sexta-feira, 11 de julho de 2014

Vendaval a soprar do norte..

O vento do norte, 
esse vento tão forte
e tão frio 
vai hoje por aqui animar tanta solidão... 
Na Gala vai ser ser tal a animação, 
que nem o rio 
vai conseguir atenuar o xinfrim...zão...
Oxalá que a imensa praia

e a bravura do oceano 
consigam que não dê raia...
Oxalá que por aqui... consiga aguentar o ouvido humano!


Em tempo.
(Por motivos óbvios, este blogue encontra-se em greve de protesto e de zelo até segunda-feira... 
Quem foi a alminha que mandou calar este barulho à meia-noite?..
Assim, não há há condições...
No fim, como é que vai ficar aquilo que  conta - a economia... )

"BES de barro"...


A história do maior conflito na cúpula do capitalismo português do pós-25 de Abril

...  mais um banco que está prestes a ir pelo cano do acumulado de delitos dos seus administradores e ver como há tanta gente enredada na sua teia a tentar convencer-nos que não está a acontecer nada, desde Passos Coelho a Maria Luís Albuquerque, passando por Carlos CostaAntónio José Seguro e até pelo criadito Carlos Silva, o sindicalista bonzinho que se prestou ao papelaço de dizer que a família Espírito Santo, em especial o pater Ricardo, é tudo gente muito respeitável com um enorme prestígio internacional que está a ser vítima da comunicação social. As cotações das acções do grupo BES não estão em queda livre continuam a ser negociadas em bolsa sem qualquer sobressalto, os juros da dívida portuguesa aceleraram as quedas em resultado dos sacrifícios que (quase) todos fizemos, não se fala em falência da sucursal do Luxemburgo, os clientes da gestora de fortunas da Suíça não estão prestes a apresentar queixa por falta de reembolso na data contratada, o BES não tem nada a temer com os mal-entendidos do grupo, a regulação funciona mesmo e não é um mito criado para nos ter à mercê  da delinquência banqueira, o comunicado do FMI não fala em mais do que um banco a exigir "medidas correctivas".
Nisto, tropeço neste artigo mordaz de José Miguel Tavares, que completa todo este mundo do faz de conta. 
Via O País do Burro

Antes que seja tarde...

Daqui a dois meses, temos eleições na Aldeia, para escolher quem nos nos governará... 
A escolha, far-se-á entre listas de nomes que serão apontados pelos directórios dos partidos.  
Neste momento, discute-se cá pela Aldeia a qualidade dos nossos políticos e das políticas... 
Neste momento, é  um lugar comum, dizer que na Aldeia os políticos são maus - como se a excelência, na Aldeia e no País, fosse regra... 
Sejamos claros: uma reforma política profunda poderia dar uma certa saúde à democracia na Aldeia. Todavia, isso, nenhum partido quer porque trucidaria valores próprios dos partidos. 
Como certamente terão ocasião de observar, as forças políticas só se preocupam com o bem do partido, ou seja, no seu bem próprio:  como ganhar as eleições, como explorar as fraquezas alheias, etc. 
Esse, tem sido o meu problema desde 1989. A meu ver,  os partidos deviam pensar o que é que convém ao interesse da Aldeia e o que é que podemos fazer mais para corrigir o que antecessores fizeram! 
Todavia, não é isso que, realmente, pretendem na prática... 
O seu objectivo é ocupar os lugares deixados vagos e continuarem na mesma política rasteira... 
Em conversas de café tenho tentado explicar que não basta fazer parte da "elite intelectual" da Aldeia para ter um papel de mudança mais activo... 
É que o problema não é de pessoas, mas das instituições políticas – leia-se partidos - que promovem a escolha da mediocridade. 
Estas instituições políticas ao  não promoverem o mérito não conseguem atrair ninguém de qualidade. 
Isto não é novo: já o Eça contava que em algumas casas da burguesia os políticos não eram recebidos porque as senhoras tinham nojo...  
Na Aldeia, os líderes  têm  sido eleitos por pequenas maiorias, que não representam ninguém e não têm qualquer responsabilidade perante o eleitorado: estiveram lá para decidir que empreiteiro constrói a rotunda... 
As pessoas foram eleitas por serem as melhores segundo os interesses das máquina partidárias... 
Não são os melhores que são escolhidos para defender os interesses da Aldeia e esta situação repele as outras pessoas a entrarem na política.  
Não estou, sinceramente,  a ver como é que o PS e o PSD, num futuro próximo, vão mudar o ambiente político da Aldeia, expurgando-o dos espectros que empestaram o ar da Aldeia nos últimos 20 anos... 
E, para fim de conversa, por agora: como ainda não será tempo de fazer entrar ar puro, não contem comigo...

