PSD quer expulsar 396 militantes que apoiaram adversários nas autárquicas...Mas,número total pode ultrapassar os 500!..
Sentidos pêsames às vítimas.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Lembram-se desta imitação barata de Barack Obama?..
Em 2011, Passos era um homem feliz e apaixonado. Para o comprovar, abriu a porta do apartamento em Massamá e nem as suas quatro cadelas foram poupadas - apesar de velhotas lá tiveram de entrar na campanha para as legislativas.
E é assim que o seu Governo lhes agradece.
Passos é um ingrato!..
E é assim que o seu Governo lhes agradece.
Passos é um ingrato!..
A “coisa” ainda vai dar muito que falar e escrever...
Pela primeira vez, depois do 25
de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, votou, para passar a vigorar
daqui para a frente, que os jornalistas e o público só possam estar presentes
na segunda reunião de câmara do mês.
Entretanto, convém não esquecer, que
a “coisa” para ser aprovada teve o voto a favor de João Portugal, Carlos
Monteiro, João Ataíde, Ana
Carvalho e António Tavares, as abstenções de Azenha Gomes e João Armando
Gonçalves e um único voto contra, o de Miguel Almeida. ..
Anabela Tabaçó, como se pode ver na foto Figueira na Hora, não
participou nesta sessão.
Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local, onde o presidente só consegue impôr a sua vontade se tiver o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores.
Toda a verdade sobre cães e gatos
“Apesar das notícias assustadoras sobre a nova legislação a
propósito dos animais de companhia, foi uma noite tranquila cá em casa: o
Portas foi ao caixote e depois adormeceu no sofá, a Cristas esteve horas a
ronronar e nem sequer comeu, o Pires de Lima já sabe mudar de canal com uma das
patas de trás e o Aníbal, como sempre, lambeu uns e outros abanando o rabo. Se
continuarem assim, pode ser que a vizinhança não ladre por aí o que não deve e
o Governo até ponha ovos logo que regresse aos mercados. Eu, pianinho, cocei a
orelha esquerda e fui-me deitar.”
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Vendedores da banha da cobra
foto Pedro Agostinho Cruz |
Durante anos - estávamos no tempo do Sócrates, primeiro ministro - trabalhei à noite em Coimbra.
Tive oportunidade de conhecer Coimbra a altas horas da noite e da madrugada.
Encontrei seres humanos abandonados, deitados no chão, cobertos
por jornais, cobertores velhos, sujos e rotos e caixas de cartão. Ao viajar pelas pelas ruas, encontrei estas pessoas, alta madrugada, completamente desligadas do mundo, enquanto a cidade descansava.
Chuva, sol, vento e frio - aquele frio vindo dos lados da Lousã - e eles, indiferentes, continuavam a repousar sobre o cimento duro das
arcadas dos prédios – o mais duro dos leitos-
num sono tão profundo que chegava a imaginar que sonhavam.
Mas, o que poderiam sonhar estas pessoas?
Agora, que tenho tempo para percorrer a Figueira, de dia, cada vez encontro mais lojas fechadas, casas abandonadas,
pessoas a desesperar e desiludidas.
É a actualidade do meu país e da minha cidade.
Entretanto, com a chegada da troika, cresceu a
instabilidade, o medo, a incerteza, a tristeza - nossa e dos nossos amigos e
conhecidos.
Todos os dias aumenta o desemprego, a pobreza, a fome, a
austeridade, o fosso entre classes sociais.
Mas, pelos vistos existe outro país: o do milagre dos vendedores da banha da cobra!
Encontrados os corpos dos dois pescadores que ainda estavam por aparecer...
O corpo do último dos pescadores desaparecidos no naufrágio à saída da barra da Figueira da Foz foi encontrado nesta terça-feira a sul da praia do Osso da Baleia, Pombal, disse à Lusa fonte da autoridade marítima.
Nesta terça-feira de manhã, outro corpo havia sido encontrado a três quilómetros a norte da Praia do Pedrógão, tendo sido accionada uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Leiria para o local cerca das 8h, adiantou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro.
