sábado, 23 de maio de 2009
A doutora Manuela Moura Guedes e o Dr. Marinho Pinto
Não sou advogado. Caso o fosse, sentir-me-ia pessimamente representado pelo actual Bastonário da Ordem.
Na sexta-feira passada, assisti ao degradante espectáculo que a doutora Manuela Moura Guedes e o Dr. Marinho Pinto proporcionaram aos portugueses.
Estranhamente, porém, junto de amigos e aqui pela blogoesfera, no decorrer deste sábado, verifiquei que o Dr. Marinho tinha muita gente solidária com o lamentável espectáculo de ontem na TVI.
A entrevista desta sexta-feira, da doutora Manuela Moura Guedes ao Dr. Marinho Pinto, presumo eu, pois o decorrer da mesma nada me esclareceu sobre a matéria, pretendia escalpelizar as acusações que os seus pares lhe fazem a propósito da forma como ele exerce a função de Bastonário.
Em vez disso, o que os telespectadores viram - eu, pelo menos vi isso - foi o Dr. Marinho Pinto, ao ser confrontado pelas acusações dos seus pares na Ordem, reagir destrambelhadamente e limitar-se, num nível básico e rasca, a fazer uma peixeirada monumental, como se estivesse numa tasca, ou num café, o que muito deve ter contribuído para aumentar ainda mais as audiências da TVI.
Como já escrevi acima, não aprecio o estilo da doutora Manuela Moura Guedes. Portanto, neste lamentável retrato que a TVI deu em directo ao País, não foi a doutora Manuela Moura Guedes que me surpreendeu. A surpresa, apesar do que já conhecia do dr. Marinho Pinto, veio dele mesmo: podia e devia, como Bastonário da Ordem dos Advogados, mesmo perante uma senhora doutora como Manuela Moura Guedes, ter demonstrado outra subtileza e elevação, e não ter-se mostrado uma figura inferior, como muitas que eu conheço, aqui pela Figueira.
Mas, esses, porventura, só terão a quarta classe, não são advogados e muito menos Bastonários da Ordem…
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Até sempre
Acabei de me despedir dele no cemitério de São Pedro.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
As notícias positivas devem ser partilhadas…
Via à beira mar, ficámos a saber que ainda existem pessoas importantes na Figueira: Lídio Lopes, vereador na Câmara de Figueira da Foz, junta-se às mulheres social democratas do Algarve para partilhar matérias sobre Protocolo Autárquico e Organização de Eventos, este sábado, às 15 horas, na sede do PSD de Lagos, na Praça Gil Eanes.
Esta ida do professor Lídio Lopes até ao Algarve dá-lhe a hipótese de partilhar o seu know-how em matéria de Protocolo Autárquico e Organização de Eventos.
Cá por esta Outra Margem, ficamos sempre muito felizes, quando temos oportunidade de dar notícias boas e positivas, aí da margem direita…
Ministro de fé!...
"Manuel Pinho acredita que sector do turismo vai resistir à crise";
Ter fé?.. Em quem?.. Não podemos, nem devemos perder a fé. Mas, eu confesso que não tenho fé nenhuma na fé de Manuel Pinho.
“O que se passa na Autoeuropa diz respeito a todos os trabalhadores e por isso a defesa dos seus postos de trabalho, da sua valorização e dignificação, não pode ser limitada àqueles que lá trabalham – isolados não terão futuro. Numa época em que a ameaça do desemprego paira um pouco por todo o lado, torna-se difícil a mobilização de quem receia perder o seu posto de trabalho por muito frágil que seja. Mas os trabalhadores e as suas organizações não podem permitir que a Autoeuropa se transforme numa nova Qimonda enquanto o Governo vai declarando que fará tudo o que estiver ao seu alcance – e tudo é nada como já se viu.”
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Partidos democráticos, anti-democráticos e poder local
Hoje, ao passar os olhos pelo Diário de Coimbra, tomei conhecimento que Maria Teresa Coimbra, Luís Melo Biscaia e Virgínia Pinto, três democratas e membros de longa data do Partido Socialista, estão em desacordo com a maneira como foi escolhido o candidato do PS à Câmara Municipal da Figueira da Foz. A sua indignação não tem a ver com a pessoa em causa, o juiz Ataíde das Neves, mas, sim, com “a forma pouco linear como decorreu o processo da escolha”. O juiz, ao que parece, foi convidado pelo presidente da federação distrital, Victor Baptista, o que teve o apoio explícito do presidente da concelhia, João Paredes. Esqueceram-se foi de passar cartucho às bases.