Sclorari...

2004 ........................................................................2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Já não era sem tempo...

BIBLIOTECA DE PRAIA

Na Praia da Torre do Relógio, em frente à Piscina de Mar, nos meses de julho e agosto, de segunda a sábado das 10h00 às 16h00 e com entrada livre, a Biblioteca municipal disponibiliza a leitores de todas as idades um espaço para as suas leituras e momentos de lazer. Livros e jornais à disposição para todos e, especialmente, para os mais pequenos, ateliers para aprender e brincar.

Via Foz do Mondego Rádio

A vida, esse calvário manhoso, pessoal e intransmissível...

Ao longo da vida todos fazemos merda de vez em quando.
A grande diferença, é que alguns auto analisam-se a tempo, reconhecem o seu erro, e conseguem sair sem se sujar muito.
Outros, esperneiam tanto que acabam enterrados até ao pescoço.

Falta um dia...

Quem mora na Figueira sabe que a única maneira de evitar o vento é ficar trancado em casa.
Excepto, se soprar do sul...
O vento pode arrastar cadeiras, virar o guarda-sol, levantar saias, colocar areia no olho e dar cabo do cabelo. 
E, à noite , se soprar do sul, pode até colocar em causa o descanso...
Na Figueira, a direcção dos ventos influencia directamente o comportamento das águas, das marés, das ondas,das correntes e do humor dos habitantes da cidade...
Portanto, para sossego da maioria,  em especial da dona vereadora, esperemos que os ventos, sexta sábado e domingo, soprem do norte...
Com os do costume, como é habitual, não haverá problema de maior.
Espera-se...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Gostei de ler....

"Quando dei os primeiros passos numa profissão que exerci durante 30 anos, os jornalistas eram poucos e os órgãos de informação eram muitos. Mesmo sem novas tecnologias e redes digitais.
Hoje os jornalistas são muitos e os órgãos de informação são cada vez menos. Mais insólito ainda: apesar de serem muitos, os jornalistas não chegam para as encomendas pois passam o dia agarrados às "plataformas multimédia", acorrentados a linhas de montagem. Como Chaplin em Tempos Modernos. Tão acorrentados que mal saem do local de trabalho. Como se não houvesse mundo fora das quatro paredes da redacção. O mundo real é substituído pelo mundo virtual. E a visão fica cada vez mais desfocada. E processa-se cada vez mais em sentido único. O que diz um, dizem todos. O que um mostra, todos mostram.
Todos diferentes, todos iguais. O pluralismo é cada vez mais estreito. Outro paradoxo do nosso tempo, aparentemente tão livre."


Pedro Correia

O “vexame histórico” que transforma o “Maracanaço” numa brincadeira... *

Finalmente, uma alegria neste mundial!..
Foi pena, foi ter sido proporcionada por quem foi...

* Em tempo:
A história desportiva (e não só) do Brasil era até agora marcada por um trauma: a derrota no Mundial de 1950 frente ao Uruguai, que ficou conhecida como "Maracanaço"
Ontem, em Belo Horizonte, este trauma deixou de estar sozinho. Há uma nova data marcante. Ao 15 de Julho de 1950 junta-se agora o 8 de Julho de 2014, o dia da maior derrota de sempre da selecção brasileira. Nos primeiros registos sobre a goleada imposta pela Alemanha (7-1) a imprensa brasileira, e não só, inclina-se para considerar este novo desaire mais humilhante do que o de 1950

Faltam 2 dias...

