Este quadro de Carlos Lima é de 2001. Chamou-lhe “batelsáurio”, uma palavra que não existe.
Curiosamente, em Junho desse mesmo ano, regressou às águas do Mondego um exemplar do Batel de Sal, tipo de barco então desaparecido há mais de 20 anos.
No esteiro de Lavos, como o quadro dá conta, apodrecia no fundo o esqueleto de um destes barcos, concebido originalmente para o transporte de sal, mas que também chegou a ser utilizado para transportar areia e outras mercadorias.
Desta embarcação típica do Rio Mondego, para além das partes eventualmente ainda soterradas nas lamas do esteiro de Lavos, resta um exemplar, que raramente navega. Neste momento, pode ser visto (aqui) na parte sul do Portinho da Gala.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
terça-feira, 26 de junho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
A antiga borda do rio
É bom ter boa memória.
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez.
Esta imagem já desapareceu há anos. Apenas sobrevive na memória de alguns.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
O artista, em boa hora, pintou este quadro...
A partir de uma fotografia sua; e, também, certamente, servindo-se da sua memória lúcida.
Do lado direito, lá estão as ruínas de uma antiga fábrica de “escasso” e a seguir o esteiro. Depois, o barracão, atrás do qual, a malta jogava à lerpa. Em primeiro plano uma bateira e ao fundo o rio.
Era tão bonita a antiga borda do rio.
Obrigado Carlos Lima pela lúcida recordação que nos proporcionaste.
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez.
Esta imagem já desapareceu há anos. Apenas sobrevive na memória de alguns.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
O artista, em boa hora, pintou este quadro...
A partir de uma fotografia sua; e, também, certamente, servindo-se da sua memória lúcida.
Do lado direito, lá estão as ruínas de uma antiga fábrica de “escasso” e a seguir o esteiro. Depois, o barracão, atrás do qual, a malta jogava à lerpa. Em primeiro plano uma bateira e ao fundo o rio.
Era tão bonita a antiga borda do rio.
Obrigado Carlos Lima pela lúcida recordação que nos proporcionaste.
A frente de rio da Gala
A Gala, dos meus tempos de menino e moço, tinha uma ampla e invejável frente de rio.
Era uma zona linda, vibrante, que fazia a ligação natural do povoado ao rio e, ao mesmo tempo, ao mundo do trabalho (a pesca) e ao mundo do lazer (na altura, era o nosso parque infantil, o nosso parque desportivo, era até a zona com algo de marginal, como, por exemplo, o jogo das cartas que se ia praticando pelos recantos discretos dos armazéns...).
Há anos, porém, tudo isso - e também a paisagem magnifica - nos foi roubado com a construção da variante, que não é mais que um muro que nos separou do nosso rio.
Na altura, ninguém conseguiu contrariar a força das circunstâncias...
Passaram os anos e veio o Portinho da Gala e, pensei eu, estava encontrada a nova janela de oportunidade para os covagalenses se reconciliarem com o rio.
Pensei que poderia estar ali, no enorme aterro da estrutura portuária, a área para a mudança, com a abertura de espaços para o lazer, a cultura, o entretenimento, o turismo, etc.
“Voltar ao rio”, seria a oportunidade de rentabilizar um espaço que orçou mais de 500 mil contos.
Entretanto, e já lá vão uns anos, nada disso aconteceu. Recorde-se, que o Portinho da Gala foi inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Até agora, o espaço, o enorme espaço, lá está, árido e quase desaproveitado.
Até agora, constitui uma oportunidade perdida.
Que o mesmo é dizer: na nossa Terra, continua latente a necessidade de potenciar, ao máximo, a relação com o rio.
Era uma zona linda, vibrante, que fazia a ligação natural do povoado ao rio e, ao mesmo tempo, ao mundo do trabalho (a pesca) e ao mundo do lazer (na altura, era o nosso parque infantil, o nosso parque desportivo, era até a zona com algo de marginal, como, por exemplo, o jogo das cartas que se ia praticando pelos recantos discretos dos armazéns...).
Há anos, porém, tudo isso - e também a paisagem magnifica - nos foi roubado com a construção da variante, que não é mais que um muro que nos separou do nosso rio.
Na altura, ninguém conseguiu contrariar a força das circunstâncias...
Passaram os anos e veio o Portinho da Gala e, pensei eu, estava encontrada a nova janela de oportunidade para os covagalenses se reconciliarem com o rio.
Pensei que poderia estar ali, no enorme aterro da estrutura portuária, a área para a mudança, com a abertura de espaços para o lazer, a cultura, o entretenimento, o turismo, etc.
“Voltar ao rio”, seria a oportunidade de rentabilizar um espaço que orçou mais de 500 mil contos.
