O escritor e crítico literário Luiz Pacheco, que faleceu sábado, no Montijo, vai ser cremado terça-feira, pelas 19H00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, disse hoje à Lusa fonte próxima da família.
“No seu tempo, escrevia como poucos, meia-dúzia que também já desapareceu. Neste tempo, ninguém escreve como ele, no seu modo de adiar a literatura, escrever apenas pelo gesto, a estética da escrita.”
Leia aqui a entrevista de Luiz Pacheco à saudosa revista Kapa, publicada em Julho de 92.
domingo, 6 de janeiro de 2008
Lembrança do Poeta Aleixo
Vós que lá do vosso Império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um Mundo novo a sério.
António Aleixo
PS - Um Amigo meu, que muito prezo, da área e apoiante do governo "socrateano", remeteu-me, por mail, este boneco.
Porreiro, pá.
Um abraço.
Porreiro, pá.
Um abraço.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Fazer anos começa a ser chato ...
Adosindo Basófias perguntou...
“Ó Sr Agostinho explique lá, se faz fabor, que a gente não entendeu...Afinal quem é o anibersariante, carago?”
E, eu, como me prezo de ser uma pessoa educada, vou responder ao meu Amigo.
Não foi só o Expresso que fez anos...
Ai, pelas 3 da tarde do dia 5 de Janeiro de 1954, nasceu este espécime...
Claro que não me lembro, mas a minha mãe, velhinha, mas felizmente ainda viva, contou-me...
Na altura não havia televisão, muito menos blogues. Havia rádio, mas um bocado incipiente, tecnologicamente falando. Dos jornais, nem vale a pena falar.
Na época, aparentemente tudo corria bem: não havia Serviço Nacional de Saúde, muito menos, urgências ou maternidades a encerrar... Nem, sequer, a guerra colonial ainda havia começado...
Carestia de vida?... Nem pensar... Pelo menos, não se dava por isso. Os jornais, nesse tempo, não falavam disso. Azedume para com o primeiro-ministro? Nada, ou pelo menos ninguém dava conta disso!...
Neste Pais à beira mar plantado, nesse tempo, apenas se podia exaltar o auto contentamento provinciano e balofo do primeiro-ministro.
Felizmente, hoje em dia não é assim, as coisas mudaram, os tempos mudaram, os tempos são outros, não há nada disso!...
É claro que eu, velho já como o caraças, por vezes tenho a tentação de dar nome a certos bois: de vez em quando, pecador me confesso, dá-me ganas de apontar certos políticos como aldrabões, certos empreendores como exploradores, este ou aquele autarca como corrupto...
Mas, como a idade já pesa e meu deu algum tininho, considero melhor exaltar as excelsas qualidades e o trabalho exemplar do executivo camarário figueirense e a independência, competente e profícua, do executivo da Junta de Freguesia de São Pedro.
Aliás, não faço nada de mais: a vida está para quem sabe elogiar, adular, enfim, para quem sabe “dar graxa ao cágado”. Numa palavra: ser um sabujo...
Jornalistas e críticos, daqueles que criticam a sério, quase que já não existem no País, quanto mais na Figueira...
Levaram cá um sumiço!...
Bem como disse de início, não foi só o Expresso que fez anos...
Entretanto, longa vida para todos. O que não vai ser nada difícil de conseguir, pois Correia de Campos, esse competente ministro da saúde e nosso benfeitor, está a tratar-nos superiormente da dita...
Façam o favor de ser felizes.
Um abraço do
António Agostinho
“Ó Sr Agostinho explique lá, se faz fabor, que a gente não entendeu...Afinal quem é o anibersariante, carago?”
E, eu, como me prezo de ser uma pessoa educada, vou responder ao meu Amigo.
Não foi só o Expresso que fez anos...
Ai, pelas 3 da tarde do dia 5 de Janeiro de 1954, nasceu este espécime...
Claro que não me lembro, mas a minha mãe, velhinha, mas felizmente ainda viva, contou-me...
Na altura não havia televisão, muito menos blogues. Havia rádio, mas um bocado incipiente, tecnologicamente falando. Dos jornais, nem vale a pena falar.
Na época, aparentemente tudo corria bem: não havia Serviço Nacional de Saúde, muito menos, urgências ou maternidades a encerrar... Nem, sequer, a guerra colonial ainda havia começado...
Carestia de vida?... Nem pensar... Pelo menos, não se dava por isso. Os jornais, nesse tempo, não falavam disso. Azedume para com o primeiro-ministro? Nada, ou pelo menos ninguém dava conta disso!...
Neste Pais à beira mar plantado, nesse tempo, apenas se podia exaltar o auto contentamento provinciano e balofo do primeiro-ministro.
Felizmente, hoje em dia não é assim, as coisas mudaram, os tempos mudaram, os tempos são outros, não há nada disso!...
É claro que eu, velho já como o caraças, por vezes tenho a tentação de dar nome a certos bois: de vez em quando, pecador me confesso, dá-me ganas de apontar certos políticos como aldrabões, certos empreendores como exploradores, este ou aquele autarca como corrupto...
Mas, como a idade já pesa e meu deu algum tininho, considero melhor exaltar as excelsas qualidades e o trabalho exemplar do executivo camarário figueirense e a independência, competente e profícua, do executivo da Junta de Freguesia de São Pedro.
Aliás, não faço nada de mais: a vida está para quem sabe elogiar, adular, enfim, para quem sabe “dar graxa ao cágado”. Numa palavra: ser um sabujo...