Via Público
Nesta terça-feira de manhã, outro corpo havia sido encontrado a três quilómetros a norte da Praia do Pedrógão, tendo sido accionada uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Leiria para o local cerca das 8h, adiantou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro.
Via Público
Esta nossa barra... (III)
Extracto de uma carta do VELHO SENHOR NA FOTO, publicada no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, com o título:
“Erosão das Praias”:
Manuel Luís Pata, fotografado por Pedro Agostinho Cruz, no decorrer de um agradável café, acompanhado, como é habitual quando nos encontramos, de uma empolgante conversa sobre o porto e a barra da Figueira, à mesa do Bar Borda do Rio, na Cova-Gala |
"Foram estes “Molhes” que provocaram a erosão das praias a sul da Figueira, e foi o “ Molhe Norte” que originou a sepultura da saudosa “ Praia da Claridade”, a mais bela do país. Embora seja de conhecimento geral, quão nefasto foi a construção de tais molhes teimam em querer acrescentar o “Molhe Norte”, como obra milagrosa… Santo Deus! Tanta ingenuidade e tanta teimosia!... Quem defende tal obra, de certo sofre de oftalmia ou tem interesse no negócio das areias!...
É urgente contratar técnicos credenciados, de preferência Holandeses, para analisarem o precioso projecto elaborado pelo distinto Engenheiro Baldaque da Silva em 1913, do qual consta um Paredão a partir do cabo Mondego em direcção a Sul, a fim de construir um Porto Oceânico junto ao Cabo Mondego e Buarcos. Este Paredão, sim, será a única obra credível, não já para o tal Porto Oceânico mas sim para evitar que as areias vindas do Norte, se depositem na enseada, que depois a sucessiva ondulação arrasta-as e deposita-as na praia da Figueira, barra e rio."
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra.
É urgente contratar técnicos credenciados, de preferência Holandeses, para analisarem o precioso projecto elaborado pelo distinto Engenheiro Baldaque da Silva em 1913, do qual consta um Paredão a partir do cabo Mondego em direcção a Sul, a fim de construir um Porto Oceânico junto ao Cabo Mondego e Buarcos. Este Paredão, sim, será a única obra credível, não já para o tal Porto Oceânico mas sim para evitar que as areias vindas do Norte, se depositem na enseada, que depois a sucessiva ondulação arrasta-as e deposita-as na praia da Figueira, barra e rio."
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra.
Passando ao lado, para já, do projecto do Eng. Baldaque da Silva,
por este defender a construção de um Porto Oceânico (recorde-se: em 1914
foi aprovado na Assembleia de Deputados um estudo que previa a construção de um “Paredão”, a partir do Cabo Mondego em
direcção ao sul. Infelizmente, ficou na gaveta...), temos:
1 – Em 1874-1875 procedeu-se à construção de um molhe, com
grandes blocos de cimento, na praia do Cabedelo, a oeste das casas de férias da
Direcção Geral dos Portos. Estes blocos estão enterrados, pelas obras que
entretanto foram executadas. Esta obra decorreu sobre a responsabilidade
do eng. Adolfo Loureiro.
2- Em 1929, surge novo projecto também em blocos, mas mais a
norte. Não se sabem ao certo as razões que levaram a abandonar a ideia anterior, mas presume-se que tenha
sido para estreitar a barra e, assim, aumentar a corrente no decorrer da vazante,
para permitir que as areias pudessem ser arrastadas para o mar.
Isso, levou a que o canal de navegação fosse deslocado para norte, onde existem lajes no fundo, o que limitou a
tão desejada profundidade desta nossa barra.
Depois desta segunda obra, os pescadores e os figueirense passaram a chamar aos blocos abandonados e que pertenciam ao anterior projecto, “os
blocos velhos”.
O projecto do ponto 2 é o que definiu a barra que temos
hoje. Tiveram de rebentar parte da laje
do fundo e as dragagens são constantes. Mesmo assim, a Figueira continua a não
ter um porto capaz e eficiente – neste
momento, principalmente para os barcos de pesca que operam a partir da
Figueira.
