“Portugal tem que ser um dos países mais baratos”, defendeu Daniel Bessa.
Esta gente que usufrui de um belíssimo salário e/ou dispõe de avultados rendimentos e que, baseando-se em meros cálculos economicistas, que, aliás, qualquer um de nós saberia fazer se o objetivo for o exclusivo desafogo financeiro dos empresários, vem dizer que o melhor é os trabalhadores ganharem o menos possível, revolve-me as tripas, confesso.
A
“mão-de-obra barata” é constituída por pessoas, com necessidades, com expectativas, com famílias ou com ambição a constituírem uma, pessoas potencialmente com capacidades. Pessoas que, com tiradas como esta, só podem é decidir fugir daqui e sem demora.
Daniel Bessa, que, por vezes, parece ter lucidez suficiente para desejar que a Europa reveja a austeridade, pretende agora, como muita gente insensível, reduzir o país a pessoas analfabetas (ah, pois, a educação e a formação custam dinheiro), desqualificadas e mal pagas que “alimentem” (também literalmente) e perpetuem o nosso incompetente tecido empresarial.
Esta é a via para o subdesenvolvimento, caro senhor. Só que não para o seu nem o dos seus filhos, claro.
Via
Aspirina B