Ministério Público vai abrir inquérito

Segundo a edição em papel do jornal AS BEIRAS de hoje e de harmonia com o que foi apurado pelo mesmo jornal junto desta magistratura  o “Ministério Público vai investigar a Junta de São Pedro”.
A investigação tem como base, sobretudo, a utilização de dinheiro desta autarquia, para uso pessoal, pelo presidente demissionário, António Samuel (PS), que entretanto o devolveu, e a contratação de um familiar seu para a junta, que se demitiu no início deste mês, contrato que não terá cumprido todos as normas legais.

Há mais marés que marinheiros...

Um prémio, seja ele de ciclismo, de atletismo ou seja ele do que for, é sempre um reconhecimento que ilustra quem o recebe , mas também quem o reconhece.
Na verdade o que dá o nome, muitas das vezes é um mero veículo que unicamente suporta ou reforça o mérito dos premiado e do premiador. 
Este é o caso do prémio extinto pelo município da Figueira da Foz e ao qual ao dar o seu nome o Dr. Joaquim Namorado emprestava o prestigio da sua pessoa, do seu saber e da sua ordem ..

Um prémio é sempre um prémio!
E é importante, para as letras portuguesas e para os autores de língua portuguesa, recuperar este prémio: Prémio literário Joaquim Namorado e essa vai ser a nossa demanda futura e desde já aqui e agora desafiamos todos a se nos juntarem com opiniões, sugestões , comentários ou
qualquer outro tipo de apoio; todos são bem vindos ... 

Obrigado.



terça-feira, 8 de julho de 2014

Vamos ter eleições na Aldeia?..

"Presidente da Junta de São Pedro demite-se e abre caminho a eleições intercalares"...

“É caro e ineficiente”!..

Ora, se “é caro e ineficiente" manter o interior, é simples: é encerrá-lo de uma vez por todas e deitar a chave ao mar...

Situação em S. Pedro: vamos então falar politicamente daquilo que é político - deixem-se de tacticismos políticos e vão ao cerne do problema...

Segundo nota de imprensa da coligação Somos Figueira lida aqui, na reunião de Câmara de ontem, vedada à comunicação social e ao público, "o presidente João Ataíde abordou a situação que se vive no seio do executivo da junta de freguesia de S. Pedro, após o secretário e a tesoureira terem anunciado que pretendiam a demissão das suas funções, na sequência de António Samuel, líder do executivo, ter utilizado dinheiro público, entretanto reposto, para pagar despesas pessoais. O edil defendeu que estas condutas são censuráveis e que, apesar de considerar que há pouca sustentabilidade para António Samuel se manter no cargo, a Assembleia de Freguesia tem autonomia para demonstrar a sua vontade, independentemente da decisão tomada pelo presidente da junta.

Miguel Almeida, vereador da coligação Somos Figueira, lamentou a demora na resolução do processo, afirmou que o presidente da junta de S. Pedro já deveria ter pedido, taxativamente, a demissão do cargo e relembrou também a contratação da filha de António Samuel como trabalhadora da junta, que está mal esclarecida e que não seguiu os trâmites legais. O vereador da coligação considera que, constatada a demissão de todo o executivo da junta, não há alternativa à convocatória de eleições intercalares. Miguel Almeida disse ainda que seria bom o Partido Socialista tornar pública, inequivocamente, a sua posição sobre o problema e que há um momento em que o silêncio passa a ser penoso para todos.

O vereador executivo João Portugal também interveio e considerou que há vários cenários em aberto, sendo que não é obrigatório que haja eleições intercalares na freguesia de S. Pedro e que pode surgir um novo executivo aprovado pela Assembleia de Freguesia local. Por fim, Miguel Almeida manifestou a sua incredulidade perante a opinião de João Portugal e reforçou que, perante a demissão de todo o executivo, é sensato que se realizem eleições intercalares na freguesia de S. Pedro".