Entretanto, apesar de
algumas vozes discordantes –
principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira –
foi concluído o prolongamento do molhe norte.
Os resultados, infelizmente, estão à vista: este ano já morreram seis
pessoas à entrada desta nossa barra.
As dragagens
realizadas na enseada, na barra e no rio, na opinião de Manuel Luís Pata
– velho e teimoso lutador contra as obras que têm sido feitas, nomeadamente o
prolongamento do molhe norte, a que chama a obra “madastra”, fazendo alertas
para o que iria acontecer – são a “principal causa da assustadora erosão da
costa marítima, principalmente e S. Pedro de Moel para o norte”.
Ao contrário de Leixões, cujo molhe está curvado a sul, mas está construído em local fundo, onde por isso
o mar não rebenta, na foz do Mondego, devido ao constante assoreamento
provocado pelas areias que vêm do norte, o mar rebenta mesmo á saída da barra,
tornando-a na opinião de muitos pescadores com quem convivemos todos os dias,
neste momento, a pior barra do país para os pequenos barcos de pesca.
Como evitar isto?
Na opinião de Manuel Luís Pata, um exemplo de perseverança, só há uma alternativa: “fazer o molhe
a partir do Cabo Mondego para sul, o que não só serviria de barragem às areias,
como também abrigaria a zona do Cabo Mondego e Buarcos, evitando-se assim as
investidas do mar na marginal e que ainda há pouco tempo causaram importantes
estragos na zona da Tamargueira."
Como me tem dito ao longo dos anos o velho e experiente Homem da foto acima, nas inúmeras e enriquecedoras conversas que ao longo da minha vida com ele tenho tido, e que foram a base
deste texto, “a Figueira nasceu numa
paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das
belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. Na sua opinião,
a única obra do homem de que deveríamos
ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por
Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes
técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..”
A Assembleia Geral da Naval realizada ontem
A Assembleia
Geral da Naval convocada essencialmente
para aprovação do Relatório e Contas de 2013, realizou-se ontem, como estava previsto, contudo, as contas não apareceram.
Falta de informação e passagem de dados
contabilísticos pelos anteriores contabilistas aos actuais não permitiram a
elaboração do Relatório e Contas,.
Por outro
lado o aparecimento (uma hora antes do inicio da Assembleia) de uma notificação
de uma acção de pedido de insolvência acabou por fazer surgir uma nova
proposta.
Nuno Cardoso,
antigo diretor desportivo da Naval 1.º de Maio e da Naval SAD, pediu a
insolvência da associação. A novidade foi anunciada, na assembleia- geral do clube, primeiro pelo contabilista e depois pelo
próprio, que participava na reunião na qualidade de sócio.
A notificação
chegou uma hora antes da AG, que começou às 19H30. O antigo director reclama
salários em atraso e o
pagamento de despesas do clube pagas pelo próprio, cujo valor não revelou.
Segundo se
pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, vários sócios solicitaram à
mesa que fosse divulgado o nome do credor que pedira a insolvência e Nuno
Cardoso tomou a iniciativa de assumir a sua autoria.
Nuno Cardoso
afirmou que o presidente da comissão administrativa da Naval, Aprígio dos
Santos, não quis negociar o pagamento das dívidas em causa, recusando-se a
recebê-lo para discutirem o assunto.
Ao que o
antigo diretor disse ainda, o dirigente só conversou com ele depois de saber
que o tribunal lhe dera razão. Recorde-se que Nuno Cardoso trabalhou no coletivo
da Figueira da Foz entre 2007 e 2010.
A Mesa propôs à Assembleia que fosse votada a
permissão para que a actual Comissão Directiva “possa se assim o entender”
avançar para um Pedido Especial de Revitalização (PER)
Esta proposta trouxe alguma discussão, já que
um grupo de sócios entendia ser prematuro avançar para o PER sem conhecimento
exacto da situação financeira do clube, outro entendia que o PER poderia ser a
salvação do clube.
A proposta da mesa foi aprovada com 16 votos a
favor, seis contra e nove abstenções.