Isto, pasme-se, aconteceu na Figueira num partido auto-intitulado democrático, o PS. Não aconteceu num partido, que gente responsável do PS, acusa de anti-democrático, o PC. Pelos vistos, pelo menos aqui pela Figueira, são partidos ditos democráticos, como este PS de Victor Baptista e João Paredes, que colocam em causa “as melhores regras da democracia”. Para mim, que não milito em nenhum partido, e, presumo, para a generalidade dos figueirenses, a coisa tem a importância que tem no desacreditado micro-cosmos da política local. Ou seja, a margem de manobra disponível, para quem pretenda, por aqui, ser autarca, é curta. Como tal, está dispensado o rasgo político, a seriedade, o governante com ideias próprias. O perfil mais adequado de autarca local, dito moderno, deve começar na falta de memória, passar pela invertebração e a falta de carácter, e terminar na falta de vergonha. O poder local deste Portugal do século XXI está repleto de gente desta, que governa bem a vida em tão próspera actividade.
Eles fazem o papel deles. Somos nós, os eleitores figueirenses, que temos de decidir que futuro queremos, para nós e para os nossos descendentes. Cá pela minha parvónia, futura vila, a poucos meses de novo acto eleitoral, a maior obra destes últimos quatro anos, dizendo de outra maneira, o maior feito de quem, por aqui, tem o poder quase há 16 anos, foi manter anestesiada e adormecida uma freguesia inteira… Podia dar muitos exemplos. Vou dar apenas um: o caso dos terrenos do campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala.
terça-feira, 19 de maio de 2009
A memória não pode ser curta...
Não podemos deixar de lembrar, continuando a citar João Tunes, que, “quando primeiro-ministro, o mesmo Cavaco, recusou uma pensão à viúva do homenageado enquanto dava pensões gordas a torcionários da PIDE.”
Recorde-se, que em 1992, o Governo então presidido por Cavaco Silva, atribuiu uma pensão vitalícia, por serviços relevantes prestados à Pátria, a Óscar Cardoso e António Bernardo - dois inspectores da PIDE (antiga polícia política do estado fascista).
Nesse mesmo ano morria de cancro Salgueiro Maia - Capitão de Abril e símbolo da Revolução dos Cravos.
O Governo, que tinha como primeiro-ministro Cavaco Silva, recusou à sua viúva uma pensão militar por serviços prestados à Pátria.
Pela blogoesfera figueirense
“OS JUIZES
"Confesso", no Política de Choque
“António Feio ... da TRETA”, no Cova d´oiro
“O que se passou, afinal?!”, no Lugar para Todos
“As reuniões municipais: democracia à Duarte Silva”, no O Ambiente na Figueira da Foz
Evolução na continuidade (II)
Foi assim em 2005. Tudo indica que vai ser assim em 2009.
Francamente, nunca pensei que, cá pela Figueira, neste momento, se estivesse neste ponto.
Bateu-se no fundo: é o desnorte total.
Isto, pela Figueira está morto e petrificado.
Cá pela minha parvónia, futura vila, com este meu povo exangue, triste e incapaz de vislumbrar um futuro que não seja o da mais medíocre miséria - aquela que assenta na mais entranhada das ignorâncias - as coisas são mais primárias, mais simples e mais lineares. Para os devidos fins eleitoralistas, um dia destes, faz-se uma festa para homenagear os antigos pescadores bacalhoeiros, com a inauguração do respectivo monumento numa rotunda (onde mais poderia ser?...) e abrem-se as casinhas do portinho da gala.
O PSD da Figueira Foz, senhor do seu papel, faz muito bem em patrocinar estas benfeitorias…
Entretanto, mais uma vez, o PS figueirense, por arrastamento, foi-se tornando refém da sua própria inércia e falta de estratégia politica para o concelho da Figueira da Foz, no geral, e para a freguesia de São Pedro, em particular.
Foi assim em 2005, tudo indica que vai ser assim em 2009.