
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Portugal no seu melhor ...
“A Comissão Disciplinar da Liga teve uma interpretação muito simpática da Lei 16/2004 na análise aos incidentes do último Benfica-F. C. Porto. No acórdão colocado no site oficial do organismo, a CD da Liga chega mesmo a referir a Lei, mas depois não dá importância ao ponto 3, alínea a do artigo 37 da mesma lei, que obrigaria sempre a que o Benfica-Sporting (próximo jogo em casa do Benfica) se disputasse à porta fechada.No fundo, este é o dia-a-dia do futebol português, em que os clubes, sejam eles quais forem, são, normalmente, punidos da forma mais suave possível.”
(Ver vídeo, clicando aqui)
No fundo, no fundo, diria eu, este é o dia-a-dia do português, em que os poderosos, sejam eles quais forem, são, normalmente, punidos da forma mais suave possível.
Isto eu sei, por experiência própria, e valia mais não saber!...
Portugal é para os meias-tintas.
Para quê afrontar o desconhecido e arriscar causas perdidas, quando posso, mesmo sendo hipócrita, aplaudir o vencedor?
O sucesso passa por ser definitivamente da casta dos moderados, desses que tendo dito sim ao não, aparentando não dizer nada, podem, depois, muito convenientemente, demonstrar que não disseram o que calaram.
Enfim, meus amigos querem sobreviver?
A receita é esta: deixem a política para os políticos e a Nação para os homens de sucesso.
Tratem mas é da vossa vidinha... O melhor que souberem e puderem.
(Ver vídeo, clicando aqui)
No fundo, no fundo, diria eu, este é o dia-a-dia do português, em que os poderosos, sejam eles quais forem, são, normalmente, punidos da forma mais suave possível.
Isto eu sei, por experiência própria, e valia mais não saber!...
Portugal é para os meias-tintas.
Para quê afrontar o desconhecido e arriscar causas perdidas, quando posso, mesmo sendo hipócrita, aplaudir o vencedor?
O sucesso passa por ser definitivamente da casta dos moderados, desses que tendo dito sim ao não, aparentando não dizer nada, podem, depois, muito convenientemente, demonstrar que não disseram o que calaram.
Enfim, meus amigos querem sobreviver?
A receita é esta: deixem a política para os políticos e a Nação para os homens de sucesso.
Tratem mas é da vossa vidinha... O melhor que souberem e puderem.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Nos últimos 4 anos...
NÃO PASSARÃO
Não desesperes, Mãe!
O último triunfo é interdito
Aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!
Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
Que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
Entre o sangue vertido
E o sonho desfeito.
Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
De traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
Que na tua tragédia se redime.
Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
Nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
Não morre um povo!
Não passarão!
Seja qual for a fúria da agressão,
As forças que te querem jugular
Não poderão passar
Sobre a dor infinita desse não
Que a terra inteira ouviu
E repetiu:
Não passarão!
Miguel Torga (in Poemas Ibéricos, 1965)
O último triunfo é interdito
Aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!
Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
Que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
Entre o sangue vertido
E o sonho desfeito.
Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
De traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
Que na tua tragédia se redime.
Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
Nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
Não morre um povo!
Não passarão!
Seja qual for a fúria da agressão,
As forças que te querem jugular
Não poderão passar
Sobre a dor infinita desse não
Que a terra inteira ouviu
E repetiu:
Não passarão!
Miguel Torga (in Poemas Ibéricos, 1965)
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Segundo o Instituto da Água, os terrenos do Cabedelo “deverão manter-se livres de qualquer construção”

Apesar da crise imobiliária, em Portugal as frentes marítimas continuam a ser apetecíveis para os tubarões da construção civil. São Pedro, não é excepção.
Daí, que não surpreenda ninguém minimamente atento, a gula por dois terrenos no Cabedelo: um, com a área de 14 500 m2; o outro, com 13 930 m2. Até porque estes dois terrenos têm uma particularidade importantíssima: os dois, podem transformar-se num só, eliminada que seja a estrada pública que os divide. E, isso, está previsto...
Estamos a referimo-nos, como é público e evidente, ao terreno onde ainda se encontram as instalações desportivas do Grupo Desportivo Cova-Gala e ao terreno localizado a nascente deste.
A questão, processualmente falando, parecia estar arrumada.
A Junta de Freguesia de São Pedro deu o seu acordo. A Câmara Municipal da Figueira da Foz, por maioria (quatro votos a favor e três abstenções dos vereadores do PS), submeteu o assunto à Assembleia Municipal que, por sua vez, também por maioria (trinta e sete a favor – 20 do PPD/PSD, 11 do PS e de 2 membros independentes – e quatro votos contra – 2 do PCP/PEV, 1 do PS e 1 de um membro Independente), deliberou autorizar a alienação em hasta pública dos terrenos do Cabedelo, em conjunto.