Jornalistas e críticos, daqueles que criticam a sério, quase que já não existem no País, quanto mais na Figueira...
Levaram cá um sumiço!...
Bem como disse de início, não foi só o Expresso que fez anos...
Entretanto, longa vida para todos. O que não vai ser nada difícil de conseguir, pois Correia de Campos, esse competente ministro da saúde e nosso benfeitor, está a tratar-nos superiormente da dita...
Façam o favor de ser felizes.
Um abraço do
António Agostinho
Inacreditável!..
Segundo o Fala Barato, o desperdício de luz no sintético do parque de merendas é algo que é perfeitamente evitável.
Depois do artigo ser publicado nunca mais se fez luz, incluindo no período de férias escolares, quando este espaço recebia algumas dezenas de jovens.
Hoje, dia 5 de janeiro, chove a cântaros, não há férias nem miúdos, no entanto há luz...
Vamos lá perceber isto.
Depois do artigo ser publicado nunca mais se fez luz, incluindo no período de férias escolares, quando este espaço recebia algumas dezenas de jovens.
Hoje, dia 5 de janeiro, chove a cântaros, não há férias nem miúdos, no entanto há luz...
Vamos lá perceber isto.
Soneto de Aniversário
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A fúria do mar e a protecção da orla costeira
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem.
Já levantámos o problema neste espaço, por diversas vezes, como por exemplo, aqui, aqui e aqui, pois esta questão é grave.
De ontem para hoje, as marés vivas e o mar alteroso, fizeram os estragos que pode ver com mais pormenor fotográfico aqui.
O mar chegou à estrada que dá acesso ao Cabedelo. O molhe sul está a ser reforçado... Mas, poucos metros para sul, a costa está vulnerável...
Mais uma vez, fica o alerta: em S. Pedro a erosão da orla marítima constitui um problema - e grave.
Já levantámos o problema neste espaço, por diversas vezes, como por exemplo, aqui, aqui e aqui, pois esta questão é grave.
De ontem para hoje, as marés vivas e o mar alteroso, fizeram os estragos que pode ver com mais pormenor fotográfico aqui.
O mar chegou à estrada que dá acesso ao Cabedelo. O molhe sul está a ser reforçado... Mas, poucos metros para sul, a costa está vulnerável...
Mais uma vez, fica o alerta: em S. Pedro a erosão da orla marítima constitui um problema - e grave.
BCP e CGD ...
... ou "o retrato do pobre capitalismo de trazer por casa".Não seria boa ideia rebentar de vez com esta merda?..
Tenho cá um pressentimento que a malta prefere "esta Pornografia hardcore"...
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Pimenta no cú dos outros ...
Não sou fundamentalista, em nada. Mas, como quando o dia nasce deve ser para todos, confesso que tinha o maior gosto em vê-lo fumar a sua cigarrilha, num dos cafés da minha rua, para também lá passar a ser legal logo no dia seguinte...
È que, eu, tal como o senhor da foto, também não fiz a lei: limito-me a cumpri-la...
Só que eu, garanto, ainda não a violei.E já lá vão muito mais de duas horas de ela estar em vigor ...
È que, eu, tal como o senhor da foto, também não fiz a lei: limito-me a cumpri-la...
Só que eu, garanto, ainda não a violei.E já lá vão muito mais de duas horas de ela estar em vigor ...
O ano começou com mau tempo
2008 começou com mau tempo.
Vamos ter vento e chuva fortes e queda de neve nas terras altas até ao final da semana.
Vamos ter vento e chuva fortes e queda de neve nas terras altas até ao final da semana.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
A corda na garganta
Um ano que começa, deveria ser assim como uma página em branco.
Deveria ser assim como um caderno de apontamentos por estrear ou um DVD virgem.
Deveria ser assim.
Mas, 2008 não começou assim.
Já temos a corda na garganta.
Deveria ser assim como um caderno de apontamentos por estrear ou um DVD virgem.
Deveria ser assim.
Mas, 2008 não começou assim.
Já temos a corda na garganta.
A noite passada ...
...não deve ter andado muita gente fora de casa.
Nas terras ali fora, no campo, sem ser de carro, a pé, é muito difícil o passeio. Está uma noite estranha, uma combinação de vento forte com rajadas muito frias, mesmo muito frias, e chuva, muita chuva.
O frio manda, atravessando as árvores sem folhas. Ao longe, lá para os lados de Verride, no cimo do pequeno monte, uma árvore ilumina e lembra que ainda estamos na época natalícia.
O vento faz oscilar freneticamente as pequenas luzes.
É apenas, ainda, a noite de 1 para 2 de Janeiro.
A noite está fria e ventosa. Estamos a 2 de Janeiro.
Como já está tão longe o espírito de Natal!...
Encontramo-nos apenas numa terra que sofre de iliteracia!..
Nas terras ali fora, no campo, sem ser de carro, a pé, é muito difícil o passeio. Está uma noite estranha, uma combinação de vento forte com rajadas muito frias, mesmo muito frias, e chuva, muita chuva.
O frio manda, atravessando as árvores sem folhas. Ao longe, lá para os lados de Verride, no cimo do pequeno monte, uma árvore ilumina e lembra que ainda estamos na época natalícia.
O vento faz oscilar freneticamente as pequenas luzes.
É apenas, ainda, a noite de 1 para 2 de Janeiro.
A noite está fria e ventosa. Estamos a 2 de Janeiro.
Como já está tão longe o espírito de Natal!...
Encontramo-nos apenas numa terra que sofre de iliteracia!..
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