Outro assunto que suscitou alguma discussão
teve a ver com o seguinte: “desconhecimento da Comissão Directiva se o Génova
liquidou (ou não) uma prestação de 260 mil euros mediante um acordo de
pagamento que deveria ter ocorrido no dia 30 de Setembro.
Este assunto refere-se ainda à transferência
de Diego Ângelo da Naval para o Génova em que o clube italiano foi condenado a
indemnizar a Naval 1º de maio em 560 mil euros em duas tranches de 280 mil
euros uma a pagar em 30 de Setembro e outra a pagar em 2 de Dezembro.”
Neste sentido foi aprovada uma proposta para
que a Comissão Directiva da Naval peça informação ao TAS (Tribunal da FIFA)
através da F P F para se saber se a verba em causa foi liquidada.
Na Assembleia Geral de ontem, foi aprovado
ainda um voto de reconhecimento à Camara Municipal pelas obras de Requalificação
do Campo de Treinos e um voto de pesar pelos falecimentos de António Cavaco e
Rui Alves.
Nota:
Texto escrito a partir de dados recolhidos no blogue Marcha do Vapor e jornal AS BEIRAS.
Fotos sacadas ao Marcha do Vapor.
Lei da limitação de mandatos: só por isto, já valeu a pena....
Via O País do Burro:
"Na primeira reunião do mandato, o novo executivo camarário de Braga, liderado por Ricardo Rio (PSD) anulou a decisão tomada em Maio pela anterior maioria (PS), contrariando uma opção que foi polémica por envolver edifícios que estavam hipotecados por familiares do anterior presidente da câmara, Mesquita Machado, por ser um negócio cujo interesse público é, no mínimo, duvidoso e por Mesquita Machado ter participado na primeira votação em que o negócio foi aprovado, no valor de 3 milhões de euros, apesar de estar legalmente impedido, uma vez que a transacção envolvia e beneficiava a filha."
"Na primeira reunião do mandato, o novo executivo camarário de Braga, liderado por Ricardo Rio (PSD) anulou a decisão tomada em Maio pela anterior maioria (PS), contrariando uma opção que foi polémica por envolver edifícios que estavam hipotecados por familiares do anterior presidente da câmara, Mesquita Machado, por ser um negócio cujo interesse público é, no mínimo, duvidoso e por Mesquita Machado ter participado na primeira votação em que o negócio foi aprovado, no valor de 3 milhões de euros, apesar de estar legalmente impedido, uma vez que a transacção envolvia e beneficiava a filha."
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
PSD LANÇA CRÍTICAS A INÍCIO DE SEGUNDO MANDATO DE JOÃO ATAÍDE
Pelo que conheço, em poucos concelhos, deste nosso Portugal, passámos a ser tão mal atendidos como na Figueira da Foz.
Começo a pensar se não passaram a tratar os figueirense
como lixo, de propósito...
Alguns estão de parabéns, a começar pelo presidente, passando
pelos vereadores da maioria e pelos dois abstencionistas do PSD.
Neste caso, honra seja feita ao Miguel – o único que votou
contra e, hoje, como presidente da concelhia do PSD figueirense, emitiu o seguinte comunicado que, graças à Figueira na Hora, tomei conhecimento e divulgo, pois isto "está a começar mal"...
«Comprometendo-se com
a continuidade de uma oposição séria e responsável, na senda do que empreendeu
ao longo dos últimos quatro anos, a Comissão Política de Secção do PSD da
Figueira da Foz, felicitando o Dr. João Ataíde pela sua reeleição à Presidência
da Câmara Municipal da Figueira da Foz, manifesta total estranheza pela forma
como este parece ter depreendido a leitura dos resultados eleitorais do final
do passado mês de setembro.
Assim, e depois de ter anunciado, no ato da tomada de posse,
um programa de intenções em muitos aspectos desfasado do que timidamente havia
anunciado durante a sua campanha eleitoral mas muito próximo do Compromisso
Eleitoral que a Coligação “Somos Figueira” profundamente divulgou e explicou,
eis que somos surpreendidos pela forma autoritária como determinou a proibição
da presença de público e jornalistas em parte das reuniões da Câmara Municipal,
sob o pretexto da reserva que alguns assuntos devem merecer.
