"Contrariando alguns profetas do mal, o molhe norte não nos causou nenhum estrago… Este ano não tivemos inverno, de maneira que não houve grande erosão na nossa costa….”
Estas palavras foram proferidas recentemente por um veterano autarca do concelho da Figueira da Foz e eu, passe a imodéstia, procurando estar sempre atento ao que me rodeia, apelei na oportunidade
“à especial atenção de João Portugal e Miguel Almeida (ou Miguel Almeida e João Portugal, a ordem dos factores, neste caso, é arbitrária...)”…
Do Miguel Almeida, ainda não tive notícias. Mas, ainda não é tarde e as eleições estão um pouco longe...
Já o
João Portugal, não sei se por ter dado ouvidos ao meu alerta, mas, de certeza, porque o
“avanço do mar está no centro das preocupações em Marinha das Ondas”, corre o sério risco de ter passado também a fazer parte do clube dos
“profetas do mal” do veterano autarca figueirense, pois, na sua opinião, na Leirosa
“o avanço do mar, nomeadamente junto ao emissário que vem das fábricas de celulose, é preocupante”.
De acordo com o presidente da Concelhia do PS da Figueira da Foz e deputado por Coimbra, tem que ser feita uma rápida intervenção, devido à degradação das dunas.
Outro candidato ao clube de
“alguns profetas do mal”, na opinião do veterano autarca figueirense, é Manuel Nada, o presidente da Junta de Marinha das Ondas, que participou no périplo pela freguesia, tendo na oportunidade referido que
“neste momento ainda não há problemas no emissário”. No entanto, o autarca ressalvou que a duna primária junto ao emissário está em muito mau estado.
“O mar está a levar a areia”, sublinhou.
“Este ano tem que haver uma intervenção de fundo. Se não se fizer nada vai prejudicar o trabalho do próprio emissário das fábricas”, acentuou ainda.
Em tempo.
Como
membro assumido do clube de "alguns profetas do mal", sobre uma questão grave e preocupante como é a erosão costeira do concelho da Figueira da Foz, aquilo que eu penso é simples:
dado que os diversos "quens"
de direito envolvidos na problemática, a meu ver, no tempo certo, não quiseram, ou não souberam interpretar os sinais do momento, resta agora, para quem for capaz, imaginar o futuro...