Imagem via Diário as Beiras |
Na Figueira, era no mês de Junho que se começava a sentir no ar a animação da cidade e a aproximação da “época alta”, que se prolongava por Julho, Agosto e iria terminar em Setembro com o Festival de Cinema. Isso era no tempo em que o mês de Junho, na Figueira, tinha noites quentes e os cheiros das flores do Jardim Municipal.
Na Figueira, no mês de Junho começava a sentir-se a animação e todos queríamos ser felizes e sentíamos que podíamos conseguir ir perto disso. Hoje, na Figueira, Junho já não tem noites assim tão quentes e até os cheiros das flores do Jardim Municipal - que no mês de Junho se começavam a sentir no ar, como pequenos vestígios da beleza à nossa passagem por um espaço bonito e nobre como era então o Jardim da Figueira - já não são os mesmos. Hoje, na Figueira, no Jardim já nem um dos mais bonitos coretos que conheci existe!
Hoje, na Figueira, sobrou Junho, o primeiro mês da desilusão e da nostalgia do tempo em que o mês de Junho, na Figueira, tinha noites quentes e os cheiros das flores do Jardim Municipal. Na Figueira, Junho era então o mês em que se começava a sentir no ar a animação da cidade e a chegada da “época alta”, que se prolongava por Julho, Agosto e iria terminar em Setembro com o Festival de Cinema. Agora, na Figueira, apesar do que nos querem vender, vivemos uma farsa e não sobrará mais que as memórias, vividas e compreendidas por alguns, mas ao alcance de poucos.
Estamos em Junho de 2024. As noites frias tropeçam nos dias e enchem a cidade de petulância, vaidade, presunção e ignorância.
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