Para a maioria da classe política do nosso concelho, o facto da zona em questão ser “muito sensível em termos territoriais”, por estar situada em cima de duna primária e secundária, era um pormenor irrelevante.
Só que, segundo o Instituto da Água, o Plano Director Municipal, em revisão, não poderá “contrariar os objectivos do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Ovar-Marinha Grande (aprovado pela resolução do Conselho de Ministros nº. 142/2000, de 20 de Outubro).”

Quer dizer: este Plano Especial do Ordenamento do Território “prevalece sobre o PDM”, pelo que “as regras definidas no POOC para a ocupação da faixa costeira e o modelo de ordenamento, consideram, entre outros aspectos, o risco associado à previsível evolução da linha de costa.”
Neste contexto, considerando que o zonamento do POOC para esta área reflecte este diagnóstico, o Instituto da Água “considera que deverão os terrenos em causa manter-se livres de qualquer construção”.
Esta é a posição do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, através do organismo competente, o Instituto da Água.
E, agora, senhores políticos das maiorias figueirenses?
domingo, 7 de setembro de 2008
É o líder dos socialistas figueirenses que o diz: “este, é um PU à la carte...”
E diz mais.
“A Câmara está a ceder à pressão imobiliária e à construção Civil. Assistimos a uma distorção de factos com projecção da especulação imobiliária”.
E o PS deixa alguns casos concretos.
E o PS deixa alguns casos concretos.
"Os terrenos das antigas instalações da empresa Alberto Gaspar (freguesia de S. Pedro) encontram-se ainda inscritos em zona industrial (apesar da possibilidade da construção habitacional para imóveis até sete pisos), no entanto uma empresa espanhola encontra-se há mais de um ano a comercializar lotes habitacionais como se de um projecto já materializado se tratasse”, aliás, como aqui no OUTRA MARGEM, por diversas vezes, chamámos a atenção, como por exemplo em 31 de Agosto de 2007.
Mas, segundo Paredes, continuando a citar o jornal O Figueirense, há mais situações estranhas, pois “ esta revisão do PU traz uma desconfiança acrescida”. “Este pode ser mais um caso de polícia atendendo às formas de engenharia administrativa aplicadas para contornar a lei e privilegiar a especulação imobiliária”, afirma ainda o Presidente da Concelhia do PS figueirense. ”A hipótese da Quinta de Santa Catarina (propriedade da família de Duarte Silva) poder vir a receber construção habitacional levou António Paredes a afirmar que “os detentores de cargos públicos não devem ser penalizados nas suas vidas pessoais, mas também não devem ser beneficiados. Acima de tudo está o interesse público”.
Mas, segundo Paredes, continuando a citar o jornal O Figueirense, há mais situações estranhas, pois “ esta revisão do PU traz uma desconfiança acrescida”. “Este pode ser mais um caso de polícia atendendo às formas de engenharia administrativa aplicadas para contornar a lei e privilegiar a especulação imobiliária”, afirma ainda o Presidente da Concelhia do PS figueirense. ”A hipótese da Quinta de Santa Catarina (propriedade da família de Duarte Silva) poder vir a receber construção habitacional levou António Paredes a afirmar que “os detentores de cargos públicos não devem ser penalizados nas suas vidas pessoais, mas também não devem ser beneficiados. Acima de tudo está o interesse público”.
António Tavares, Vereador do PS, por seu lado, sustenta que “este processo nasceu torto e está a ser enviesado. A maioria (camarária) não tem uma visão integral mas sim parcial e casuística. Não há uma distribuição coerente e racional. A Figueira está ao sabor dos patos bravos, da pressão imobiliária e da construção civil. Há muito para justificar”.
O Vereador eleito pelo PS questiona-se por que motivo, na revisão do PU já elaborada, “o perímetro urbano foi alargado, porque houve recuo nas áreas verdes e retrocesso na qualidade de vida dos munícipes, quais as razões que levaram a Câmara a passar por cima do estudo de impacto ambiental” e como pretende a Câmara permitir a construção em zonas de reserva ecológica e onde não tem jurisdição (espaços do domínio marítimo).”
Por causa dos telhados de vidro, e antes que chovam pedras, “António Paredes, referindo o passado urbanístico figueirense, afirmou que “o PS já pagou politicamente esses erros.”
Aguardemos, então, que o PS local, quando for novamente poder na Figueira, tenha aprendido realmente com os erros do passado.
A ver vamos ...
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