Maria Archer, em 1938, na sua novela "Entre Duas Viagens", sobre a Cova e Gala (que a homenageou em em 22 de Agosto no Clube Mocidade Covense), escreveu assim.
"No primeiro domingo de Janeiro faz-se na Cova a romaria anual a São Pedro, padroeiro dos pescadores. No extremo da povoação, num ermo desabrigado, ergue-se a pequena e humilde capela do santo. Em redor alongam-se as dunas cobertas de juncos, enquadradas pelo pinhal e pelo mar. S. Pedro, se viesse dos areais da Judéia, com as suas rústicas sandálias de caminheiro pobre, as suas barbas austeras, a face tostada pelo ar salgado, sentir-se-ia à vontade entre a gente da Cova e no seu agreste cenário de deserto ribeirinho".
Nota: a Festa de S. Pedro realizava-se nessa altura em Janeiro, porque em Junho os homens estavam praticamente todos na faina maior - durante cerca de 6 meses, entre Abril e Setembro andavam na pesca do bacalhau pela Terra Nova e Gronelândia..
Isto aconteceu até ao final dos anos 60 do século passado.
Em 2023, a Festa realizou-se entre os dias 28 de Junho e de 2 de Julho. Foram 4 dias em que aportaram à Cova e Gala milhares de pessoas atraídas pelo cartaz.
Hoje, à tarde, decorreu o momento alto: a tradicional Procissão e a sempre emocionante Benção do Mar.
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