Entretanto, e já lá vão uns anos, nada disso aconteceu. Recorde-se, que o Portinho da Gala foi inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Até agora, o espaço, o enorme espaço, lá está, árido e quase desaproveitado.
Até agora, constitui uma oportunidade perdida.
Que o mesmo é dizer: na nossa Terra, continua latente a necessidade de potenciar, ao máximo, a relação com o rio.
Gostam de ser assim?
domingo, 24 de junho de 2007
Exorcismos...
Segundo o DN, casou várias pessoas na Maia, Trofa e em Braga.
Foi detido há dias numa igreja de Santo Tirso, quando se preparava para celebrar um baptismo.
Agostinho Coutinho Caridade, o falso sacerdote, é um minhoto de palavra persuasiva.
Entretanto, de harmonia com o blogue Albufeira Sempre, o "padre", jovem bem falante e persuasivo, andou pela Albufeira a sacar umas massas a alguns incautos cristãos (?) locais.
Onde é que o falso padre terá tirado o curso?
Nalgum seminário independente?
Foi detido há dias numa igreja de Santo Tirso, quando se preparava para celebrar um baptismo.
Agostinho Coutinho Caridade, o falso sacerdote, é um minhoto de palavra persuasiva.
Entretanto, de harmonia com o blogue Albufeira Sempre, o "padre", jovem bem falante e persuasivo, andou pela Albufeira a sacar umas massas a alguns incautos cristãos (?) locais.
Onde é que o falso padre terá tirado o curso?
Nalgum seminário independente?
Momentos simples
sábado, 23 de junho de 2007
Cavaco visitou EUA para cumprir promessa eleitoral
O Presidente Cavaco na Universidade de Massachusetts com a filha do covagalense José Vidal.
Numa viagem em que passou ao lado da Casa Branca, Cavaco Silva justificou que George W. Bush, o Presidente norte-americano, que era «a única pessoa» com quem eventualmente podia encontrar-se - não tinha o dia 20 disponível e esse era o dia em que o Chefe de Estado português tinha de estar em Washington para inaugurar a exposição «Encompassing the Globe».
Porque hoje é sábado
Desde muito novo que me habituei a ter opinião própria. E a assumi-la.
Todavia, isso tem preço de custo. Sobretudo, quando o que pensamos e exprimimos, não coincide com os ortodoxos que dominam a esfera política.
Para mim, a liberdade, isto é, dizer com responsabilidade o que penso, é tão natural como respirar – e não me vejo a estar na vida de outra maneira.
Mesmo que isso se tenha de pagar!... Mas, a liberdade nunca é cara.
As opiniões, quando não são amordaçadas, são incómodas. E o corporativismo instalado nesta Terra, dá-se mal com isso.
Na nossa Terra, esta falta de respiração democrática não acontece, apenas, por culpa de quem está no poder há quase duas décadas. Esta claustrofobia política existe, principalmente, porque existe uma maioria absoluta medrosa e abúlica.
Foi uma situação que foi cristalizando com o decorrer dos anos, devido à lógica de funcionamento dos interesses do regime instalado em São Pedro, porque não surgiram contra poderes fortes e autómanos na sociedade local para fazer o contraditório.
Numa Terra, com uma opinião pública frágil e, em alguns casos, dependente dos interesses instalados, a independência da iniciativa vê-se constrangida por calculismos permanentes de interesses face ao poder local vigente.
Não deveria ser assim. Mas, desgraçadamente para todos, é assim que as coisas funcionam em São Pedro.
Só falei nisto porque hoje é sábado...
Todavia, isso tem preço de custo. Sobretudo, quando o que pensamos e exprimimos, não coincide com os ortodoxos que dominam a esfera política.
Para mim, a liberdade, isto é, dizer com responsabilidade o que penso, é tão natural como respirar – e não me vejo a estar na vida de outra maneira.
Mesmo que isso se tenha de pagar!... Mas, a liberdade nunca é cara.
As opiniões, quando não são amordaçadas, são incómodas. E o corporativismo instalado nesta Terra, dá-se mal com isso.
Na nossa Terra, esta falta de respiração democrática não acontece, apenas, por culpa de quem está no poder há quase duas décadas. Esta claustrofobia política existe, principalmente, porque existe uma maioria absoluta medrosa e abúlica.
Foi uma situação que foi cristalizando com o decorrer dos anos, devido à lógica de funcionamento dos interesses do regime instalado em São Pedro, porque não surgiram contra poderes fortes e autómanos na sociedade local para fazer o contraditório.
Numa Terra, com uma opinião pública frágil e, em alguns casos, dependente dos interesses instalados, a independência da iniciativa vê-se constrangida por calculismos permanentes de interesses face ao poder local vigente.
Não deveria ser assim. Mas, desgraçadamente para todos, é assim que as coisas funcionam em São Pedro.
Só falei nisto porque hoje é sábado...
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