A Câmara não deve nem pode viver fechada em si mesma e a
possibilidade das reuniões de Câmara poderem ser descortinadas pelos
figueirenses era um reforço entre a ligação de eleitos e eleitores. Desde que
vivemos em democracia é a primeira vez que tal acontece.
Manifestamos também total estranheza pelo facto do reforço
do Gabinete do Presidente da Câmara da Figueira da Foz obrigar a um
recrutamento externo aos Quadros do Município para o lugar de secretário,
onerando assim injustificadamente o mesmo, quando se verifica que, no seu
interior, há pessoas igualmente qualificadas para o bom desempenho daquelas
funções.
Finalmente, perguntamos: confundiu o Dr. João Ataíde maioria
absoluta com absolutismo? Estes tiques de autoritarismo, claramente contrários
a uma cultura de democraticidade há muito característica da vida municipal
figueirense e exemplo que dávamos ao País, são resultado de desorientação ou de
falta de estratégia?
É caso para dizer: “Está a começar mal!...”
Que portentosa foto!..
Sobre esta foto do Pedro Agostinho Cruz, a Associação Portuguesa de Bodyboard diz isto: "talvez uma das fotos mais expressivas que vimos até hoje".
Até eu, que não sou nada atreito a estas coisas, manifesto o orgulho que tenho por constatar o profissionalismo e o talento deste sacana, que conheço tão bem, pois além de tê-lo visto crescer como ser humano, acompanhei os primeiros passos que deu no fascinante mundo da fotografia!..
Até eu, que não sou nada atreito a estas coisas, manifesto o orgulho que tenho por constatar o profissionalismo e o talento deste sacana, que conheço tão bem, pois além de tê-lo visto crescer como ser humano, acompanhei os primeiros passos que deu no fascinante mundo da fotografia!..
QUATRO PESCADORES, NA FOZ DO RIO MONDEGO...
foto daqui |
No passado dia 26 de Outubro de 2013, demasiada gente, e alguma do jornalismo, nos
contactou, ou tentou contactar, durante o dia, pedindo-nos uma tomada de
posição ou uma declaração (do autor destas linhas, e/ou do CEMAR) acerca do
novo caso agora acontecido: mais quatro pescadores vítimas de naufrágio fatal
na barra da foz do rio Mondego, no mesmo local, na saída do porto da Figueira
da Foz.
Nada dissemos, e nada teremos a dizer. A única declaração que alguma vez
poderíamos fazer, em resposta a uma nova situação como esta, em Outubro de
2013, tal como já havia acontecido há alguns poucos meses atrás, quando da
situação anterior, em Abril deste mesmo ano corrente (quando na Foz do Mondego
morreu não somente um velejador alemão mas também um agente português da Polícia
Marítima, da capitania da Figueira, que estava a tentar salvá-lo), ou tal como
vai acontecer em qualquer uma das próximas situações possíveis futuras, é
simplesmente repetirmos que nada mais teremos nunca a acrescentar em relação ao
que, sobre isso, já havíamos antes dito, e escrito, e assinado, na altura
própria, há muito tempo atrás, em 01.03.2006, em 01.12.2007, e em 01.10.2008 (e
que, por isso, depois, o jornal A Voz da Figueira noticiou em 26.11.2008). O que havíamos dito, escrito, e assinado, quando,
sobre isso, ninguém mais disse, nem escreveu, nem assinou, o que havia para ser
dito, escrito, e assinado.
Agora, só poderemos manifestar o nosso luto, e juntar os nossos sentimentos
às orações daqueles que forem religiosos, e juntar o nosso profundo lamento ao
lamento daqueles que não o forem mas, em todo o caso, como nós, sentirem o
mesmo tipo de respeito e de admiração que nós sentimos por estes homens simples
e corajosos – corajosos por profissão… –, que são os Pescadores Portugueses.
