segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

No país do IVA da electricidade de 23%...

Na semana passada, o parlamento chumbou  a descida do IVA da electricidade. PSD, PCP e Bloco até estiveram, aparentemente, alinhados na redução — com contrapartidas para uns, sem contrapartidas para outros.
No final, o parlamento garantiu o que PS e António Costa queriam: ficar tudo como estava.
Para isso, o CDS teve papel fundamental.

Na edição de hoje, o jornal i denuncia: "um terço da população da região das Beiras vive em condições "indignas".
Sem condições de aquecimento, saneamento, ou acessibilidade - assim vive cerca de um terço dos habitantes da Serra da Estrela e das Beiras.
Em 2018, Portugal ocupou a quinta posição na lista dos países da União Europeia onde existem mais pessoas com dificuldades para aquecer as suas casas
A par do isolamento do interior que tem sido tema nos últimos tempos, há dados que indicam que quem está longe dos grandes centros urbanos – mais concretamente nas Beiras e Serra da Estrela – vive com poucas condições de habitação. Segundo um estudo do Instituto Politécnico da Guarda, “o número de família que vivem situações de grave carência habitacional na região das Beiras e Serra da Estrela ultrapassa os 30%”.
O documento será apresentado publicamente na terça-feira, a propósito do seminário sobre políticas de habitação e, em comunicado, o IPG explicou que “são muitas as famílias que residem em habitações precárias” na referida região.
O projecto identificou carências ao nível da acessibilidade, habitabilidade, saneamento e conforto térmico. Ao i, o presidente do IPG, Joaquim Brigas, explicou que “do estudo que tem sido feito no terreno, casa a casa, tem-se chegado à conclusão de que é preciso olhar de outra forma para este interior e para esta habitação”.
Em alguns casos, pessoas idosas, isoladas, não têm sequer aquecimento. Isto não é digno para alguém de 80 ou 90 anos”, disse o presidente do IPG, acrescentando que a zona da Serra da Estrela e das Beira são “um território vasto, um território de baixa densidade, com casas isoladas e, por isso, é preciso atenção para estas situações”.
O estudo foi desenvolvido por professores e alunos do IPG através da Unidade de Investigação do Desenvolvimento do Interior. O objectivo é, segundo Joaquim Brigas, “diagnosticar as situações para que haja intervenção [das câmaras municipais] no sentido de combater estas desigualdades extremas”. “O número de pessoas a viver em situações precárias é maior do que imaginávamos”, acrescenta."

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