Todos sabíamos na Figueira que era isto que ia acontecer ao nosso porto comercial, menos quem mandava em Dezembro de 2006, depois de termos sido "apresados" por Aveiro: "Não há lugar para bairrismos”, disse o presidente da câmara municipal da Figueira da Foz de então, o falecido eng. Duarte Silva. Recordam-se?..
Senhora vereadora: como certamente não desconhece, o mundo, muito menos Portugal, não está propenso a grandes esperanças, quanto mais a nobres atitudes. O mundo, e igualmente Portugal, está cada vez mais entregue a profissionais da sobrevivência profissional e política no jogo dos favores e na dança dos tachos.
São eles a nova elite, boçal e corrupta, que tudo contagia. É capaz de tudo, quando está em causa a candidatura a lugares proeminentes.
É assim que se garante a paz no mundo, em Portugal, na Figueira e em Aveiro - por desalento.
Por aqui, a democracia está viva e recomenda-se - mas pela indiferença. O poder manda - mas por apatia.
É redutor?..
É que temos...
Em 2006, lembra-se senhora vereadora, o governo era PS... Portanto.
domingo, 21 de setembro de 2014
Alguém que passe isto num próximo noticiário
"Tenho para mim que o melhor serial killer de sempre é o amor: já matou tanta gente e nunca cumpriu um dia de prisão."
PedRodrigues, no blogue Os Filhos do Mondego
sábado, 20 de setembro de 2014
Já que é assim tão difícil de confirmar!..
"Não tenho presente todas as responsabilidades que desempenhei há 15 anos, 17 e 18. É-me difícil estar a detalhar circunstâncias que não me estão, nesta altura, claras, nem mesmo nas supostas denuncias que terão sido feitas", sublinha ainda o referido jornal.
Óh senhor primeiro-ministro, por quem sois: já que deve ser assim tão difícil, não gaste a memória, o bom povo português que tricota telenovela e apaparica futebol nem vai dar conta do possível descuido, perdido que anda com as tropelias do Mourinho e as andanças de um Jesus...
Figueira da Foz - 132 anos de cidade
Hoje, sábado, dia 20 de setembro de 2014, comemora-se o 132.º aniversário da elevação da Figueira da Foz à categoria de cidade.
O programa iniciou-se com o hastear da bandeira do município, no edifício dos Paços do Concelho, pelas 09h30, seguindo-se a colocação de uma coroa de flores na estátua do Centenário, junto às Abadias, pelas 10h00.
Na Biblioteca Municipal, pelas 15h00, decorrerá o workshop “História(s) da Figueira”, orientado pela técnica Maria Emília Calisto e com inscrição prévia, sobre património arquitetónico da cidade e as memórias construídas por quem aqui nasceu e viveu. Pelas 17h00 será lançamento o livro de poesia “Descobre-me entre as linhas”, da jovem Sara Carvalho, natural de S. Pedro.
No Museu Municipal, até final do mês, estará patente a exposição do cunho e da medalha do centenário, da autoria de Dorita de Castel Branco, bem como da medalha do Dia do Figueirense, da autoria de Francisco Simões, que tem, numa das faces, a alusão ao dia do centenário e, na outra, ao Dia do Figueirense.
Durante todo o mês estará em exposição o busto em gesso que representa Carlos Luís Albarino Maia, uma das personalidades do secretariado executivo das comemorações do centenário da elevação da Figueira da Foz a cidade, que ocorreram em 1982.
Algumas perguntas, que podem servir apenas para passar tempo no intervalo dos momentos de ócio...
Ontem,
publiquei um texto sobre a «moda», que pode ser lido na íntegra
aqui.
Recordo
este naco.
“Em
troca de uma mão cheia de nada a nossa imprensa (repito: isto não
acontece apenas na Figueira) demite-se da sua função, ficando cada
vez mais refém dos timings e agendas de protagonistas, quando não
do próprio ridículo.
A “nossa” imprensa (sublinho mais uma vez, local e nacional) não é melhor nem pior que aqueles que a rodeiam e manipulam, pelo que se calhar, essa cobardia confortável, serve a todos.
No fundo, no fundo, isto é o espelho do país – uma Aldeia de acomodados.
O importante, o que interessa relevar é o espectáculo, o circo, o Big Brother...
O António Tavares, que me conhece há dezenas de anos, sabe que isto nada tem a ver com a qualidade literária deste seu livro “As palavras que me deverão guiar um dia”, pois sempre pensei assim.”
A “nossa” imprensa (sublinho mais uma vez, local e nacional) não é melhor nem pior que aqueles que a rodeiam e manipulam, pelo que se calhar, essa cobardia confortável, serve a todos.
No fundo, no fundo, isto é o espelho do país – uma Aldeia de acomodados.
O importante, o que interessa relevar é o espectáculo, o circo, o Big Brother...
O António Tavares, que me conhece há dezenas de anos, sabe que isto nada tem a ver com a qualidade literária deste seu livro “As palavras que me deverão guiar um dia”, pois sempre pensei assim.”
Hoje,
li no jornal o que vem a seguir.
Depois de ler o texto do jornalista, interroguei-me:Quem foram - pois a notícia nada diz de concreto sobre isso - «os mais conceituados críticos da literatura portuguesa que não pouparam elogios ao livro»?
Que raio de desenvolvimento se seguirá?
Baseado em quê?
Nas perguntas corretas que os media estão a fazer, certamente que não!..
Para já, pelo que vi, limitam-se a ser meros veículos das agências de comunicação e limitam-se a expressar o "pensamento único"?
O que nos aconteceu?
Que é feito dos jornalistas da minha Aldeia?
Como escreve o jornalista, António Tavares é vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz e (penso eu, que tenho mau feitio...) as "secas" que tem vindo a apanhar com as 5ªs. de Leitura, estão a servir para alguma coisa...
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