Estes homens que, neste caso, em Outubro de 2013, até eram pescadores da Póvoa,
e portanto descendentes dos célebres "Poveiros" do século XIX e do
tempo do “Cego do Maio”, etc. (os quais tinham, desde sempre, secularmente,
íntimas ligações à comunidade dos pescadores "Buarqueiros", da Foz do
Mondego), os "Poveiros" que o poeta António Nobre evocou no “Só” e
que, juntamente com os seus parentes de Buarcos (Foz do Mondego), eram os
melhores e mais corajosos pescadores do alto mar, em Portugal inteiro.
Lamentamos mais esta tragédia na Foz do Mondego, tal como lamentámos a
anterior, e tal como iremos lamentar a próxima. E a razão porque, desde
2006-2008, a previmos, é simples.
Nada de muito especial, em termos práticos, e de experiência pessoal,
sabemos sequer de mar. Para além das leituras teóricas e históricas, o pouco
que conseguimos saber de prático, para podermos compreender, e prever o óbvio,
aprendemo-lo com o que ouvimos da boca de quem sempre soube mesmo muito de mar,
a sério, pessoal e familiarmente (muito... de muitas vidas inteiras, e de
muitas gerações): pessoas como os nossos caros Amigos Capitão João Pereira
Mano, e Senhor Manuel Luís Pata, a quem sempre ouvimos prever que este tipo de
coisas iria acontecer, e sempre ouvimos dizer, alto e bom som “O mar não gosta de quem lhe vira a cara. O mar enfrenta-se de frente. O
mar não gosta de cobardes. O mar não se encara de lado, e de viés. O mar não se
enfrenta de través, para não se ficar atravessado nele”. Sabedoria antiga, e
essencial, de Pescadores da “Arte” (aprendida, em alguns séculos, nos simples
“Barcos-da-Arte”, da Cova, e de Lavos, iguais aos do Furadouro, da Torreira ou
de Mira)…
É mais difícil enfrentar o mar quando existem molhes de protecção de portos
orientados obliquamente em relação à direcção dominante das vagas: molhes que,
forçosamente, obrigam os homens das embarcações pequenas — os pobres
pescadores, que andam a ganhar a sua vida com tanta dificuldade — a terem
mesmo que enfrentar a rebentação de través (!), e por isso não conseguirem
vará-la… e ficarem atravessados, e assim naufragarem à saída do seu próprio
porto.
O mar enfrenta-se com formação profissional e técnica dada e exigida aos
Pescadores (que são quem tem que lá andar), e com meios materiais e
equipamentos suficientes dados à Marinha de Guerra (que é quem tem que ir lá salvá-los
quando é preciso), e com planeamentos ambientais e urbanísticos (ordenamentos
da orla costeira) sustentáveis e inteligentes, que não criem mais problemas do
que aqueles que possam resolver.
Alfredo Pinheiro Marques
Centro de Estudos do Mar - CEMAR
(Figueira da Foz - Praia de Mira)
Todos os dias são bons para recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" *
foto daqui |
Isto, da democracia, tem muito que se lhe diga.
Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal. Um destes é a maioria absoluta...
Vamos lá ver no que isto vai dar, nos próximos 4 anos...
Ao senhor que ocupa o cargo de presidente da câmara de uma cidade com tradições democráticas e aos vereadores que aprovaram a novidade, pós 25 de Abril de 1974, de na Figueira a primeira reunião de Câmara, em cada mês, ficar vedada à presença de público e imprensa, lembro que quem se deixa chicotear, merece-o...
Noto, com
preocupação, que na Figueira a Liberdade
está ameaçada e a cidade de FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE,o mais ilustre de todos os figueirenses, não está a lutar por Ela. Na minha opinião, a começar pela maioria dos
eleitos nas últimas eleições. O que não me admira, pois “A QUALIDADE DOS NOSSOS POLÍTICOS É O REFLEXO DO PADRÃO ÉTICO DOS ELEITORES”.
Recordemos Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre». O que, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano *: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas, por José Guedes Correia, O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]
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