Baptista-Bastos
escritor e jornalista "O actual vice-presidente do PSD era uma alusão de eficácia. Murmurava-se, nos corredores do partido, nas magnas reuniões de severos pensadores, com respeito admirativo e contrição afectuosa: "É um génio!", "Um caso espantoso!" Até agora, os insuspeitos elogios não foram confirmados. O homem impressiona pelo porte, mas não convence pelo que diz. As opiniões que expende naufragam na vulgaridade do desígnio. O artigo no Público é disso exemplo.
Entende-se a inquietação de Pedro Passos Coelho. Ante a mediocridade dos dirigentes do PSD, a total ausência de propostas, o áspero silêncio da líder, sente-se eloquentemente magoado. Não concedem nenhuma importância ao terço de votantes que representa; não o escutam, não o chamam; omitem-no, excluem-no. Apoquentado, vai criar um "movimento" de reflexão, que confira ao partido um incontestável predomínio da política sobre os "interesses". Não se percebe lá muito bem a pretensão de Passos: promover uma "dissidência", entre as existentes, depois de afirmar a "coesão" do partido?
Pelos vistos, o PSD é uma ruína antecipada."
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