Pronto: o caso já está na mais alta esfera da política concelhia. 
A  inabilidade que o presidente da junta  tem revelado na gestão mediática deste caso poderia ser louvável no plano dos princípios. Mas julgo que teria sido possível, sem ferir os imperativos da dignidade, não se deixar trucidar, que é o que está a acontecer, pelas feras deste circo politico, mediático e partidário com o qual teve de coexistir. 
Neste momento e neste caso, apresentar-se como ingénuo, ou tentar fazer-se de tal, para continuar a vestir o fato de vítima, não é a melhor estratégia. 
Os rumores há muito que circulavam na Aldeia. 
Depois, vieram as notícias nos jornais. 
Só depois os blogues apareceram. 
Ao contrário do que sucede com os jornais, os blogues reflectem o que os seus autores pensam ou sentem em cada momento. 
O que se escreve em muitos blogues, não é mais do que qualquer cidadão comum comenta com o amigo na mesa do café. É evidente que uma opinião transmitida na mesa do café não tem o mesmo impacto do que se for escrita num blogue, ainda que este seja lido apenas por umas centenas de leitores.
Esta democratização da opinião mudou as coisas: agora os cidadãos não se limitam a consumir informação, são eles que, mal ou bem, produzem informação. 
Quer se queira, quer não o mundo mudou, a Figueira também e a Aldeia idem, idem, aspas, aspas.
Da mesma forma que tudo mudou quando Abril pôs fim à ditadura e as forças policiais deixaram de poder proibir ajuntamentos de mais de quatro pessoas, agora as pessoas podem juntar-se no número que entenderem e até podem escrever em blogues. 
Isso, é uma dor de cabeça para o poder, mas é assim e só pode continuar neste caminho. E, quanto mais mais profunda for a democracia, mais difícil é a vida para os políticos, até para os que chegaram ao poder já depois da existência de blogues e ajudados por esses, agora, malditos blogues.

Todos os dramas são, antes de mais, humanos.
Manifestamente, agora que aconteceu o que era normal e previsível - a guerra dos partidos pelo poder - o presidente da junta de freguesia de S. Pedro está - e vai continuar - a passar um mau bocado. 
Descobriu, ou está prestes a descobrir, da pior maneira possível, que não era, afinal, o centro da freguesia de S. Pedro, e que, pior, também ele é, afinal, como todos nós, dispensável.
Cresci a conviver com o Tó Samuel. Por isso, repito aqui o que já lhe disse pessoalmente: i
ndependentemente do que se passe, ou deixe de passar, o actual presidente da junta de freguesia de S. Pedro, acabou politicamente.
Bem pode continuar a queixar-se de tudo - do mundo, do azar e da traição...
O António Samuel é, de facto uma vítima - mas, na minha opinião, em primeiro lugar e antes de tudo, dele mesmo.
Começou por ser traído por ele próprio... 
Depois, a meu ver, ainda não entendeu o óbvio: que para o partido que o apresentou às eleições não passou nunca de um meio; para o PSD, nesta conjuntura, não passa de um meio para atingir Ataíde, o que não deve desagradar por aí além a João Portugal...

Governar não é fácil.
Bertoldt Brecht,  escreveu um poema no qual glosava a infinita dificuldade de governar. 
"Como é difícil governar!", começava assim, para terminar a escrever que ...
"É só porque toda a gente é tão estúpida que há necessidade de alguns tão inteligentes. 
Ou será que governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira 
São coisas que custam a aprender?"

Alguns dos que passam por aqui, mais atentos, já terão percebido que o que se passa na junta de freguesia de S. Pedro, me foi sempre, ao longo dos anos,  um assunto muito caro. 
E a explicação é simples: entre 1986 e 1989, como secretário, fiz parte do primeiro executivo da autarquia da minha Aldeia.
Sempre enfermei de um pecado: olhar para a política como uma intervenção cidadã e sem qualquer ambição de nenhum género.
Sei que nesta Figueira e nesta Aldeia quem está errado sou eu... 
Contudo, embora não perceba nada desta política, sei que o que é político tem de ser tratado politicamente.
De uma vez por todas e para  tranquilidade de todos, atrevo-me a lembrar que aquilo que era uma promessa da lista do PS, vencedora nas últimas eleições autárquicas na minha Aldeia - e que não foi concretizado até aqui -, acabe por acontecer: uma auditoria à gestão da junta de freguesia de S. Pedro nos últimos 15 anos.
Tem a palavra quem de direito.
Neste momento, face ao que aconteceu, é o mínimo que se pode esperar...
Este executivo foi eleito para cortar com o passado. 
Há uma pergunta que requer uma resposta clara e tão rápida quanto possível: será que foi isso que aconteceu?..