quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Dizer-se de esquerda e ser-se de esquerda

Quando tanto se fala em «esquerda» e em «direita», esvaziando de conteúdo estes conceitos, Paulo Raimundo explica: «a esquerda é pelo que faz e não pelo que se proclama»
O secretário-geral do PCP admitiu, esta quarta-feira, iniciar de imediato as negociações para um acordo com o PS se os socialistas viabilizarem os projetos de alteração da legislação laboral que serão debatidos esta tarde na Assembleia da República.
«Fecho acordo hoje se o Partido Socialista acompanhar as nossas propostas na Assembleia da República. Vamos ver qual é a posição do Partido Socialista sobre isso, hoje, essa é a grande questão, o resto é só para a gente andar aqui a fazer cenários que não têm consequência nenhuma na vida das pessoas», afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas no Carregado.

"Dizer-se de esquerda e ser-se de esquerda", não é a mesma coisa: é-se de esquerda quando se coloca no centro da acção política «os salários, as pensões, os trabalhadores, o povo, o Serviço Nacional de Saúde, os serviços públicos, a habitação, os direitos dos pais e das crianças»
A esquerda, «para o ser de facto, tem de resgatar a soberania e colocar ao serviço do País e do seu desenvolvimento os meios e os recursos existentes, e nunca se subjugar aos interesses, às negociatas, ao tráfico de influências e corrupção dos grupos económicos»
A esquerda que de facto o é «não alimenta nem se alimenta da direita nem das forças reaccionárias».
Paulo Raimundo, identifica a CDU a única garantia para «enfrentar essa mesma direita, seja em que circunstâncias for e tenha ela a expressão que tiver»."

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